A vida animal só existe porque existe a vegetal, o verde, verdadeira usina produtora do oxigênio que respiramos, mas nos esquecemos deste detalhe e lenta e gradualmente estamos destruindo nossa “indústria natural” que nos mantém respirando e vivos e, não podemos duvidar que mais cedo ou mais tarde, a capacidade natural de abastecimento de oxigênio irá se exaurir e, o ser humano, muito em breve, para sobreviver, terá de andar com um cilindro de oxigênio preparado industrialmente, pendurado nas costas, como os mergulhadores, para poder respirar e logicamente, qualquer outra espécie de vida animal deixará de existir.
Como se não bastasse, além de destruirmos o verde de nossas florestas, iniciamos a destruição dos fitoplânctons, micro organismos vegetais que constituem a base alimentar da vida nos oceanos e mares.
O nosso Planeta é constituído por dois terços de água e um terço de terra que forma os continentes, habitat do ser humano, dito animal racional, o homo sapiens.
Os fitoplântons utilizam, como as florestas, a luz solar (fotossíntese), para, a partir do gás carbônico, fixar em sua estrutura o carbono e devolver o oxigênio ao meio ambiente, além de absorver os sais minerais dissolvidos nas águas do mar como nutrientes.
A quantidade de oxigênio produzida pelos fitoplânctons para atmosfera é superior a do oxigênio gerado pelas florestas, porque a massa verde dos fitoplânctons é maior que a biomassa florestal. Os fitoplânctons estão disseminados em todo volume das águas dos mares e oceanos enquanto as florestas ocupam apenas alguns espaços sobre a crosta terrestre quando nós, humanos, deixamos.
Está acontecendo o seguinte:
Os mares e oceanos, devido ao aquecimento global, estão tendo as camadas superficiais aquecidas e este aumento de temperatura superficial aumenta o volume das moléculas d’água com a conseqüente diminuição da densidade das mesmas. Por isso, apesar do movimento natural das ondas e das marés, não há uma renovação, uma mistura das águas, a superfície não se renova de forma suficiente para arrastar as partículas salinas nutritivas do fundo dos mares e oceanos para a superfície até os fitoplânctons e estes, devido a esse fenômeno, começam a se extinguir por falta de nutrientes minerais.
Outro fator importante é a necessidade de luminosidade para que haja a fotossíntese na biomassa formadora dos fitoplânctons, estes só sobrevivem onde chega a luz solar. A poluição reduz a transparência das águas, as águas ficam translúcidas, impedem a passagem parcial ou total dos raios solares. Sem os raios solares não há fotossíntese, sem fotossíntese não há produção de oxigênio e fixação do carbono.
Se os fitoplânctons morrem, liberam por ação anaeróbia o metano que é vinte e uma vezes mais poluente que o gás carbônico. O metano é um gás leve, procura as camadas mais altas da atmosfera chegando até as camadas de ozônio com o qual reage – quanto maior a quantidade de metano, menor e mais rarefeita será a camada de ozônio, nosso escudo protetor ante raios ultra violetas.
Os raios ultra violetas, além de provocarem o câncer de pele, têm a capacidade de destruir os micro organismos, entre eles os fitoplânctons.
Será que estaremos chegando ao final dos tempos?
Antonio Germano Gomes Pinto é bacharel em Química, Licenciado em Química, Químico Industrial, Engenheiro Químico, Especialista em Recursos Naturais com ênfase em Geologia, Especialista em Tecnologia e Gestão Ambiental, Professor Universitário e autor de duas patentes registradas no INPI e em grande número de países.
E-mails: aggpinto@hotmail.com ou ag.pinto@uol.com.br
Por Antonio Germano Gomes Pinto