Classe: Mammalia
Ordem: Xenarthra
Família: Bradypodidae
Nome científico: Bradypus torquatus
Nome vulgar: Preguiça-de-coleira
Categoria: Ameaçada/rara
Características: Como as demais espécies de preguiças, B. torquatus é um animal bastante especial não apenas quanto as suas características anatômicas e fisiológicas, bem como no que tange aos hábitos alimentares e outros aspectos do comportamento. Sua suscetibilidade ao estresse é muito evidente. As preguiças na natureza têm como predadoras aves de rapina de grande porte, como o uiraçu ou harpia e o gavião de penacho, felinos e algumas serpentes. Não predam nenhum animal, pois só se alimentam de folhas. Sua única defesa consiste em camuflar-se entre as folhas na copa das árvores. As preguiças urinam e defecam a cada sete ou oito dias, sempre no chão, próximo a base de sua árvore em que costumam se alimentar. Com isso há uma reciclagem dos nutrientes contidos nas folhas ingeridas pelo animal, que são parcialmente devolvidos a árvore através dos seus dejetos. Nas árvores próximas ao centro elas demoram menos tempo para fazer suas necessidades fisiológicas, talvez por se sentir protegidas, não tenha que enfrentar as dificuldades da mata.
Peso: 4,5 a 6,0 quilos
Comprimento: 70 a 90 cm
Ocorrência Geográfica: A Preguiça de Coleira (Bradypus torquatus desmarest) é endêmica da mata atlântica. Tem sido encontrada principalmente em regiões de matas remanescentes da Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Categoria/Critério: Em IUCN – The World Conservation Union (Red data book), inclui a espécie como rara e ameaçada. Atualmente o principal predador das preguiças é mesmo o homem, que as caça e comercializa inescrupulosamente em feiras livres e nas margens de rodovias, a ação do homem sobre esses animais tem sido muito facilitada, nos últimos tempos, pela acelerada fragmentação e destruição das matas, o que leva as preguiças a se locomover desajeitadamente pela superfície do solo, de uma ilha de mata para outra, em busca de alimento e abrigo, ficando totalmente expostas à caça e captura.
Cientista que descreveu: Desmarest, 1816
Observações adicionais: Está extinta na maior parte de sua distribuição geográfica, e consta no livro vermelho dos mamíferos brasileiros ameaçados de extinção (Fundação Biodiversitas, 1994).
Fonte: MMA/SINIMA