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Bacia. (1) Área extensa e deprimida para onde correm os rios que drenam as áreas adjacentes. (2) Área deprimida de formas circulares ou elípticas, em que as camadas sedimentares apresentam mergulhos essencialmente centrípetos. (3) Depressão de forma variada ou conjunto de terras pouco inclinadas, podendo ser ocupada ou não por rios e lagos. Esta forma de relevo se opõe aos maciços, cadeias de montanhas, planaltos e outras (Glossário Libreria, 2003).
Bacia amazônica. Área abrangida pelos Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia e Mato Grosso, além das regiões situadas ao Norte do paralelo de 13°S, nos Estados de Tocantins e Goiás, e a Oeste do meridiano de 44°W, no Estado do Maranhão (Decreto 1.282/94).
Bacia barrada. Mesmo que bacia com soleira.
Bacia com soleira. Bacia submarina de deposição separada do corpo principal por uma crista submersa estreita. A água mais profunda da bacia costuma ser mais ou menos estagnada e apresenta, portanto, características redutoras. Sinônimo: bacia barrada (v.).
Bacia discordante. Área deprimida rasa em uma região de arco insular que corta outras direções de estruturas.
Bacia evaporítica. Local de sedimentação evaporítica, caracterizada por bacia restrita em clima quente e seco, que recebe influxo de água salgada. Intensa concentração salina por evaporação, pode resultar na precipitação por dolomita, calcita, gipsita, halita e sais de K, Mg e Br.
Bacia faminta. Bacia sedimentar que recebe suprimento sedimentar menor do que a capacidade de recepção. Isso resulta, freqüentemente, da taxa de subsidência da bacia muito grande em relação ao levantamento da área fonte.
Bacia hidrográfica. (1) Área limitada por divisores de água, dentro da qual são drenados os recursos hídricos, através de um curso de água, como um rio e seus afluentes. A área física, assim delimitada, constitui-se em importante unidade de planejamento e de execução de atividades sócio-econômicas, ambientais, culturais e educativas. (2) Toda a área drenada pelas águas de um rio principal e de seus afluentes. (3) Área total de drenagem que alimenta uma determinada rede hidrográfica; espaço geográfico de sustentação dos fluxos d´água de um sistema fluvial hierarquizado. (4) Toda a área de terra drenada por um determinado curso d´água e seus tributários, limitada perifericamente pelos chamados divisores de águas. (5) Área na qual um aqüífero ou um sistema fluvial recolhe sua água. (6) Conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus afluentes, onde normalmente a água se escoa dos pontos mais altos para os mais baixos.
Bacia marginal. Bacia do tipo mar epicontinental, adjacente a um continente, com o fundo constituído de massa continental submersa. No Brasil, esse tipo de bacia é também chamado de bacia costeira e distribui-se desde a foz do Amazonas até a costa do Rio Grande do Sul. Atualmente, as atividades exploratórias de petróleo nessas bacias é muito intensa, particularmente na Bacia de Campos (RJ).
Bacia nuclear. Área negativa de pequena profundidade, em relação ao arco insular, concordante com as tendências estruturais dos elementos positivos associados. Corresponde a uma espécie de bacia sedimentar fóssil, em que a fase de forte subsidência não é seguida por intensos dobramentos.
Bacia oceânica. (1) Cada uma das depressões gigantescas da superfície terrestre ocupada pelos oceanos e cuja existência é considerada geologicamente bastante antiga. (2) Porção deprimida de forma mais ou menos circular, situada entre as cadeias submarinas, apresentando espessuras variáveis de sedimentos acumulados. Há 14, 19 e 12 bacias oceânicas deste tipo, distribuídas pelos oceanos Pacífico, Atlântico e Índico, respectivamente.
Bacia sedimentar. (1) Área geologicamente deprimida, contendo grande espessura de sedimentos no seu interior e podendo chegar a vários milhares de metros e pequena espessura (dezenas a centenas de metros) nas porções marginais. Exemplo: bacia do Paraná (mais de 1.500.00 km² de área e 5.000 a 6.000 m nas porções mais espessas). (2) Depressão enchida com detritos carregados das águas circunjacentes. As bacias sedimentares podem ser consideradas como planícies aluviais que se desenvolvem, ocasionalmente, no interior do continente (GUERRA, 1978).
Bactérias do solo. Bactérias existentes principalmente em solos moles, férteis, que vivem livres ou em simbiose com as plantas. Algumas espécies realizam importantes trocas metabólicas no solo (fixam o nitrogênio atmosférico), outras são capazes de degradar quase todo tipo de material orgânico, liberando, para o ar, água e solo todas as substâncias químicas nele existentes e que serão aproveitadas mais tarde por outros seres vivos.
Bactéria. (1) Organismos unicelulares que podem se multiplicar em ambientes orgânicos não vivos, sem precisar de oxigênio (bactérias anaeróbias). Servem como base de várias cadeias alimentares. Podem ser patogênicas ou benéficas. (2) Organismos vegetais microscópicos, geralmente sem clorofila, essencialmente unicelulares e universalmente distribuídos (ABNT, 1973).
Baga. Fruto simples carnoso que apresenta paredes moles e um ou mais carpelos e sementes. Por exemplo, abacaxi e banana.
Baía. Trecho côncavo do litoral marinho ou lacustre, delimitado entre dois cabos ou promontórios, menor do que um golfo e maior do que uma enseada.
Baixada. Depressão do terreno ou planície entre montanhas e o mar. Área deprimida em relação aos terrenos contíguos. Geralmente se designam assim as zonas próximas ao mar; algumas vezes usa-se o termo como sinônimo de planície.
Baixa–mar. (1) Elevação mínima alcançada por cada maré vazante. (2) Valor médio de todas as baixas marés verificados durante um considerável intervalo de tempo.
Baixo platô. Baixo planalto.
Balança comercial. Relação entre as exportações e as importações de um país.
Balanço fisiológico. Soluções do solo que, além de suprir a árvore de elementos nutritivos essenciais, mantêm certa proporção. Alguns elementos nutritivos, como magnésio e o potássio, são encontrados em soluções bastante fracas, pois caso contrário seriam tóxicos. Além disso, devem ser encontrados em mistura com outros sais, principalmente cálcio.
Balanço hídrico. Método criado em 1955, e aperfeiçoado em 1957 por Thorntwaite & Mather, fundamentado na constatação empírica do ciclo hidrológico que, em síntese, pode ser explicado da seguinte maneira: a precipitação atmosférica é a fonte original da água que penetra e escoa sobre a superfície terrestre. Parte dessa água é utilizada pelas plantas, outra escoa para o lençol freático para, em seguida, evaporar-se ou ser em parte reabsorvida pelo sistema do solo e das plantas. O mais simples dos métodos consiste em comprar a quantidade de água recebida pelo ambiente através das chuvas com a quantidade perdida pela evapotranspiração.
Balneabilidade. É a medida das condições sanitárias das águas destinadas à recreação de contato primário. A balneabilidade é feita conforme a Resolução do CONAMA 274 de 29 de novembro de 2000, após 5 semana de coleta e análises microbiológicas para Coliformes fecais, Escherichia coli e/ou Enterococos, nos dias e locais de maior influência do público.
Balonismo (Hot – Air Ballooning). Viagens de uma hora ou mais, em balões, para observar belezas cênicas da região, confiando nos efeitos do ar quente e de correntes de vento.
Banco de areia (barra, coroa). (1) Depósitos alongados de areias, conchas, lamas etc., freqüentemente encontrados em mares e lagos. (2) Elevação do fundo submarino rodeada por águas mais profundas (até cerca de 200 m), em geral segura à navegação superficial, tipicamente encontrada sobre as plataformas continentais ou nas proximidades de uma ilha. (3) Deposição de material sobre o fundo de um lago, de um rio, de sua foz, ou do mar, junto à costa, em resultado do perfil do fundo, das correntes dominantes e da ocorrência de sedimentos. (4) Banco de sedimentos (areia, cascalho) depositado no leito de um rio, constituindo obstáculos ao escoamento e à navegação (DNAEE, 1976). (5) Acumulação de aluviões e seixos nas margens dos rios e na beira dos litorais onde predominam as areias (GUERRA, 1978). (6) Acumulação de detritos, seixos, aluviões nas margens dos rios e nos litorais onde predominam as areias (Glossário Libreria, 2003) .
Banco de dados. Registro, documentação e armazenamento computadorizado de informações relativas a acessos de uma coleção.
Banco de genes. Base física onde o germoplasma é conservado. Geralmente são centros ou instituições públicas e privadas que conservam as coleções de germoplasma sob a forma de sementes, explantes ou plantas a campo. Informalmente, banco de genes e banco de germoplasma se equivalem em sentido.
Banco genético. Também conhecido como banco de germoplasma, é uma área reservada para multiplicação de plantas, a partir de uma reserva de sementes ou de mudas, ou um laboratório onde se conservam os genes de diferentes plantas.
Banco de germoplasma. Expressão genérica usada para designar uma área de preservação biológica com grande diversidade de espécies e densidade vegetal. Por extenso, qualquer área reservada para multiplicação de plantas a partir de um banco de sementes ou de mudas (hortos). Em sentido amplo, o mesmo que banco genético.
Banhado. (1) Termo utilizado para as extensões de terras inundadas pelos rios. Constituem terras boas para a agricultura, ao contrário dos pântanos (GUERRA, 1978). (2) Termo derivado do espanhol “bañado”, usado no sul do Brasil para as extensões de terra inundadas pelos rios.
Bankia. Gênero de organismos xilófago marinho do grupo dos moluscos.
Barcana. Duna arenosa eólica em forma de crescente, com o lado convexo dirigido para o vento. O perfil é assimétrico, com o declive mais suave no lado convexo (barlavento) e o declive mais abrupto no lado côncavo (sotavento). É uma duna típica dos desertos interiores, sendo mais rara em regiões costeiras.
Baritina. Mineral, sulfato de bário.
Barlamar. Sentido contrário ao transporte preferencial de sedimentos clásticos litorâneos, movimentados através de correntes longitudinais.
Barra. Bancos ou montículos de areia, cascalhos ou outros sedimentos inconsolidados, total ou parcialmente submersos, acumulados por ação de correntes e/ou ondas em curso fluvial ou em entradas de estuários. Em geral, não estão unidas a ilhas ou continentes.
Barreira (Formação). Nome atribuído a uma unidade litoestratigráfica de sedimentação em ambiente continental, composta de argilas variegadas e lentes arenosas localmente conglomeráticas, que se distribui desde o vale amazônico e através das costas norte, nordeste e leste do Brasil. Bigarella (1975) chamou-a de Grupo Barreiras, admitindo uma subdivisão nas formações Guararapes (inferior) e Riacho Morno (superior). Sua idade é controvertida, e os últimos dados, baseados em paleomagnetismo, indicaram idade pliocênica (Suguio et al, 1986). As formações São Paulo (SP), Caçapava (SP), Alexandra (PR) e Graxim (RS) parecem ser correlacionáveis à Formação Barreiras.
Barreira de dispersão. São consideradas barreiras de dispersão – geográficas: as marés; edáficas; a acidez, a fertilidade, a umidade, etc; climáticas: o clima deve oferecer condições mínimas à espécie; biolóicas: um consumidor pode ter seu crescimento ou dispersão interrompidos pela ausência do organismo que lhe serve de alimento.
Barreira ecológica. (1) Define os limites biogeográficos de expansão das espécies, tem-se aplicado, em estudos ambientais, para designar tanto os obstáculos naturais quanto o resultado de algumas ações humanas que tendem a isolar ou dividir um ou mais sistemas ambientais, impedindo assim as migrações, trocas e interações. (por exemplo, a abertura de uma rodovia pode se constituir, ao atravessar uma floresta ou um pântano, em uma barreira ecológica. (2) São formações que isolam uma espécie das outras (MARTINS, 1978). (3) O conceito de barreira ecológica, desenvolvido para definir os limites biogeográficos de expansão das espécies, tem-se aplicado, em estudos ambientais, para designar tanto os obstáculos naturais quanto o resultado de algumas ações humanas que tendem a isolar ou dividir um ou mais sistemas ambientais, impedindo assim as migrações, trocas e interações. São formações que isolam uma espécie das outras.
Barragem. Barreira dotada de uma série de comportas ou outros mecanismos de controle, construída transversalmente a um rio, para controlar o nível das águas para canais. Estrutura que evita a intrusão de água salgada em um rio, sujeito à influência das marés. Obra de terra para conter as águas de um rio em determinado trecho ou para evitar as inundações decorrentes de ondas de cheia ou de marés (DNAEE, 1976).
Barragem de acumulação. A que se destina a represar água para utilização no abastecimento de cidades, em irrigação ou em produção de energia.
Barragem de derivação. Barragem que se destina a desviar um curso de água.
Barragem de regularização. Destina-se a evitar grandes variações do nível de um curso de água, para controle de inundação ou para melhoria das condições de navegabilidade.
Basalto. Rocha efusiva de cor escura, pesada, tendo como minerais essenciais o piroxênio augítico, feldspato calcassódicos, como a labradorita e a anortita. A decomposição do basalto dá aparecimento a uma argila de coloração vermelha, originando geralmente solos férteis, as terras roxas.
Base cartográfica. Conjunto de dados que representam os aspectos naturais e artificiais de um determinado espaço geográfico sob a forma de mapas, cartas ou plantas.
Base de dados. Coleção de informações sobre acessos, que inclui descritores e os estados dos descritores associados.
Base de dados geográficos. Conjunto de dados espaciais e seus atributos, organizados de forma adequada para operações de inserção, busca, edição e análise espacial.
Base de morro, monte ou montanha. Plano horizontal definido por planície ou superfície de lençol d´água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota da depressão mais baixa ao seu redor (Resolução CONAMA 303/2002, art. 2°, VI).
Base genética. Total da variação genética presente em uma população. Em princípio, quanto maior for a amplitude da variação genética maior será a capacidade da população fazer frente a flutuações ambientais, em benefício de sua perpetuação.
Batial. (1) Pertencente ao ambiente bentônico do talude continental, variando em profundidade entre 200 e 2.000 m. (2) Pertencente às porções profundas dos oceanos; mar profundo.
Batimetria. Ato de medição ou informações derivadas das medidas de profundidade da água em oceanos, mares ou lagos.
Batólito. Intrusão de material vulcânico em fendas da crosta terrestre.
Bem-estar social. É o bem comum, o bem da maioria, expresso sob todas as formas de satisfação das necessidades coletivas. Nele se incluem as exigências naturais e espirituais dos indivíduos coletivamente considerados: são as necessidades vitais da comunidade, dos grupos, das classes que compõem a sociedade (MEIRELES, 1976).
Bento. (1) Conjunto de seres do bioma aquático que vivem em relação com o fundo submerso. (2) Que vivem no fundo de um corpo de água. Organismos aquáticos, fixados ao fundo, que permanecem nele, ou que vivem nos sedimentos do fundo. Fauna e flora de profundidade, encontrada no fundo de mares, rios e lagos, distinguindo-se dos que vivem no fundo dos oceanos (abissais) e também dos plânctons, que são superficiais e necessitam da luz. O benthos, conjunto desses seres, chegam a constituir verdadeiro ecossitema; fala-se de “comunidades bentônicas”. Vivem dos restos de animais e vegetais encontrados nas águas. Apresentam rica biodiversidade.
Bentônico. (1) Relativo ao fundo do mar ou de qualquer corpo de água estacionário. (2) Pertencente aos bentos. Alguns dos muitos vegetais e animais bentônicos marinhos: algas, foraminíferos, corais, vermes. Sinônimo: bêntico.
Berma. (1) Terraço originado pela interrupção de um ciclo erosivo, com rejuvenescimento de um rio em estágio maturo, ocasionando a dissecação e o abandono de restos da antiga planície de inundação. (2) Porção praticamente horizontal da praia ou pós-praia formada pela sedimentação por ação de ondas acima da linha de preamar média. (3) Encosta de praia que fica entre a arrebentação e a vista das dunas ou do cordão litorâneo (FEEMA, 1985).
Betume. Material utilizado em pavimentação de ruas e estradas.
BHC. Abreviação do 1, 2, 3, 4, 5, 6 hexaclorociclohexano, um inseticida hidrocarboneto clorado, utilizado principalmente para controlar os insetos do algodão.
Bianual. Planta que completa seu ciclo biológico em 24 meses, desde a germinação até a produção de sementes (sentido restrito).
Biblioteca genômica. Coleção de clones moleculares que contém, pelo menos, uma cópia de cada seqüência de ADN no genoma.
Bifenilas Policloradas (PCBs, Ascarel). São substâncias orgânicas que consistem em uma molécula bifenila, com ou sem substituintes alquila ou arila, na qual mais de um átomo de cloro é substituído no núcleo bifenila. Os produtos comerciais são misturas de compostos clorados em vários graus, de acordo com o uso pretendido, também podendo conter baixos teores de impurezas altamente tóxicas como clorobenzotioxinas e policlorodibenzofuranos. Os óleos que contém PCBs são conhecidos comercialmente como Ascarel, Aroclor, Clophen, Phenoclor, Kaneclor, Pyroclor, Inerteen, Pyranol, Pyralene e outros. São óleos que apresentam PCBs em sua composição química, combinados com solventes orgânicos. Podem se apresentar como óleo ou sólido branco cristalino, tendendo a sedimentar-se quando em mistura com água. A toxicidade em seres humanos ocorre a partir da ingestão ou contato.
Bifurcação. (1) Divisão em dois ramos, mais ou menos divergentes. (2) A bifurcação ou árvore dupla, geralmente, é resultante de insuficiente crescimento em altura, na idade jovem, ou, no caso de troncos alongados, da perda da gema terminal. Neste caso há grandes prejuízos na qualidade da madeira.
Bioacumulação. (1) O lançamento de resíduos ou dejetos, mesmo em pequenas quantidades, pode ser causa de uma lenta acumulação pelo canal dos produtores vegetais e dos consumidores ulteriores (herbívoros, carnívoros). Esta concentração na cadeia alimentar pode constituir uma ameaça direta para os organismos vegetais e animais, assim como para os predadores, inclusive o homem. A bioacumulação é a mais freqüente e pronunciada no meio aquático. Sua importância depende da taxa de metabolismo, ou de eliminação dos produtos, considerada em cada organismo aquático. Os seguintes produtos são conhecidos como tendo tendência a se acumular nos sistemas marinhos, compostos de cádmio, mercúrio e chumbo, Aldrin, Deldrin, Endrin, DDT, difenilas polihalogenadas, hexacloro benzeno, BHC, heptacloro (LEMAIRE & LEMAIRE 1975). (2) Processo através do qual um determinado poluente se torna mais concentrado ao entrar na cadeia alimentar. (3) Processo pelo qual um elemento químico tóxico se torna mais concentrado ao entrar na cadeia alimentar. Ocorre freqüentemente com os metais pesados: como são poluentes não-metabolizados pelos seres vivos, os metais pesados são absorvidos, por exemplo, por larvas de peixe. Os predadores que se alimentam das larvas contaminadas acabam acumulando o poluente e contaminando, por sua vez, seus próprios predadores. E o mesmo ocorre em outros níveis da cadeia alimentar.
Biocenose. (1) Unidade ecológica natural das plantas e animais, isto é, associação de organismos que vivem juntos em estado de dependência mútua. (2) Em estratigrafia, corresponde a uma associação de organismos que viveram no mesmo local em que foram soterrados e fossilizados, em contraposição à tanatocenose. (3) Associação de organismos de espécies diferentes que habitam um biótipo comum. (4) Conjunto de organismos vivos que habitam de forma permanente ou mesmo intermitente um determinado ecossistema. (5) É um conjunto de populações, animais ou vegetais, ou de ambos, que vivem em determinado local. Constitui a parte de organismos vivos de um ecossistema (CARVALHO, 1981). (6) Conjunto de seres vivos, animais, plantas e microorganismos dentros de um mesmo ambiente (biótopo), em equilíbrio dinâmico. O mesmo que comunidade biológica ou biótica. Biocenose. (7) É um grupamento de seres vivos reunidos pela atração não recíproca exercida sobre eles pelos diversos fatores do meio; este grupamento caracteriza-se por determinada composição específica, pela existência de fenômenos de interdependência, e ocupa um espaço chamado biótopo. É o mesmo que comunidade biótica e associação. Conjunto equilibrado de animais e de plantas de uma comunidade (Glosário Ibama, 2003).
Biocida. (1) Substâncias químicas, de origem natural ou sintética, utilizadas para controlar ou eliminar plantas ou organismos vivos considerados nocivos à atividade humana ou à saúde (ACIESP, 1980). (2) Elemento químico que envenena organismos vivos, podendo matar muitos tipos diferentes de organismos. Pode se acumular no ambiente, causando problemas agudos ou crônicos aos seres vivos. (3) Substância utilizada para matar organismos. (4) Substância tóxica de amplo espectro, utilizada para matar organismos considerados nocivos ao homem. Dos biocidas decorrem muitas variações, conforme o uso a que se destinam.
Bioclima. (1) Relação entre o clima e os organismos vivos. As condições atmosféricas, principalmente a temperatura, a umidade e a insolação, são um dos fatores determinantes de distribuição geográfica das plantas, o que levou à criação de uma classificação climática da cobertura vegetal. Algumas espécies também estão ligadas a zonas climáticas, embora as outras sejam adaptáveis a ampla variedade de climas. (2) Área geográfica homogênea, caracterizada por um regime climático dominante que provoca uma resposta estrutural da vegetação (harmonia clima/solo/vegetação) (DANSEREAU, 1978). (3) Relação entre o clima e os organismos vivos.
Bioclimática. Ciência que relaciona as características de certo lugar, em que crescem determinadas plantas, com as de outro lugar com propriedades semelhantes, em que tais plantas podem ser introduzidas com um bom êxito.
Biodegradação. Decomposição por processos biológicos naturais. Substâncias biodegradáveis são aquelas que podem ser decompostas por este tipo de processo.
Biodegradável. (1) Substância que se decompõe, perdendo suas propriedades químicas nocivas em contato com o meio ambiente. É uma qualidade que se exige de determinados produtos (detergentes, sacos de papel, etc.). (2) Produtos susceptíveis de se decompor por microorganismos (LEMAIRE & LEMAIRE, 1975). (3) Um grande número de substâncias dispersas no meio ambiente são instáveis. Em muitos casos, os microorganismos, bactérias – edáficos ou aquáticos desempenham um papel ativo nessa decomposição; diz-se então que a substância é biodegradável (CHARBONNEAU, 1979). (4) Tudo que pode ser decomposto por microorganismos (5) Que se decompõe em substâncias naturais pela ação de microrganismos, perdendo suas propriedades originais em contato com o ambiente; dá-se o nome de persistente à substância de difícil degradação. (6) Substância que se decompõe pela ação de seres vivos.
Biodeterioração. Alteração de uma ou mais propriedades de um material, como resultado da ação de organismos vivos.
Biodeteriorador. Organismo vivo que atua em materiais, alterando uma ou mais de suas propriedades.
Biodiesel. Combustível para motores a combustão interna com ignição por compressão, renovável e biodegradável, derivado de óleos vegetais ou de gorduras animais, que possa substituir parcial ou totalmente o óleo diesel de origem fóssil (MP 214 de 13/09/04).
Biodigestor. Determinação da eficiência relativa de uma substância (vitaminas, metais, hormônios), pela comparação de seus efeitos em organismos vivos com um padrão de comportamento. Emprego de organismos vivos para determinar o efeito biológico de certas substâncias, fatores ou condições (The World Bank, 1978).
Biodiversidade. (1) Referente à variedade de vida existente no planeta, seja terra ou água. (2) Variedade de espécies de um ecossistema. (3) É o conjunto de todas as espécies de plantas e animais e de seus ambientes naturais, existentes em uma determinada área. (4) Termo que se refere à variedade de genótipos, espécies, populações, comunidades, ecossistemas e processos ecológicos existentes em uma determinada região. Pode ser medida em diferentes níveis: genes, espécies, níveis taxonômicos mais altos, comunidades e processos biológicos, ecossistemas, biomas, e em diferentes escalas temporais e espaciais (ARRUDA et allii, 2001). (5) Diversidade biológica; o total de genes, de comunidades e ecossistemas e processos de uma região, abrange todas as espécies de plantas, animais e microorganismos, bem como os sistemas a que pertencem, e pode ser considerada em quatro níveis: diversidade genética, diversidade de espécies, diversidade de ecossistemas e diversidade de comunidades e processos. A diversidade de genética refere-se à variação dos genes dentro das espécies, cobrindo diferentes populações da mesma espécie e a variação genética dentro de uma população. A diversidade de espécies refere-se à variedade existente dentro de uma região. A diversidade de ecossistemas refere-se aos diferentes ecossistemas que compõem uma região determinada. A diversidade de comunidades e de processos refere-se aos elementos que compõem cada um dos ecossistemas de uma determinada região. (6) A biodiversidade é o centro atual da discussão entre países possuidores de reservas significativas de diversidade biológica, que defendem o princípio da soberania sobre tais recursos, e os detentores de tecnologias para reprodução e uso destes recursos, que consideram a biodiversidade como patrimônio da humanidade, ou seja, de livre acesso. (7) Representa a diversidade de comunidades vegetais e animais que se interrelacionam e convivem num espaço comum que pode ser um ecossistema ou um bioma (Glossário Ibama, 2003). (8) Expressão que define a diversidade da vida na Terra, fator primordial para a preservação do equilíbrio na natureza (Glossário Libreria, 2003). (9) Trata-se do conjunto de espécies e ecossistemas de uma determinada região.
Bioensaio. Determinação da eficiência relativa de uma substância (vitaminas, metais, hormônios), pela comparação de seus efeitos em organismos vivos com um padrão de comportamento. Emprego de organismos vivos para determinar o efeito biológico de certas substâncias, fatores ou condições.
Bioengenharia. Método que emprega processos químicos ou genéticos na produção de drogas ou alimentos.
Biofácies. Exprime a variação do aspecto biológico de um sedimento, cujo uso pode ou não ser restrito a uma unidade litoestratigráfica.
Biofertilizante. Produto que contenha princípio ativo apto a melhorar, direta ou indiretamente, o desenvolvimento das plantas (Lei 6.894/80).
Biofiltro. Filtro provido de microorganismos aeróbios (que precisam de oxigênio para viver), a fim de eliminar o odor de gases e de misturas que exalam mau cheiro.
Biogás. (1) Gás resultante da decomposição anaeróbica de biomassa (resíduos agrícolas, florestais, lixo), que pode ser usado como combustível devido ao seu alto teor de metano. (2) Gás produzido pela fermentação de matéria orgânica, em geral constituído predominantemente pelo metano, que pode ser usado como combustível. (3) Mistura de gases cuja composição é variável e expressa em função dos componentes que aparecem em maior proporção. Sua obtenção pode variar de diversos tipos de materiais, como resíduos de materiais agrícolas, lixo e esgoto.
Biogênese. (1) Teoria que admite que os seres vivos somente se originam pela reprodução de outros seres vivos. (2) Processo resultante da ação de organismos vivos.
Biogênico. Relacionado a um depósito resultante da atividade fisiológica de organismos. A rocha assim originada é designada de biolitito.
Biogeografia. (1) Ramo da Biologia que trata da distribuição geográfica dos organismos vivos animais e vegetais. (2) Parte da biologia que se ocupa do estudo da distribuição dos animais (zoogeografia) e dos vegetais (fitogeografia) pelas diversas regiões da terra. (3) Estudo multidisciplinar, centrado numa perspectiva ecológica, que analisa a distribuição atual e passada de plantas e animais.
Bioindicadores. São espécies animais ou vegetais que indicam precocemente a existência de modificações bióticas (orgânicas) e abióticas (físico/químicas) de um ambiente. São organismos que ajudam a detectar diversos tipos de modificações ambientais antes que se agravem e ainda a determinar qual o tipo de poluição que pode afetar um ecossistema.
Bioindústria. Indústria que tem como objetivo a produção de organismos vivos (como enzimas).
Biologia. (1) Ciência que estuda os seres vivos e suas relações, a fim de conhecer as leis peculiares à matéria viva. (2) Estudo dos organismos vivos e dos processos de vida, incluindo origem, classificação, estrutura, atividades e distribuição.
Biologia diferencial. Biotipologia.
Biologia espacial. Estudo da vida como ela possa apresentar-se no espaço.
Bioma. (1) Comunidade principal de plantas e animais associada a uma zona de vida ou região com condições ambientais, principalmente climáticas, estáveis. Exemplo: floresta de coníferas do Hemisfério Norte. (2) A unidade biótica de maior extensão geográfica, compreendendo várias comunidades em diferentes estágios de evolução, porém denominada de acordo com o tipo de vegetação dominante: mata tropical, campo, etc. (3) É uma unidade de comunidade biótica, facilmente identificável, produzida pela atuação recíproca dos climas regionais como a biota e o substrato, na qual a forma de vida da vegetação climática clímax, como também o clímax edáfico e as etapas de desenvolvimento, os quais estão dominados, em muitos casos, por outras formas de vida (ODUM, 1972) (4) É uma comunidade maior composta de todos os vegetais, animais e comunidades, incluindo os estágios de sucessão da área. As comunidades de um bioma possuem certa semelhança e análogas condições ambientais. É a unidade ecológica imediatamente superior ao ecossistema (CARVALHO, 1981). (5) Amplo conjunto de ecossistemas terrestres, caracterizados por tipos fisionômicos semelhantes de vegetação com diferentes tipos climáticos. São grandes ecossistemas que compreendem várias comunidades bióticas em diferentes estágios de evolução, em vasta extensão geográfica. Por necessidade ecológica, os biomas apresentam intensa e extensa interação edáfica e climática, definindo assim as condições ambientais características. É a unidade ecológica imediatamente superior ao ecossistema. Há biomas terrestres e aquáticos. Os grandes biomas brasileiros são a Floresta Amazônica, a Floresta Atlântica, o Pantanal Mato-Grossense, o Cerrado, a Caatinga, o Domínio das Araucárias, as Pradarias e os ecossistemas litorâneos. (6) Comunidades estáveis e desenvolvidas, que dispõem de organismos bem adaptados às condições ecológicas de uma grande região. Normalmente apresentam certa especificidade quanto a clima, solo ou relevo (Glossário Ibama, 2003). (7) Total de matéria orgânica contida em determinado espaço, incluindo todos os animais e vegetais (biologia). para a economia pode ser vista como potencial de matéria-prima, especialmente na produção de energia (Glossário Libreria, 2003).
Bioma Amazônia. Clima equatorial, terras baixas e florestas tropicais e equatoriais úmidas. Estende-se além do território brasileiro. Em território brasileiro, os ecossistemas amazônicos ocupam uma superfície de 3,6 milhões de quilômetros quadrados, abrangendo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e pequena parte dos estados do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. A Amazônia é reconhecida como a maior floresta tropical existente no planeta, correspondendo a 1/3 das reservas de florestas tropicais úmidas e o maior banco genético da Terra. Contém 1/5 da disponibilidade mundial de água doce.
Bioma Cerrado. Clima tropical e vegetação de campos, com árvores isoladas, de troncos retorcidos e folhas encerradas e matas ciliares ao longo dos cursos d´ água. Está distribuído, principalmente, pelo Planalto Central Brasileiro, nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, parte de Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal, somando 1,9 milhões de quilômetros quadrados. Existem manchas periféricas ou ecótonos, que são transições copm os biomas Amazônia, Floresta Atlântica e Caatinga.
Bioma Caatinga. Clima semi-árido com drenagens intermitentes. Conhecido como sertão nordestino, tem uma área de aproximadamente 736.836 mil quilômetros quadrados, 6,83% do território brasileiro, está distribuído pelos estados de Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, oeste do Maranhão e pequena parte do norte de Minas Gerais. É o principal ecossistema existente na Região Nordeste. Apesar de estar localizado em área de clima semi-árido, apresenta riqueza biológica e endemismo. A ocorrência de secas estacionais e periódicas estabelece regimes intermitentes aos rios e deixa a vegetação sem folhas. A folhagem das plantas volta a brotar e fica verde nos curtos períodos de chuvas.
Bioma Floresta Atlântica. Clima tropical com influência do Oceano Atlântico e floresta tropical úmida. O domínio da Floresta Atlântica estende-se por 1,2 milhão de quilômetros quadrados ao longo da costa brasileira, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, avançando para o interior, principalmente nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. considerada como a quinta área mais ameaçada e rica em espécies endêmicas do mundo. Em termos gerais, o domínio da Floresta Atlântica pode ser visto como um mosaico diversificado de ecossistemas, apresentando estruturas e composições florísticas diferenciadas, em função de diferenças de solo, relevo e características climáticas existtentes na ampla área de ocorrência cerca de 7,3% de sua cobertura florestal original. Levantamentos apontam a existência de 1.361 espécies da fauna brasileira, com 261 espécies de mamíferos, 620 de aves, 200 de répteis e 280 de anfíbios, sendo que 567 espécies só ocorrem neste bioma. Possui, ainda, cerca de 20 mil espécies de plantas vasculares, das quais 8 mil delas também só ocorrem na Floresta Atlântica. No sul da Bahia, foi identificada a maior diversidade botânica do mundo para plantas lenhosas, ou seja, foram registradas 454 espécies em um único hectare. Dentro do domínio da Floresta Atlântica destaca-se como ecossistema ameaçado a Floresta com Araucária, localizada nos planaltos de altitudes úmdias da Região Sul, distribuindo-se por cerca de 400 mil quilômetros quadrados. Em terrenos de maiores altitudes, estende-se de modo dispersão até o Estado de Minas Gerais.
Bioma Campos Sulinos. Clima temperado, úmido e subúmido, terras baixas e colinas arredondadas cobertas por pradarias nas encostas e matas subtropicais de galeria nos vales. Estende-se por mais de 200 mil quilômetros quadrados, a sudeste do Rio Grande do Sul. De maneira genérica, os campos da região Sul do Brasil so denominados “pampa”, termo de origem indígena para “região plana”. Esta denominação, no entanto, corresponde somente a um dos tipos de campo, mais encontrado ao sul do Uruguai e a Argentina. Outros tipos conhecidos como campos do alto da serra são encontrados em áreas de transição com o domínio de araucárias. Em outras áreas encontram-se ainda, campos de fisionomia semelhantes savana.
Bioma Costa brasileira. Abriga um mosaico de ecossistemas de alta relevância ambiental. Ao longo do litoral brasileiro podem ser encontrados manguezais, restingas, dunas, praias, ilhas, costões rochosos, baías, brejos, falésias, estuários, recifes de corais e outros ambientes importantes do ponto de vista ecológico, todos apresentando diferentes espécies animais e vegetais e outros. Isso se deve, basicamente, às diferenças climáticas e geológicas da costa brasileira. Além do mais, na zona costeira que se localizam as maiores presenças residuais de Floresta Atlântica. Ali a vegetação possui uma biodiversidade superior no que diz respeito à variedade de espécies vegetais. Também os manguezais, de expressiva ocorrência na zona costeira, cumprem funções essenciais na reprodução biótica da vida marinha. Enfim, os espaços litorâneos possuem riquezas significativas de recursos naturais e ambientais, mas a intensidade de um processo de ocupação desordenado vem colocando em risco todos os ecossistemas presentes na costa litorânea do Brasil.
Bioma Pantanal. Como área de transição, a região do Pantanal ostenta um mosaico de ecossistemas terrestres, com afinidades, sobretudo, com os Cerrados e, em parte com a Floresta Amazônica, além de ecossistemas aquáticos e semi-aquáticos, interdependentes em maior ou menor grau. Os planaltos e as terras altas da bacia superior são formados por áreas escarpadas e testemunhos de planaltos erodidos, conhecidos localmente como serras. Considerado como a maior planície de inundação contínua do planeta, sua localização geográfica é de particular relevância, uma vez que representa o elo entre o Cerrado, no Brasil Central, o Chaco, na Bolívia, e a região Amazônica, ao Norte.
Biomassa. (1) É a quantidade de matéria orgânica viva em cada nivel trófico de uma determinada área. (2) É o peso vivo, conjunto constituído pelos componentes bióticos de um ecossitema: produtores, consumidores e desintegradores (ODUM, 1972). (3) É o peso total de todos os organismos vivos de uma ou várias comunidades, por uma unidade de área. É a quantidade de matéria viva num ecossistema (CARVALHO, 1981). (4) Quantidade total de matéria orgânica que constitui os seres de um ecossistema; somatório da massa orgânica viva de determinado espaço, num determinado tempo; a expressão queima de biomassa significa da parte viva da mata, que tem forte influência sobre as emissões de carbono e as mudanças climáticas (Glossário Libreria, 2003). (5) Quantidade de matéria orgânica existente em determinada área e que pode ser expressa em peso, volume, área ou número. A biomassa pode ser medida em peso ou unidades calóricas, a partir da cadeia alimentar, numa determinada área e em sua máxima disponibilidade em determinada época do ano. Constata-se que a biomassa compreende os produtores e os consumidores primários e secundários, dos vegetais aos animais, tendo o Sol como fonte primeira de energia. A biomassa é fonte de energias alternativas.
Biomassa (florestal). (1) Volume composto pelas folhas, ramos, frutos, troncos e raízes dos diversos vegetais existentes em determinados locais. (2) É a quantidade máxima de material vivo, em peso, tanto de vegetais quanto de animais, em um habitat, em determinada época do ano (NEGRET, 1982).
Biometria. Ramo da ciência que trata da aplicação dos procedimentos estatísticos em biologia.
Biomicrito. Rocha calcária composta de porções variáveis de detritos esqueletais (fragmentos de conchas, etc.) e lama carbonática. O tipo predominante de fragmentos esqueletais deve ser especificado. Exemplo: biomicrito crinoidal.
Biomonitoramento. Determinação da integridade de um sistema biológico para avaliar sua degradação por qualquer impacto induzido pela sociedade humana.
Bionte. (1) Qualquer ser vivo, superior ou inferior, qualquer integrante de uma população ou de uma comunidade. (2) Ser vivo e independente; organismo isolado, individual.
Biorregião. É um espaço geográfico que abriga integralmente um ou vários ecossistemas. Caracteriza-se por sua topografia, cobertura vegetal, cultura e história humana, sendo assim identificável por comunidades locais, governos e cientistas.
Biosfera. (1) Conjunto formado por todos os ecossistemas da Terra. Constitui a porção do planeta habitada por seres vivos. (2) Região do planeta que encerra seres vivos e onde a vida é possível de modo permanente. É constituída pela crosta terrestre, pelas águas oceânicas e pela atmosfera. (3) Sistema integrado de organismos vivos e seus suportes, compreendendo o envelope periférico do planeta Terra com a atmosfera circundante, estendendo-se para cima e para baixo até onde exista naturalmente qualquer forma de vida. (4) Parte do planeta capaz de manter a vida; sistema integrado de organismos vivos e seus suportes, compreendendo o envoltório periférico do planeta Terra com a atmosfera circundante, estendendo-se para cima e para baixo até onde exista naturalmente qualquer forma de vida; área de vida do planeta. (5) Conjunto de todas as partes do terra onde é possível, pelo menos a alguma espécies de organismos, viver permanentemente, alimentar-se e reproduzir-se. É o conjunto de todos os ecossistemas do Planeta (Glossário Ibama, 2003). (6) Camada existente entre a superfície terrestre, a atmosfera e os oceanos, onde a vida se desenvolve naturalmente.
Biosparito. Esparito (calcita cristalina, recristalizada) contendo fragmentos aloquímicos derivados de fósseis carbonáticos (foraminíferos, fragmentos de conchas de moluscos ,etc.)
Biossistemática. Estudo classificatório de taxa por cruzamentos controlados para inferir o relacionamento genético e, assim, taxonômico entre eles. Como disciplina que considera a afinidade genética e o sucesso reprodutivo como os principais parâmetros para a classificação dos seres vivos, a biossistemática não considera a morfologia em seu método científico e enfatiza os índices de fertilidade das progênies resultantes (F1,F2, etc.) para estimar a distância do relacionamento filogenético entre formas parentais e se estas de fato constituem espécies; taxonomia experimental.
Biossoma. Corpo tridimensional de rocha sedimentar apresentando conteúdo paleontológico uniforme, tendo sido depositado sob condições biológicas homogêneas. Termo bioestratigráfico equivalente ao litossoma, utilizado quando se consideram somente os atributos litológico de uma massa de rocha sedimentar.
Biostasia. Máximo desenvolvimento de organismos durante épocas de quietude tectônica, quando solos residuais formam-se extensamente sobre os continentes e a deposição de carbonato de cálcio (CaCO3) é generalizada nos oceanos.
Biota. (1) Fauna e flora de uma região consideradas em conjuntos, como um todo. (2) Conjunto dos componentes vivos de um ecossistema. Todas as espécies de plantas e animais existentes dentro de uma determinada área (BRAILE, 1983). (3) Ou biocenose. Conjunto dos componentes vivos (bióticos) de um ecossistema. Todas as espécies de plantas e animais existentes dentro de uma determinada área (BRAILE, 1983). (4) Conjunto de seres vivos que habitam um determinado ambiente ecológico, em estreita correspondência com as características físicas, químicas e biológicas deste ambiente. Conjunto dos componentes vivos (bióticos) de um ecossistema. (5) Conjunto de plantas e animais de uma determinada região, província ou área biogeográfica. Por exemplo: biota amazônica. (6) Conjunto de componentes vivos ou bióticos de um ecossistema. Todas as espécies de plantas e animais existentes no interior de uma área delimitada. É o conjunto de seres vivos que habita um determinado ambiente ecológico em estreita correspondência com as características físicas, químicas e biológicas deste ambiente. A biota é a denominação dada ao conjunto dos componentes vivos de um ecossistema. É o termo empregado para denominar todas as espécies de plantas e animais existentes no interior de determinada área. É o conjunto de seres vivos que habitam um determinado ambiente ecológico, em estreita correspondência com as características físicas, químicas e biológicas deste ambiente (Glossário Ibama, 2003).
Biotecnologia. (1) Técnicas que usam organismos vivos ou partes destes para produzir ou modificar produtos, melhorar geneticamente plantas ou animais, ou desenvolver microorganismos para fins específicos. As técnicas de biotecnologia servem-se da engenharia genética, biologia molecular, biologia celular e outras disciplinas. Seus produtos encontram aplicação nos campos científico, agrícola, médico e ambiental. (2) Qualquer aplicação tecnológica que utilize sistemas biológicos, organismos vivos, ou seus derivados, para fabricar ou modificar produtos ou processos para utilização específica (Convenção da Biodiversidade, art. 2.°). (3) Uso da ciência aplicada, desenvolvida principalmente a partir do aproveitamento dos recursos genéticos, para produzir organismos vivos; tem, portanto, a biodiversidade como matéria-prima e é a chave de acesso para sua utilização em larga escala.
Biótico. (1) Relativo ao bioma ou biota, ou seja, ao conjunto de seres animais e vegetais de uma região. (2) Referente a organismos vivos ou produzidos por eles. Por exemplo: fatores ambientais criados pelas plantas ou microrganismos.
Biótopo. (1) Microhábitat (ou lugar), substrato, microclima e situação exatos de uma espécie dentro de uma comunidade. Exemplos: a) biótopo de certa erva de mata pode ser, na sombra profunda, enraizada em solo fofo com bastante húmus. b) biótopo de certa bromeliácea pode ser epífita sobre galho superior de árvore onde há bastante luz. (2) É o espaço ocupado pela biocenose. O biótopo é uma área geográfica de superfície e volume variáveis, submetida a condições cujas dominantes são homogêneas (PERES, 1961). (3) Lugar onde há vida. É o componente físico do ecossistema (MARGALEF, 1980). (4) Do grego Bios: vida e Topos: lugar. Lugar onde há vida. É o componente físico do ecossistema (MARGALEF, 1980). (5) Área com características físicas, químicas e condições ambientais uniformes; área ocupada por biocenose.
Biotipo. Grupo de indivíduos que tem o mesmo genótipo.
Bioturbação. Perturbação de sedimentos por organismos que perfuram e constroem tubos ou revolvem os detritos, causando a destruição parcial ou total das estruturas sedimentares primárias como, por exemplo, a estratificação. Exemplo: tubos e outras perturbações causadas por Callichirus major em sedimentos arenosos da Formação Cananéia do Pleistoceno Superior.
Biozona. (1) Unidade bioestratigráfica, incluindo todas as camadas depositadas durante a existência de um tipo específico de animal ou vegetal. (2) Unidade bioestratigráfica identificada pela ocorrência de uma espécie característica de fóssil.
Bioquímico. Depositado por processos químicos sob influência biológica. A remoção de CO2 da água do mar pelas plantas aquáticas, por exemplo, pode ocasionar a precipitação da calcita (CaCO3) bioquímica.
Bolor. Espécies de fungos que se desenvolvem na superfície de materiais, produzindo estruturas de reprodução o que conferem à superfície a aparência lanosa ou empoeirada.
Boom. Termo inglês que significa aumento rápido de um determinado contingente. Ex.: Boom demográfico = explosão demográfica.
Boreal. (1) Época de temperatura baixa e seca, conforme estudos realizados no Hemisfério Norte, com base em mudanças na vegetação. Corresponde ao intervalo de tempo subseqüente ao último estágio glacial, isto é, entre 9.700 a 7.750 a. C. (2) Do Norte, setentrional. (3) Em Bot. diz-se das plantas do Hemisfério Norte.
Bosque. Vegetação arbórea esparsa, mais espaçada do que uma floresta, que não forma um dossel contínuo.
Botânica. (1) Ciência que tem por objeto o conhecimento dos vegetais, a descrição dos seus caracteres e sua classificação. (2) Ramo da biologia dedicado às plantas.
Bráctea. Folha modificada em cuja axila nasce uma flor ou uma inflorescência.
Braço de mar. Canal largo de mar que penetra terra adentro, sem relação com as suas dimensões absolutas. Pode-se aplicar essa denominação a um golfo (Mar Adriático) ou a um rio (Satander, Espanha).
Braço de maré. (1) Canal estreito e relativamente curto que liga uma baía ou laguna (desembocadura lagunar) ou corpos aquosos análogos, com corpos aquosos mais extensos (mar ou oceano). (2) Canal que se estende por considerável distância terra adentro, sendo mantido pelo fluxo das marés enchente(s) e vazante(s).
Brejais. Brejos extensos; pantanal /ave canora fringilídea; papa-capim.
Brejo. (1) As áreas úmidas do agreste e do sertão. Termo utilizado, com esse sentido, no Nordeste. (2) Terreno molhado ou saturado de água, algumas vezes alagável de tempos em tempos, coberto com vegetação natural própria na qual predominam arbustos integrados com gramíneas rasteiras e algumas espécies arbóreas. (3) Área encharcada e plana que aparece, especialmente, nas zonas de transbordamento de rios.
Brejo de restinga. Permanentemente inundado, sua vegetação é herbácea.
Brejo interiorano. Mancha de floresta que ocorre no nordeste do País, em elevações e platôs onde ventos úmidos condensam o excesso de vapor e criam um ambiente de maior umidade. É também chamado de brejo de altitude (Resolução CONAMA 010/93).
Breu. Resíduo não volátil. Obtido dos tocos altamente resinosos de espécies como Pinus elliotti e Pinus palustris, pelo processo da destilação da madeira ou por solventes.
Briófitas. Plantas verdes terrestres, não vasculares. Por exemplo, musgos e hepáticas. (2) Vegetal de pequenas dimensões, sem canais internos condutores de seiva, como os musgos (Resolução CONAMA 012/94).
Brisa. Vento brando que sopra com regularidade nas regiões tropicais e durante o verão nas regiões temperadas. A brisa é particularmente perceptível no litoral, por efeito de diferenças de temperatura entre a terra e o mar. A altura em que se faz sentir a brisa não ultrapassa 1.500 m.
Broto. Lançamento, revento, renovo. É a planta proveniente de uma touça. Caule embrionário, incluindo folhas rudimentares, freqüentemente protegidas por escamas especializadas.
Buraco da camada de ozônio. Abertura na camada que filtra os raios ultravioletas do sol, considerados letais para as células, que foi descoberta na Antártida em 1989, gerando elevada preocupação nos ambientalistas.
Buraco de Ozônio. Um fenômeno localizado de depleção significativa de ozônio numa faixa da alta atmosfera conhecida por camada de ozônio. O fenômeno é devido principalmente à ação do CFC (clorofluorcarbono) e a determinados aerossóis.
Bússola – Instrumento destinado a indicar a direção de referência horizontal com relação à Terra (Glossário Libreria, 2003).
Ambiente Brasil