S1, S2, S3... Símbolos para denominar a primeira, segunda, terceira, etc, gerações de autofecundação a partir de uma planta original (S0).
Saibro. Rocha proveniente da decomposição química incompleta de rochas feldspáticas leucograníticas (granitos e gnaisses), conservando vestígios da estrutura original. O saibro comum é muito poroso e permeável e é desmontável mecanicamente (enxada). Quando é mais resistente, só é desmontável com picareta e resulta num produto conhecido como saibrão.
Sais biogênicos. Os mais dissolvidos, essenciais para a vida.
Sal-gema. Tipo de mineral encontrado no subsolo alagoano.
Salina. Terreno onde se faz entrar a água do mar para retirar, por evaporação, o sal marinho que ela contém. Mina de sal-gema (Glossário Libreria, 2003).
Salinidade. (1) Teor de substâncias salinas em um líquido. (2) Medida de concentração de sais minerais dissolvidos na água (CARVALHO, 1981).
Salinização. (1) Aumento do teor de substâncias salinas no solo, que resulta geralmente da má aplicação das tecnologias de irrigação. (2) Conseqüência da irrigação em zonas áridas e semi-áridas. As águas das chuvas contêm sempre sais minerais dissolvidos, que se depositam no solo quando ele evapora. A drenagem deficiente das culturas aliada à elevação do lençol freático no nível do solo também pode gerar a salinização dos terrenos, tornando-os impróprios para agricultura.
Salobra. Ecossistemas em que se misturam as águas doces e salgadas, em quantidades variáveis. Influem na taxa de salinidade as chuvas, as marés ou a afluência dos rios. De uma hora para outra, a água salobra pode ficar hipersalgada com relação aos oceanos. Esse fenômeno pode matar algumas espécies e causar pululação (proliferação excessiva) de outras mais adaptadas. Um pequeno crustáceo reage singularmente a esse processo: diminui a sua superfície corporal. Outro entra em hibernação nos períodos de alta salinidade.
Sambaquis. (1) Palavra da língua tupi, usada no Brasil para designar os amontoados de conchas ou concheiros, muitos deles com interesse arqueológico. (2) Designação dada a antiqüíssimos depósitos situados ora na costa, ora em lagos ou rios do litoral, e formados de montões de conchas, restos de cozinha e esqueletos amontoados por tribos selvagens que habitaram o litoral americano em época pré-histórica. Sinônimos: no Pará, cerambi, mina; em São Paulo e Santa Catarina – casqueira, concheira ou ostreira; em outros pontos do País – sambaqui, berbigueira, caieira, caldeira ou ilha de casca. (3) São monumentos arqueológicos compostos de acúmulo de moluscos marinhos, fluviais ou terrestres, feitos pelos índios. Nesses jazidos de conchas se encontram, correntemente, ossos humanos, objetos líticos e peças de cerâmica. Os sambaquis são objetos de especial proteção, dado o seu múltiplo significado.
Saneamento. (1) Conjunto de medidas adotadas em relação ao meio, com a finalidade de criar condições favoráveis à manutenção do meio e da saúde das populações. (2) O controle de todos os fatores do meio físico do homem que exercem efeito deletério sobre seu bem-estar físico, mental ou social (Organização Mundial de Saúde, apud ACIESP, 1980). (3) Ação ou efeito de tornar são, isto é, favorável à vida e à saúde, um elemento qualquer. Em gestão ambiental, aplica-se principalmente aos recursos naturais que servem de corpos receptores dos impactos produzidos pela ação do homem, a saber: ar, água e solo.
Saneamento ambiental. (1) Conjunto de ações que tendem a conservar e melhorar as condições do meio ambiente em benefício da saúde (SAHOP, 1978). (2) É a aplicação dos princípios da Engenharia, da Medicina, da Biologia e da Física no controle do ambiente, com aquelas modificações originárias da proteção e das medidas porventura desejáveis ou necessárias para instituir as condições ótimas de saúde e bem-estar (CARVALHO, 1981).
Saneamento básico. (1) É a solução dos probelmas relacionados estritamente com o abastecimento de água e disposição dos esgotos de uma comunidade. Há quem defenda a inclusão do lixo e outros problemas que terminarão por tornar sem sentido o vocábulo ‘básico’ do título do verbete (CARVALHO, 1981). (2) Conjunto de instalações e operações destinadas a garantir água potável de boa qualidade, a coleta e tratamento dos esgotos, a drenagem da água pluvial e a coleta e disposição final do lixo.
Sapropel. Sedimento depositado em lago, estuário ou mar, consistindo principalmente em restos orgânicos derivados de plantas ou animais aquáticos. Forma-se pela ausência de decomposição intensa e por destilação a seco de matéria graxosa, sob pressão e temperatura elevadas. Por diagênese, o sapropel passa a sapropelito.
Saturnismo. Termo usado para designar os sintomas de envenenamento por chumbo.
Savana. As savanas são grandes planícies cobertas de vegetação, limitadas em geral pela zona das florestas equatoriais, de clima mais seco e caracterizado pela alternância da estação seca e da úmida. Em geral a seca que tem a duração de 5 a 6 meses, exclui das savanas as formas arbóreas da vegetação. Esta se reduz então a grandes ervas, geralmente gramíneas de desenvolvimento rápido, que constituem por vezes espessas moitas. Essas formas de vegetação existem no Sudão, ao norte do México e ao sul da floresta Amazônica (aqui conhecida como cerrados ou campos sujos) (Glossário Libreria, 2003).
Sazonal. Relativo à estação do ano, à sazonalidade.
Sebes. Tapume de ramos ou varas para vedar terrenos.
Seca Contingente ou Contingencial. É a seca eventual, duvidosa, incerta, que pode ou não ocorrer durante o período normalmente chuvoso. Constitui um sério risco para a agropecuária devido a sua imprevisibilidade. É resultante da irregularidade e da variabilidade espacial e temporal das precipitações pluviométricas durante a estação normalmente chuvosa. Ocorre quando o suprimento de umidade das precipitações é insuficiente para atender às necessidades hídricas das plantas (Glossário Ibama, 2003).
Seca Sazonal. Período do ano no qual não ocorrem, normalmente precipitações pluviométricas significativas. As chuvas desse período dificilmente ultrapassam 10 % do total de precipitações registrada durante todo o ano. É previsível e bem definida quanto ao período de ocorrência natural, com duração aproximada de seis meses, podendo chegar até oito meses em algumas áreas. Ocorre em áreas com estações seca e úmida bem definidas, como na maior parte dos trópicos (Glossário Ibama, 2003).
Sedimentar. Da natureza do sedimento.
Sedimentação. Em Geologia. Processo pelo qual se verifica a deposição de sedimentos ou de substâncias que poderão vir a ser mineralizados. Os depósitos sedimentares são resultantes da desagregação ou mesmo da decomposição de rochas primitivas. Esses depósitos podem ser de origem fluvial, marinha, glaciária, eólica, lacustre, etc. (GUERRA, 1978). Em Engenharia Sanitária. (1) Em tratamento de despejos líquidos, a deposição de sólidos pela ação da gravidade (The World Bank, 1978). (2) Processo de deposição, pela ação da gravidade, de material suspenso, levado pela água, água residuária ou outros líquidos. É obtido normalmente pela redução da velocidade do líquido abaixo do ponto a partir do qual pode transportar o material suspenso. Também chamada decantação ou clarificação (CARVALHO, 1981).
Sedimento. Termo genérico para qualquer material particulado depositado por agente natural de transporte, como vento ou água.
Segregação. Separação dos cromossomos parentais na meiose.
Segregação transgressiva. Aparecimento de indivíduos em gerações segregantes, com fenótipos diferentes dos progenitores com relação a um ou mais caracteres.
Seixo rolado. Partículas ou pedras desgastadas pela água, com forma arredondada, que se acumulam no leito ou em margens de rios.
Seleção. Em genética, é a contribuição diferenciada de descendentes, por genótipos distintos da mesma população, para a próxima geração.
Seleção natural. (1) Conjunto de fatores ambientais capazes de interferir na capacidade de sobrevivência e de reprodução de seres vivos. (2) Fundamento da teoria darwiniana para explicar a evolução; os caracteres que persistem em uma população são os mais bem adaptados ao ambiente porque os organismos que dispõem de tais caracteres estão mais aptos a sobreviver e se reproduzir.
Seleção natural. Seleção (pressão seletiva) exercida pelo conjunto de fatores ambientais bióticos e abióticos sobre o indivíduo. A seleção natural atua sobre o fenótipo, de maneira discriminativa. Há três tipos principais de seleção natural: 1) seleção estabilizadora; 2) seleção direcional; e 3) seleção disruptiva.
Selvagem. Qualquer espécie não-doméstica.
Semente. Toda e qualquer estrutura vegetal utilizada na propagação de uma cultivar (Lei 9.456/97).
Semente básica. Aquela resultante da multiplicação da semente genética ou básica, realizada de forma a garantir sua identidade e pureza genética, sob a responsabilidade da entidade que a criou ou a introduziu.
Semente botânica. Unidade de reprodução sexuada desenvolvida a partir de um óvulo fertilizado.
Semente certificada. Aquela resultante da multiplicação de semente básica, registrada ou certificada, produzida em campo específico, de acordo com as normas estabelecidas pela entidade certificadora.
Semente genética. Aquela produzida sob a responsabilidade e o controle direto do melhorista e que preserva suas características de pureza genética.
Semente recalcitrante. Aquela que não sofre a desidratação durante a maturação. Quando é liberada da planta mãe, apresenta altos níveis de teor de umidade. É sensível ao dessecamento e morre se o conteúdo de umidade for reduzido abaixo do ponto crítico, usualmente um valor relativamente alto. Essa categoria é também sensível à baixas temperaturas.
Senescência. Processo natural de envelhecimetno; período próximo ao fim do ciclo de vida de um organismo.
Sensoriamento. Observação das condições climáticas e geológicas da Terra, por meio de satélites sensores, com o fim de levantar, mapear ou controlar acidentes geológicos.
Sensoriamento remoto. (1) Coleta e análise de dados relativos a fenômenos ocorridos sobre a superfície terrestre, acima ou abaixo dela, e ainda nos oceanos; os dados são transmitidos na forma de imagens, que podem ser obtidas através de fotografias aéreas, radares ou satélites. (2) Análise das condições geológicas, climáticas e ambientais da Terra com utilização de sensores à distância; o termo é mais usado para os satélites ambientais, mas existem outras formas de sensoriamento remoto, como as fotos aéreas ou as imagens de radar.
Separação na fonte. Separação dos diferentes componentes do lixo urbano no local onde é produzido, permitindo sua reutilização ou reciclagem.
Seqüestro de carbono. (1) É todo o carbono capturado e mantido pela vegetação durante o processo respiratório e fotossíntese. O conceito foi consagrado pela Conferência de Kioto, em 1997, com a finalidade de conter e reverter o acúmulo de CO² na atmosfera, visando a diminuição do efeito estufa. (2) É a capacidade de as plantas absorverem o carbono atmosférico, presente principalmente na forma de dióxido de carbono (CO²) e convertê-lo em substâncias úteis ao seu metabolismo e crescimento. (3) Captura de CO² da atmosfera pela fotossíntese, também chamada fixação de carbono; a expressão Carbon offset projects designa projetos de compensação de carbono.
Serra. Vocábulo usado de maneira ampla para terrenos acidentados com fortes desníveis, freqüentemente aplicados a escarpas assimétricas, possuindo uma vertente abrupta e outra menos inclinada (Resolução CONAMA nº004/85).
Serra do mar. Conjunto de montanhas costeiras que se estende desde o Espírito Santo até Santa Catarina.
Serrapilheira. Camadas de folhas, galhos e matéria orgânica morta que cobre o solo das matas (Resolução Conama 012/94, art. 1º).
Serviços ambientais. (1) Conjunto de benefícios gerados por ecossistemas naturais ou cultivados que, freqüentemente, não tem valor de mercado. São também conhecidos como externalidades ambientais. (2) Funções executadas pela natureza, imprescindíveis aos seres humanos: regulação hídrica, de gases, climática e de distúrbios físicos, abastecimento d’água, controle de erosão e retenção de sedimentos, formação de solos, ciclos de nutrientes, tratamento de detritos, polinização, controle biológico, refúgio de fauna, produção de alimentos, matéria-prima, recursos genéticos, recreação e cultura, entre outras; esses serviços estão sendo usados como base para cálculo do valor da natureza.
Servidão florestal. Direito dos habitantes de uma comunidade de se abastecer de lenha numa floresta. Antigamente, eram concedidos pelos monarcas verdadeiros privilégios ou direitos de servidão em certas florestas, como retirada de lenha, de árvores mortas, pastoreiro, etc., os quais ainda hoje são observados em determinadas regiões. O direito de servidão existe nas ferrovias, com relação ao eixo das faixas laterais, nas linhas de transmissão de energia elétrica em alta tensão, nos oleodutos, aqueodutos, etc.
Sextante. Instrumento de reflexão em que existe um limbo granulado, o qual é a sexta parte do círculo e serve para medir ângulos, a altura dos astros, bem como as suas distâncias angulares. É muito usado para determinar a posição do navio sobre a superfície do mar (Glossário LIbreria, 2003).
Sial. Camada externa da crosta terrestre de até 50 km de espessura, constituída principalmente de silício e alumínio, representada pelas rochas de constituição granítica. Sua densidade é de 2,7. A profundidade do seu contato com o sima subjacente varia entre 50 km, sob os continentes, e praticamente zero, sob o oceano Pacífico.
Siderito. Meteorito constituído essencialmente de ferro e níquel sem silicatos.
Sienito. Tipo de mineral magmático com composição química apresentando semelhanças com o granito.
SIG. Sistemas de Informação Geográfica; em inglês a sigla é GIS; tecnologias de Geoprocessamento que lidam com informação geográfica na forma de dados geográficos; permitem que se conheça a estrutura geométrica de objetos, sua posição no espaço geográfico e seus atributos; alguns SIG possuem ainda a capacidade de manipular relacionamentos espaciais, como proximidade e adjacências.
Silte. (1) Pequeníssima partícula de minerais diversos. (2) Grãos que entram na formação de um solo ou de uma rocha sedimentar, cujos diâmetros variam entre 0,02 mm e 0,002 mm. Outros consideram os seguintes diâmetros: 0,05 mm a 0,005 mm (GUERRA, 1978). (3) Limo, matéria telúrica fina, transportada pela água e depositada na forma de um sedimento (CARVALHO, 1981).
Silvestre. Que está relacionado com a floresta; que é próprio da floresta.
Silvícola. Que nasce ou vive nas selvas.
Silvicultura. (1) Arte de cultivar e manter uma floresta através de manipulações no estabelecimento, composição e crescimento da vegetação para melhor atender aos objetivos de seu proprietário. Isso pode incluir ou não a produção de madeira. (2) Plantio de árvores para lenha ou para fins comerciais. (3) Exploração orientada de recursos florestais. Cultivo de monoculturas com espécies arbóreas para fins de exploração. Ciência que tem por finalidade o estudo e a exploração de essências florestais.
Sima. Camada inferida subjacente ao sial, a cerca de 50 km de profundidade, no domínio das massas continentais. Deve também existir nas partes profundas dos oceanos (Pacífico). Provavelmente é de composição basáltica com densidade entre 2,9 e 3.
Simpatria. Ocorrência de duas ou mais espécies em uma determinada área geográfica, com superposição parcial ou total de suas distribuições.
Sinantropia. Capacidade dos animais utilizarem condições ecológicas favoráveis criadas pelo homem.
Síndrome da China. Termo popular para qualificar o risco potencial de um acidente nuclear: imagina-se que o combustível de um reator nuclear seria tão quente que poderia atravessar o globo terrestre, dos Estados Unidos da América até a China.
Sinecologia. (1) Estudo de grupos de organismo que estão associados entre si como uma unidade. (2) Estudo das relações de uma comunidade com o ambiente e das relações das populações entre si.
Sinergia. (1) É o efeito ou força ou ação resultante da conjunção simultânea de dois ou mais fatores, de forma que o resultado é superior à ação dos fatores individualmente, sob as mesmas condições. Em outros termos, a associação de tais fatores não somente potencializa a sua ação como, ainda, pode produzir um efeito distinto. Por exemplo, a radiação solar, com sua luz e calor, pode alterar a composição química de certos gases e poluentes da atmosfera, os quais, por sua vez, unindo-se ao ciclo hidrológico, podem causar chuva ácida. A sinergia manifesta ainda aspectos da cadeia sistêmica que existe entre os elementos da natureza; sob este ponto de vista, não se pode falar livremente em “elementos inertes”, porquanto também eles estão sujeitos a alterações que podem desencadear resultados inesperados. (2) Interação entre dois fatores resultando num efeito maior do que a soma dos efeitos postos isoladamente em cada um dos fatores. (3) Fenônemo químico no qual o efeito obtido pela ação combinada de duas substâncias químicas é diferente ou combinada de duas substâncias químicas é diferente ou maior do que a soma dos efeitos individuais dessas mesmas substâncias. Este fenômeno pode ser observado nos efeitos do lançamento de diferentes poluentes num mesmo corpo d’água (FEEMA, 1997).
Sismologia. Ciência que estuda os terremotos.
Sistema. Conjunto de componentes que interagem para desempenhar uma dada função. Um sistema é configurado por objetos, partes ou elementos componentes. Esses objetos têm propriedades e afinidades entre si que unem todo o sistema. As relações entre elementos podem ser estáticas ou dinâmicas, o que implica na idéia de mudança, que é a principal característica de todos os sistemas.
Sistema ambiental. (1) Nos estudos ambientais, a tendência mais recente é analisar o meio ambiente como um sistema, o sistema ambiental, definido como os processos e interações do conjunto de elementos e fatores que o compõem, incluindo-se, além dos elementos físicos, biológicos e sócio-econômicos, os fatores políticos e institucionais. Os sistemas ambientais incluem os ecossistemas, porém, não se confundem com eles. (2) Conjunto dos processos e interações dos elementos que compõem o meio ambiente, incluindo, além dos fatores físicos e bióticos, os de natureza antrópica (socioeconômica, política, institucional e ética) (FEEMA, 1997).
Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA). Instituído pela Lei nº 6.938, de 31.08.81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, o SISNAMA reúne os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, que estejam envolvidos com o uso dos recursos ambientais ou que sejam responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental. Constituem o SISNAMA: o Conselho Nacional do Meio Ambiente, denominado Órgão Superior, com a função de assistir o Presidente da República na formulação das diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente; a SEMA, Órgão Central, encarregada de promover, disciplinar e avaliar a implementação dessa Política; os órgãos, entidades e fundações da Administração Pública Federal, chamados Órgãos Setoriais cujas atividades estejam associadas ao uso dos recursos ambientais ou à preservação da qualidade ambiental; os órgãos, entidades e fundações estaduais, Órgãos Seccionais responsáveis pelo planejamento e execução das ações de controle ambiental; os órgãos e entidades municipais, Órgãos Locais, responsáveis, em suas áreas de jurisdição, pelo controle e fiscalização das atividades modificadoras do meio ambiente.
Sistema de informação georeferenciada – SIG. Método gráfico para organizar, mapear e processar, em geral com o auxílio de programa de computador, a informação sobre o meio ambiente de uma área, e prepará-la para a análise das interações das variáveis bióticas, abióticas, sociais e econômicas (FEEMA, 1997).
Sistemática. Estudos dos tipos e da diversidade de organismos, sua distribuição, classificação e evolução.
Sítio arqueológico estadual. (1) Áreas onde são encontrados testemunhos ou vestígios de ocupações humanas históricas ou pré-históricas. (2) Área de domínio público estadual, destinada a proteger vestígios de ocupação pré-histórica humana, contra quaisquer alterações e onde as atividades são disciplinadas e controladas de modo a não prejudicar os valores a serem preservados (FEEMA/PRONOL NT 1107).
Sítios palentológicos. Áreas, geralmente cortes-de-estrada e barrancas de rios, onde são encontrados os fósseis, nas rochas das épocas em que eles viveram.
Sizígia. Conjunção ou oposição de um planeta, especialmente a Lua com o Sol (que se observa na lua cheia e na lua nova).
Smog. (1) Termo que combina as palavras inglesas “smoke” e “fog” ( fumaça e neblina). O smog ocorre quando a poluição acontece em combinação com gotículas de vapor de água. O smog é prejudicial para a saúde. (2) Neologismo surgido na década de 60, para designar o fenômeno de poluição atmosférica, no qual os contaminantes se misturam à névoa, dificultando a dispersão. Usa-se também a expressão smog fotoquímico. (3) É a mistura de névoa com fumaça – fumaça (smoke) mais névoa (fog) (EHRLICH & EHRLICH, 1974). (4) Em geral, usado como um equivalente à poluição do ar, particularmente associado a oxidantes (The World Bank, 1978).
Sobrepesca. Tipo de pesca predatória.
Sociobiologia. (1) O estudo das bases biológicas do comportamento social. (2) Estudo das bases biológicas do comportamento social de uma espécie e de sua evolução.
Sólidos decantáveis. São os sólidos separáveis em um dispositivo para decantação denominado cone de Imhoff, durante o prazo de 60 ou 120 minutos (Amarílio Pereira de Souza, informação pessoal, 1986).
Sólidos dissolvidos. Quantidade total de substâncias dissolvidas em água e efluentes, incluindo matéria orgânica, minerais e outras substâncias inorgânicas; a água que contém níveis elevados de sólidos dissolvidos é imprópria para o uso industrial e considerada de qualidade inferior para consumo humano.
Sólidos filtráveis. Ou matéria sólida dissolvida, são aqueles que atravessam um filtro que possa reter sólidos de diâmetro maior ou igual a 1 mícron (Amarílio Pereira de Souza, informação pessoal, 1986).
Sólidos fixos. São os não voláteis (Amarílio Pereira de Souza, informação pessoal, 1986).
Sólidos flutuantes. Ou matéria flutuante. Gorduras, sólidos, líquidos e escuma removíveis da superfície de um líquido (ABNT, 1973).
Sólidos suspensos. Sólidos em suspensão. Pequenas partículas de poluentes sólidos nos despejos, que contribuem para a turbidez e que resistem à separação por meios convencionais (The World Bank, 1978).
Sólidos totais. Analiticamente, os sólidos totais contidos nos esgotos são definidos como a matéria que permanece como resíduo depois da evaporação à temperatura compreendida entre 103°C e 105°C (Amarílio Pereira de Souza, informação pessoal, 1986).
Sólidos voláteis. São aqueles que se volatilizam a uma temperatura de 600°C (Amarílio Pereira de Souza, informação pessoal, 1986).
Solo. (1) Formação natural superficial, de pequena rigidez e espessura variável. Compõe-se de elementos minerais (silte, areia e argila), húmus, nutrientes (como cálcio e potássio), água, ar e seres vivos, como as minhocas. (2) Terreno sobre o qual se constrói ou se anda; chão, pavimento.(3) Terra considerada nas suas qualidades produtivas.Porção de superfície de terra. S. ativo: parte fértil do solo arável. S. inerte: parte do solo arável, entre o solo ativo e o subsolo. (4) Em pedologia e ecologia solo é: o material terrestre alterado por agentes físicos, químicos e biológicos e que serve de base para as raízes das plantas (DNAEE, 1976). (5) Ou a camada superficial de terra arável, possuidora de vida microbiana (GUERRA, 1978). (6) A camada da superfície da crosta terrestre capaz de abrigar raízes de plantas, representando, pois, o substrato para a vegetação terrestre (MARGALEF, 1980). (7) O resultado líquido da ação do clima e dos organismos, especialmente da vegetação, sobre o material original da superfície da terra, se compõe de um material originário do substrato geológico ou mineral subjacente e de um incremento orgânico em que os organismos e seus produtos se entremisturam com as partículas finamente divididas desse material (ODUM, 1972). (8) Combinação de materiais orgânicos e minerais com água e ar; distribuída sobre a superfície da Terra; elemento que sustenta a vida na Terra.
Solo de brejo. Solo assentado sobre camadas de argila e ardósia impermeáveis, que possui rochas perto da superfície. Nos brejos chove bem mais do que nas regiões de cerrados, e a camada superior do solo está permanentemente úmida. Partículas de material orgânico de plantas mortas formam uma camada estreita e ácida.
Solo de cerrado. Solo arenoso e ligeiramente seco. Sua fina camada de restos vegetais é quase sempre ácida. Minhocas e micróbios não toleram bem essas condições e por isso a decomposição é lenta, o que torna esse solo pobre em nutrientes.
Solo de jardim e horta. Tipo de solo geralmente muito fértil, bem drenado e arejado, pois na maioria das vezes recebe adubação orgânica. Costuma apresentar uma grande população de minhocas.
Solos aluviais. Solos resultantes do transporte e acumulação de sedimentos pelos rios.
Solos eluviais. Solos formados no próprio local a partir da desagregação e decomposição.
Solvente. Líquido no qual uma ou mais substâncias se dissolvem para formar uma solução (Decreto 98.816/90).
Sombra de Chuva. Os ventos oceânicos carregados de umidade depositam a maior parte desta umidade nas vertentes da serra orientadas para o oceano, ou seja, nas encostas a barlavento; a “sombra de chuva “ resultante produz um deserto do outro lado da serra, na encosta a sotavento. Superfície de cimeira. Níveis mais elevados dos maciços residuais (Glossário Ibama, 2003).
Sopé. Parte inferior de uma encosta.
Subespécie. Subdivisão taxonômica primária de uma espécie. É comum usar-se o termo variedade como equivalente a subespécie. Pode ser divididas em variedades.
Sub-bosque. Estratos inferiores de uma floresta. Vegetação que cresce sob as árvores (Resolução Conama 012/94, art. 1º).
Subproduto. Qualquer material ou produto resultante de um processo concebido primeiramente para produzir outro produto. O custo concebido primeiramente para produzir outro produto. O custo de um subproduto é virtualmente zero. Há, entretanto, incentivo para encontrar usos ou mercados para os subprodutos, por exemplo, escória de alto-forno, usada na construção de estradas. Se tal uso não existe, o subproduto torna-se um resíduo (BANNOCK et alii, 1977).
Subsidiária. Empresa subordinada a outra que mantém o controle acionário.
Subsídio. Incentivo monetário dado a um produtor visando tornar seu produto mais barato e conseqüentemente de mais fácil colocação no mercado.
Subsolo. Camada de solo, imediatamente inferior à que se vê ou se pode arar.Construção abaixo do rés-do-chão.
Substância Nociva ou Perigosa. Qualquer substância que, se descarregada nas águas, é capaz de gerar riscos ou causar danos à saúde humana, ao ecossitema aquático ou prejudicar o uso da água e de seu entorno (Lei 9966/00).
Substâncias abióticas. Compostos básicos inorgânicos e orgânicos do meio.
Subtropical. Região, clima ou vegetação das áreas limítrofes aos trópicos; zonas temperadas mais próximas do Equador.
Sucessão. (1) Em ecologia, é a progressão ordenada de mudanças na composição da comunidade, que ocorre durante o desenvolvimento da vegetação em qualquer área, desde a colonização inicial até o desenvolvimento do clímax típico de uma dada área geográfica. (2) Substituição progressiva de uma comunidade por outra, em determinada área ou biótopo; compreende todas as etapas, desde a colonização de etapas pioneiras até o clímax.
Sumidouro. (1) Em hidrologia. Cavidade, em forma de funil, na superfície do solo, que se comunica com o sistema de drenagem subterrânea, em regiões calcárias, causada pela dissolução da rocha (DNAEE, 1976). Em engenharia sanitária. Poço destinado a receber o efluente da fossa séptica e a permitir sua infiltração subterrânea (ACIESP, 1980). (2) (sinks) Quaisquer processos, atividades ou mecanismos, incluindo a biomassa e, em especial, florestas e oceanos, que têm a propriedade de remover um gás de feito estufa, aerossóis ou precursores de gases de efeito estufa da atmosfera; podem constituir-se também de outros ecossistemas terrestres, costeiros e marinhos.(3) Curso subterrâneo de um rio, através de rochas calcárias (Glossário Libreria, 2003).
Superorganismo. Uma associação de indivíduos na qual o funcionamento de cada um promove o bem-estar do sistema inteiro.
Superposição de cartas. Métodos de avaliação de impacto ambiental, originalmente desenvolvido para estudos de planejamento urbano e regional, perfeitamente adaptável à análise e diagnóstico ambiental, que consiste na confecção de uma série de cartas temáticas de uma mesma área geogáfica, uma para cada fator ambiental que se quer considerar, onde se representam os danos organizados em categorias. Essas cartas são superpostas para produzir a síntese da situação ambiental da área, podendo ser elaboradas de acordo com os conceitos de fragilidade ou potencialidade de uso dos recursos ambientais, segundo se desejem obter cartas de restrição ou aptidão de uso. As cartas também podem ser processadas em computador caso o número de fatores ambientais considerados assim o determine (FEEMA, 1997).
Surfactantes. São substâncias tensoativas, compostas de moléculas grandes, ligeiramente solúveis na água. Costumam causar espuma nos corpos de água onde são lançadas, tendendo a manter-se na interface ar-água. Até 1965 os surfactantes presentes nos detergentes sintéticos eram não-biodegradáveis. Depois dessa data, começaram a ser usados detergentes biodegradáveis, reduzindo-se bastante o problema das espumas. A determinação de surfactantes é realizada pela mudança de cor de uma solução padronizada de azul de metileno. Um outro nome para surfactantes é, substâncias ativas ao azul de metileno (Amarílio Pereira de Souza, informação pessoal, 1986).
Sustentabilidade. Qualidade, característica ou requisito do que é sustentável. Num processo ou num sistema, a sustentabilidade pressupõe o equilíbrio entre ‘entradas’ e ‘saídas’, de modo que uma dada realidade possa manter-se continuadamente com suas características essenciais. Na abordagem ambiental, a sustentabilidade é um requisito para que os ecossistemas permaneçam iguais a si mesmos, assim como os recursos podem ser utilizados somente com reposição e/ou substituição, evitando-se a sua depleção, de maneira a manter o equilíbrio ecológico, uma relação adequada entre recursos e produção, e entre produção e consumo.
Ambiente Brasil