Maar. Lago de cratera vulcânica, porém cratera rasa de um vulcão que só explodiu uma vez sem derramamento de lava (Glossário Libreria, 2003).
Macega. Erva daninha, infestante das searas. Campo natural, cujo capim, muito amadurecido, está grosso e fibroso. Macega-brava: erva graminácea (Erianthus saccharoides), também chamada cana-brava. Macega-mansa: gramínea alta e rígida, com folhas cortantes (Andropogon spathiflorus); também chamada capim-taquarizinho.
Maciço. Bloco da crosta terrestre limitado por falhas ou flexões e soerguido como uma unidade, sem modificação interna.
Maciço Residual. Relevo serrano oriundo do trabalho de erosão diferencial em função da existência de rochas mais resistentes.
Macroalgas. Espécies de algas visíveis a olho nu.
Macrobiótica. Dieta vegetariana que consiste principalmente de cereais integrais.
Macrofanerófitos. São plantas de alto porte, variando entre 30 a 50 m de altura, ocorrendo preferencialmente na Amazônia e no sul do Brasil.
Macronutrientes primários. Nitrogênio, fósforo e potássio, expressos nas formas de nitrogênio (N), pentóxido de fósforo (P2O5) e óxido de potássio (K2O) (Decreto 86.955/82).
Macronutrientes secundários. O cálcio, magnésio e enxofre, expressos nas formas de cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S) (Decreto 86.955/82).
Madeira de lei. Espécies de valor comercial, as quais são utilizadas principalmente em indústrias tais como serrarias, fábrica de móveis, compensados, laminados, etc. (Portaria Normativa IBDF 302/84).
Máfico. Mineral ferromagnesiano das rochas ígneas. Por exemplo: mica, piroxênio e anfibólio. Os minerais máficos são de cor escura.
Magma. Material em estado de fusão que, quando consolidado, dá origem a rochas ígneas. Substâncias pouco voláteis constituem a maior parte do magma e têm ponto de fusão e tensão de vapor elevados: SiO2, Al2O3, etc. As leis ordinárias da termodinâmica regem a segregação dos minerais constituintes da rocha sólida.
Magmática. Rocha proveniente da consolidação do magma. Seus minerais formam-se segundo as leis da cristalização de soluções mistas. Caracteriza-se, assim, pela cristalização dos seus componentes mineralógicos em ordem sucessiva – excluindo os termos vítreos. De acordo com o local da consolidação do magma, as rochas podem ser classificadas em plutônicas (consolidação em profundidade), vulcânica (consolidação em superfície) e hipoabissal (intermediária).
Magnetismo terrestre. Campo magnético da Terra, funcionando como um grande e homogêneo ímã. A intensidade total é dividida em dois componentes: intensidade vertical e intensidade horizontal. O magnetismo terrestre pode induzir campos secundários nas diferentes rochas, dependendo principalmente da susceptibilidade magnética de certos minerais (magnetita).
Magrém. Denominação dada pelo sertanejo nordestino à estação seca, estio prolongado, quando o gado emagrece (Glossário Libreria, 2003).
Malation. Inseticida organofosforado, solúvel na água até uma concentração de 145 mg/l a 25º C. Sua toxicidade, quando comparada ao Paration, é 100 vezes inferior para os mamíferos e de 2 a 4 vezes inferior para os insetos.
Mamelão. Cume de forma arredondada (Glossário Libreria, 2003).
Mameluco. Descendente (filho) de índio com branco.
Mamífero. Classe do subfilo dos vertebrados cujos representantes têm glândulas mamárias e pêlos corporais.
Manancial. (1) Qualquer corpo d´água, superficial ou subterrâneo, utilizado para abastecimento humano, animal ou irrigação. Conceitua-se a fonte de abastecimento de água que pode ser, por exemplo, um rio, um lago, uma nascente ou poço, proveniente do lençol freático ou do lençol profundo (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental). (2) Qualquer extensão d´água, superficial ou subterrânea, utilizada para abastecimento humano, industrial, animal ou irrigação. (3) É todo corpo d’água utilizado para o abastecimento público de água para consumo humano. Nesta acepção, o termo é usado em saneamento e em Engenharia Ambiental. Pela etimologia, manancial refere-se a fontes e nascentes. Compreende também as cabeceiras de cursos.
Manancial subterrâneo. Corpo de água que se encontra abaixo da superfície, podendo compreender lençóis freáticos e confinados, sendo sua captação feita através de poços e galerias de infiltração ou pelo aproveitamento de nascentes.
Manancial superficial. Corpo de água que se encontra totalmente sobre a superfície terrestre, compreendendo cursos de água, lagos e reservatórios artificiais.
Manejo. (1) É o ato de intervir ou não no meio natural com base em conhecimentos científicos e técnicos, com o propósito de promover e garantir a conservação da natureza. Medidas de proteção aos recursos, sem atos de interferência direta nestes, também fazem parte do manejo (ARRUDA et alii, 2001). (2) Aplicação de programas de utilização dos ecossistemas, naturais ou artificiais, baseada em princípios ecológicos, de modo que mantenha da melhor forma possível as comunidades vegetais e/ou animais como fontes úteis de produtos biológicos para os humanos e também como fontes de conhecimento científico e de lazer. (3) Todo e qualquer procedimento que vise assegurar a conservação da diversidade biológica e dos ecossistemas (Lei n.º 9.985/2000, art. 2.º, VIII). (4) Programa de utilização dos ecossistemas, naturais ou artificiais, baseado em teorias ecológicas que contemplem a manutenção da biodiversidade e o aumento da produção de insumos necessários à vida na região (produção agrícola, energética, pecuária), além de propiciar o conhecimento científico e atividades de lazer. O planejamento, a manipulação, o consumo e o controle de um determinado recurso (Glossário Ibama, 2003).
Manejo ambiental. (1) Conjunto de atividades e práticas que, harmonicamente executadas, permitem o desenvolvimento sócio-econômico e a conservação ambiental. (2) Programa de utilização dos ecossistemas, naturais ou artificiais, baseado em teorias ecológicas que contemplam a manutenção da biodiversidade e o aumento da produção de insumos necessários à vida na região (produção agrícola, energética, pecuária), além de propiciarem o conhecimento científico e atividades de lazer.
Manejo de áreas silvestres. Estratégia de intervenção em determinados sistemas, contemplando o desenvolvimento integral dos recursos existentes na área, proporcionando os produtos e serviços de acordo com as necessidades econômicas, sociais e culturais do povo, com o mínimo de alterações no ecossistema, garantindo-se a produtividade biológica original.
Manejo de unidades de conservação. É o conjunto de ações e atividades necessárias ao alcance dos objetivos de conservação de áreas protegidas, incluindo as atividades fins, tais como proteção, recreação, educação, pesquisa e manejo dos recursos, bem como as atividades de administração ou gerenciamento. O termo gestão de uma unidade de conservação pode ser considerado sinônimo de manejo da mesma (ARRUDA et alii, 2001).
Manejo de recursos ambientais. É o ato de intervir, ou não, no meio natural com base em conhecimentos científicos e técnicos, com o propósito de promover e garantir a conservação da natureza. Medidas de proteção aos recursos, sem atos de interferência direta nestes, também fazem parte do manejo (ARRUDA et alii, 2001).
Manejo do solo. Soma total de todas as operações de cultivo, práticas culturais, fertilização, correção e outros tratamentos, conduzidos ou aplicados a um solo, que visam à produção de plantas.
Manejo florestal. (1) Administração da unidade de manejo florestal para obtenção de produtos, serviços e benefícios econômicos e sociais, respeitando-se os mecanismos para sua sustentação ambiental. (2) Prática pela qual o homem interfere em formações florestais com o objetivo de promover mais rapidamente sua regeneração ou de atingir de maneira mais eficiente a produção de bens florestais do seu interesse. (3) Aplicação de métodos econômicos e princípios técnicos da dasonomia (ciência e prática de toda constituição e manejo da floresta e da utilização de seus produtos) na operação de uma empresa florestal. No campo prático abrange as atividades de ordenar (planejar) e controlar a empresa florestal pela gerência. No campo científico o manejo florestal elabora técnicas e métodos de planejamento e controle da empresa florestal. (4) Conjunto de atividades de planejamento e controle da produção de uma floresta ou povoamento (Portaria Normativa IBDF 302/84).
Manejo florestal sustentável de uso múltiplo. Administração da floresta para a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo, e considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a utilização de múltiplas espécies madeireiras, de múltiplos produtos e subprodutos não madeireiros, bem como a utilização de outros bens e serviços de natureza florestal (Dec. 2.788, de 28.09.1998).
Manejo integrado de pragas. Sistema integrado para controlar pragas na agricultura, que inclui rotação de lavouras e controle biológico com predadores naturais.
Manejo integrado de solos. Sistema de uso do solo, dentro de sua vocação ambiental, integrando as atividades agrossilvipastoris, de forma a promover sua conservação.
Manejo sustentado. Sistema de exploração que respeita a capacidade de reposição dos recursos ambientais.
Mangue. (1) Vegetação típica de zona costeiro-estuarina, adaptada à água salobra e ao movimento das marés; é o berçário onde se desenvolve grande parte das espécies marinhas; dependem do mangue 80% a 90% das espécies comerciais de pescado. (2) Terreno plano, baixo, junto à costa e sujeito a inundação pela marés e extremamente importante na manutenção e reprodução principalmente de espécies aquáticas.
Manguezal. (1) Sistema ecológico costeiro tropical, dominado por espécies vegetais típicas (mangues), às quais se associam outros organismos vegetais e animais. Os mangues são periodicamente inundados pelas marés e constituem um dos ecossistemas mais produtivos do planeta. (2) São ecossistemas litorâneos, que ocorrem em terrenos baixos sujeitos à ação da maré, e localizados em áreas relativamente abrigadas, como baías, estuários e lagunas. São normalmente constituídos de vasas lodosas recentes, às quais se associa tipo particular de flora e fauna (FEEMA, proposta de Decreto de regulamentação da Lei n° 690/84). (3) É o conjunto de comunidades vegetais que se estendem pelo litoral tropical, situadas em reentrâncias da costa, próximas à desembocadura de cursos d´água e sempre sujeitas à influência das marés (Del. CECA n° 063, de 28.02.80). (4) Vegetação halófita tropical de mata (ou, raramente, escrube) de algumas poucas espécies especializadas que crescem na vasa marítima da costa ou no estuário dos rios (às vezes chamado mangue, mas esta palavra propriamente pertence às plantas e não à comunidade) (ACIESP, 1980). (5) Terreno baixo, junto à costa marítima, sujeito a inundação da maré, na quase totalidade constituído de vasas ou lamas de depósitos recentes. Os mangues constituem importantes bases da cadeia alimentar. (6) Ecossistema situado em áreas costeiras tropicais, como estuários e lagunas, regularmente inundado por água salobra (ARRUDA et alii, 2001). (7) Vegetação com influência flúvio-marinha, típica de solos limosos de regiões estuarinas e dispersão descontínua ao longo da costa brasileira, entre os Estados do Amapá e Santa Catarina. Nesse ambiente halófito, desenvolveu-se uma flora especializada, ora dominada por gramíneas (Spartina) e amarilidáceas (Crinum), que lhe confere uma fisionomia herbácea, ora dominada por espécies arbóreas dos gêneros Rhizophora, Laguncularia e Avicenia. De acordo com dominância de cada gênero, o manguezal pode ser classificado em mangue vermelho (Rhizophora), mangue branco (Laguncularia) e mangue siriúba (Avicenia) os dois primeiros colonizando os locais mais baixos e o terceiro os locais mais altos e afastados da influência das marés. Quando o mangue penetra em locais arenosos denomina-se mangue seco (Resolução CONAMA 010/93).
Mapa. (1) Representação plana e reduzida de um setor da superfície terrestre. Carta geográfica ou celeste. Lista, catálogo, relação, quadro sinóptico. Mapa corográfico: o que representa apenas determinado país ou região. (2) Representação geralmente em uma superfície plana, de feições naturais ou artificiais existentes na superfície de um corpo, em uma escala estabelecida de antemão.
Mapa genético. (1) Representação da distância genética que separa locos com genes não alelos em uma estrutura de ligação. (2) Idiograma representando a posição relativa dos genes ao longo dos cromossomos. Nestes mapas, as distâncias entre dois genes correspondem à freqüência de recombinação entre eles.
Mapa-múndi. Mapa que representa o globo terrestre dividido em dois hemisférios. A execução do mapa-múndi consiste em figurar numa superfície plana as singularidades da superfície terrestre, que é esférica. Os primeiros mapas-múndi eram imperfeitos e os seus traçados cheios de deformações. Os mais conhecidos são o mapa-múndi do Comentário do Apocalipse (séc. X), o mapa-múndi de Hereford (séc. X), o de Fra Mauro (séc. XIV). A partir do século XVI adotaram-se projeções de construção matemática, que obedeciam a pontos de vista diferentes e a que correspondem diversas vantagens: projeção de Mercator, projeção estereográfica (Glossário Libreria, 2003).
Mar. (1) Grande massa e extensão de água salgada que cobre a maior parte da superfície do globo terrestre e que constitui um dos bens do domínio de cada nação, dentro dos limites do território flutuante. (2) Grande volume de água salgada que cobre perto de 75% da superfície terrestre.
Maré. (1) Elevação e abaixamento periódico das águas nos oceanos e grandes lagos, resultantes da ação gravitacional da lua e do sol sobre a terra a girar (DNAEE, 1976). (2) É o fluxo e refluxo periódico das águas do mar que, duas vezes por dia, sobem (preamar) e descem (baixamar) alternativamente (GUERRA, 1978). (3) Movimento oscilatório periódico das águas do mar, pelo qual elas se elevam ou se abaixam em relação a uma referência fixa no solo. É produzido pela ação conjunta da Lua e do Sol e, em muito menor escala, dos planetas. Ocorre também em lagos, embora imperceptível.
Maré negra. Termo usado pelos ecologistas para designar as grandes manchas de óleo provenientes de desastres com terminais de óleo e navios petroleiros, e que, por vezes, poluem grandes extensões da superfície dos oceanos (CARVALHO, 1981).
Mar territorial brasileiro. Faixa de doze milhas marítimas de largura, medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular brasileiro, tal como indicada nas cartas náuticas de grande escala, reconhecidas oficialmente no Brasil (Lei 8.617/93).
Maré vermelha. É uma floração. É uma antibiose ou um amensalismo onde o fator biológico de base é a seleção biológica, resultante da dominância de uma só espécie. A floração surge quando os organismos responsáveis estão no próprio plâncton, como acontece com os dinoflagelados, que impedem a fotossíntese das diatomáceas, sobrepondo-se a elas, além de destruí-las com suas toxinas (CARVALHO, 1981).
Maricultura. Cultivo de espécies em águas salobras ou salgadas.
Marnéis. São pré-concentrados de sal, podendo se constituir em valas de infiltração abertas paralelamente a lagunas ou enseadas ou em braços de água barrados com diques. Ou valas de infiltração, são braço de lagoa de pouca profundidade, barradas pelos salineiros com diques de terra, munidos de comportas para dar entrada às águas ou esgotá-las depois das chuvas.
Marpol 73/78. Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição causada por Navios, concluída em Londres, em 02 de novembro de 1973, alterada pelo Protocolo de 1978, concluído em Londres, em 17 de fevereiro de 1978, e emendas posteriores, ratificadas pelo Brasil (Lei 9966/00).
Massa de ar. Uma porção da atmosfera que carrega consigo as características de temperatura e umidade das áreas onde ela se forma.
Massapé. Nome popular usado no norte do Brasil para solos pretos argilosos, calcíferos. Em São Paulo, designam-se assim os solos argilosos, provenientes da decomposição de xistos metamórficos.
Matacão. Fragmento de rocha destacado de diâmetro superior a 25 cm, comumente arredondado. As origens são várias: por intemperismo, formando-se in situ os chamados matacões de esfoliação; por atividade glacial (matacões glaciais); por trabalho e transporte fluvial; por ação das vagas no litoral.
Mata Atlântica. Formações florestais (Floresta Ombrófila Densa Atlântica, Floresta Ombrófila Mista, Floresta Ombrófila Aberta, Floresta Estacional Semi-decidual, Floresta Estacional Decidual) e ecossistemas associados inseridos no domínio Mata Atlântica (Manguezais, Restingas, Campos de Altitude, Brejos Interioranos e Encraves Florestais no Nordeste), com as respectivas delimitações estabelecidas pelo Mapa de Vegetação do Brasil, IBGE 1988 (Decreto 750/93).
Mata de galeria. Floresta que margeia um ou os dois lados de um curso d’água, em regiões onde a vegetação característica não é florestal (cerrados, campo limpo, caatinga, etc.). O mesmo que Floresta de Galeria.
Matas ciliares. (1) Vegetação arbórea que se desenvolve ao longo das margens dos rios, beneficiando-se da umidade ali existente. (2) É a mata das margens dos rios, lagos, represas, córregos e nascentes, é a chamada faixa de preservação.
Mata natural regenerada. Vegetação que surge pela supressão de floresta autóctone, por causas naturais ou por atividades antrópicas, e pode apresentar-se em diversos estágios de desenvolvimento; é vulgarmente chamada de carrascal, capoeirinha, capoeira, capoeirão, etc., conforme o estágio em que se encontre.
Mata secundária. É a mata que já foi explorada pelo homem.
Mata virgem/nativa/primária. É a mata que nunca foi mexida pelo homem.
Matéria orgânica. (1) Composto natural de resíduos animais e vegetais que são passíveis ou sofreram decomposição. (2) Material constituinte dos animais ou vegetais. Portanto é passível de decomposição.
Matéria-prima. Substância destinada à obtenção direta do produto técnico por processo químico, físico e biológico (Decreto 98.816/90).
Matéria-prima florestal. Substância florestal (advinda da floresta ou originária desta), bruta, principal e essencial com que é fabricado algum produto (Portaria Normativa IBDF 302/84).
Matéria-prima lenhosa. Madeira usada com o qual se obtém lenha para combustível, cavacos (chips) para transformação em polpa, etc. (Portaria Normativa IBDF 302/84).
Material genético. Significa todo material de origem vegetal, animal, microbiana ou outra que contenha unidades funcionais de hereditariedade (Convenção sobre diversidade biológica, art. 2°).
Material nuclear. (1) Elementos nucleares ou seus subprodutos (elementos transurânios), (U-233) em qualquer forma de associação (i.e. metal, liga ou combinação química) (Lei 4.118/62 modif. para Lei 6.189/74). (2) Combustível nuclear e os produtos ou rejeitos radioativos (Lei 6.453/77).
Matriz de interação. Método de avaliação de impacto ambiental que consiste na elaboração de matrizes que dispõem, em um dos eixos, os fatores ambientais e, no outro, as diversas ações realizadas para a implantação de um projeto. Nas quadrículas definidas pela intercessão das linhas e colunas, assinalam-se os prováveis impactos diretos de cada ação, sobre cada fator ambiental, identificando-se o conjunto de impactos diretos a serem gerados e destacando-se tanto os múltiplos efeitos de cada ação como a soma das ações que se combinam para afetar um determinado fator ambiental (FEEMA, 1997).
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Também conhecido como CDM (Clean Development Mechanism) foi incorporado ao Protocolo de Kyoto a partir de uma proposta brasileira. O MDL consiste no financiamento de projetos que possam gerar reduções certificadas de emissão, que serão creditadas ao país investidor que, por conseguinte, estaria cumprindo parte de suas obrigações mediante a concretização deste investimento.
Mediação. Processo pelo qual uma terceira pessoa (física ou jurídica) coordena, orienta, conduz ou regula a negociação de conflitos. É uma das maneiras de negociar a solução de problemas e conflitos de interesse quanto ao uso e a proteção dos recursos ambientais. Também é usada para promover a participação social e melhorar a eficácia do processo de avaliação de impacto ambiental, quando existem interesses antagônicos entre os grupos sociais afetados pelo projeto e seu proponente, com o objetivo de facilitar acordos e evitar ações judiciais (ARRUDA et alii, 2001).
Medidas compensatórias. Medidas tomadas pelos responsáveis pela execução de um projeto, destinadas a compensar impactos ambientais negativos, notadamente alguns custos sociais que não podem ser evitados ou uso de recursos ambientais não renováveis (ARRUDA et alii, 2001).
Medidas corretivas. Ações para a recuperação de impactos ambientais causados por qualquer empreendimento ou causa natural. Significam todas as medidas tomadas para proceder à remoção do poluente do meio ambiente, bem como restaurar o ambiente que sofreu degradação resultante destas medidas (ARRUDA et alii, 2001).
Medidas mitigadoras. São aquelas destinadas a prevenir impactos negativos ou reduzir sua magnitude. É preferível usar a expressão “medida mitigadora” em vez de “medida corretiva”, uma vez que a maioria dos danos ao meio ambiente, quando não pode ser evitada, pode apenas ser mitigada ou compensada (ARRUDA et alii, 2001).
Medidas preventivas. Medidas destinadas a prevenir a degradação de um componente do meio ou de um sistema ambiental (ARRUDA et allii, 2001).
Meia vida. Tempo necessário para a atividade de uma substância radiativa decair para a metade, ou seja, para que metade dos átomos dessa substância se desintegrem; indica a persistência do produto no ambiente.
Meio ambiente. (1) Apresentam-se, para meio ambiente, definições acadêmicas e legais, algumas de escopo limitado, abrangendo apenas os comportamentos naturais, outras refletindo a concepção mais recente, que considera o meio ambiente um sistema no qual interagem fatores de ordem física, biológica e sócio-econômica. (2) O conjunto, em um dado momento, dos agentes físicos, químicos, biológicos e dos fatores sociais susceptíveis de terem um efeito direto ou indireto, imediato ou o termo, sobre os seres vivos e as atividades humanas (POUTREL & WASSERMAN, 1977). (3) A soma das condições extremas e influência que afetam a vida, o desenvolvimento e, em última análise, a sobrevivência de um organismo (The World Bank, 1978). (4) O conjunto do sistema externo físico e biológico, no qual vivem o homem e os outros organismos (PNUMA apud SAHOP, 1978). (5) Meio-ambiente – o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas (Lei 6.938 de 31.08.81 – Brasil). (6) Condições, influências ou forças que envolvem e influem ou modificam: o complexo de fatores climáticos, edáficos e bióticos que atuam sobre um organismo vivo ou uma comunidade ecológica e acaba por determinar sua forma e sua sobrevivência; a agregação das condições sociais e culturais (costumes, leis, idiomas, religião e organização política e econômica) que influenciam a vida de um indivíduo ou de uma comunidade (FEEMA, 1997). (7) Conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas (Lei n.° 6.938, de 31 de agosto de 1981) (FEEMA, 1997). (8) Tudo aquilo que cerca ou envolve os seres vivos e as coisas, incluindo o meio social-cultural e sua relação com os modelos de desenvolvimento adotados pelo homem (Glosário Ibama, 2003).
Meio Estável. Área de estabilidade natural antiga em função do equilíbrio entre os fatores abióticos e bióticos das unidades geoambientais (geossistemas e geofácies) (Glossário Ibama, 2003).
Meio Instável. Área de equilíbrio ambiental muito frágil em face da vulnerabilidade à erosão (Glossário Ibama, 2003).
Meiose. Processo de divisão celular responsável pela formação dos gametas. Caracteriza-se por promover a redução do número de cromossomos da espécie pela metade.
Melhoramento genético. (1) Alterações provocadas na constituição genética de um organismo vivo, com o objetivo de se produzir uma variedade superior dentro da espécie. (2) Disciplina ocupada com o cruzamento de plantas através de autofertilização, fertilização cruzada ou hibridação e que tem como propósito a produção de progênies melhoradas. Os objetivos mais importantes em programas de melhoramento são o aumento do rendimento da cultura, a seleção para resistência a pragas e doenças, o encontro de tolerância a estresses ambientais e a busca de características qualitativas (ex.: aumento do teor de amido em culturas tuberosas).
Meridianos. Círculos que cortam a esfera terrestre, passando por ambos os pólos.
Meristema. (1) Região do domo apical constituída de células meristemáticas. Meristemas são encontrados em regiões de crescimento, como a ponta de raiz, axila de folhas e primórdios caulinares. Quando cultivados in vitro, em condições ideais, apresentam a capacidade de se diferenciarem e regenerarem o indivíduo semelhante àquele que lhe deu origem.. (2) Tecido caracterizado pela ativa divisão de seus elementos que produz as novas células necessárias ao crescimetno da planta.
Meristema apical. Meristema das extremidades em crescimetno dos caules, ramos e raízes.
Mesofanerófitos. São plantas de porte médio, variando entre 20 e 30 m de altura, ocorrendo preferencialmente nas áreas extra amazônicas.
Mesoclima. Estudo climático de pequenas áreas.
Mesófila. Vegetação adaptada a viver em ambiente com mediana disponibilidade de água no solo e na atmosfera (Resolução CONAMA 012/94).
Mesozóica. Era geológica intermediária entre a era Paleozóica, mais antiga, e a era Cenozóica, mais recente. Inclui três períodos geológicos, a saber: Triássico, Jurássico e Cretáceo.
Metabolismo. Conjunto de todos os processos físicos e químicos pelos quais os organismos vivos produzem as substâncias e a energia indispensáveis às suas atividades. Compreende elaboração de energia, destruição de matérias vivas para liberação de energia da constituição química da matéria viva.
Metáfase. Uma das fases da divisão celular quando os cromossomos ficam alinhados na posição equatorial da célula e preso às fibras do fuso.
Metais pesados. (1) Metais como o cobre, zinco, cádmio, níquel e chumbo que, se presentes na água ou no ar em elevadas concentrações, podem retardar ou inibir os processos biológicos ou se tornarem tóxicos aos organismos vivos. (2) Grupo de elementos minerais que agem como poluentes de ecossistemas e que são geralmente muito tóxicos. Os metais pesados são o mercúrio, cádmio, chumbo, zinco, cromo, níquel, selênio, cobre, a platina e o arsênio. Eles se acumulam no organismo das plantas e animais e, através da cadeia alimentar, podem chegar ao homem. (3) Metais que podem ser precipitados por gás sulfídrico em solução ácida; por exemplo: chumbo, prata, ouro, mercúrio, bismuto, zinco e cobre (ABNT, 1973). (4) São metais recalcitrantes, como o cobre e o mercúrio – naturalmente não biodegradáveis – que fazem parte da composição de muitos pesticidas e se acumulam progressivamente na cadeia trófica (CARVALHO, 1981). (5) Metais, como o cobre, zinco, cádmio, níquel e chumbo, os quais são comumente utilizados na indústria e que podem, se presentes, em elevadas concentrações, retardar ou inibir o processo biológico aeróbio ou anaeróbio e ser tóxico aos organismos vivos.
Metalímnio. (termoclina) A camada de água em um lago, situada entre o epilímnio e o hipolímnio, em que a temperatura exibe a maior diferença na direção vertical. O mesmo que temoclina e camada de descontinuidade (ACIESP,1980).
Metamórfica. Um dos três grandes grupos de rochas. As rochas metamórficas originam-se de rochas magmáticas ou sedimentares por processos especiais de transformação. Devido a esses processos, formam-se minerais novos e texturas novas. Apresentam, freqüentemente, estruturas paralelas, que lembram a estratificação das rochas sedimentares. Tal estrutura (foliação) é devida à orientação dos minerais. Em certas rochas metamórficas, como as provenientes de metamorfismo de contato, pode não ocorrer foliação. Metamórficas, nos planos de falhas, orientação de grãos e fósseis em sedimentos.
Metanol. Derivado do carvão e da madeira, é um combustível de alta performance e emite baixos níveis de poluentes tóxicos. Metanol é utilizado como combustível em veículos de corrida devido às suas características e aspectos de segurança.
Meteorito. Corpo de origem celeste que resiste ao atrito com a atmosfera e atinge a superfície da Terra. Quando no espaço são chamados de meteoróides. A luz que produzem ao interagir com a atmosfera chamada de meteoro. (O Estado de S. Paulo, de 31.12.1995, p. D-18).
Meteorização. (1) Conjunto de forças exteriores que atuam sobre uma rocha, provocando modificações mecânicas e químicas. (2) Comunicação das rochas pela ação da atmosfera. É a parte inicial do processo de intemperismo. Em resumo, é um processo de desintegração física e química de rochas e minerais, muito complexo e que varia com a profundidade (CARVALHO, 1981). (3) Conjunto de fatores ecodinâmicos que intervêm sobre uma rocha acarretando modificações de ordem mecânica e química. Na geomorfologia, consideramos de modo mais amplo, englobando os fenômenos de desagregação mecânica, decomposição química, dissolução, hidratação, etc. É o complexo de fatores que vai ocasionar a alteração das rochas. Na ciência dos solos, alguns pedólogos encaram a meteorização como a transformação das rochas decompostas em solos (edafização). Para o geólogo e o geomorfólogo, a decomposição é causada pela atuação dos diversos agentes exodinâmicos que transformam a rocha inicial numa rocha alterada ou decomposta (GUERRA, 1978).
Meteorologia. (1) Estudo dos movimentos e fenômenos da atmosfera terrestre nas suas relações com o tempo e o clima, com o fim de efetuar a previsão dotempo, por medições de temperatura, precipitação, pressão atmosférica, velocidade e direção do vento. (2) É a ciência que estuda os fenômenos atmosféricos e as leis que os regem. A meteorologia desenvolveu-se com o processo da aviação; o avião é usado para observações sendo um dos mais exigentes usuários da meteorologia. Para a coleta de dados existem as estações meteorologicas. Sua função é fazer observações meteorológicas, coletar e distribuir dados. Provavelmente, a mais importante função de um centro meteorológico, sob o ponto de vista das tripulações, é fazer previsões de tempo (Glossário Libreria, 2003).
Método de Avaliação de Impacto Ambiental (Métodos de AIA). (1) Mecanismo estruturado para coletar, analisar, comparar e organizar informações e dados sobre os impactos ambientais de uma proposta, incluindo os meios para apresentação escrita e visual dessas informações ao público e aos responsáveis pela tomada de decisão. (2) Sequência de passos recomendados para colecionar e analisar os efeitos de uma ação sobre a qualidade ambiental e a produtividade do sistema natural, e avaliar seus impactos nos receptores natural, socioeconômico e humano.
Metrópoles. Núcleos urbanos onde há a concentração de pessoas, recursos econômicos, culturais, sociais e políticos, além de setor terciário especializado.
Metropolização. Formação de metrópoles.
Micaxisto. Tipo de mineral encontrado na natureza em camadas.
Microbacia. Espaço físico delimitado de uma área drenada por um curso d’água, formada em geral por rios de até 2a. ordem e com até 3 mil hectares.
Microclima. (1) Variação local de parâmetros climáticos, considerando-se pequenas áreas. O microclima é muito sensível a fatores como desmatamento, presença de barragens; é particularmente sensível às grandes aglomerações urbanas. (2) Condições climáticas existentes numa área delimitada, às vezes criadas artificialmente.
Microcosmo. Sistema pequeno e simplificado, quase sempre criado e mantido em laboratório, que contém as características essenciais de um sistema natural maior.
Microfanerófitos. são plantas de baixo porte, variando entre 5 e 20 m de altura, ocorrendo preferencialmente nas áreas nordestinas e no Centro-oeste.
Micronutrientes. (1) Nome dado a vários elementos químicos (como zinco, cobre, cobalto, manganês, iodo e flúor) encontrados em quantidades minúsculas nos tecidos de plantas e animais. (2) O boro, cloro, cobre, ferro, manganês, molibdênio, zinco e cobalto, expressos nas formas de B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo, Zn e Co, respectivamente (Decreto 86.955/82).
Microorganismo. Organismo microscópico ou ultramicroscópico, incluindo bactérias, cianofíceas, fungos, protistas e vírus.
Migmatito. Rocha gnáissica mista, constituída de material sedimentar e magmático, formado por uma espécie de injeção. Atualmente, segundo o conceito de Eskola, rocha mista, gnáissica, originada por mobilização magmática, parcial ou total, de uma rocha prévia na tecnosfera.
Migração. Movimento de deslocação coletivo dos indivíduos de uma espécie ou de uma população de um local para outro, afastado, em busca de melhores condições ambientais ou de vida. As migrações costumam ser periódicas e reversíveis.
Milonito. Rocha finamente triturada por movimentos e forças tectônicas e posteriormente solidificada. Muito freqüente em regiões falhadas.
Mimetismo. Capacidade de certas espécies de tornarem a cor, a textura e a configuração de objetos do meio em que vivem ou de outras espécies, como forma de defesa contra predadores; em sentido figurado é usado como mudança conforme o meio.
Minerais garimpáveis. O ouro, o diamante, a cassiterita, a columbita, a tantalita e wolframita, nas formas aluvionar, eluvionar e coluvial; a sheelita, as demais gemas, o rutilo, o quartzo, o berílio, a muscovita, o espodumênio, a lepidolita, o feldspato, a mica e outros, em tipos de ocorrência que vierem a ser indicados, a critério do Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM (Lei 7.805/89 e Decreto 98.812/90).
Mineral. Elemento ou composto químico, via de regra resultante de processos inorgânicos, de composição química geralmente definida e encontrado naturalmente na crosta terrestre. Os minerais, em geral, são sólidos. Apenas a água e o mercúrio apresentam-se no estado líquido, à temperatura normal.
Minério nuclear. Toda concentração natural de mineral nuclear na qual o elemento ou elementos nucleares ocorrem em proporção e condições tais que permitam sua exploração econômica (Lei 4.118/62 modif. para Lei 6.189/74).
Mineralização. Processo pelo qual elementos combinados em forma orgânica, provenientes de organismos vivos ou mortos, ou ainda sintéticos, são reconvertidos em formas inorgânicas, para serem úteis ao crescimento das plantas. A mineralização de compostos orgânicos ocorre através da oxidação e metabolização por animais vivos, predominantemente microscópicos (ABNT, 1973).
Minifúndio. (1) Imóvel rural de área e possibilidades inferiores às da propriedade familiar (Lei 4.504/64). (2) Imóvel rural com dimensão inferior a um módulo fiscal, calculado na forma do artigo 5° do Decreto 84.685/80 (Decreto 84.685/80).
Mistura oleosa. Mistura de água e óleo, em qualquer proporção (Lei 9966/00).
Mitose. Processo de divisão celular responsável pelo aumento do número de células nos tecidos somáticos. Caracteriza-se pela produção de células filhas idênticas à célula mãe.
Moléculas de ADN/ARN recombinantes. (1) Moléculas manipuladas fora das células vivas, mediante a modificação de segmentos de ADN/ARN natural ou sintético que possam multiplicar-se em uma célula viva, ou ainda, as moléculas de ADN/ARN resultantes dessa multiplicação. Consideram-se, ainda, os segmentos de ADN/ARN sintéticos equivalentes aos de ADN/ARN natural (Lei 8.974/95).
Molibdênio. Elemento metálico polivalente, dificilmente fusível, que se parece com o cromo e o tungstênio em muitas propriedades. É obtido como pó cinza-escuro ou como metal duro branco-prateado do seu principal minério, a molibdenita, por ustulação e redução do trióxido de molibdênio. É usado principalmente para reforçar e temperar o aço e como elemento traçador no metabolismo de plantas e animais. Símbolo Mo, número atômico 42, massa atômica 95,95.
Molusco. Animal triblástico, celomado, não segmentado, aquático ou terrestre, com ou sem concha.
Monitoramento. (1) Medição repetitiva, discreta ou contínua, ou observação sistemática da qualidade ambiental – água, ar ou solo. (2) Observação e avaliação contínua de certos parâmetros ambientais ou populacionais, indicadores do funcionamento e da dinâmica de um ecossistema.
Monitoramento ambiental. (1) Acompanhamento, através de análises qualitativas e quantitativas, de um recurso natural, com vista ao conhecimento das suas condições ao longo do tempo. É um instrumento básico no controle e preservação ambiental. (2) Determinação contínua e periódica da quantidade de poluentes ou de contaminação radioativa presente no meio ambiente (The World Bank,1978). (3) Coleta, para um propósito predeterminado, de medições ou observações sistemáticas e intercomparáveis, em uma série espaço-temporal, de qualquer variável ou atributo ambiental, que forneça uma visão sinóptica ou uma amostra representativa do meio ambiente (ARRUDA et alii, 2001).
Monitoramento de impacto ambiental. (1) O processo de observações e medições repetidas, de um ou mais elementos ou indicadores da qualidade ambiental, de acordo com programas pré-estabelecidos, no tempo e no espaço, para testar postulados sobre o impacto das ações do homem no meio ambiente (BISSET, 1982). (2) No contexto de uma avaliação de impacto ambiental, refere-se à medição das variáveis ambientais após o início da implantação de um projeto (os dados básicos constituindo as medições anteriores ao início da atividade) para documentar as alterações, basicamente com o objetivo de testar as hipóteses e previsões dos impactos e as medidas mitigadoras (BEANLANDS, 1983).
Monitorar. Observar freqüente ou continuamente um fenômeno, natural ou artificial, visando à obtenção de dados quantitativos ou qualitativos para um maior conhecimento sobre a sua essência e comportamento. Observar cientificamente com o intuito de controlar ou regular.
Monóclina. Espécie que apresenta flores hermafroditas. Do grego, mono = um; clinos = leito; ou seja, ambos os sexos contidos no mesmo receptáculo floral.
Monocultura. (1) Cultivo de uma única espécie vegetal em determinada área. Esta prática provoca desequilíbrios ecossistêmicos e, em conseqüência, o aparecimento de “pragas” , isto é, a concentração em grande escala de determinada espécie animal ou vegetal que podem devastar uma lavoura inteira se não forem erradicadas logo. (2) Sistemas de uma só espécie de colheita, essencialmente instável, porque, ao se submeterem a pressões, são vulneráveis à competição, às enfermidades, ao parasitismo, à depredação e a outras ações recíprocas negativas (ODUM 1972). (3) São ecossistemas agrícolas tão simplificados que produzem somente um tipo de colheita. São muito instáveis, pois, submetidos a pressões, são totalmente vulneráveis por sua homogeneidade (CARVALHO, 1981).
Monóica. Espécie díclina que apresenta flores masculinas e femininas no mesmo indivíduo (ex.: mandioca, seringueira).
Monóxido de carbono. Composto que surge em combustões e que contém um átomo de oxigênio e um de carbono. É uma substância muito tóxica porque se combina com a hemoglobina (pigmento do glóbulo vermelho do sangue), evitando que esta fixe oxigênio.
Monóxido de carbono. (1) Gás incolor, inodoro e venenoso produzido pela combustão incompleta de madeira, carvão, óleo e gasolina. Carros e caminhões emitem monóxido de carbono. Respirar muito monóxido de carbono pode tornar a pessoa doente. (2) Símbolo químico CO; gás produzido pela queima incompleta de hidrocabonetos, como na queima de combustíveis fósseis (emissões de veículos movido a gasolina ou diesel) ou pela decomposição parcialmente anaeróbica de matéria orgânica; altamente tóxico, um dos principais poluentes do ar.
Montanha. (1) Monte elevado e de base extensa. (2) Grande elevação do terreno, com cota em relação a base superior a 300 metros e freqüentemente formada por agrupamentos de morros (Resolução CONAMA nº 303/2002).
Montanhismo. Excursões em montes e montanhas, ricos em belezas paisagísticas, alpinismo. Trata-se de escalada técnica em que os adeptos carregam, em geral, os apetrechos necessários (cordas, ferramentas, etc.). Alguns consideram alpinismo excursões em montanhas, sobretudo as escarpas, em que seus adeptos, mesmo sensíveis à apreciação das belezas paisagísticas das alturas preferem antes de tudo vencer as dificuldades de ascensão e escalada.
Montano. (1) Relativo a ambientes que ocupam a faixa de altitude geralmente situada entre 500 e 1500 m. (2) Ambientes que ocupam a faixa de altitude geralmente situada entre 500 a 1.500 metros (Resolução CONAMA 012/94).
Montante. (1) Ponto que se localiza em posição anterior a outro ponto situado no sentido da corrente fluvial (contrário de jusante). (2) Rio acima.
Monte ou morro. (1) Grande elevação de terreno acima do solo circunjacente. (2) Elevação do terreno com cota do topo em relação à base entre 50 a 300 metros e encosta com declividade superior a 30% (aproximadamente 17°) na linha de maior declividade; o termo monte se aplica, de ordinário, à elevações isoladas da paisagem (Resolução CONAMA nº004/85).
Monumentos arqueológicos ou pré-históricos. Jazidas de qualquer natureza, origem ou finalidade que apresentem testemunhos da cultura dos paleoameríndios do Brasil, tais como sambaquis, montes artificiais ou tesos, poços sepulcrais, jazigos, aterrados, estearias e quaisquer outras não especificadas aqui, mas de significado idêntico, a juízo da autoridade competente (Lei nº 3.924 de 26.07.61).
Monumentos naturais. (1) As regiões, os objetos, ou as espécies vivas de animais ou plantas, de interesse estético ou valor histórico ou científico, aos quais é dada proteção absoluta, com o fim de conservar um objeto específico ou uma espécie determinada de flora ou fauna, declarando uma região, um objeto, ou uma espécie isolada, monumento natural inviolável, exceto para a realização de investigações científicas devidamente autorizadas, ou inspeções oficiais (Decreto legislativo nº 03, de 13.02.48). (2) Formações de caráter excepcional cuja preservação é de interesse público (por exemplo: uma árvore, fontes, rochas, afloramentos geológicos, cavernas, montanhas, serras).
Moratória. Prorrogação do pagamento de uma dívida.
Morena. Depósito em forma de lombadas ou de forma irregular, transportado e sedimentado pelo gelo, associado ou com geleira do tipo alpino ou com geleira do tipo continental. O material constituinte das morenas é de natureza conglomerática ou tilítica.
Morfologia. Estudo da forma e seu desenvolvimento.
Morfológico. Relativo à morfologia. Estudo das formas de relevo. Situa-se entre a Geologia e a Geografia.
Mortalidade. Relação entre o número de mortes (em um ano) e o número total de habitantes. Mede-se em número de mortes para cada 1.000 habitantes. É também conhecida como taxa de mortalidade (CARVALHO, 1981).
Mortalidade geral. É o número de óbitos, por 1.000 habitantes, havidos durante um ano, numa determinada população (SAVOY).
Mortalidade infantil. É o número de óbitos em indivíduos de até um ano de idade, referidos a 1.000, durante um ano (SAVOY).
Mosaico. No sistema de plantações florestais, é o conjunto formado por sub-áreas (conhecidas como talhões, quadras ou lotes) presentes em determinada unidade da paisagem e que apresentem entre si diversidade quanto à composição de gêneros, espécies, procedências, clones e/ou estágios silviculturais. Considera-se que quanto mais intensa for essa diversidade, mais favorecidos serão os aspectos relacionados à segurança biológica das plantações e manutenções dos ciclos naturais.
Mounds. Monumentos em forma de colinas, que serviam de túmulos, templos e locais para moradia.
Movimento ecológico. Movimentos de ação social que, a partir da formação de grupos integrados, pretende estimular uma atitude fundamental de defesa do equilíbrio e de uma melhor qualidade de vida. São gerados e organizados por grupos sociais os mais diversos, como associações de bairro, conservacionistas, profissionais, clubes, igrejas e outros, e podem constituir grupos de pressão junto aos poderes públicos e as organizações privadas (Assessoria de Comunicação, FEEMA, informação pessoal, 1986).
Mucilagem. Designação comum aos compostos viscosos produzidos por plantas.
Muco. Secreção constituída por água e uma proteína, a mucina.
Muda. Planta jovem oriunda de propagação generativa e vegetativa destinda a produção de árvores.
Mudanças climáticas. Termo genérico que engloba vários assuntos, como o efeito estufa, as causas da intensificação deste fenômeno natural, as conseqüências do aquecimento global, as medidas necessárias para prevenir ou minimizar este aquecimento, e também as prováveis medidas que a humanidade deverá adotar para se adaptar a esta mudança; a mudança climática vem se tornando uma área de conhecimento transdisciplinar, envolvendo várias ciências: física, química, geologia, oceanografia, meteorologia, geografia, biologia, ecologia, economia, sociologia e engenharia.
Multiplicação. Reprodução de um acesso para atender à demanda. No caso de intercâmbio, dá-se através da seleção de uma amostra do acesso que é germinada (ou repicada) sob condições ambientais supervisionadas, de modo a minimizar os efeitos da seleção sobre mudanças em freqüências gênicas. O tamanho da amostra a ser multiplicada vai variar e depender dos objetivos da demanda (ex.: caracterização ou avaliação de uma coleção para experimento científico). Para acessos incorporados à coleção base, a multiplicação é feita quando o número de sementes está reduzido. A reprodução dos acessos relaciona-se ao seu fator quantitativo.
M1, M2, M3… Símbolos utilizados para designar a primeira, segunda, terceira, etc. gerações após o tratamento com agente mutagênico.
Município. Circunscrição territorial administrada nos seus próprios interesses por um prefeito, que executa as leis emanadas do corpo de vereadores eleitos pelo povo.
Mutação. (1) Alteração física ou química do material genético. (2) Variação herdável imprevista em um gene ou no número e estrutura cromossômica. As mudanças no material genético dividem-se em duas categorias: mutação cromossômica e mutação gênica. (3) Qualquer mudança no genótipo de um organismo que ocorra no nível do gene, cromossomo ou genoma; normalmente aplicada às mudanças no gene para novas formas alélicas. (4) Alteração no interior de um gene ou cromossomo em animais ou em plantas que resulta numa variação de elementos hereditários; a mutação espontânea ocorre em toda a natureza, mas também pode ser induzida.
Mutação cromossômica. Mutação do tipo aberração cromossômica, que afeta a estrutura e o número de cromossomos ou o número dos genes num cromossomo. Exemplos de mutação cromossômica são a deleção, a duplicação, a inversão, a translocação, a aneuplodia e a euploidia.
Mutação gênica. Processo responsável pela produção de novos alelos através da alteração na seqüência de bases do ADN.
Mutirão ambiental. Recurso administrativo estabelecido pela resolução n.° 003/89 do CONAMA, que permite a fiscalização de unidades de conservação e áreas protegidas pela sociedade civil; o mutirão ambiental é formado por um grupo de, no mínimo, três pessoas credenciadas por órgão ambiental competente; a autorização também se estende para reservas ecológicas de caráter privado.
Ambiente Brasil