A cobertura vegetal é a defesa natural de um terreno contra a erosão. Dessa forma, a copa das árvores e arbustos, em diferentes alturas, protege o solo do impacto direto das gotas das chuvas, enquanto as folhas mortas, galhos secos e matéria orgânica em vários estádios de decomposição e com abundância de organismos o mantém poroso (pela ação das raízes), com estrutura ideal para absorver grandes quantidades de água.
A perda de solo por erosão é considerado um dos maiores e mais alarmantes problemas ambientais, o que causa declínio dos rendimentos das culturas, aumentando os custos de produção, diminuindo, por conseguinte, a lucratividade da lavoura, entre outros danos, que em conjunto influenciam a qualidade de vida na Terra (COGO et al., 2004).
A cobertura do solo, então, tem um papel relevante no processo de erosão, uma vez que ela pode atenuar os impactos das gotas de chuva, diminuindo a velocidade de escoamento da enxurrada. Experimentos realizados por Derpsch et al. (1991), no Paraná, confirmam que a cobertura do solo com plantas ou restos vegetais é o principal fator que influi significativamente no processo de erosão, possibilitando uma redução drástica dos danos causados pela mesma. A presença de resíduos vegetais na superfície do solo aumenta a rugosidade hidráulica dessa superfície, reduzindo a velocidade e aumentando a profundidade do fluxo superficial (FOSTER, 1982; VOLK et al., 2004).
Fontes: AVALIAÇÃO AMBIENTAL DA APA CORUMBATAI SEGUNDO CRITÉRIOS DE ERODIBILIDADE DO SOLO E COBERTURA VEGETAL. Susana Belén CORVALÁN; Gilberto José GARCIA
Redação Ambiente Brasil