Estação Ecológica de Tamoios

Região: Sudeste

Estado: Rio de Janeiro

Município: Angra dos Reis

Bioma: Floresta Atlântica

Área: 700 ha

Criação: Decreto 98.864 (23/01/1990)

Unidade de Proteção Integral

A criação da unidade foi proposta como um instrumento de acompanhamento e monitoramento das ações antrópicas produzidas pelo homem ou por outro fator na região das baías contribuintes à Baía da Ilha Grande. O atual crescimento acelerado sócio-econômico da região tem mudado muito os aspectos culturais e históricos de vários segmentos da sociedade que vivem no entorno da unidade, como os segmentos da pesca, agricultura e religioso.

É constituída de 29 pontos, compreendidos em ilhas, ilhotas e rochedos, que se localizam na Baía da Ilha Grande em Paraty e na Baía da Ribeira em Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro. O acesso é feito através da BR-101, no sentido Rio/Santos, até o Km 92, local de acesso à cidade de Angra dos Reis. Chegando ao centro da cidade há diversas embarcações de aluguel, através das quais chega-se à unidade. A região não apresenta déficit hídrico, tendo acentuada influência marinha, com uma precipitação média anual de 2.242 mm. O mês de janeiro geralmente é o mais chuvoso com média de 293 mm e julho apresenta o menor índice pluviométrico, 87 mm.

A temperatura tem uma média anual de 23 º C, sendo que fevereiro apresenta os maiores índices. Incluída na Unidade Planalto da Bocaina, a região é composta por escarpas e reversos da Serra do Mar. Predomina na área o relevo dissecado extremamente forte e constituído com topos aguçados, morros, pontões, com inclinações de drenagens ocorrendo nos terraços litorais e marinhos.

A Estação está inserida na área de domínio da Floresta Atlântica, havendo predominância da área de Floresta Ombrófila Densa nas terras baixas, submontana e montana, e porção bem menor de áreas de Formação Pioneira de Influência Marinha, como a Restinga.

A fauna da região caracteriza-se pela grande diversidade biológica, típica da Floresta Atlântica, apresentando espécies com distribuição geográfica bem restrita. Por se tratar de unidade marinha, pode-se encontrar diversos exemplares da ictiofauna marinha de grande beleza.

Nas ilhas existem áreas degradadas, devido a desmatamentos, incêndios ocorridos e outros usos de solo inadequados. A pesca constitui atividade muito impactante, pois não se desenvolveu adequadamente, sendo deficiente em estruturas de produção e comercialização, usando na maioria das vezes característica predatória.

Face à sua localização fragmentada no entorno da costa sul fluminense, uma vez implantado um sistema de monitoramento de que venha a impedir a caça, a pesca e a ocupação, a Estação servirá como escudo de proteção às baías costeiras, permitindo um novo equilíbrio dos ecossistemas marinhos, resultando numa maior disponibilidade do pescado fora de seu entorno marinho integrante pela evolução da ictiofauna.

Ibama – www.ibama.gov.br