{"id":99,"date":"2009-02-09T16:09:01","date_gmt":"2009-02-09T16:09:01","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:32:29","modified_gmt":"2021-07-10T23:32:29","slug":"terra_o_planeta_azul","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/agua\/artigos_agua_doce\/terra_o_planeta_azul.html","title":{"rendered":"Terra o Planeta Azul"},"content":{"rendered":"\n

O presente trabalho versa sobre a problem\u00e1tica da \u00e1gua no planeta Terra e no Brasil, onde foi apresentada uma an\u00e1lise cr\u00edtica, seguida de sugest\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

\u00c1gua conforme foi apresentada neste se mostra, um problema evidente na Terra do futuro, pelo fato de seu mau uso pela popula\u00e7\u00e3o atual de nosso planeta, pois se continuarmos como estamos a Terra deixara de ser o Planeta \u00c1gua.<\/p>\n\n\n\n

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Cabe dizer que tudo que foi sugerido est\u00e1 fundamentado no Art. 225 da Constitui\u00e7\u00e3o Federal do Brasil – 1988 e agenda 21. As ocorr\u00eancias s\u00e3o fatos vividos ou lidos, pelos autores.<\/p>\n\n\n\n

Como o Planeta Terra \u00e9 chamado por n\u00f3s de Planeta \u00c1gua, devido a sua constitui\u00e7\u00e3o ser de \u00be de \u00e1gua, por\u00e9m de toda esta \u00e1gua 97% \u00e9 de \u00e1gua salgada e apenas 3% de \u00e1gua doce. Desses 3% apenas 1% \u00e9 de \u00e1gua pot\u00e1vel. Diante desde fato \u00e9 sens\u00edvel a necessidade de uma pol\u00edtica educacional que leve a conscientiza\u00e7\u00e3o da necessidade do n\u00e3o desperd\u00edcio de \u00e1gua doce no planeta.<\/p>\n\n\n\n

Cita-se que a cultura do desperd\u00edcio no Rio de Janeiro atinge um total de 40% da \u00e1gua tratada dispon\u00edvel. N\u00e3o se entende o que seja preserva\u00e7\u00e3o e conserva\u00e7\u00e3o do planeta em fun\u00e7\u00e3o da \u00e1gua.<\/p>\n\n\n\n

A Constitui\u00e7\u00e3o Brasileira no seu Art. 225 descreve “Todos t\u00eam direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial a sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder p\u00fablico o dever de defend\u00ea-lo \u00e0 coletividade o de preserv\u00e1-lo para as presentes e futuras gera\u00e7\u00f5es.”<\/p>\n\n\n\n

A Polui\u00e7\u00e3o da \u00c1gua<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A polui\u00e7\u00e3o da \u00e1gua tem um ponto de vista hist\u00f3rico, ela come\u00e7ou com a deposi\u00e7\u00e3o de dejetos humanos e animais ao longo dos mananciais, dos leitos de rios e lagos e por infiltra\u00e7\u00e3o nos len\u00e7\u00f3is d’\u00e1gua. A polui\u00e7\u00e3o evoluiu e evolui atrav\u00e9s dos anos, com o desenvolvimento da ind\u00fastria como dos: agrot\u00f3xicos, pol\u00edmeros e o crescimento do contingente humano no planeta, levam estudiosos a observarem a perda inconsciente do solo, do subsolo, das \u00e1guas correntes, do ar que respiramos e das chuvas. Fato que est\u00e1 gerando at\u00e9 problemas de sa\u00fade p\u00fablica. \u00c9 fato constatado que a maior parte das mortes por doen\u00e7as s\u00e3o devidas a ingest\u00e3o de \u00e1gua contaminada.<\/p>\n\n\n\n

O Ciclo das \u00c1guas<\/strong><\/p>\n\n\n\n

As \u00e1guas dos oceanos, mares, rios e lagos evaporam-se condensam, e estas voltam a Terra por precipita\u00e7\u00e3o reabastecendo esses mesmos aq\u00fc\u00edferos e por infiltra\u00e7\u00e3o mantendo o n\u00edvel dos len\u00e7\u00f3is fre\u00e1ticos durante o per\u00edodo. Durante o per\u00edodo da noite as got\u00edculas de \u00e1gua em suspens\u00e3o, por varia\u00e7\u00e3o de temperatura se precipitam sobre a forma de orvalho. <\/p>\n\n\n\n

A Problem\u00e1tica das \u00c1guas no Planeta<\/strong><\/p>\n\n\n\n

As \u00e1guas est\u00e3o sendo modificadas quanto a sua natureza, pelo descuido do homem, que geram \u00e1guas contaminadas e polu\u00eddas por fatores demonstrativos da falta de educa\u00e7\u00e3o caseira, formal e acad\u00eamica.<\/p>\n\n\n\n

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Fig. 1 – Uso mundial da \u00e1gua por setores (fonte Teixeira, W et alii “Decifrando A Terra” S\u00e3o Paulo – USP – Oficina de texto, 2000).<\/p>\n\n\n\n

A \u00e1gua pot\u00e1vel dispon\u00edvel na Terra equivale \u00e0 cerca de 12.500 km3. estes s\u00e3o usados pelas ind\u00fastrias, agricultura e domic\u00edlios. <\/p>\n\n\n\n

Descontando-se o uso industrial, agr\u00edcola e dom\u00e9stico as reservas mundiais chegavam a 16.800 m3 por pessoa ao ano. No final do s\u00e9culo XX as reservas se reduziram a 7.300 m3 e as previs\u00f5es para 2025 n\u00e3o s\u00e3o animadoras podendo chegar a 4.800 m3. A agricultura \u00e9 a que mais utiliza recursos h\u00eddricos principalmente para a irriga\u00e7\u00e3o. O crescimento populacional do mundo requer o aumento da produ\u00e7\u00e3o agr\u00edcola.<\/p>\n\n\n\n

Atualmente 70% da \u00e1gua doce dispon\u00edvel no planeta \u00e9 utilizada na agricultura mas segundo o Conselho Mundial de \u00e1gua (World Water Council) no ano 2025 ser\u00e3o necess\u00e1rios mais 17% desse recurso para alimentar o mundo.<\/p>\n\n\n\n

A Europa \u00e9 o continente que mais consome \u00e1gua no setor industrial, Oceania consome no setor dom\u00e9stico cerca de 8%.<\/p>\n\n\n\n

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Fig. 2 – A disponibilidade de \u00e1gua no mundo (fonte Beaux, J. F. “L’Environenment Rep\u00e8res Pratiques” Paris, Nathan, 1998)<\/p>\n\n\n\n

Observem a figura 2 que mostra diferen\u00e7as extremas quanto ao consumo de \u00e1gua em algumas localidades. Deve-se observar que segundo UNICEF (Fundo das Na\u00e7\u00f5es Unidas para a Inf\u00e2ncia) apenas a metade da popula\u00e7\u00e3o mundial tem acesso \u00e0 \u00e1gua pot\u00e1vel. Segundo Banco Mundial cerca de 80% no futuro ir\u00e3o entrar em conflito por causa deste bem esgot\u00e1vel. J\u00e1 ocorrendo em paralelo com as desaven\u00e7as pol\u00edtico-religiosas. <\/p>\n\n\n\n

Neste item n\u00e3o podemos nos esquecer que com o aumento da popula\u00e7\u00e3o mundial, haver\u00e1 uma necessidade de mais \u00e1gua pelo fato de sermos compostos de cerca de 66% de \u00e1gua.<\/p>\n\n\n\n

 Mundo <\/td> 645 m3<\/td><\/tr>
 Am\u00e9rica do Norte<\/td> 1680 m3<\/td><\/tr>
 Am\u00e9rica Latina e Caribe<\/td> 402 m3<\/td><\/tr>
 Europa<\/td> 626 m3<\/td><\/tr>
 \u00c1sia<\/td> 542 m3<\/td><\/tr>
 Oceania<\/td> 536 m3<\/td><\/tr>
 Estados Unidos <\/td> 1870 m3 <\/td><\/tr>
 Brasil<\/td> 246 m3<\/td><\/tr>
 R\u00fassia<\/td> 521 m3<\/td><\/tr>
 China<\/td> 461 m3<\/td><\/tr>
 \u00cdndia<\/td> 612 m3<\/td><\/tr>
 Egito<\/td> 952 m3<\/td><\/tr><\/tbody><\/table><\/figure>\n\n\n\n

Fig. 3 – Consumo anual per capta de \u00e1gua no mundo <\/p>\n\n\n\n

fonte: Folha de S\u00e3o Paulo, 21\/07\/1999. Caderno Especial – \u00c1gua, Comida e Energia.<\/p>\n\n\n\n

A Polui\u00e7\u00e3o dos Mares Oceanos e Baias<\/strong><\/p>\n\n\n\n

O problema alvo da contamina\u00e7\u00e3o de mares e oceanos e baias \u00e9 decorrente dos vazamentos de tubula\u00e7\u00f5es de \u00f3leo e de petroleiros al\u00e9m da lavagem indiscriminada de conveses e por\u00f5es de navios nos portos.<\/p>\n\n\n\n

Um outro problema que futuramente ira se agravar, \u00e9 o da constru\u00e7\u00e3o naval atual de navios, submarinos, porta-avi\u00f5es e outros movidos \u00e0 propuls\u00e3o nuclear, que quando naufragam contaminam os mares e uma quest\u00e3o que fica no ar. Qual o problema futuro de suas desativa\u00e7\u00f5es?<\/p>\n\n\n\n

Uma outra contamina\u00e7\u00e3o existente \u00e9 chamada de Mar\u00e9 Vermelha que s\u00e3o provocadas pelas algas de mesma cor, em virtude, do excesso de poluentes (esgotos) que levam a um aumento de natalidade destas, provocando diminui\u00e7\u00e3o no oxig\u00eanio das \u00e1guas.<\/p>\n\n\n\n

Os futur\u00f3logos prev\u00eaem que em intervalo de tempo pr\u00f3ximo as planta\u00e7\u00f5es ser\u00e3o oce\u00e2nicas, e para tanto devemos n\u00e3o poluir tamb\u00e9m os mares e oceanos. Por\u00e9m um problema eminente est\u00e1 ocorrendo na Europa, que \u00e9 a Calepa Taxif\u00f3lia ou alga assassina que est\u00e1 se espalhando na Europa em propor\u00e7\u00f5es geom\u00e9tricas, pois s\u00e3o levadas pelas correntezas, navios e outros. O efeito desta alga \u00e9 devastador pois ela sufoca as algas que s\u00e3o ingeridas pelos peixes que por sua vez fazem parte da cadeia alimentar. Essas algas apesar de venenosas t\u00eam um predador natural, que \u00e9 a lesma do mar, esse predador ap\u00f3s ingerir a alga assassina torna-se tamb\u00e9m venenosa saindo da cadeia alimentar, ela tamb\u00e9m tem um problema, ela n\u00e3o resiste \u00e0s baixas temperaturas do inverno europeu. Mesmo conhecendo-se a alga assassina, o seu predador natural, o seu problema com varia\u00e7\u00f5es de temperatura e que ela n\u00e3o se reproduz sexualmente, e sim por alto clonagem, o que implica na n\u00e3o possibilidade de sua remo\u00e7\u00e3o por meios mec\u00e2nicos, pois qualquer corte nela leva a sua multiplica\u00e7\u00e3o por ambas as extremidades.<\/p>\n\n\n\n

Fato este que deixa o Brasil em vantagem, pois nossos invernos n\u00e3o s\u00e3o t\u00e3o agressivos como os Europeus, o que permite a dissemina\u00e7\u00e3o das algas pelas lesmas, e que torna poss\u00edvel em nossa costa a manuten\u00e7\u00e3o da vida marinha, levando assim o Brasil a ser o futuro abastecedor mundial de alimentos marinhos.<\/p>\n\n\n\n

A polui\u00e7\u00e3o dos rios, lagos e lagoas<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A polui\u00e7\u00e3o dos rios, lagos e lagoas t\u00eam como fonte principal o homem que os polui atrav\u00e9s de ind\u00fastrias, do esgoto lan\u00e7ado in natura e da deposi\u00e7\u00e3o de lixo nas encostas e dentro destes. Um outro problema que ocorre com estes \u00e9 o do desmatamento e das queimadas nos margens, que podem at\u00e9 provocar mudan\u00e7a do curso dos rios al\u00e9m de assoreamentos.<\/p>\n\n\n\n

As enormes quantidades de agrot\u00f3xico e fertilizantes de uso agr\u00edcola de nossas planta\u00e7\u00f5es podem acarretar aos corpos receptores, rios, lagoas e lagunas, a prolifera\u00e7\u00e3o de algas que se alimentam dos fertilizantes trazidos pelas chuvas e essas algas produzem subst\u00e2ncias t\u00f3xicas tornando esta \u00e1gua impr\u00f3pria ao consumo humano e a fauna aqu\u00e1tica. <\/p>\n\n\n\n

A modifica\u00e7\u00e3o da estrutura gen\u00e9tica dos seres marinhos atrav\u00e9s da ingest\u00e3o de produtos qu\u00edmicos, cujos efeitos prejudiciais aos seres humanos ainda s\u00e3o desconhecidos pode acarretar at\u00e9 modifica\u00e7\u00f5es no DNA.<\/p>\n\n\n\n

Os manguezais s\u00e3o ecossistemas de alta produtividade compondo a base de uma cadeia alimentar que passa por um incont\u00e1vel n\u00famero de aves marinhas e migrat\u00f3rias, incluindo ainda o pr\u00f3prio homem no extremo desta cadeia. A fauna associada ao manguezal consiste de dois grupos os que o habitam permanentemente em seu ciclo vital (moluscos, crust\u00e1ceos) e aqueles que o freq\u00fcentam periodicamente para abrigo, desova e alimenta\u00e7\u00e3o na fase de crescimento principalmente peixes e mam\u00edferos. Os outros problemas com lagos e lagoas s\u00e3o:<\/p>\n\n\n\n

  • Degrada\u00e7\u00e3o das \u00e1reas de prote\u00e7\u00e3o dos lagos especialmente pelo lan\u00e7amento de dejetos.<\/li>
  • Assoreamentos das lagoas quando permitida afirma\u00e7\u00e3o de espig\u00f5es impedindo o livre transita de pequenas embarca\u00e7\u00f5es.<\/li>
  • Constru\u00e7\u00f5es com total desrespeito a faixa marginal invadindo a faixa d’\u00e1gua.<\/li>
  • Desenvolvimento das condi\u00e7\u00f5es de falta de oxig\u00eanio em virtude da alta concentra\u00e7\u00e3o de esgoto e a presen\u00e7a de vegeta\u00e7\u00e3o aqu\u00e1tica em decomposi\u00e7\u00e3o.<\/li>
  • Represamento dos rios polu\u00eddos devido a grande quantidade de vegeta\u00e7\u00e3o aqu\u00e1tica.<\/li><\/ul>\n\n\n\n

    A polui\u00e7\u00e3o dos len\u00e7\u00f3is fre\u00e1ticos e minas d’\u00e1gua<\/strong><\/p>\n\n\n\n

    A polui\u00e7\u00e3o dos len\u00e7\u00f3is fre\u00e1ticos e das minas d’\u00e1gua se deve tamb\u00e9m a esgotos, a utiliza\u00e7\u00e3o de produtos qu\u00edmicos por ind\u00fastrias e pelos lix\u00f5es que desprendem o chorume. <\/p>\n\n\n\n

    Por ocasi\u00e3o das chuvas o pr\u00f3prio solo absorve agrot\u00f3xicos e fertilizantes, oriundos da agricultura que s\u00e3o tamb\u00e9m uma fonte de polui\u00e7\u00e3o dos len\u00e7\u00f3is fre\u00e1ticos e minas d’\u00e1gua.<\/p>\n\n\n\n

    A polui\u00e7\u00e3o das chuvas<\/strong><\/p>\n\n\n\n

    Os poluentes incorporados ao ar Atmosf\u00e9rico, tais como g\u00e1s carb\u00f4nico, fluoretos, nitritos, sulfitos e sulfetos, geram a chamada Chuva \u00c1cida. Respons\u00e1vel pela destrui\u00e7\u00e3o de arquiteturas, est\u00e1tuas, gera\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de pele e outros. <\/p>\n\n\n\n

    No Brasil j\u00e1 existem comunidades que tem problemas de c\u00e2ncer provocados por nuvens de poluentes, que em outros pa\u00edses foram verificadas por sat\u00e9lite e chegam a ter propor\u00e7\u00f5es continentais e chegam a ter 3 km de espessura.<\/p>\n\n\n\n

    A Agricultura Org\u00e2nica e os Transg\u00eanicos <\/strong><\/p>\n\n\n\n

    A agricultura org\u00e2nica tem sua import\u00e2ncia por n\u00e3o se valer de agrot\u00f3xicos e estar sendo re-aceita pela popula\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

    Quanto aos transg\u00eanicos, apesar de seus efeitos ainda serem desconhecidos, \u00e9 inerente a eles a resist\u00eancia a um maior n\u00famero de pragas, e com isso a menor polui\u00e7\u00e3o dos solos, pois usam uma quantidade menor de agrot\u00f3xicos, embora seja muito discutido seu efeito mutante no homem do futuro, no momento, \u00e9 uma solu\u00e7\u00e3o da problem\u00e1tica da fome no planeta. Deve-se lembrar que tudo no Mundo foi feito pelo Criador em cadeia os alimentos naturais s\u00e3o compat\u00edveis com a necessidade do organismo humano.<\/p>\n\n\n\n

    A \u00c1gua e o Brasil<\/strong><\/p>\n\n\n\n

    O Brasil det\u00eam de toda \u00e1gua doce dispon\u00edvel no planeta. Pensando nesse volume e talvez considerando inesgot\u00e1vel uma parcela da popula\u00e7\u00e3o de empres\u00e1rios, donos de ind\u00fastrias e at\u00e9 entidades publicas continuam poluindo os rios e o mar, sem dar a devida import\u00e2ncia aos malef\u00edcios que tais a\u00e7\u00f5es acarretam ao pr\u00f3prio ambiente e ser humano. <\/p>\n\n\n\n

    Segundo dados do Programa das Na\u00e7\u00f5es Unidas para o Meio Ambiente (Unep), o consumo total de \u00e1gua dom\u00e9stico, industrial e outros em 1987 foram de 580 litros por pessoa\/dia desse total coube ao consumo dom\u00e9stico 43% ou seja, 250 litros por pessoa\/dia, 40% foram consumidos pela agricultura e 17% pela ind\u00fastria.<\/p>\n\n\n\n

    A preocupa\u00e7\u00e3o que se despendeu no passado (s\u00e9c. XVII) que foi a cria\u00e7\u00e3o de uma lei que proibia os donos de porcos de sujarem os rios, n\u00e3o foi prosseguida pois de l\u00e1 para c\u00e1 a polui\u00e7\u00e3o s\u00f3 tem aumentado.<\/p>\n\n\n\n

    Em nosso pa\u00eds, rios, riachos, ribeir\u00f5es, lagos, lagoas, arroios e cachoeiras, determinam a grande variedade dos recursos h\u00eddricos. Alguns se encontram preservados belos e \u00fateis e outros n\u00e3o recebem ainda hoje da popula\u00e7\u00e3o e autoridades os cuidados para mant\u00ea-los limpos e a sua recep\u00e7\u00e3o como fonte de vida e aqui s\u00e3o poucas cidades que tratam as nossas fontes de \u00e1gua com cuidado. Os rios aqui s\u00e3o encarados como um natural escoadouro de dejetos dom\u00e9sticos e de lixo.<\/p>\n\n\n\n

    A falta de consci\u00eancia \u00e9 de tal ordem que se implantou o uso da “vassoura hidr\u00e1ulica” para lavagem das cal\u00e7adas com \u00e1gua pot\u00e1vel. Acredita-se que a exemplo de pa\u00edses onde a falta d’\u00e1gua e escassez s\u00e3o not\u00f3rios, deva ser implantado nas resid\u00eancias do Brasil sistema de adu\u00e7\u00e3o de \u00e1gua limpa e pot\u00e1vel separadamente. Observe o alto custo da \u00e1gua tratada fato que por si s\u00f3 justifica a implanta\u00e7\u00e3o de tal sistema.<\/p>\n\n\n\n

    Segundo noticia publicada na revista Fortunate a \u00e1gua tratada custa trezentas vezes o valor da \u00e1gua limpa. O trabalho educativo dever\u00e1 ser feito a n\u00edvel dom\u00e9stico e em \u00e2mbito maior, com o relacionamento das diferentes tarefas e seus respectivos usos e gastos.<\/p>\n\n\n\n

    Desta maneira acredita-se que o homem venha a minimizar o gasto de \u00e1gua e maximizar a sua conserva\u00e7\u00e3o no planeta.<\/p>\n\n\n\n

    Este fato tem gerado a necessidade do controle ambiental e dos RIMA (Relat\u00f3rio de Impacto Ambiental) em \u00e1reas industriais. A \u00e1gua pode ser a seiva da vida, como a geradora da morte, isto depende unicamente do seu uso racional.<\/p>\n\n\n\n

    Conclus\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n

    Hoje em dia o problema \u00e9 a qualidade e a quantidade da \u00e1gua, fato que n\u00e3o se verificava no passado. A \u00e1gua abundante, o solo fofo e produtivo levou o homem, ao uso desordenado da \u00e1gua e do pr\u00f3prio solo, chegando a se esquecer os ensinamentos dos nativos que foram os primeiros a racionalizar os seus usos. Os ind\u00edgenas fazem uso da \u00e1gua sem que a poluam, fato este consciente e inconsciente. A terra \u00e9 cultivada somente no espa\u00e7o necess\u00e1rio para sua sobreviv\u00eancia, n\u00e3o amea\u00e7ando a estrutura dos ecossistemas, n\u00e3o destruindo as florestas, fontes de preserva\u00e7\u00e3o do solo, das \u00e1guas, da vida, fator de equil\u00edbrio do clima. <\/p>\n\n\n\n

    Campanhas educativas e racionais dever\u00e3o ser implementadas, de forma a conscientizar o povo de um problema t\u00e3o eminente e que j\u00e1 \u00e9 sentido quando acontecem problemas ecol\u00f3gicos. Nossa sensa\u00e7\u00e3o de perda s\u00f3 se d\u00e1 neste momento, devido a grande quantidade de \u00e1gua que possu\u00edmos.<\/p>\n\n\n\n

    O maior problema atual do momento \u00e9 o desperd\u00edcio da \u00e1gua, seu mau uso que levar\u00e1 a uma futura escassez acentuada.<\/p>\n\n\n\n

    Segundo estudos da Pastoral da Terra, publicados no Jornal Ecol\u00f3gico 2003 “a \u00faltima fronteira de investimento para o setor privado \u00e9 a \u00e1gua, disse um estrategista da Monsanto n\u00e3o podemos ficar em paz enquanto a oligarquia internacional da \u00e1gua decreta, que a \u00e1gua \u00e9 um bem escasso, dotado de valor econ\u00f4mico, e que a melhor maneira de gerenciar a escassez \u00e9 o mercado. Para que a \u00e1gua seja mercantilizada, \u00e9 preciso que ela tenha um pre\u00e7o e seja privatizada. Essa \u00e9 a quest\u00e3o que est\u00e1 por detr\u00e1s da frase do estrategista da Monsanto, empresa qu\u00edmica que se tornou uma empresa de sementes geneticamente modificadas e agora quer dominar toda a cadeia de alimentos, dominando tamb\u00e9m”.<\/p>\n\n\n\n

    O sofrimento humano e a destrui\u00e7\u00e3o ambiental que v\u00eam por a\u00ed n\u00e3o t\u00eam tamanho. A \u00e1gua no momento atual \u00e9 fonte geradora de guerra e de paz e n\u00e3o sabemos a que eixo ou o do bom ou o do mau o Brasil estar\u00e1 no futuro com tanto desprezo a esta.<\/p>\n\n\n\n

    Bibliografia:<\/strong><\/p>\n\n\n\n

    BIZERRIL, C. R. S. F. e PRIMO, P. B. – “Peixes de \u00c1guas do Estado do Rio de Janeiro” RJ, FEMAR-SEMADES, 417p, 2001<\/p>\n\n\n\n

    _____ – Revista CREA-RJ, Fevereiro-Mar\u00e7o 2003<\/p>\n\n\n\n

    _____ – Revista JB Ecol\u00f3gico, Maio, N.16 2003<\/p>\n\n\n\n

    _____ – Secretaria de Meio Ambiente “Ambiente das \u00c1guas no Estado do Rio de Janeiro”, SEMADES, 230p, 2001<\/p>\n\n\n\n

    _____ – Veja, Ed. Abril, Agosto, ano 35, N.33 2002<\/p>\n\n\n\n

    Carlos Augusto de Alcantara Gomes<\/em>\n<\/em><\/p>\n\n\n\n

    Prof. Adjunto da Escola Polit\u00e9cnica da UFRJ<\/em><\/p>\n\n\n\n\n

    Membro da Academia Brasileira de Meio Ambiente<\/p>\n

    alcantaragomes@globo.com<\/p>\n

    Ligia Vianna Mendes<\/p>\n

    Prof. Titular da CEFET e ABMA<\/p>\n

    ligiamendesvianna@ig.com.br<\/p>\n<\/em>\n\n\n\n

    <\/p>\n\n\n\n

    Membro da Academia B<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

    Hoje em dia o problema \u00e9 a qualidade e a quantidade da \u00e1gua, fato que n\u00e3o se verificava no passado. A \u00e1gua abundante, o solo fofo e produtivo levou o homem, ao uso desordenado da \u00e1gua e do pr\u00f3prio solo, chegando a se esquecer os ensinamentos dos nativos que foram os primeiros a racionalizar os seus usos. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":101,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1384],"tags":[13,954,549,579],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/99"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=99"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/99\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":5271,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/99\/revisions\/5271"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/101"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=99"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=99"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=99"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}