Classe: Mammalia
Ordem: Artiodactyla
Família: Cervidae
Nome científico: Odocoileus viginianus
Nome vulgar: Veado-de-cauda-branca
Categoria: Não consta
Características: Odocoileus virginianus é uma espécie de cervídeo bastante comum na parte norte de sua área de distribuição (América do Norte), sendo que aparentemente tem expandido esta área em direção ao sul. Já algumas formas de porção sul da área de ocorrência estão ameaçadas devido à pressão de caça, sendo este o motivo de a espécie estar incluída na lista oficial da fauna brasileira ameaçada de extinção. Por ser um animal de grande porte, é mais suscetível ao desaparecimento por caça. A parte branca na porção inferior da cauda é característica na espécie, o que lhe confere o nome vulgar de veado-de-cauda-branca. As formas sul-americanas diferem das formas norte-americanas por serem de menor tamanho, atingindo 140 cm de comprimento, 82 cm de altura e cerca de 50 kg. A subespécie encontrada no Brasil é O. V. cariacou, mas alguns autores sugerem que a subespécie O. V. gymnotis também ocorra no território nacional. No Anexo II da CITES consta uma subespécie de ocorrência na Guatemala (O. v. mayensis). Nos Estados Unidos, 70 por cento dos nascimentos são de gêmeos, ao passo que na América do Sul, um único filhote é o mais comum, após um período de gestação de cerca de sete meses. Na Venezuela, fêmeas em estro podem ser encontradas durante todo o ano, mas com um pico de nascimentos no fim da estação chuvosa. A espécie alimenta-se de folhas, galhos e gramíneas, utilizando frutos caídos em menor escala. Não existem registros de predação natural para o Brasil. Na Costa Rica, foram registradas predações por Boa Constrictor e por grandes felinos, como Felis concolor, o que provavelmente ocorre também na Amazônia brasileira. São ativos principalmente à noite e durante o crepúsculo, mas podem também apresentar alguma atividade diurna.
Altura: 82 cm
Peso: cerca de 50 kg
Comprimento: 140 cm
Ocorrência Geográfica: A espécie é encontrada no continente americano, do sul do Canadá aos Andes venezuelanos, sul da Colômbia e norte da Bolívia, atingindo o extremo norte do Brasil. A subespécie O. v. cariacou ocorre no norte do Brasil e Guiana Francesa, e O. v. gymnotis ocorre nos llanos da Venezuela e Colômbia, Guiana, Suriname e possivelmente, extremo noroeste do Brasil. As subespécies brasileiras ocorrem em terras baixas, incluindo matas espinhosas, florestas decíduas e savanas, mas parecem evitar as áreas de floresta densa, preferindo suas bordas. Para alguns autores, a espécie parece ser altamente tolerante a uma grande variedade de hábitats, ocupando desde áreas abertas até florestas.
Categoria/Critério: Classificação da UICN: não consta. Anexo da CITES: não consta. Embora na porção norte de sua área de distribuição tenha se adaptado a ambientes modificados pelo homem, sendo objeto de caça esportiva em grande escala, na parte sul a pressão de caça tem tomado várias subespécies ameaçadas. Aliadas à caça, a construção de estradas, a urbanização e outras formas de destruição do seu hábitat natural parecem estar exercendo efeitos danosos às suas populações. A introdução de gado tem trazido problemas, tanto por contaminação com zoonoses, quanto por competição por recursos, como ocorre com outros cervídeos.
Cientista que descreveu: Zimmermann, 1780.
Observações adicionais: Não existem estimativas de densidade para o Brasil, mas nos llanos da Venezuela foram estimadas densidades de 0,2 a 50 indivíduos/km2, variando com a área (Brok, em Ojasti). Um estudo detalhado da ecologia e requerimentos básicos das subespécies que ocorrem na porção sul de sua área de distribuição é uma medida importante para se definir seu status e auxiliar a implementação de medidas de conservação. Outros estudos deveriam enfocar as interferências das atividades antrópicas nas populações selvagens, especialmente aquelas das zonas limítrofes da Amazônia, região que vem sofrendo bastante com os desmatamentos e o afluxo de populações humanas.
Fonte: MMA/SINIMA