Transporte

Com o advento dos caminhões disponíveis no mercado, a exploração florestal foi grandemente beneficiada com a introdução de caminhões 6 x 4 e 6 x 6, devido ao fato de haver a necessidade da utilização de equipamentos que disponham de grande potência e capacidade de carga.

O interesse dos revendedores e dos fabricantes de caminhões pelo ramo florestal, alguns implementos foram desenvolvidos especialmente para atender o transporte de madeira do talhão até a indústria consumidora.

O transporte de madeiras está atrelado às leis de transporte de cargas vigentes no Brasil devendo obedecer as normas de carga máxima por eixo e comprimento máximo dos implementos no caso de carretas. Para se obter um transporte eficiente e com custo menor, deve-se otimizar o sistema todo, como segue:

  • Reconhecimento dos caminhos florestais a serem utilizados: escolher os que apresentarem uma melhor relação entre distância e velocidade média.
  • Realizar o processo de carregamento e descarregamento de maneira rápida e precisa a fim de se reduzir o tempo de ciclo entre o carregamento no estaleiro e o descarregamento na indústria.
  • Utilizar o caminhão ou carreta com implemento adequado ao sistema de colheita escolhido.
  • Realizar um treinamento com o operador a fim de se obter o máximo de produtividade sem danificar o caminhão.

Utilização dos Equipamentos            

A definição dos índices de mecanização nas diferentes fases do sistema de colheita de madeira se faz com a elaboração de relações de custo-benefício entre os diferentes tipos de equipamentos e sistemas. As principais fontes de análise para a elaboração da relação custo-benefício são:

  • condições climáticas
  • produtividade
  • eficiência
  • disponibilidade mecânica
  • custo por unidade volumétrica de madeira em atividades equivalentes
  • assistência técnica
  • disponibilidade de peças e manutenção
  • impacto ambiental e danos à floresta remanescente
  • treinamento e segurança.

Define-se a utilização de equipamentos partindo-se das condições em que se encontram os povoamentos e os objetivos da colheita, devendo-se levar em conta:

  • o diâmetro médio das árvores
  • o espaçamento entre linhas
  • a declividade do terreno
  • o tipo de solo
  • a microtopografia
  • as condições climáticas
  • a destinação da madeira na indústria

A produtividade de um determinado equipamento é de fundamental importância para o dimensionamento da frota, para realizar uma produção diária que atenda às necessidades da indústria, sendo este assunto tratado em anexo.

O custo de produção por tonelada de madeira é de fundamental importância na escolha dos equipamentos, sendo os custos fixos: os de rentabilidade do investimento, o lucro que a empresa pretende obter e as condições em que a empresa pretende recuperar os investimentos feitos. O custos variáveis são: gasto com equipamentos (pneus, lubrificantes, peças de reposição), manutenção, salários dos operadores, encargos sociais, seguro, vigilância do equipamento entre outros. Os equipamentos devem estar sempre em ordem, de forma a atender em tempo integral as necessidades da empresa. Estas são divididas em:

  • Disponibilidade operacional: está ligada em grande parte ao operador e às condições de operação, como o tempo para as refeições, descanso, higiene pessoal, mas também se deve somatizar o tempo gasto no deslocamento da máquina até a área de trabalho.
  • Disponibilidade mecânica: tempo em que o equipamento está indisponível para o trabalho em função da sua manutenção, preventiva ou corretiva. O tempo de disponibilidade mecânica tende a aumentar com o aumento das horas trabalhadas.


Danos ao Povoamento Remanescente
            

Este é um assunto de vital importância quando se pretende fazer uma manutenção preventiva dos sítios de produção florestal. Os danos podem ser evitados desde que seja feito o controle das atividades de colheita, de conscientização e de treinamento de operadores.
Há a necessidade da quantificação das árvores remanescentes que ficarão comprometidas, caso compactação do solo vá influenciar economicamente no volume total de madeira esperada nos próximos desbastes ou no corte final.

Da Redação do Ambiente Brasil