O espaçamento, ou densidade de plantio, é provavelmente uma das principais técnicas de manejo que visa a qualidade e a produtividade da matéria-prima.
Deve ser definido em função dos objetivos do plantio, considerando-se que a influência do espaçamento é mais expressiva no crescimento em diâmetro do que em altura. O planejamento da densidade de plantio também deve visar a obtenção do máximo de retorno por área. Se, por um lado, a densidade for muito baixa, as árvores não aproveitarão todos os recursos como água, nutrientes e luz disponíveis e, por conseqüência, haverá menor produção por unidade de área; mas por outro lado, se a densidade de plantio for muito elevada, tais recursos não serão suficientes para atender a demanda do povoamento, o que também repercutirá no decréscimo de volume e na própria qualidade das árvores.
Normalmente os plantios são executados com espaçamentos variando entre 3×2 e 3×3 metros, os quais favorecem os tratos culturais mecânicos. Empresas integradas destinam a madeira dos primeiros desbastes para energia ou celulose, e as árvores remanescentes do povoamento, com porte mais expressivo, são utilizadas para a fabricação de serrados ou para a laminação.
Características dos Espaçamentos:
Espaçamentos maiores (densidade baixa)
- produção em volume individual
- menor custo de implantação
- maior número de tratos culturais
- maior conicidade de fuste
- desbastes tardios
Espaçamentos menores (densidade alta)
- produção em volume por hectare
- rápido fechamento do dossel (menor número de tratos culturais)
- menor conicidade do fuste
- desbaste precoce
Quanto à forma dos espaçamentos, os quadrados ou retangulares são os mais indicados e praticados, podendo ser bastante apertados para produção de madeira para fins energéticos, ou mais amplos, quando se deseja matéria-prima para fins de fabricação de papel e celulose ou serraria e laminados.
Redação Ambiente Brasil