CAA. Trata-se o Clean Air Act, lei norte-americana que estabelece os padrões para emissão de poluentes na atmosfera.
Caatinga. (1) Vegetação arbórea-arbustiva. Folhas pequenas, partidas ou pinadas, muitas vezes sensíveis. Extremo desenvolvimento da flora das cactáceas. Riqueza de espinhos. Xerófitas típicas. O solo é seco e duro, coberto de extensas aglomerações de bromeliáceas e cactáceas rasteiras. A composição da caatinga e de seus elementos varia de acordo com a qualidade do solo, do sistema fluvial, da topografia e das atividades de seus habitantes. (2) Nome indígena significando mata aberta, mata branca, mata clara. Revestimento florístico dominante nas regiões sertanejas do Nordeste brasileiro. (3) Palavra usada para vários tipos de vegetação no Brasil. (a) a vegetação espinhosa da região seca do Nordeste. Formas naturais são florestas baixas, floresta baixa aberta com escrube fechado e árvores baixas emergentes (o mais comum), escrube fechado (também comum) escrube aberto, savana de escrube; (b) floresta baixa, escrube fechado ou aberto, savana de escrube esparso, todos de composição florística especial, sobre areia branca podzolizada, no Nordeste da Amazônia (ACIESP, 1980). (4) Ecossistema formado por pequenas árvores e arbustos espinhosos esparsos que perdem as folhas durante o período de seca. Flora típica do Sertão Nordestino Brasileiro (ARRUDA et allii, 2001). (5) Vegetação característica do interior do Nordeste Brasileiro, que se extende do norte de Minas Gerais até o Maranhão, constituída de plantas de pequeno porte arbóreo, comumente espinhosas, que perdem as folhas no decorrer de estação de seca prolongada, entre as quais se encontram numerosas plantas suculentas, onde predominam as cactáceas. (6) Tipo de vegetação brasileira característica do Nordeste, formada por espécies arbóreas espinhosas de pequeno porte, associadas a cactáceas e bromeliáceas. Designa também um dos biomas ou macroecossistemas brasileiros, situado no Semi-árido do Nordeste, rico em espécies vivas apesar da agressividade das condições do solo e da meteorologia. (7) Vegetação típica do Sertão Nordestino, composta por pequenas árvores e arbustos espinhosos, que perdem as folhas durante a seca. A vegetação é xerofítica, caducifoliar e aberta, bem adaptada para suportar a falta de água.
Cabeceiras. (1) Lugar onde nasce um curso d´água. Parte superior de um rio, próximo à sua nascente (DNAEE, 1976). (2) Zona onde surgem os olhos d’água que vão formar um curso fluvial. A cabeceira nem sempre é um lugar bem definido, algumas vezes ela abrange uma área. As cabeceiras são denominadas também nascente, fonte, mina, manancial (Glossário Libreria, 2003).
Cabo. Setor saliente do continente, que se estende para dentro do mar ou lago, sendo menos extenso do que uma península e maior do que um pontão.
Cactáceas. Família de plantas peculiarmente destituídas de folhas e que têm o caule muito engrossado, em virtude de amplas reservas de água. Quase sempre conduzem espinhos. Flores ornamentais, dotadas de numerosas pétalas e estames, frutos por vezes comestíveis (Resolução CONAMA 012/94).
Cadeia alimentar. (1) Conjunto de organismos existentes em uma comunidade natural, tal que cada elo na cadeia se alimenta do elo que está abaixo e é devorado pelo que está acima. Raramente há mais de seis elos numa cadeia, com os organismos autótrofos na base e os grandes carnívoros no ápice. (2) Transferência de energia entre os seres vivos (das plantas ao homem) sob a forma de alimento. Numa cadeia alimentar simples, as plantas servem de alimento para um herbívoro, que por sua vez alimenta um carnívoro. Há muitas cadeias alimentares (também chamadas de tróficas), que devido à complexidade da natureza apresentam diversas conexões e se transformam em teias alimentares. (3) Em ecologia, a seqüência de transferência de energia, de organismo para organismo, em forma de alimentação. As cadeias alimentares se entrelaçam, num mesmo ecossistema, formando redes alimentares, uma vez que a maioria das espécies consomem mais de um tipo de animal ou planta. A transferência de energia alimentícia desde a origem, nas plantas, através de uma série de organismos, com as reiteradas atividades alternadas de comer e ser comido, chama-se cadeia alimentar (ODUM, 1972). (4) Relação trófica que ocorre entre os seres vivos que compõem um ecossistema, mediante a qual se transfere a energia de um organismo ao outro. A cadeia alimentar começa por organismos produtores que obtêm a energia necessária do Sol, e/ou das substâncias minerais simples. Em seguida, envolve os consumidores de várias ordens. (5) Ou cadeia trófica; níveis de alimentação encontrados em todas as comunidades de seres vivos, em que seres de um nível se alimentam dos membros do nível abaixo e são consumidos pelo nível acima. Em geral, cada nível é representado por diversas espécies; teia ou rede alimentar; conjunto das intrincadas relações alimentares entre populações de um mesmo ecossistema. As cadeias alimentares também podem ser estabelecidas por matéria orgânica morta fora da comunidade, consumida e transformada em detritos que, por vez, igualmente servem de alimento. (6) O mesmo que cadeia trófica. É a sequência de seres vivos, onde um serve de alimento ao seguinte. Praticamente, toda a cadeia alimentar inicia-se por um vegetal, seguindo-se de animais herbívoros, predadores de herbívoros, predadores de carnívoros e assim por diante (Glossário Ibama, 2003).
Cadeia de barreiras. Sucessão de ilhas barreiras, esporões barreiras e praias-barreiras, que se estende por considerável distância, às vezes por algumas centenas de quilômetros ao longo da costa.
Cadeia de montes marinhos. Montes submarinos alinhados cujas bases estão separadas por um fundo oceânico elevado relativamente plano.
Cadeia de solo. Grupo de solos dentro de uma região zonal, desenvolvidos a expensas da rocha básica similar, mas diferente quanto às características do solo, devido a diferenças de declive ou das drenagens.
Cadeia externa. Elevação submersa ampla, em geral com mais de 160 km de largura e de 180 a 1800 metros de altura, estendendo-se paralelamente à margem continental, podendo incorporar uma bacia marginal.
Cadeia meso-atlântica. Cadeia de montanhas vulcânicas que se estende na direção norte-sul ao longo da porção central do Oceano Atlântico, elevando-se a partir do fundo até cerca de 1000 metros abaixo da superfície do mar.
Cadeia mesoceânica. Cadeia montanhosa mediana de origem vulcânica e sismicamente ativa, que se estende do norte ao sul dos Oceanos Atlântico Sul, Índico e Pacífico Sul. De acordo com a teoria da movimentação tectônica de placas, as cadeias mesoceânicas representam locais de adição de novos materiais crustais, isto é, constituem margens construtivas. Sinônimo: elevação mesoceânica.
Cadeia meso-índica. Cadeia de montanhas vulcânicas que se estende do Oceano Pacífico Sul através do Oceano Índico, interceptando o Golfo de Aden entre a Arábia Saudita e a África.
Caducifólia. Plantas ou vegetações que não se mantêm verdes durante todo o ano, perdendo as folhas na estação seca ou no inverno.
Caiaque. O mais versátil dos barcos. Serve para fazer pequenos passeios, enfrentar corredeiras de rios acidentados, pegar ondas e viajar. No Brasil existem mais de 100 mil caiaques de todos os tipos.
Cais. Estrutura costeira preenchida, de construção artificial, paralela à praia de um porto ou às margens de um rio ou canal, usada para amarração ou para carga e descarga de mercadorias ou passageiros de barcos. Na porção posterior do cais, podem existir depósitos, áreas industriais, estradas de rodagem ou de ferro.
Calabriana. Transgressão do Pleistoceno Inferior que ocorreu na região sul do Mar Mediterrâneo, afetando vários países da Europa.
Calcarenito. Calcário clástico de granulação predominantemente arenosa (0,062 a 2 mm), composto por partículas calcíticas ou aragoníticas. Esse termo, ao lado de calcirruditoecalcilutito,que se referem respectivamente a calcários de granulação grossa (mais de 2 mm) e fina (menos de 0,062 mm), é muito útil nas descrições de campo. Do mesmo modo que os arenitos terrígenos comuns, os calcarenitos podem exibir abundantes estruturas hidrodinâmicas, tais como estratificações cruzadas e marcas onduladas de corrente. Exemplo: calcário permiano da Formação Estrada Nova em Taguaí, SP.
Calcário. (1) Rocha que contém essencialmente carbonato de cálcio (CaCO3) na sua composição. (2) Rocha formada por litificação de lama calcária, areia calcária, fragmentos bioclásticos, etc.
Calcário bioconstruído. Calcário composto predominantemente de materiais resultantes de atividades vitais de organismos coloniais, tais como algas, corais, briozoários e estromatoporóides. Exemplo: calcário algálico, que é composto predominantemente de restos de algas calcárias e/ou biolititos algálicos ou ainda depósitos algálicos que cimentam fragmentos carbonáticos de várias origens.
Calcilutito. Calcário composto de lama calcária litificada.
Calcirrudito. Calcário composto predominantemente por fragmentos de carbonato de cálcio (CaCO3) maiores do que a granulação de areia, isto é, conglomerado carbonático.
Calcita. Mineral com a mesma composição da aragonita (CaCO3), porém cristalizado no sistema trigonal, que pode apresentar-se como componente primário ou secundário (diagenético). Organismos formadores de rochas calcárias podem conter, ao mesmo tempo, calcita e aragonita. É um mineral mais estável do que a aragonita e, portanto, pode resultar de sua recristalização.
Calcrete. Materiais superficiais, tais como os cascalhos ou areias cimentados por carbonato de cálcio (CaCO3), como resultado de concentração por evaporação em clima seco, a partir das águas intersticiais próximas à superfície. Freqüentemente caracterizado por crostas, pisólitos, gradação inversa, etc. e encontrado tanto em ambientes continentais, como em sabkhas costeiros. Muitas vezes chamado também de caliche, embora calcrete seja mais adequado quando a composição for carbonática.
Caledoniano. Revolução orogenética que ocorreu no período siluriano e se prolongou até os meados do período devoniano, na Europa (Glossário Libreria, 2003).
Calha de onda. Porção mais baixa de uma onda entre cristas sucessivas. Designação também usada para referir-se à parte da onda situada abaixo do nível de águas tranqüilas.
Calmaria. Condição meteorológica caracterizada por uma velocidade de vento abaixo do nível de detecção. Níveis usualmente utilizados são os de 1 nó (uma milha náutica por hora), 1 m/s ou nível zero na escala Beaufort.
Calor. Modalidade de energia que é transmitida de um corpo para outro quando entre eles existe diferença de temperatura.
Calota glacial. Grande massa de geleira com até 2 a 3 km de espessura, ligada à glaciação continental ou de latitude, formada em regiões polares. No Pleistoceno existiram calotas glaciais importantes, tais como Laurentidiana (América do Norte), Fenoscandiana (Norte da Europa) e Alpina (região dos Alpes). Atualmente, calotas glaciais recobrem a Antártida e a Groelândia.
Calota insular. Calota de gelo cobrindo parte importante de uma ilha. Designação usada para distingui-la da calota continental e geleira de vale.
Camada de inversão. Faixa da atmosfera (particularmente, da troposfera) em que, por circunstâncias especiais e locais, num determinado momento apresenta o seu perfil de temperatura invertido em relação ao normal, isto é, com a temperatura aumentando com a altitude. Pode começar no nível do solo ou a partir de uma certa altitude. A base da camada de inversão bloqueia a dispersão de poluentes para cima e por esta razão é um amplificador da poluição atmosférica em grandes cidades com características topográficas de depressão, como São Paulo (Brasil), Los Angeles (EUA) e Santiago (Chile); eventualmente estas cidades têm que recorrer até ao bloqueio do tráfego para que o ar não se torne irrespirável. É um fenômeno mais freqüente no inverno e no interior.
Camada de ozônio. (1) Situada na estratosfera, funciona como um filtro que atenua o efeito dos raios ultravioletas sobre a Terra. A redução do ozônio tem sido apontada como responsável pelo aumento dos casos de cegueira e câncer de pele no hemisfério Norte. (2) Camada com cerca de 20 km de espessura, distante 25 km da Terra, localizada na estratosfera, que concentra cerca de 90% de ozônio atmosférico e protege nosso planeta dos efeitos nocivos da radiação ultravioleta proveniente do Sol. (3) Nome comum da ozonosfera; camada da atmosfera terrestre que contém ozônio gasoso; essa camada protege a Terra ao absorver os raios ultravioletas do Sol, nocivos aos seres vivos; é também chamada de escudo de ozônio ou camada protetora de ozônio. (4) Camada situada dentro da atmosfera, cuja função é absorver os raios do Sol, regulando o clima e afastando os aspectos nocivos e letais deste tipo de emissão de raios.
Camada mista. Camada superficial da água oceânica, acima da termoclima, homogeneizada pela ação do vento, equivalente ao epilímnio dos lagos.
Camadas basais. Mesmo que delta lacustre.
Câmbio. Camada de meristema situada entre o embrião e o líber, que dá origem a esses tecidos na estrutura secundária.
Caméfitos. Plantas sublenhosas e/ou ervas com gemas e brotos de crescimento situados acima do solo, atingindo até 1m de altura e protegidos durante o período desfavorável, ora por catáfilos, ora pelas folhas verticiladas, ocorrendo preferencialmente nas áreas campestres pantanosas.
Caminhada ecológica. Caminhada ecológica é uma atividade de lazer responsável, não competitiva, que acontece geralmente em áreas silvestres e unidades de conservação, onde são passadas noções de educação ambiental e informações sobre ecologia, história e cultura dos locais visitados. Além disso, são seguidos rigorosos critérios de atenuação de impacto ambiental e social, como: trazer todo o lixo de volta, não coletar nenhuma “lembrancinha”, andar com pouca gente, fazer pouco ruído, cuidar para não incomodar os habitantes do local (humanos ou não), etc.
Campina. Nome que se dá a um tipo de campo comum no sudeste do Brasil, de pequena extensão, pobre em vegetação de médio e grande porte, com nítido predomínio de gramíneas; campo sem árvores; planície.
Camping. (1) Área fisicamente delimitada, dotada de instalações, equipamentos e serviços, com padrões exigidos para recepção e montagem dos equipamentos móveis para alojamento e uso temporário de seus ocupantes, em períodos de lazer e turismo. (2) A palavra prado vem do latim pratum e significa lugar plano, campina ou planície. Área que apresenta vegetação rala, normalmente coberta por ervas e com ausência de irregularidade em sua extensão.
Camping selvagem. É acampamento improvisado, sem infra-estrutura de serviços ou segurança. O campista leva seus próprios equipamentos para montar o acampamento. Ao término da atividade, deixa a área limpa como quando a encontrou.
Campo. (1) Terras planas ou quase planas, em regiões temperadas, tropicais ou subtropicais, de clima semi-árido ou subúmido, cobertas de vegetação em que predominam as gramíneas às vezes com presença de arbustos e espécies arbóreas esparsas, habitadas por animais corredores e passáros de visão apurada e coloração protetora. (2) Formações abertas onde predomina uma vegetação herbácea.
Campo de altitude ou campo rupestre. (1) Tipo de vegetação campestre descontínua, associada a afloramentos rochosos em serras do Brasil Central e Oriental. (2) Vegetação típica de ambientes montano e alto-montano, com estrutura arbustiva e/ou herbácia que ocorrem no cume das serras com altitudes elevadas, predominando em clima subtropical ou temperado. Caracteriza-se por uma ruptura na seqüência natural das espécies presentes nas formações fisionômicas circunvizinhas. As comunidades florísticas próprias dessa vegetação são caracterizadas por endemismos (Resolução CONAMA 010/93). (3) Muito pedregosos, freqüentes em maiores altitudes. (4) Onde a existência de gramíneas e vegetação herbácea é determinada pelo nível de elevação do terreno.
Campo cerrado. Sobre um tapete de gramíneas e outras herbáceas surgem árvores e arbustos tortuosos, de cascas grossas.
Campo limpo. (1) Fitofisionomia do Cerrado caracterizada por apresentar essencialmente vegetação herbácea, com um ou outro indivíduo arbóreo (ARRUDA et allii, 2001). (2) Revestimento com gramíneas e raros grupos de arbustos.
Campo petrolífero submarino. Os maiores campos petrolíferos mundiais, de idades variando entre o Mesozóico Superior e Cenozóico (Terciário), estendem-se das áreas continentais para as plataformas continentais adjacentes. Exemplos: região do Golfo do México, Califórnia, Venezuela, Mar do Norte e Golfo Pérsico. No Brasil, o exemplo mais importante de campos petrolíferos submarinos encontra-se na Bacia de Campos (RJ), além das bacias Sergipe-Alagoas e Potiguar (RN).
Campo sujo. (1) Formação com apenas um andar de cobertura vegetal, constituída principalmente de leguminosas, gramíneas e ciperáceas de pequeno porte, inexistindo praticamente formas arbustivas. (2) Fitofisionomia do Cerrado caracterizada por apresentar vegetação herbácea-arbustiva com indivíduos arbóreos distribuídos muito esparsadamente (ARRUDA et allii, 2001). (3) Vegetação gramínea invadida por outras ervas e arbustos.
Campos naturais de algas. Área em que se encontram espontaneamente, em qualquer fase de seu desenvolvimento, uma ou várias espécies de algas (Portaria IBAMA 147/97).
Canais distributários. Padrão de canais que são comuns nos cursos inferiores de canais fluviais, onde ocorrem ramificações em vários canais que penetram no mar ou em outros corpos de águas tranqüilas em diferentes posições. Os canais distributários são encontrados na maioria dos deltas.
Canal. (1) Curso de água natural ou artificial que serve de interligação entre corpos de água maiores. (2) Porção de um corpo de água (baia, estuário, etc.) com profundidade suficiente para navegação. (3) Grande estreito, como o Canal da Mancha.
Canal coletor. Canal construído para recolher as águas superficiais, como as águas da chuva ou de irrigação.
Canal extravasor. Canal usado para escoar o excesso de água do canal principal ou de uma represa.
Cananéia (Transgressão). Transgressão do Pleistoceno Superior que ocorreu há aproximadamente 123.000 anos aprox.., afetando grande parte da costa brasileira. Testemunhos desta Transgressão, representados por terraços de construção marinha, estão amplamente distribuídos ao longo da costa do Brasil e constituem a Formação Cananéia, definida por Suguio e Petri (1973) na região de Cananéia (SP). Em geral, este terraço situa-se cerca de 8 a 10 metros acima do nível marinho atual.
Canhão de ar. Fonte de energia muito difundida em Geologia Marinha que injeta uma bolha de ar altamente comprimida liberada de forma explosiva para produzir uma onda de choque inicial, sendo utilizada em levantamentos sísmicos submarinos. O seu espectro de freqüência depende da quantidade e pressão do ar na bolha e da profundidade da água. Conjuntos de canhões de diferentes tamanhos podem ser usados para se obter um espectro de freqüência. Utilizam-se pressões da ordem de 150 kg/cm², câmaras de 0,5 a 30 l, produzindo ondas sonoras de cerca de 130 db.
Canhão submarino. Vales submersos que dissecam áreas de plataforma e/ou taludes continentais. Muitas dessas feições foram originadas durante o Pleistoceno, como vales fluviais, tendo sido submersos no decorrer da Transgressão Holocênica.
Cânions. Desgaste do relevo por intermédio da passagem de um rio naquele local por muito tempo.
Canyoning. Mesmo que o rapel, porém numa cachoeira ou queda d´água em que seus praticantes devem resistir ao frio das águas geladas de um rio e ainda coordenar o rapel.
Canoagem. Viagens em barcos em formato de canoas ou botes, para uma ou mais pessoas, conforme o percurso a ser percorrido. Em alguns casos, são usadas embaracações nativas como as usadas na Amazônia.
Capacidade assimilativa. Limite quantitativo de um sistema para assimilar e processar substâncias ou mistura de substâncias nele introduzidas, sem causar desequilíbrio ou perturbação relevante nas suas funções básicas. A capacidade assimilativa não é estática, mudando de acordo com as condições do momento e com as substâncias introduzidas.
Capacidade de suporte. População limite de uma espécie num sistema natural. Densidade populacional que pode ser sustentada por recursos limitados.
Capacidade de tolerância ou de aceitação. Quantidade máxima de um poluente que pode ser suportado por um ser vivo ou de um determinado meio.
Capilaridade. (1) Fenômeno que envolve a subida e a descida do nível de água do solo através de fendas minúsculas em rochas conhecidas como capilares. (2) Fenônemo observado quando se coloca a extremidade de um tubo fino na superfície de um líquido. O líquido tende a subir ou descer no tubo, devido a forças de atração molecular.
Capital. Cidade ou povoação principal de um país, estado, província ou circunscrição territorial, em geral onde se encontra a sede do governo e suas principais secretarias.
Capoeira/capoeirão. (1) Mato ralo, de pequeno porte, que nasce em lugar do mato velho derrubado. (2) Estágio arbustivo alto ou florestal baixo na sucessão secundária para floresta depois do corte, fogo e outros processos predatórios. (3) Vegetação que nasce após a derrubada de uma mata nativa, sendo portanto uma vegetação secundária (ARRUDA et allii, 2001). (4) O mesmo que mata natural regenerada. (5) Termo brasileiro que designa o terreno desmatado para cultivo. Por extensão, chama-se capoeira a vegetação que nasce após a derrubada de uma floresta. Distinguem-se as formas: capoeira rala; capoeira grossa, na qual se encontram árvores; capoeirão, muito densa e alta. Essas formas correspondem a diferentes estágios de regeneração da floresta. Vegetação secundária que nasce após a derrubada das florestas virgens. Mato que substitui a mata secular derrubada. (6) Termo popular usado para designar áreas abandonadas onde a vegetação começa a se recuperar sozinha; serve tanto para designar os primeiros estágios de recuperação (campo sujo) como para estágios mais avançados (mata secundária incipiente).
Captação. Pontos de retirada de água para abastecimento público e outros fins, sendo, por isso, locais a serem preservados prioritariamente.
Capuava. Habitante da região do vale do Ribeira de Iguape que se dedica à exploração dos recursos florestais. Também é usado para denominar uma capoeira muito pobre, constituída apenas de arbustos (Glossário Libreria, 2003).
Característica. Atributo estrutural ou funcional de uma planta que resulta da interação do(s) gene(s) com o ambiente.
Característica qualitativa. Característica em que a variação mostrada é descontínua. A utilização de flor amarela versus flor roxa para separar duas espécies é um exemplo de variação descontínua. De grande valor em taxonomia e geralmente controlada por oligogenes.
Característica quantitativa. Característica em que a variação apresentada é contínua. Na variação contínua é comum o encontro de um gradiente, isto é, a característica apresenta-se sob vários estados, desde fraca até fortemente presente. Geralmente, a expressão destas características é controlada por poligenes.
Caracterização. Descrição e registro de características morfológicas, citogenéticas, bioquímicas e molecular do indivíduo, as quais são pouco influenciadas pelo ambiente, em sua expressão.
Caraterização ecológica. É a descrição dos componentes e processos importantes que integram um ecossitema e o entendimento de suas relações funcionais (HIRSH, 1980 apud BEANLANDS, 1983).
Caráter monogênico. Aquele determinado por um par de genes. É pouco influenciado pelo meio ambiente.
Caráter oligogênico. Determinado por poucos pares de genes, geralmente até seis pares.
Caráter poligênico. Determinado por muitos pares de genes. É muito influenciado pelo meio ambiente.
Carbono. Elemento químico designado pela letra C e número atômico 12. O carbono é único entre os elementos uma vez que forma um vasto número de compostos, mais do que todos os outros elementos combinados com exceção do hidrogênio. Existe em três formas alotrópicas principais: diamante, a grafite e o carbono amorfo. O diamante e a grafite ocorrem naturalmente como sólidos cristalinos e possuem propriedades diversas, enquanto carbono “amorfa” é um termo aplicado a uma grande variedade de substâncias carboníferas que não são classificadas como diamante ou grafite.
Carbono 14. Isótopo radioativo do carbono com peso atômico 14, produzido pelo bombardeamento de átomos de nitrogênio 14, por raios cósmicos. Hoje em dia, é intensamente utilizado na determinação da idade de substâncias carbonosas ou carbonáticas de idade inferior a cerca de 30.000 anos. A meia vida deste elemento radioativo é de 5700 ± 30 anos.
Carbúnculo. Bacillus anthracis é causador de uma doença conhecida como carbúnculo. O antraz está em evidência devido aos últimos acontecimentos envolvendo a guerra entre o Afeganistão e os Estados Unidos. Infelizmente, a bactéria causadora da doença, o Bacillus anthracis, pode ser utilizado como uma poderosa arma biológica. O antraz é uma doença comum entre animais, tais como gado bovino, camelos, ovelhas, antílopes, cães e cabras e é adquirido por eles por meio de sua alimentação. O bacilo causador da infecção pode esporular e conseqüentemente resistir ao calor e ao frio intensos durante décadas apenas aguardando as condições ideais para a sua germinação.
O antraz não é transmitido de pessoa para pessoa. Existem três tipos de possibilidade de infecção na espécie humana:
1. Cutânea – Adquirida quando se manuseia produtos infectados.
2. Respiratória – Adquirida quando se inspira esporos do bacilo.
3. Gastrointestinal – Adquirida quando se ingere carne contaminada dos animais descritos anteriormente.
Os sintomas da doença dependem da forma como ela foi adquirida.
Na forma cutânea (95% dos casos até aqui registrados), a infecção é transmitida através de feridas na pele. De início, surge apenas uma pequena sarna, semelhante a uma picada de inseto. No entanto, um ou dois dias depois, surge uma bolha que progride para uma dolorosa úlcera que pode atingir 3 cm de diâmetro. Com o tempo a úlcera necrosa e as glândulas linfáticas podem inchar. Um em cada cinco casos não tratados podem resultar em morte.
Na forma respiratória, o antraz se manifesta, inicialmente parecendo um resfriado comum. Esta é fase onde a doença ainda pode ser detida por antibióticas, depois as toxinas produzidas pelas bactérias invadem a corrente sangüínea e torna-se quase impossível salvar a vida do enfermo.
Na forma gastrointestinal surge uma inflamação aguda no intestino. Logo a seguir o paciente passa a ter náuseas, perde o apetite, vomita sangue, tem febre, dores abdominais e forte diarréia. Os casos não tratados chegam a 25% de letalidade.
Fonte: http://www.fiocruz.br
– Silvio Valle/Fiocruz
– Centro de Controle de Doenças (CDC/EUA)
Carcinicultura. (1) Cultivo de camarão. (2) Cultivo de crustáceos. (3) É uma atividade tradicional que visa a criação racional de camarões em cativeiro. Nos Estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina esta atividade tem um maior potencial devido à grande quantidade de áreas propícias.
Carcinogênico. Agente que produz, tende a produzir, ou pode estimular o desenvolvimento de qualquer tipo de câncer. Sinônimo: cancerígeno.
Carga. Quantidade de sedimentos transportados por uma corrente aquosa. Compreende as cargas de suspensão compostas de partículas pequenas, em geral síltico-argilosas, e de fundo ou de tração constituída por partículas maiores (sentido restrito).
Carga de fundo. Sedimento de granulação maior do que as cargas de suspensão ou saltação, transportado pela água corrente por mecanismos de arrastamento e de rolamento. Sinônimo: carga de tração.
Carga genética. Conjunto de genes letais ou subletais causadores de anormalidade em uma população.
Carga orgânica. A quantidade de oxigênio necessária à oxidação bioquímica da massa de matéria orgânica que é lançada ao corpo receptor na unidade de tempo. Geralmente, é expressa em toneladas de DBO por dia (ACIESP, 1980).
Carga poluidora. (1) Quantidade de material contido em um corpo de água que exerce efeito danoso em determinados usos de recursos naturais. (2) A carga poluidora de um efluente gasoso ou líquido é a expressão da quantidade de poluente lançada pela fonte. Para as águas, é freqüentemente expressa em DBO ou DQO; para o ar, em quantidade emitida por hora, ou por tonelada de produto fabricado (LEMAIRE & LEMAIRE, 1975).
Carijó. Armação de varas em que são colocados os ramos da erva-mate e por baixo da qual se ateia fogo para crestá-la; barbacuá, barbaquá.
Carste. Em uma região ao norte da Eslovênia, próxima a Trieste, conhecida localmente como KRAS ou KRS, desenvolveram-se os primeiros estudos sistemáticos a respeito das feições de dissoluções em relevos calcários. A partir de uma derivação germânica, surgiu o termo KARST, que se difundiria na literatura científica, como sendo um tipo particular de relevo, caracterizado por feições próprias, sendo as cavernas um dos seus elementos. No Brasil, foi traduzido para carste.
Cárstico. Relevo caracterizado pela ocorrência de dolinas, cavernas e drenagens subterrâneas criptorréicas, desenvolvido em regiões calcárias, devido ao trabalho de dissolução pelas águas subterrâneas e superficiais.
Carta de Marear. Mapa desenhado especialmente para permitir a orientação náutica e em que estavam marcadas as coordenadas geográficas. Mapa; carta náutica utilizada pelos pilotos dos navios (Glossário Libreria, 2003) .
Cartas/folhas. Representação dos aspectos naturais e artificiais da Terra, destinada a fins práticos da atividade humana, permitindo a avaliação precisa de distâncias, direções e a localização geográfica de pontos, áreas e detalhes. A principal característica é a possibilidade da justaposição em folhas contíguas, quando a área a representar excede o tamanho prático, para a escala conveniente com a precisão requerida.
Cartografia. (1) Ciência que estuda a Terra através da confecção e da interpretação de cartas e mapas. (2)Ciência e arte da representação gráfica da superfície da Terra, em parte ou no seu todo, de acordo com a escala. Trata também da representação de todos os fenômenos ocorridos na Terra ou com ela relacionados. A cartografia moderna utiliza como fonte de dados a fotografia aérea. Hoje não se concebe mais cartografia sem aerofotogrametria. Os levantamentos terrestres são feitos para fornecer dados de apoio às fotografias aéreas (Glossário Libreria, 2003).
Carvão. Substância combustível sólida, negra, resultante da combustão incompleta de materiais orgânicos. Carvão mineral.
Carvão vegetal. (1) Forma de carbono amorfo, produzida pela combustão parcial de vegetais lenhosos. (2) Material sólido, leve e combustível que se obtém da combustão incompleta da lenha (Instrução Normativa IBDF 1/80). (3) Substância combustível sólida resultante da carbonização de material lenhoso (Portaria Normativa IBDF 302/84). (4) Subproduto florestal, resultante da semi combustão da lenha (madeira) em fornos.
Casca. Tecido que fica por fora do cilindro de lenho divisível, usualmente na velhas árvores em: casca interna (viva), líber, casca externa (morta) e ritidoma.
Cascalho. Depósitos de fragmentos arredondados de minerais ou rochas com diâmetros superiores a 2 mm. De acordo com os valores crescentes dos diâmetros, podem ser reconhecidos os grânulos (2 a 4 mm), seixos (4 a 64 mm), calhaus (64 a 256 mm) e matacões (maiores que 256 mm).
Cascatas. Depósitos formados pelo fato de a água ao escorrer pela parede rochosa da gruta e depositar calcita durante seu percurso descendente. Tais depósitos são chamados cascatas, devido a sua forma e cor, geralmente alvíssima. Essas superfícies normalmente são lisas. Constituem um depósito uniforme da parede até o chão da gruta, porém, em alguns casos, pode terminar por estalactites formadas a partir das bordas, dando um aspecto semelhante a de um órgão.
Cassiterita. Minério de estanho.
Catabolismo. Segunda fase do metabolismo (posterior ao anabolismo), que consiste em sucessivas reações enzimáticas de oxidação da matéria anteriormente assimilada, visando à liberação da matéria anteriormente assimilada.
Catádromo. Migração estacional de peixe da água doce que desce para desovar no mar.
Catáfilo. Folha modificada, escamiforme, incolor e carnosa cuja função é proteger as gemas.
Catalisador. (1) Equipamento em forma de cilindro instalado no escapamento dos veículos. Funciona através de um processo de aquecimento, provocando a queima dos gases poluentes (especialmente o dióxido de carbono) e tornando-os inofensivos à saúde humana. (2) Substância que possui a propriedade de acelerar determinadas reações químicas sem sofrer alteração da sua estrutura molecular. É utilizada em equipamentos para a redução da poluição atmosférica (conversor catalítico), através das reações de oxidação de compostos gasosos orgânicos e inorgânicos, transformando-os em substâncias menos agressivas ao ambiente, como vapor d´ água e dióxido de carbono. (3) Equipamento mecânico instalado em veículos automotores, responsável pelo tratamento dos componentes tóxicos dos gases, antes de sua liberação no ar.
Catalisador de emissões. Equipamento que filtra os gases da combustão dos automóveis.
Catkin. Espiga escamada de flores reduzidas, normalmente unissexuais. O termo não deve ser aplicado para designar estróbilos estaminados ou masculinos das coníferas.
Cavalgada (riding). Viagem utilizando-se de cavalos, camelos ou lhamas para carregar passageiros e sua bagagem até áreas remotas. Em muitos casos, os animais são usados somente para transporte de bagagem.
Caverna. (1) Cavidade de grandes dimensões em monte, rochedo ou sob a terra; antro, furna, gruta. (2) Toda e qualquer cavidade natural subterrânea penetrável pelo homem, incluindo seu ambiente, seu conteúdo mineral e hídrico, as comunidades animais e vegetais ali agregadas e o corpo rochoso onde se insere (Resolução CONAMA N° 005 de 06.08.87). (3) Cavidade natural subterrânea, incluindo seu ambiente, seu conteúdo mineral e hídrico, as comunidades animais e vegetais ali agregados e o corpo rochoso onde se insere.
Cavidade natural subterrânea. Cavidade natural subterrânea: todo e qualquer espaço subterrâneo penetrável pelo homem, com ou sem abertura identificada, popularmente conhecido como caverna, incluído seu ambiente, seu conteúdo mineral e hídrico, a fauna a flora ali encontradas e o corpo rochoso onde as mesmas se inserem, desde que a sua formação tenha sido por processos naturais , independentemente de suas dimensões ou do tipo de rocha encaixante. Nesta designação estão incluídos todos os termos regionais, como gruta, lapa, toca, abismo, furna, buraco, etc. (Portaria IBAMA 887/90).
Célula. Câmara ou compartimento que, pelo menos durante certo tempo, é provida de um protoplasta. Constitui a unidade estrutural dos tecidos dos seres vivos.
Celulose. (1) Composto orgânico hidrocarbonado (C6H10O5), que constitui a parte sólida dos vegetais e principalmente das paredes das células e das fibras. Extraída da madeira, utiliza-se na fabricação de papel, seda artificial (raio m), etc. (2) Substância obtida pela dissolução e desidratação do principal componente da parede da célula vegetal, mediante processos mecânicos e químicos, e destinada a servir de matéria-prima para a produção do papel, papelão, plástico, etc (Instrução Normativa IBDF 1/80 e Portaria Normativa IBDF 302/84).
Cenário. (1) Modelo científico que permite aos pesquisadores considerar elementos de um sistema ambiental como se realmente funcionassem da maneira descrita, não testando as hipóteses, mas permitindo o exame dos possíveis resultados, caso as hipóteses fossem verdadeiras (FEEMA, 1997). (2) Construção teórica ou experimental, simulando eventos ou situações reais, de modo a estudas seu desenvolvimento e consequências, especular sobre suas possibilidades e avalias os possíveis impactos ambientais. Um cenário é uma situação com limites e condições estabelecidas.
Cenozóica. A última das três eras geológicas, que abrange os períodos Terciário e Quaternário, de aproximadamente 65 milhões de anos atrás até o presente; significa “vida recente”.
Central hidroelétrica. Instalação na qual a energia potencial e cinética da água é transformada em energia elétrica.
Central maremotriz. Central hidroelétrica que utiliza o desnível entre o mar e uma bacia do qual está separado, criado pelo efeito das marés.
Centrífuga. Força que se afasta ou se desvia do centro, antônimo de centrípeta.
Centro de diversidade. Região geográfica onde se concentra um número elevado de espécies de um gênero ou de gêneros de uma família, contrastando com sua menor freqüência em outras regiões.
Centro de domesticação. Região geográfica onde foi domesticada uma determinada cultura. Muitas culturas (ex.: seringueira) foram domesticadas independentemente por vários grupamentos humanos, em épocas e áreas diferentes, como decorrência da grande distribuição geográfica da espécie. Esta origem é chamada de acêntrica (“non-centric”). Outras culturas (ex.: tomate) foram domesticadas fora da área de ocorrência natural do ancestral silvestre.
Centro de origem – Região onde o ancestral silvestre de uma cultura distribui-se em estado nativo. Na concepção de N.I. Vavilov (1887-1943), o centro de origem de uma cultura equivalia à região onde o ancestral silvestre exibia a maior diversidade genética para um número seleto de características, diminuindo a variabilidade à medida que se deslocava para a periferia da distribuição. O conhecimento atual raramente valida a proposição de que o centro de origem de uma cultura coincide com a região em que esta mostra maior diversidade genética, possivelmente porque a relação entre ambos foi enunciada de maneira equivocada.
Centrômero. Constrição primária dos cromossomos. Região onde ocorre o cinetócoro, no qual se prendem as fibras do fuso durante as divisões celulares.
Cerne. Parte interna do lenho da árvore envolvida pelo alburno, constituída de elementos celulares já sem atividade vegetativa, geralmente caracterizada por coloração mais escura.
Cerradão. (1) Fitofissionomia do Cerrado caracterizada por apresentar vegetação arbórea, com árvores em torno de 10 metros de altura (podendo atingir até 15 metros) (ARRUDA et allii, 2001). (2) Vegetação xeromórfica, de engalhamento profuso, provida de grandes folhas coriáceas perenes em sua maioria e com casca corticosa não apresentando estrato arbustivo nítido, e o estrato graminoso é distribuído em tufos dispersos, entremeados de plantas lenhosas raquíticas (Portaria Normativa IBAMA 83/91). (3) Tipo mais denso e alto de vegetação do domínio dos cerrados, à exceção das florestas de galerias e capões regionais de matas. Considerado, também, vegetação oreádica florestal xenomorfa, com caracteres florísticos bem marcantes e distintos das demais formas de vegetação do cerrado sensu lato. O dossel arbóreo pode ser fechado ou aberto, mas não esparso.
Cerradinho. Faixa de terrano imprópria à cultura, com árvores de pequeno porte, tortuosas e esparsas. É bastante caracterizado pela presença de arbustos e vegetação rasteira.
Cerrado. (1) Vegetação xerófila dos planaltos com alguma cobertura herbácea. C. fechado: aquele em que as árvores estão muito próximas umas das outras. C. ralo: aquele em que a distância entre as árvores permite o trânsito de animais. (2) São formados por árvores espaçadas retorcidas, baixas com ramos tortuosos e cascas grossas, rimosas ou gretadas. (3) Tipo de vegetação que ocorre no Planalto Central Brasileiro, em certas áreas da Amazônia e do Nordeste, em terreno geralmente plano, caracterizado por árvores baixas e arbustos espaçados associados e gramíneas, também denominado campo cerrado. (4) Tipo de vegetação que ocorre no Planalto Central Brasileiro e em certas áreas da Amazônia e do Nordeste, em terreno geralmente plano, caracterizado por árvores baixas e arbustos espaçados, associados a gramíneas. As espécies deste tipo de vegetação apresentam troncos e ramos acentuadamente tortuosos e acinzentados (ARRUDA et allii, 2001). (5) Forma de vegetação xeromórfica com fisionomias diversas, de arbórea-lenhosa, com porte quase florestal, a gramíneo-lenhosa, onde se destacam as espécies de Angico-jacaré (Piptadenia sp), Aroeira (Astronium sp) Jacarandá (Machaerium sp).
Cerrado típico. Fitofisionomia do Cerrado caracterizada por apresentar vegetação arbustiva-arbórea, com árvores em torno de 3 metros de altura (podendo atingir até 10 metros) (ARRUDA et allii, 2001).
Certificação ambiental. (1) Processo por meio do qual entidade certificadora outorga certificado, por escrito, de que um empreendimento está em conformidade com exigências técnicas de natureza ambiental. (2) Certificação Ambiental ou CDM é a comprovação documentada do cumprimento dos compromissos assumidos por uma organização em respeito ao meio ambiente através de sua política ambiental e de seu sistema de gestão ambiental (Glossário Libreria, 2003). (3) Garantia escrita concedida a empresas cujo produto, processo ou serviço está em conformidade com os requisitos ambientais estabelecidos em lei. Normalmente tem como meio de representação selos de qualidade ambiental.
Certificado de Redução de Emissão (CER). Documento comprobatório de redução de emissão de gases de efeito estufa, constituído segundo bases do Mecanismo do Desenvolvimento Limpo (MDL).
Césio 137. (1) Isótopo radiativo de césio, usado em pesquisa e tratamento médico. O césio 137 é um subproduto da fissão nuclear e de explosão de bombas atômicas. (2) Elemento químico com aparência de um pó azul brilhante, com alto grau de radioatividade. No Brasil, este elemento causou mortes em Goiânia, em 1987, num acidente considerado um dos maiores do mundo envolvendo esta substância.
CFC (Clorofluorcarbono). (1) Composto químico gasoso, cuja molécula é composta dos átomos dos elementos cloro, flúor e carbono, de onde vêm suas iniciais. Constitui um gás de alto poder refrigerante, por isso muito usado na indústria (geladeiras e condicionadores de ar). Também constitui um dos principais componentes na produção de espumas, como as caixinhas de sanduíches em lanchonetes. Originariamente, era utilizado em larga escala como um gás propelente de recipientes aerossóis; este uso está praticamente banido pelos seus comprovados efeitos danosos à camada de ozônio. Existem diversos programas em todo o mundo para banimento total do uso de CFCs até o início do século XXI, devido a tais efeitos. Atualmente já começaram a ser fabricadas geladeiras e outros dispositivos refrigeradores que não utilizam CFCs. (2) Substâncias presentes, em grande escala, nos aerossóis, cuja utilização é bastante nociva à camada de ozônio. A sigla está relacionada à composição da substância cloro-flúor-carbono.
Chapada. Denominação do relevo tabuliforme acima de 600 metros, geralmente de formato horizontal. (2) Termo usado no Brasil para designar as grandes superfícies, por sua vezes horizontais e a mais de 600 metros de altitude, que aparecem na Região Centro-Oeste e Nordeste do Brasil.
Chapada residual. Testemunho de antigas superfícies sedimentares que cobriam o “escudo brasileiro” e que foram intensamente desgastadas pela erosão. O testemunho ou resíduo é o resto de antigas superfícies erodidas.
Chernobyl. Localidade da Ucrânia, ao norte da cidade de Kiev, onde ocorreram duas enormes explosões no interior dos quatro reatores da estação de energia nuclear, em 26 de abril de 1986. Os ventos transportaram parte do material radiativo resultante da explosão para a Europa Oriental e Ocidental, a 2.000 quilômetros de distância.
Chorume. (1) Líquido escuro e com alta carga poluidora, resultante da decomposição do lixo. (2) Líquido produzido pela fermentação e decomposição de matéria orgânica muito poluente. (3) Resíduo líquido proveniente de resíduos sólidos (lixo), particularmente quando dispostos no solo, como, por exemplo, nos aterros sanitários. Resulta principalmente da água de chuva que infiltra, e da decomposição biológica da parte orgânica dos resíduos sólidos. É altamente poluidor. (3) Líquido proveniente da decomposição de resíduos sólidos, particularmente quando dispostos diretamente no solo; material com elevado potencial poluidor.
Chuva. Precipitação atmosférica formada de gotas de água cujas dimensões variam, por efeito da condensação do vapor de água contido na atmosfera.
Chuva ácida. (1) Precipitação de agentes químicos nocivos misturados à chuva, geadas, neve ou neblina. É causada pela poluição e resulta numa chuva mais ácida que a normal. Florestas inteiras da Europa oriental e do Canadá desapareceram por causa desse fenômeno. (2) Fenômeno relativo à chuva que contém elementos poluentes. (3). São as chuvas contaminadas pelas emissões de óxidos de enxofre na atmosfera, decorrentes da combustão em indústrias e, em menor grau, dos meios de transporte. São as precipitações pluviais com pH abaixo de 5,6 (BRAILE, 1983). (4) Precipitação que carreia para a superfície da Terra, agentes químicos nocivos produzidos pelos processos industriais e pela combustão de carvão e petróleo. (5) Chuva, neve ou neblina com pH mais baixo que o neutro e nível de acidez mais elevado, por ação de resíduos provenientes principalmente da queimada de carvão e derivados de petróleo, ou gases de núcleos industriais poluidores acumulados na atmosfera. A água das chuvas “lava” a atmosfera, os gases e produtos químicos entram no ciclo hidrológico e retornam à superfície da terra. A quantidade de poluentes dissolvidos na chuva muda o pH da água e eleva seu nível de acidez, provocando a corrosão em monumentos edifícios, alterando o equilíbrio químico de lagos e rios e afetando vegetais e animais. É mais comum em regiões de clima temperado. (6) Trata-se de um fenômeno (precipitação de água sob a forma de chuva), decorrente da queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo, que poluem a atmosfera. A chuva ácida libera metais tóxicos que estavam no solo, causando sérios problemas de saúde. (7) Precipitação pluviométrica contendo ácidos decorrentes da combinação do vapor d’água com poluentes industriais, tais como os óxidos de enxofre (Sox) e Nitrogênio (Nox). Tais substâncias permanecem pouco tempo na atmosfera, já que se dissolvem prontamente na água, para se precipitarem, no caso do SO2, como ácido sulfúrico diluído. É um fenômeno que atravessa fronteiras, e assim torna-se um problema internacional.
Ciclo da água ou Ciclo hidrológico das águas. (1) Ciclo que faz circular toda a água do mundo e que funciona graças ao Sol que, com seu calor, provoca a evaporação de água dos oceanos, lago, rios, etc. Quando o vapor se resfria e se condensa, surgem as nuvens, que são carregadas pelo vento. Depois que as nuvens saturam, a água cai na forma de chuva ou neve. (2) O processo da circulação das águas da Terra, que inclui os fenômenos de evaporação, precipitação, transporte, escoamento superficial, infiltração, retenção e percolação. Sucessão de fases percorridas pela água ao passar da atmosfera à terra, e vice-versa: evaporação do solo, do mar e das águas continentais; condensação para formar nuvens; precipitação, acumulação no solo ou nas massas de água; escoamento direto ou retardado para o mar e a evaporação (DNAEE, 1976). (3) Processos de circulação das águas que inclui os fenômenos de evaporação, precipitação, transporte, escoamento superficial, infiltração, retenção e percolação. (4) Processo natural, dirigido pelo SOl, de evapotranspiração, condensação, precipitação e escoamento, que controla o movimento da água entre a atmosfera, os oceanos e os ambientes aquáticos e terrestres.
Ciclo da decomposição. Tudo o que morre constitui a dieta de um grupo de organismos denominados decompositores, como os fungos e bactérias. Ao se alimentar, eles dividem o material morto em pedaços cada vez menores, até que todas as substâncias químicas sejam liberadas no ar, solo e água para aproveitamento posterior.
Ciclo do carbono. O carbono é encontrado nos corpos de todos os seres vivos, nos oceanos, no ar e no solo. No ar, combinado com o oxigênio, forma o dióxido de carbono (CO²). As plantas retiram o carbono do ar, transformando-o em carboidratos, uma fonte de energia para os animais. No solo, nos ossos e nas carcaças dos animais, o carbono é encontrado como carbonato de cálcio. O carbono volta à atmosfera por meio da decomposição.
Ciclo de corte. Intervalo planejado entre dois cortes de regeneração no mesmo povoamento.
Ciclo do nitrogênio. O nitrogênio constitui 78% da atmosfera da terra, mas só pode ser aproveitado como fonte de energia para os seres vivos depois de transformado em nitrato pela ação de bactérias. Os nitratos, solúveis em água, são captados pelas raízes das plantas, que por sua vez o repassam aos animais. Outras bactérias transformam parte do nitrato que não é consumido pelas plantas novamente em gás nitrogênio, completando o ciclo.
Ciclo eustático. Intervalo de tempo durante o qual ocorreu uma subida e um abaixamento do nível marinho em escala mundial.
Ciclo hidrológico. Mecanismo de transferência contínua da água existente na Terra, dos oceanos e dos próprios continentes para a atmosfera em forma de vapor e, em seguida, precipitando sobre os continentes como chuva ou neve e finalmente retornando aos oceanos através dos rios. Este ciclo envolve vários reservatórios naturais, entre os quais as partículas aquosas se movem com o passar do tempo. Destes, o maior reservatório são os oceanos que contém 97% de todas as águas meteóricas, sendo seguidas pelas geleiras com 2,25%. As águas subterrâneas representam uma parcela relativamente pequena (0,75%), porém ainda bem maiores do que os rios e lagos, que representam apenas 0,01%.
Ciclo lagunar. Seqüência de eventos e os intervalos de tempo envolvidos no assoreamento de uma laguna por sedimentos, eventualmente seguidos por uma fase erosiva por ação de ondas e subseqüente preenchimento.
Ciclos naturais. Ciclos de nutrientes e minerais resultantes de interações entre os solos, água, plantas e animais em um determinado ambiente, os quais afetam a produtividade ecológica de dado local.
Ciência florestal. Ciência que, para ser bem compreendida, precisa ser profundamente estudada nos seus cinco ramos principais, que são: Silvicultura, Proteção, Política Florestal, Utilização e Manejo. Este último item pode ser subdividido em Mensuração, Ordenamento, Finança, Administrativa.
Cimentação. Processo químico de precipitação de vários tipos de substâncias naturais nos interstícios entre os grãos de minerais ou rochas dos sedimentos, durante o processo de litificação. Alguns dos materiais cimentantes mais comuns são: calcita, dolomita, sílica, siderita e óxidos e hidróxidos de ferro.
Cinturão verde. (1) Faixa de terra, usualmente de alguns quilômetros, no entorno de áreas urbanas, preservada substancialmente como espaço aberto. Seu objetivo é prevenir expansão excessiva das cidades e processos de conurbação, trazendo ar fresco e espaço rural não degradado para o mais perto possível dos moradores das cidades. (2) Área de extensão, nos arredores de zonas urbanas, preservada essencialmente como espaço aberto, cuja finalidade é evitar o crescimento desordenado e excessivo das cidades.
Ciófitas. Plantas de lugares sombrios.
Circuito primário. Parte fechada do sistema de refrigeração em reatores atômicos, recolhe o calor que se origina no reator e o conduz ao circuito secundário, onde é transformado em energia.
Cites (Convention on International Trade in Endangered Species). (1) Convenção Internacional sobre Comércio de Espécies Ameaçadas de Extinção. Tratado assinado por cerca de 80 países, desde 1973, proibindo o comércio internacional das 600 espécies mais raras de plantas e animais, e exigindo uma licença do país de origem para a exportação de 200 outras espécies. (2) Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção, firmada em março de 1973 e aprovada em novembro de 1975.
Citogenética. Estudo dos fatos citológicos da genética. Fornece as bases para as variações e é essencial para determinar a constituição cromossômica e a natureza da variação genética nas árvores.
Citologia. (1) Parte da biologia que estuda estrutura, funções e evolução das células. (2) Estudo das células, isto é, sua estrutura, função, desenvolvimento e reprodução em relação ao crescimento, diferenciação e hereditariedade.
Clade. Grupo monofilético de taxa que abrange um ancestral comum e seus descendentes.
Cladística. Classificação taxonômica baseada em relações evolutivas entre os taxa (espécies). A cladística pode apresentar resultados e conclusões diferentes dos da taxonomia clássica, a qual enfatiza o relacionamento genético entre as espécies.
Clarificação. Qualquer processo ou combinação de processos que reduza a concentração de materiais suspensos na água (ABNT, 1973).
Classe. (1) Categoria taxonômica entre ordem e divisão. (2) Nome dado a um grupo de ordens, na classificação dos seres vivos. Por exemplo: todas as ordens de animais mamíferos – carnívoros, cetáceos, roedores, etc. – pertencem à classe Mammalia.
Classe da água. (1) Categoria de um corpo de água que especifica o seu uso preponderante em função de características definidas por padrões de qualidade das águas. No Brasil, a classificação é feita de acordo com a Resolução nº 20/86 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). (2) Classificação de rios e outros corpos de água doce conforme padrões de qualidade estabelecidos pela Resolução CONAMA n° 20 de 18 de junho de 1986; são cinco as classes de rio: um rio de Classe 1 possui ótima qualidade de água.
Classe de árvores. Designação de todas as árvores de uma floresta com características específicas comuns, como por exemplo: dominância, diâmetro, qualidade, idade, tamanho e forma.
Classe de manejo. Unidade de planejamento. Parte da floresta que é manejada visando ao rendimento sustentado do mesmo tipo de produto final. Dentro de uma classe de manejo é aplicada em todos os povoamentos uma rotação aproximadamente igual.
Classe de resíduos. Classificação dos resíduos segundo sua origem ou periculosidade.
Classificação das terras. Classificação de conjuntos específicos de terra de acordo com suas características ou com a capacidade de uso.
Classificação dos solos. Classificação dos solos com base nas características petrográficas, mecânicas, químicas e, mais comum ultimamente, em grandes grupos, diferenciados em bases climáticas ou climato-genéticas, por ser mais ló
Ambiente Brasil