O relevo de todas as partes do mundo, assim como o relevo brasileiro, apresenta saliências e depressões oriundas das eras geológicas passadas. Estas saliências e depressões conhecidas como acidentes de primeira ordem configuram as montanhas, planaltos, planícies e depressões; além desses acidentes existem outros menores: as chapadas, as cuestas e as depressões periféricas.
Montanhas
Grande elevação de terreno formada por ação de forças tectônicas. Originam-se a partir de dobras, falhas ou vulcões; quanto à idade, podem ser antigas, como as serras do Mar e da Mantiqueira, ou recente, como a Cordilheira dos Andes, dos Alpes e do Himalaia.
Planaltos
Superfície mais ou menos plana e elevada em relação às áreas próximas, delimitadas por escarpas; o processo de desgaste supera o de deposição de materiais.
Planícies
Superfície mais ou menos plana, de natureza sedimentar, predominando os processos de deposição de sedimentos. Existem dois tipos de planícies: as costeiras (junto ao litoral) e as continentais (interior dos continentes).
Depressões absolutas
Porções do relevo mais baixas que o nível do mar; no Brasil não há ocorrência deste tipo de depressão; porém, existem as depressões relativas, mais baixas em relação às terras próximas e acima do nível do mar.
Chapadas
Planalto de rochas sedimentares apresentando topografia tabular.
Cuestas
Presentes no planalto Meridional. São formas assimétricas de relevo, formadas pela sucessão alternada de camadas rochosas cuja resistência varia de acordo com o desgaste.
Depressões periféricas
São áreas deprimidas formadas pelo contato entre terrenos sedimentares e massas cristalinas. São comuns nos planaltos brasileiros.
Estes acidentes resultaram da ação de dois tipos de agentes ou fatores do relevo. De origem interna (vulcanismo, tectonismo e outros) e de origem externa (água corrente, temperatura, chuva, vento, geleiras, seres vivos). É possível afirmar que o relevo brasileiro:
1.Apresenta grande variedade de formas, como planícies, planaltos, depressões relativas, cuestas e montanhas muito antigas.
2. Não se caracteriza pela existência de áreas de dobramentos modernos, formações originadas por vulcanismo recente ou outras que dependam da glaciação de altitude, e nem mesmo por depressões absolutas.
3. Apresenta modestas altitudes, já que a quase totalidade das terras possui menos de 1.000 metros de altitude e somente meio por cento do território encontra-se acima desse limite.
4. É predominantemente constituído por planaltos (58,5%), seguidos das planícies ou terras baixas conhecidas como platôs (41%).
Tradicionalmente, o relevo divide-se tomando como base duas classificações: de Aroldo de Azevedo e de Aziz Ab’Saber.
Aroldo de Azevedo | Aziz Ab’Saber |
Planaltos 1. das Guianas 2. Brasileirom subdivididi em: Atlântico – Central – Meridional |
Planaltos 1.das Guianas, engloba a região serrana e o planalto Norte-Amazônico 2.Brasileiro, subdividido em: Central – Meridional – Nordestino – Serras e planaltos do Leste e Sudeste – do Maranhão-Piauí – Uruguaio-Rio-grandense |
Planícies 1.Amazônica 2.do Pantanal 3.Costeira Planícies |
Planícies 1.Planícies e terras baixas amazônicas 2.Planícies e terras baixas costeiras 3.Planície do Pantanal
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Após o descobrimento de todas as potencialidades terrestres e brasileiras, oriundas das transformações ocorridas durante as diversas eras geológicas, passou-se a estudar os sítios arqueológicos, as cavernas e demais “monumentos” surgidos no Brasil.
Ambiente Brasil