O Acordo de Marraqueche, as decisões do Comitê Executivo do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e a Resolução nº 01 da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima, criaram o arcabouço legal para a apresentação e aprovação de projetos de MDL. Com isto o mercado de Carbono vem se desenvolvendo rapidamente mesmo com a recente entrada em vigor (16-02-2005), do Protocolo de Quioto – PQ. Dados do Banco Mundial mostram que 1125 transações ocorreram entre 1998 e maio de 2004 totalizando um volume de 300 milhões de toneladas de CO2 (Lecoq, 2004), significando pelo menos US$500 milhões.
O Brasil deverá participar deste mercado internacional com uma posição de destaque, principalmente ao criar um ambiente político-institucional capaz de garantir alta credibilidade e baixos custos de transação.
Os Projetos de LULUCF (Uso da terra, Mudança do Uso da Terra e Florestas), deverão ser uma opção interessante para os compradores de créditos de carbono, apesar dos baixos volumes a serem disponibilizados, vale frisar que somente as atividades de reflorestamento e florestamento serão elegíveis ao MDL no primeiro período de compromisso do Protocolo (2008 a 2012).
Os preços dependem da natureza do “crédito”. Antes do PQ ter entrado em vigor os créditos utilizados para atender as metas do PQ tiveram preços variando de US$3,00 a US$4,25 (preço médio de US$3,85), no caso dos riscos associados ao registro do projeto serem assumidos pelos compradores. Quando estes riscos são assumidos pelos vendedores, os preços variaram de US$3,00 a US$6,37 (preço médio de US$ 5,52).
fonte: ROCHA, M. T. Carbono – ciência e mercado global, 2004
CCX – Chicago Climate Exchange (Bolsa do Clima de Chicago)
A missão do CCX é prover seus membros (setores públicos e privado) com métodos de custo benefício para redução de gases do efeito estufa através da consolidação e administração de um mercado baseado na redução de emissão e um programa de comércio flexível, tem baixo custo transacional, é ambientalmente rigoroso e concede prêmios a inovações ambientais.
EU ETS – Europe Union’s Emissions Trading Scheme ( Mercado Europeu de Emissões)
Teve seu início em 01/01/2005, sendo composto por 25 “estados membros”. Apresenta-se dividido em “fases de cumprimento”. A primeira fase iniciou-se em janeiro deste ano e terá duração até dezembro de 2007; a segunda fase tem seu início marcado para janeiro de 2008 e término em dezembro de 2012. Embora seja formalmente independente do Protocolo de Quioto, o EU ETS foi projetado como uma ferramenta para dar conformidade ao alvo ajustado sob o Protocolo. Consiste em um sistema de negociação de emissões de GEEs entre empresas e países europeus, onde cada membro possui uma meta de redução que, se for superada, poderá gerar créditos de carbono (t.CO2e) negociáveis. No EU ETS também são válidos créditos obtidos através de projetos de MDL e IC, desde que se enquadrem nas regras e procedimentos do Protocolo de Quioto, excetuando-se, ao menos para a primeira fase, projetos de grandes hidrelétricas e florestais e projetos de IC domésticos (realizados no próprio território do proponente). Segundo estimativas (http://www.pointcarbon.com), haverá na primeira fase de comprometimento do EU ETS (2005 – 2007), um volume total de negociações em torno de 25 milhões de toneladas de CO2e (MtCO2e). Levando em conta que nesse mercado os preços da tCO2e giram, atualmente, em torno de € 7,00, como mostra a Tabela 4, pode-se inferir que o mercado movimentará um total de, aproximadamente, 175 milhões de euros somente ao longo desta primeira fase.
Fonte: CEPEA-ESALQ/USP
MBRE – Mercado Brasileiro de Redução de Emissões
O MBRE surgiu da convergência de ações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) voltadas ao aproveitamento das oportunidades de negócios relacionadas à implementação do MDL do Protocolo de Quioto. Este mercado criou o Banco de Projetos que tem o objetivo de proporcionar visibilidade aos projetos criando espaço que favoreça futuros negócios com créditos de carbono, contribuindo assim para redução dos custos de transação associados ao processo MDL.
www. bmf.com.br/carbono
www.bvrj.com.br/carbono
IFC – International Finance Corporation
A missão da IFC é promover investimentos sustentáveis no setor privado dos países em desenvolvimento, ajudar a reduzir a pobreza e melhorar a vida das pessoas. A IFC financia investimentos no setor privado do mundo em desenvolvimento, mobiliza capital nos mercados financeiros e proporciona assistência técnica e assessoramento a governos e a empresas.
Outros Mercados
Carbon Finance Newsletter
Carbon Market Data – Chicago Climate Exchange
Carbon Market Europe – PointCarbon
Carbon Market Monitor – PointCarbon
Carbon Market News – PointCarbon
CDM & JI Country Ratings – PointCarbon
CDM & JI Monitor – PointCarbon
C02e.com website – Cantor Fitzgerald
Environmental Finance Magazine
Estimating the Market Potential for the Clean Development Mechanism – PCFplus
European Union Emissions Trading Scheme (EU ETS) wesite – UE
Evo.db – Evolution Markets
Evo.id – Evolution Markets
Evolution Markets home page – Evolution Markets
IETA’s Trading Scheme Database – IETA
IFC Market Inteligence Brief – International Finance Corporation (IFC)
JIQ – Joint Implementation Network, the Netherlands
Natsource and the Greenhouse Gas Market website – Natsource
Natsource price data for energy and environmental commodities – Natsource
PointCarbon website – PointCarbon
State and Trends of the Carbon Market – World Bank Carbon Finance Business Team
Fonte:http://www.vitaecivilis.org.br/