Madeira para construção
As características de qualidade requeridas para madeira de construção civil são:
1. resistência
2. rigidez
3. retidão
4. estabilidade dimensional
5. isenção de empenamentos e defeitos
6. longos comprimentos
7. durabilidade
Produtos re-manufaturados
Esta terminologia refere-se a portas, estantes, reformas, parquês e pisos laminados, bem como decks, estrutura de móveis, etc.
Nesta linha, a qualidade requerida da madeira é superior a da madeira para construção. Existem grandes restrições a imperfeições, menor tolerância a distorções e padrões exigentes de qualidade.
Dureza e usinabilidade são muito importantes para a qualidade do produto final. Os longos comprimentos são menos importantes. A classe de qualidade inferior pode ser direcionada para embalagens, decking ou pallets, onde a resistência é muito importante.
Algumas propriedades de adesão tornam-se importantes quando as utilizações finais são vigas laminadas, painéis, ou mesmo quando na composição de compensados.
Madeira de uso aparente
São aquelas de qualidade superior utilizadas para móveis, painéis decorativos, pisos, lâminas de alta qualidade, torneados, etc. Cor, trabalhabilidade, características de grã e, particularmente, estabilidade, tornam-se muito importantes.
Pouquíssimas imperfeições na superfície são admitidas. Fissuras ou outros problemas oriundos da secagem são inadmissíveis, principalmente se a superfície venha a sofrer tingimentos ou cobertura. As manchas causadas por ataques de fungo são totalmente inaceitáveis.
Madeira para produtos reconstituídos
Resíduos da produção dos materiais citados anteriormente podem ser utilizados, inclusive com altos níveis de aproveitamento.
Madeira para produção de papel e celulose
A madeira utilizada como matéria-prima para produção de pasta celulósica no Brasil provém de várias espécies de Eucalyptus e Pinus. A escolha destas espécies para reflorestamento foi baseada principalmente em seu rápido crescimento.
As propriedades físicas e químicas também definem a qualidade da madeira para este fim. As espécies cultivadas no Brasil apresentam madeira cuja massa específica, a 15% de umidade, varia de 600 a 1.600 kg/m3, para o eucalipto, e de 400 a 520 kg/m3 para o pinus.
A composição química da madeira é de aproximadamente 50% de celulose, 20% de hemicelulose (polioses), de 15% a 35% de lignina e de até 10% de constituintes menores.
Quanto maior o teor de lignina e de extrativos na madeira, menor será o rendimento em celulose e a qualidade do papel produzido.
Madeira para produção de carvão
A qualidade da madeira para a produção de carvão depende da densidade e do teor de resina. Quanto maior a densidade e o teor de resina na madeira, maior é o seu poder calorífico. Isso faz com que o pinus apresente maior poder calorífico que o eucalipto.
A análise cautelosa de cada um desses fatores mencionados fará com que se minimize os riscos de perdas de rendimento e qualidade além da maximização do aproveitamento dos ativos florestais, gerando com isso mais recursos para investimentos no processamento.
A qualidade da madeira irá sempre influenciar a industrialização dos produtos madeireiros, de forma que o manejo da floresta, o melhoramento genético e as pesquisas em tecnologia da madeira devem caminhar juntos para a obtenção de um produto final de qualidade, agregando valor e incrementando as taxas de retorno do empreendimento.
Redação Ambiente Brasil