Guará (Eudocimus ruber)

Classe: Aves

Ordem: Ciconiformes

Família: Threskiornithidae

Nome científico:  Eudocimus ruber

Nome vulgar: Guará

Categoria: Vulnerável

Características: Uma das mais espetaculares do globo; típico para os manguezais. Sua magnífica plumagem vermelha carmesim decorre do carotenóide cantaxantina. Anda vagarosamente na água rasa, com a ponta do bico submersa, abrindo e fechando as mandíbulas em busca de caranguejos, tais como a chama-maré ou sarará e o maraquani. Há grande número destas aves no Estado do Paraná, mas atualmente já extinguiu na região sudeste. Pelo seu colorido vermelho intenso, realçados ainda mais nos grandes bandos em que vive, o guará pode ser considerada uma das aves mais belas do nosso País. Originalmente a espécie estava presente em lamaçais litorâneos e manguezais. A coloração dos guarás deve-se a um pigmento de cor vermelha presente nos caranguejinhos dos quais se alimenta. Em cativeiro, com alimentação diferente, eles adquirem uma coloração desbotada, cor-de-rosa. Reproduz-se em colônias, procuram densa vegetação, por exemplo, extensos manguezais mas havendo ainda poucas informações sobre os locais de reprodução da espécie. Surgem sempre em bandos, para dormir. Os ninhos são plataformas construídas de gravetos, localizadas a cerca de 2 a 12 m de altura nos manguezais. Cada fêmea põe, em média 2 ou 3 ovos, de cor cinza-oliváceo com manchas e pontos marrons. Conhecido também como guará-verme, guará-rubro e guará-piranga (em tupi, ave vermelha). Durante a reprodução o bico do macho torna-se negro e brilhante; as pernas continuando sempre com a coloração vermelha-clara. A fêmea mantém inalteradamente o bico (que é mais fino) pardacento com a ponta enegrecida e as pernas vermelho-esbranquiçadas. Registrou-se, às vezes o vestígio de um maciço saquinho de pele nua cor-de-rosa de cada lado da garganta é um dispositivo que se forma durante a reprodução. Impressionam seus vôos coletivos que pode estender-se de 60 a 70 quilômetros até os lamaçais onde se alimentam de dia. Nidificam no começo da seca, de julho a setembro. Asa 28,9 cm, cauda 9,5 cm, bico 16,3 cm, tarso 7,1 cm.

Comprimento: 58 cm a 61,0 cm.

Ocorrência Geográfica: No Brasil, ocorria em duas áreas separadas desde o Amapá até o Ceará e nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. (Ilhas do estuário amazônico, costas do Maranhão).

Cientista que descreveu: Linnaeus, 1758

Categoria/Critério: As populações do litoral sudeste e sul do País foram drasticamente reduzidas em decorrência da caça indiscriminada (além da carne para alimentação, suas penas eram exportadas para a confecção de adereços), da captura dos ovos e da destruição e poluição dos manguezais, devido à urbanização. Com essa drástica redução, a espécie foi considerada extinta nos litorais sudeste e sul já na década de 50.

Fonte: MMA/SINIMA