Região: Nordeste
Estado: Pernambuco
Município: Buíque, Arcoverde e Tupanatinga
Bioma: Caatinga
Área: 62.300 ha
Criação: Decreto 913/12 (2002)
Unidade de Proteção Integral
A região do Catimbau foi considerada “Área de Extrema Importância Biológica” pelos grupos temáticos do workshop “Avaliação e identificação de ações prioritárias para a conservação, utilização sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade do bioma Caatinga”, realizado em Petrolina / PE, em dezembro de 2000. Este foi o ponto de partida para a proposição de criação de uma Unidade de Conservação de Proteção Integral.
Existe registro através de pinturas rupestres e artefatos da ocupação pré-histórica na Serra do Catimbau pelo homem primitivo há pelo menos 5.000 anos.
O Parque Nacional do Catimbau possui 62.300 ha está inserido na bacia hidrográfica do rio São Francisco e ocupa parte dos municípios de Buíque, Arcoverde e Tupanatinga, no Estado de Pernambuco. O acesso a partir de Arcoverde é feito pela rodovia até Buíque, seguindo então até a vila do Catimbau, principal acesso ao Parque. Atualmente a unidade é considerada área núcleo da Reserva da Biosfera da Caatinga.
A unidade apresenta clima tropical semi-árido com temperatura média anual de 23ºC e precipitação média de 300 a 500 mm anuais
Existem grandes atrações no Parque do Catimbau, dentre elas podemos destacar a abundância de inscrições rupestres e a grande beleza cênica dos paredões de arenito e das formações rochosas esculpidas pela ação erosiva do vento. A ocorrência de numerosos sítios de pinturas e gravuras rupestres localizados, principalmente, nos abrigos rochosos das serras são realmente imperdíveis. Tratam-se de pinturas realizadas em épocas pré-históricas, que apresentam uma grande heterogeneidade gráfica, com características que as identificam como pertencentes à classe de registros rupestres conhecidos como Tradição Nordeste e Tradição Agreste, bem como a outras classes ainda pouco definidas. Foram cadastrados, até o presente, 25 sítios arqueológicos que, no estado atual das pesquisas, representam apenas um pequeno percentual da pontencialidade da área em termos arqueológicos.
A região está classificada no Domínio morfológico de Coberturas Sedimentares do Nordeste Oriental com o predomínio da Unidade de Relevo dos Tabuleiros do Reconcavo/ Tucano/ Jatobá. Apresentando solos arenoquartizolos profundos. A área caracteriza-se pela presença de grandes serras areníticas, com diversas denominações locais. A altitude varia entre 1000 a 600 metros.
A vegetação encontrada na área do Catimbau é típica de caatinga apresentando grande diversidade de espécies e de estrutura. No entanto, em função das variações de relevo e microclima, além de espécies típicas da caatinga, estão presentes na área espécies de cerrado, de campos rupestres, de mata atlântica e de restinga. Merece destaque a presença de inúmeros indivíduos arbustivo-arbóreos endêmicos da vegetação dos campos rupestres da Chapada Diamantina (Bahia e Minas Gerais) e que, extraordinariamente, ocorrem na região. Destaca-se a grande abundância de bromélias e cactos.
São conhecidas no Catimbau mais de 150 espécies de aves. Dentre as espécies de aves identificadas na área proposta para o Parque Nacional do Catimbau, o pintassilgo está incluído na lista de espécies em extinção, sendo considerado endêmico do Nordeste brasileiro. Outras espécies como a maria-macambira, e o picapauzinho são raras no nordeste e endêmicas da caatinga. Destacam-se também a presença de animais endêmicos, como o lagarto-das-rochas (Tropidurus semitaeniatus) e a lagartixa-de-Kluge (Lygodactylus klugei).
A população do entorno será altamente beneficiada pelo controle da qualidade ambiental, pela regulação do processo de expansão da fronteira agrícola, pela geração de nova oportunidades diretas e indiretas de emprego e trabalho, pelo estímulo ao desenvolvimento regional de forma organizada e equilibrada.
Ibama – www.ibama.gov.br