O desenvolvimento urbano altera a cobertura vegetal, provocando vários efeitos que modificam os componentes do ciclo hidrológico natural. Com a urbanização, a cobertura da bacia é alterada para pavimentos impermeáveis e são introduzidos condutos para escoamento pluvial, gerando as seguintes alterações no referido ciclo:
- Redução da infiltração do solo.
- Aumento do escoamento superficial.
- Redução do escoamento subterrâneo.
- Redução da evapotranspiração.
O impacto da urbanização é mais significativo, para precipitações de maior freqüência, onde o efeito da infiltração é mais importante. Para precipitações de baixa freqüência, a relação entre as condições naturais e a urbanização é relativamente menor.
Existem vários elementos antrópicos que são introduzidos na bacia hidrográfica:
Aumento da temperatura: as superfícies impermeáveis absorvem parte da energia solar, aumentando a temperatura ambiente e produzindo ilhas de calor na parte central das cidades, onde predomina o concreto e o asfalto, que, devido à sua cor, absorve mais energia solar do que as superfícies naturais e o concreto. À medida que sua superfície envelhece, tende a escurecer e a aumentar a absorção de radiação solar.
Aumento de sedimentos e material sólido: é extremamente significativo devido aos fatores: limpeza de terrenos para novos loteamentos, construção de ruas, avenidas e rodovias, entre outras causas.
Contaminação de aqüíferos
Os aterros sanitários contaminam as águas subterrâneas pelo processo natural de precipitação e infiltração.
Grande parte das cidades brasileiras utiliza fossas sépticas como destino final do esgoto. Este conjunto tende a contaminar uma parte superior do aqüífero.
A rede de condutos pluviais pode contaminar o solo através de perdas de volume no seu transporte e até por entupimento de trechos da rede, que pressionam a água contaminada para fora do sistema de condutos.
Redação Ambiente Brasil