\u00c9 comum tamb\u00e9m, diferenciar as rela\u00e7\u00f5es em harm\u00f4nicas e desarm\u00f4nicas. Nas harm\u00f4nicas n\u00e3o h\u00e1 preju\u00edzo para nenhuma das partes associadas, e nas desarm\u00f4nicas h\u00e1.<\/p>\n\n\n\n
Rela\u00e7\u00f5es Intraespec\u00edficas Harm\u00f4nicas<\/h4>\n\n\n\nCol\u00f4nias<\/h5>\n\n\n\n- Caracter\u00edsticas: Agrupamento de indiv\u00edduos da mesma esp\u00e9cie que revelam um grau de interdepend\u00eancia e se mostram ligados uns aos outros, sendo imposs\u00edvel a vida quando isolados do conjunto, podendo ou n\u00e3o ocorrer divis\u00e3o do trabalho.<\/li>
- Exemplos: As cracas, os corais e as esponjas vivem sempre em col\u00f4nias.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Sociedades<\/h5>\n\n\n\n- Caracter\u00edsticas: S\u00e3o agrupamentos de indiv\u00edduos da mesma esp\u00e9cie que t\u00eam plena capacidade de vida isolada mas preferem viver na coletividade. Os indiv\u00edduos de uma sociedade t\u00eam independ\u00eancia f\u00edsica uns dos outros. Pode ocorrer um certo grau de diferencia\u00e7\u00e3o de formas entre eles e de divis\u00e3o de trabalho, com alguns insetos denominados sociais (que formam sociedade). A comunica\u00e7\u00e3o \u00e9 feita atrav\u00e9s dos ferom\u00f4nios \u2013 subst\u00e2ncias qu\u00edmicas que servem para essa fun\u00e7\u00e3o. Os ferom\u00f4nios s\u00e3o usados na demarca\u00e7\u00e3o de territ\u00f3rios, atra\u00e7\u00e3o sexual, transmiss\u00e3o de alarme, localiza\u00e7\u00e3o de alimento e organiza\u00e7\u00e3o social.<\/li>
- Exemplos: As formigas, as abelhas e os cupins.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
![\"Exemplo](\"https:\/\/ambientes.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/02\/pexels-poranimm-athithawatthee-842401-1024x685.jpg\")
Exemplo de rela\u00e7\u00f5es ecol\u00f3gicas em sociedade entre as formigas.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\nRela\u00e7\u00f5es Intraespec\u00edficas Desarm\u00f4nicas<\/h4>\n\n\n\nCanibalismo<\/h5>\n\n\n\n- Caracter\u00edsticas: Canibal \u00e9 o indiv\u00edduo que mata e come outro da mesma esp\u00e9cie.<\/li>
- Exemplos: Ocorre com escorpi\u00f5es, aranhas, peixes, plan\u00e1rias, roedores, etc. Na esp\u00e9cie humana, quando existe, recebe o nome de antropofagia (do grego anthropos, homem; phagein, comer).<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Rela\u00e7\u00f5es Interespec\u00edficas Harm\u00f4nicas<\/h4>\n\n\n\nComensalismo<\/h5>\n\n\n\n- Caracter\u00edsticas: Este tipo de rela\u00e7\u00e3o ecol\u00f3gica \u00e9 uma associa\u00e7\u00e3o em que uma das esp\u00e9cies – a comensal – \u00e9 beneficiada, sem causar benef\u00edcio ou preju\u00edzo ao outro (n\u00e3o-comensal).<\/li>
- Exemplos: A r\u00eamora \u00e9 um peixe dotado de ventosa com a qual se prende ao ventre dos tubar\u00f5es, aproveita os restos alimentares que caem na boca do seu grande \u201canfitri\u00e3o\u201d. A Entamoeba coli<\/em> \u00e9 um protozo\u00e1rio comensal que vive no intestino humano, onde se nutre dos restos da digest\u00e3o.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Inquilinismo<\/h5>\n\n\n\n- Caracter\u00edsticas: \u00c9 a associa\u00e7\u00e3o em que apenas uma esp\u00e9cie (inquilino) se beneficia, procurando abrigo ou suporte no corpo de outra esp\u00e9cie (hospedeiro), sem prejudic\u00e1-lo. Trata-se de uma associa\u00e7\u00e3o semelhante ao comensalismo, n\u00e3o envolvendo alimento.<\/li>
- Exemplos: Peixe-agulha<\/a> e holot\u00faria, o peixe-agulha apresenta um corpo fino e alongado e se protege contra a a\u00e7\u00e3o de predadores abrigando-se no interior das holot\u00farias (pepinos-do-mar), sem prejudic\u00e1-los. As ep\u00edfitas (epi, em cima) s\u00e3o plantas que crescem sobre outras plantas sem parasit\u00e1-las, usando-as apenas como suporte. Ex.: as orqu\u00eddeas e as brom\u00e9lias.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
![\"Exemplo](\"https:\/\/ambientes.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/02\/roberto-huczek-492MmheWvsA-unsplash-1024x684.jpg\")
Exemplo de rela\u00e7\u00f5es ecol\u00f3gicas de inquilinismo entre as brom\u00e9lias e outras plantas.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\nMutualismo<\/h5>\n\n\n\n
Existem tipos diferentes de mutualismo, de acordo com o grau de depend\u00eancia e objetivo da intera\u00e7\u00e3o entre as esp\u00e9cies que utilizam este tipo de rela\u00e7\u00e3o ecol\u00f3gica:<\/p>\n\n\n\n
Mutualismo facultativo<\/p>\n\n\n\n
- Caracter\u00edsticas: Tamb\u00e9m denominado de protocoopera\u00e7\u00e3o, \u00e9 uma associa\u00e7\u00e3o na qual duas esp\u00e9cies envolvidas s\u00e3o beneficiadas pela rela\u00e7\u00e3o ecol\u00f3gica, por\u00e9m n\u00e3o s\u00e3o dependentes uma da outra, podendo sair desta intera\u00e7\u00e3o a qualquer momento.<\/li>
- Exemplos: Os p\u00e1ssaros que se alimentam de carrapatos em rinocerontes, girafas e cavalos, aliviando o desconforto destes animais e simultaneamente se alimentando.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Mutualismo obrigat\u00f3rio<\/p>\n\n\n\n
- Caracter\u00edsticas: Associa\u00e7\u00e3o harm\u00f4nica entres duas esp\u00e9cies diferentes, que dependem da intera\u00e7\u00e3o para sobreviverem.<\/li>
- Exemplos: Rela\u00e7\u00e3o dos cupins com protozo\u00e1rios, no qual os protozo\u00e1rios vivem no intestino do cupim e digerem a celulose que de outra forma n\u00e3o seria poss\u00edvel.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Mutualismo tr\u00f3fico<\/p>\n\n\n\n
- Caracter\u00edsticas: Rela\u00e7\u00e3o em que as esp\u00e9cies fornecem determinados nutrientes uns aos outros.<\/li>
- Exemplos: As bact\u00e9rias do g\u00eanero Rhizobium<\/em> com ra\u00edzes de plantas leguminosas, estas bact\u00e9rias conseguem disponibilizar o nitrog\u00eanio do solo para nutri\u00e7\u00e3o das plantas, e em troca as plantas fornecem nutrientes obtidos na fotoss\u00edntese para as bact\u00e9rias.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Mutualismo defensivo<\/p>\n\n\n\n
- Caracter\u00edsticas: Intera\u00e7\u00e3o em que uma esp\u00e9cie promove a defesa e em troca a outra recebe alimento.<\/li>
- Exemplos: A rela\u00e7\u00e3o entre as formigas e as plantas ac\u00e1cias, no qual a planta fornece alimento e possui espinho que protege as formigas de predadores e em troca as formigas protegem as ac\u00e1cias livrando-as de fungos e poss\u00edveis herb\u00edvoros.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Mutualismo dispersivo<\/p>\n\n\n\n
- Caracter\u00edsticas: Rela\u00e7\u00e3o ecol\u00f3gica no qual as aves buscam alimento em plantas e em troca dispersam seu p\u00f3len.<\/li>
- Exemplos: As abelhas<\/a> que se alimentam do n\u00e9ctar das flores e em troca levam o p\u00f3len para outras plantas, aumentando a capacidade de dispers\u00e3o desta plantas em \u00e1reas maiores.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Esclavagismo ou sinfilia<\/h5>\n\n\n\n- Caracter\u00edsticas: \u00c9 uma associa\u00e7\u00e3o em que uma das esp\u00e9cies se beneficia com as atividades de outra esp\u00e9cie.<\/li>
- Exemplos: Os pulg\u00f5es do g\u00eanero Aphis, habitam formigueiros e s\u00e3o beneficiados pela facilidade de encontrar alimentos e at\u00e9 mesmo pelos bons tratos a eles dispensados pelas formigas (transporte, prote\u00e7\u00e3o, etc). Essa associa\u00e7\u00e3o \u00e9 considerada harm\u00f4nica e um caso especial de protocoopera\u00e7\u00e3o por muitos autores, pois a uni\u00e3o n\u00e3o \u00e9 obrigat\u00f3ria \u00e0 sobreviv\u00eancia.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Rela\u00e7\u00f5es Interespec\u00edficas Desarm\u00f4nicas<\/h4>\n\n\n\nAmensalismo ou Antibiose<\/h5>\n\n\n\n- Caracter\u00edsticas: Rela\u00e7\u00e3o na qual uma esp\u00e9cie bloqueia o crescimento ou a reprodu\u00e7\u00e3o de outra esp\u00e9cie, denominada amensal, atrav\u00e9s da libera\u00e7\u00e3o de subst\u00e2ncias t\u00f3xicas. \u00c9 a rela\u00e7\u00e3o em que um dos seres \u00e9 prejudicado sem que disso resulte benef\u00edcios para o outro.<\/li>
- Exemplos: Os fungos Penicillium notatum<\/em> eliminam a penicilina, antibi\u00f3tico que impede que as bact\u00e9rias se reproduzam. Desta forma, as subst\u00e2ncias secretadas por dinoflagelados Gonyaulax, respons\u00e1veis pelo fen\u00f4meno \u201cmar\u00e9 vermelha\u201d, podem determinar a morte da fauna marinha. A secre\u00e7\u00e3o e elimina\u00e7\u00e3o de subst\u00e2ncias t\u00f3xicas pelas ra\u00edzes de certas plantas impede o crescimento de outras esp\u00e9cies no local.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Parasitismo<\/h5>\n\n\n\n- Caracter\u00edsticas: O parasitismo \u00e9 caracterizado pela esp\u00e9cie que se instala no corpo de outra, retirando mat\u00e9ria para a sua nutri\u00e7\u00e3o e causando-lhe, em consequ\u00eancia, danos cuja gravidade pode ser muito vari\u00e1vel, desde pequenos dist\u00farbios at\u00e9 a pr\u00f3pria morte do indiv\u00edduo parasitado. \u00c9 uma associa\u00e7\u00e3o obrigat\u00f3ria para o parasita. De um modo geral, a morte do hospedeiro n\u00e3o \u00e9 conveniente ao parasita, mas muitas vezes ela ocorre.<\/li>
- Exemplos: Algumas plantas, como as ervas-de-passarinho, cip\u00f3-chumbo.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Predatismo<\/h5>\n\n\n\n- Caracter\u00edsticas: O predatismo \u00e9 o ato de um animal capturar outro para alimentar-se. O predador e a presa pertencem a esp\u00e9cies diferentes. Os predadores s\u00e3o geralmente maiores e menos numerosos que suas presas, sendo exemplificados pelos animais carn\u00edvoros. As duas popula\u00e7\u00f5es \u2013 de predadores e presas \u2013 geralmente n\u00e3o se extinguem e nem entram em superpopula\u00e7\u00e3o, permanecendo em equil\u00edbrio no ecossistema. Para a esp\u00e9cie humana, o predatismo, como fator limitante do crescimento populacional, tem efeito praticamente nulo.<\/li>
- Exemplos: Le\u00f5es ca\u00e7ando zebras para sua alimenta\u00e7\u00e3o.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
![\"Exemplo](\"https:\/\/ambientes.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/02\/pexels-antony-trivet-6056902-1024x683.jpg\")
Exemplo de rela\u00e7\u00f5es ecol\u00f3gicas de predatismo entre os le\u00f5es e gnus.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\nAlgumas esp\u00e9cies desenvolveram adapta\u00e7\u00f5es para se defenderem do predatismo:<\/p>\n\n\n\n
Mimetismo<\/h5>\n\n\n\n- Caracter\u00edsticas: \u00c9 uma forma de adapta\u00e7\u00e3o que muitas esp\u00e9cies se tornam semelhantes a outras, obtendo algumas vantagens.<\/li>
- Exemplos: A cobra falsa-coral \u00e9 confundida com a coral-verdadeira, muito temida, e, gra\u00e7as a isso, n\u00e3o \u00e9 importunada pela maioria das outras esp\u00e9cies.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Camuflagem<\/h5>\n\n\n\n- Caracter\u00edsticas: \u00c9 uma forma de adapta\u00e7\u00e3o morfol\u00f3gica pela qual uma esp\u00e9cie procura confundir suas v\u00edtimas ou seus agressores revelando cor(es) e\/ou forma(s) semelhante(s) a coisas do ambiente.<\/li>
- Exemplos: O louva-a-deus, que \u00e9 um poderoso predador, se assemelha a folhas; o bicho-pau assemelha-se a galhos, confundindo seus predadores.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Aposematismo<\/h5>\n\n\n\n- Caracter\u00edsticas: Trata-se de esp\u00e9cies que exibem cores de advert\u00eancia, cores vivas e marcantes para afastar seus poss\u00edveis predadores, que j\u00e1 a reconhecem pelo gosto desagrad\u00e1vel ou pelos venenos que possui.<\/li>
- Exemplos: Muitas r\u00e3s apresentam cores vivas que indicam veneno ou gosto ruim.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Qual a import\u00e2ncia das rela\u00e7\u00f5es ecol\u00f3gicas que ocorrem entre os seres vivos para o ecossistema?<\/h4>\n\n\n\n
As rela\u00e7\u00f5es ecol\u00f3gicas s\u00e3o um conjunto de intera\u00e7\u00f5es entre esp\u00e9cies e entre o pr\u00f3prio ecossistema, que estabelecem condi\u00e7\u00f5es dos seres vivos obterem alimento, \u00e1gua, abrigo, reprodu\u00e7\u00e3o e luz. Sendo assim, elas permitem a manuten\u00e7\u00e3o do equil\u00edbrio do meio e a troca de energia entre as esp\u00e9cies.<\/p>\n\n\n\n
Maria Beatriz Ayello Leite
Reda\u00e7\u00e3o Ambientebrasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"As rela\u00e7\u00f5es ecol\u00f3gicas s\u00e3o intera\u00e7\u00f5es que ocorrem entre os seres vivos e entre o ecossistema, auxiliando no equil\u00edbrio ambiental. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":5950,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1425],"tags":[23,134,1647,1645,1646],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/922"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=922"}],"version-history":[{"count":2,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/922\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":5951,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/922\/revisions\/5951"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/5950"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=922"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=922"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=922"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}
- Caracter\u00edsticas: Agrupamento de indiv\u00edduos da mesma esp\u00e9cie que revelam um grau de interdepend\u00eancia e se mostram ligados uns aos outros, sendo imposs\u00edvel a vida quando isolados do conjunto, podendo ou n\u00e3o ocorrer divis\u00e3o do trabalho.<\/li>
- Exemplos: As cracas, os corais e as esponjas vivem sempre em col\u00f4nias.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Sociedades<\/h5>\n\n\n\n
- Caracter\u00edsticas: S\u00e3o agrupamentos de indiv\u00edduos da mesma esp\u00e9cie que t\u00eam plena capacidade de vida isolada mas preferem viver na coletividade. Os indiv\u00edduos de uma sociedade t\u00eam independ\u00eancia f\u00edsica uns dos outros. Pode ocorrer um certo grau de diferencia\u00e7\u00e3o de formas entre eles e de divis\u00e3o de trabalho, com alguns insetos denominados sociais (que formam sociedade). A comunica\u00e7\u00e3o \u00e9 feita atrav\u00e9s dos ferom\u00f4nios \u2013 subst\u00e2ncias qu\u00edmicas que servem para essa fun\u00e7\u00e3o. Os ferom\u00f4nios s\u00e3o usados na demarca\u00e7\u00e3o de territ\u00f3rios, atra\u00e7\u00e3o sexual, transmiss\u00e3o de alarme, localiza\u00e7\u00e3o de alimento e organiza\u00e7\u00e3o social.<\/li>
- Exemplos: As formigas, as abelhas e os cupins.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Exemplo de rela\u00e7\u00f5es ecol\u00f3gicas em sociedade entre as formigas.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n Rela\u00e7\u00f5es Intraespec\u00edficas Desarm\u00f4nicas<\/h4>\n\n\n\n
Canibalismo<\/h5>\n\n\n\n
- Caracter\u00edsticas: Canibal \u00e9 o indiv\u00edduo que mata e come outro da mesma esp\u00e9cie.<\/li>
- Exemplos: Ocorre com escorpi\u00f5es, aranhas, peixes, plan\u00e1rias, roedores, etc. Na esp\u00e9cie humana, quando existe, recebe o nome de antropofagia (do grego anthropos, homem; phagein, comer).<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Rela\u00e7\u00f5es Interespec\u00edficas Harm\u00f4nicas<\/h4>\n\n\n\n
Comensalismo<\/h5>\n\n\n\n
- Caracter\u00edsticas: Este tipo de rela\u00e7\u00e3o ecol\u00f3gica \u00e9 uma associa\u00e7\u00e3o em que uma das esp\u00e9cies – a comensal – \u00e9 beneficiada, sem causar benef\u00edcio ou preju\u00edzo ao outro (n\u00e3o-comensal).<\/li>
- Exemplos: A r\u00eamora \u00e9 um peixe dotado de ventosa com a qual se prende ao ventre dos tubar\u00f5es, aproveita os restos alimentares que caem na boca do seu grande \u201canfitri\u00e3o\u201d. A Entamoeba coli<\/em> \u00e9 um protozo\u00e1rio comensal que vive no intestino humano, onde se nutre dos restos da digest\u00e3o.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Inquilinismo<\/h5>\n\n\n\n
- Caracter\u00edsticas: \u00c9 a associa\u00e7\u00e3o em que apenas uma esp\u00e9cie (inquilino) se beneficia, procurando abrigo ou suporte no corpo de outra esp\u00e9cie (hospedeiro), sem prejudic\u00e1-lo. Trata-se de uma associa\u00e7\u00e3o semelhante ao comensalismo, n\u00e3o envolvendo alimento.<\/li>
- Exemplos: Peixe-agulha<\/a> e holot\u00faria, o peixe-agulha apresenta um corpo fino e alongado e se protege contra a a\u00e7\u00e3o de predadores abrigando-se no interior das holot\u00farias (pepinos-do-mar), sem prejudic\u00e1-los. As ep\u00edfitas (epi, em cima) s\u00e3o plantas que crescem sobre outras plantas sem parasit\u00e1-las, usando-as apenas como suporte. Ex.: as orqu\u00eddeas e as brom\u00e9lias.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Exemplo de rela\u00e7\u00f5es ecol\u00f3gicas de inquilinismo entre as brom\u00e9lias e outras plantas.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n Mutualismo<\/h5>\n\n\n\n
Existem tipos diferentes de mutualismo, de acordo com o grau de depend\u00eancia e objetivo da intera\u00e7\u00e3o entre as esp\u00e9cies que utilizam este tipo de rela\u00e7\u00e3o ecol\u00f3gica:<\/p>\n\n\n\n
Mutualismo facultativo<\/p>\n\n\n\n
- Caracter\u00edsticas: Tamb\u00e9m denominado de protocoopera\u00e7\u00e3o, \u00e9 uma associa\u00e7\u00e3o na qual duas esp\u00e9cies envolvidas s\u00e3o beneficiadas pela rela\u00e7\u00e3o ecol\u00f3gica, por\u00e9m n\u00e3o s\u00e3o dependentes uma da outra, podendo sair desta intera\u00e7\u00e3o a qualquer momento.<\/li>
- Exemplos: Os p\u00e1ssaros que se alimentam de carrapatos em rinocerontes, girafas e cavalos, aliviando o desconforto destes animais e simultaneamente se alimentando.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Mutualismo obrigat\u00f3rio<\/p>\n\n\n\n
- Caracter\u00edsticas: Associa\u00e7\u00e3o harm\u00f4nica entres duas esp\u00e9cies diferentes, que dependem da intera\u00e7\u00e3o para sobreviverem.<\/li>
- Exemplos: Rela\u00e7\u00e3o dos cupins com protozo\u00e1rios, no qual os protozo\u00e1rios vivem no intestino do cupim e digerem a celulose que de outra forma n\u00e3o seria poss\u00edvel.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Mutualismo tr\u00f3fico<\/p>\n\n\n\n
- Caracter\u00edsticas: Rela\u00e7\u00e3o em que as esp\u00e9cies fornecem determinados nutrientes uns aos outros.<\/li>
- Exemplos: As bact\u00e9rias do g\u00eanero Rhizobium<\/em> com ra\u00edzes de plantas leguminosas, estas bact\u00e9rias conseguem disponibilizar o nitrog\u00eanio do solo para nutri\u00e7\u00e3o das plantas, e em troca as plantas fornecem nutrientes obtidos na fotoss\u00edntese para as bact\u00e9rias.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Mutualismo defensivo<\/p>\n\n\n\n
- Caracter\u00edsticas: Intera\u00e7\u00e3o em que uma esp\u00e9cie promove a defesa e em troca a outra recebe alimento.<\/li>
- Exemplos: A rela\u00e7\u00e3o entre as formigas e as plantas ac\u00e1cias, no qual a planta fornece alimento e possui espinho que protege as formigas de predadores e em troca as formigas protegem as ac\u00e1cias livrando-as de fungos e poss\u00edveis herb\u00edvoros.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Mutualismo dispersivo<\/p>\n\n\n\n
- Caracter\u00edsticas: Rela\u00e7\u00e3o ecol\u00f3gica no qual as aves buscam alimento em plantas e em troca dispersam seu p\u00f3len.<\/li>
- Exemplos: As abelhas<\/a> que se alimentam do n\u00e9ctar das flores e em troca levam o p\u00f3len para outras plantas, aumentando a capacidade de dispers\u00e3o desta plantas em \u00e1reas maiores.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Esclavagismo ou sinfilia<\/h5>\n\n\n\n
- Caracter\u00edsticas: \u00c9 uma associa\u00e7\u00e3o em que uma das esp\u00e9cies se beneficia com as atividades de outra esp\u00e9cie.<\/li>
- Exemplos: Os pulg\u00f5es do g\u00eanero Aphis, habitam formigueiros e s\u00e3o beneficiados pela facilidade de encontrar alimentos e at\u00e9 mesmo pelos bons tratos a eles dispensados pelas formigas (transporte, prote\u00e7\u00e3o, etc). Essa associa\u00e7\u00e3o \u00e9 considerada harm\u00f4nica e um caso especial de protocoopera\u00e7\u00e3o por muitos autores, pois a uni\u00e3o n\u00e3o \u00e9 obrigat\u00f3ria \u00e0 sobreviv\u00eancia.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Rela\u00e7\u00f5es Interespec\u00edficas Desarm\u00f4nicas<\/h4>\n\n\n\n
Amensalismo ou Antibiose<\/h5>\n\n\n\n
- Caracter\u00edsticas: Rela\u00e7\u00e3o na qual uma esp\u00e9cie bloqueia o crescimento ou a reprodu\u00e7\u00e3o de outra esp\u00e9cie, denominada amensal, atrav\u00e9s da libera\u00e7\u00e3o de subst\u00e2ncias t\u00f3xicas. \u00c9 a rela\u00e7\u00e3o em que um dos seres \u00e9 prejudicado sem que disso resulte benef\u00edcios para o outro.<\/li>
- Exemplos: Os fungos Penicillium notatum<\/em> eliminam a penicilina, antibi\u00f3tico que impede que as bact\u00e9rias se reproduzam. Desta forma, as subst\u00e2ncias secretadas por dinoflagelados Gonyaulax, respons\u00e1veis pelo fen\u00f4meno \u201cmar\u00e9 vermelha\u201d, podem determinar a morte da fauna marinha. A secre\u00e7\u00e3o e elimina\u00e7\u00e3o de subst\u00e2ncias t\u00f3xicas pelas ra\u00edzes de certas plantas impede o crescimento de outras esp\u00e9cies no local.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Parasitismo<\/h5>\n\n\n\n
- Caracter\u00edsticas: O parasitismo \u00e9 caracterizado pela esp\u00e9cie que se instala no corpo de outra, retirando mat\u00e9ria para a sua nutri\u00e7\u00e3o e causando-lhe, em consequ\u00eancia, danos cuja gravidade pode ser muito vari\u00e1vel, desde pequenos dist\u00farbios at\u00e9 a pr\u00f3pria morte do indiv\u00edduo parasitado. \u00c9 uma associa\u00e7\u00e3o obrigat\u00f3ria para o parasita. De um modo geral, a morte do hospedeiro n\u00e3o \u00e9 conveniente ao parasita, mas muitas vezes ela ocorre.<\/li>
- Exemplos: Algumas plantas, como as ervas-de-passarinho, cip\u00f3-chumbo.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Predatismo<\/h5>\n\n\n\n
- Caracter\u00edsticas: O predatismo \u00e9 o ato de um animal capturar outro para alimentar-se. O predador e a presa pertencem a esp\u00e9cies diferentes. Os predadores s\u00e3o geralmente maiores e menos numerosos que suas presas, sendo exemplificados pelos animais carn\u00edvoros. As duas popula\u00e7\u00f5es \u2013 de predadores e presas \u2013 geralmente n\u00e3o se extinguem e nem entram em superpopula\u00e7\u00e3o, permanecendo em equil\u00edbrio no ecossistema. Para a esp\u00e9cie humana, o predatismo, como fator limitante do crescimento populacional, tem efeito praticamente nulo.<\/li>
- Exemplos: Le\u00f5es ca\u00e7ando zebras para sua alimenta\u00e7\u00e3o.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Exemplo de rela\u00e7\u00f5es ecol\u00f3gicas de predatismo entre os le\u00f5es e gnus.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n Algumas esp\u00e9cies desenvolveram adapta\u00e7\u00f5es para se defenderem do predatismo:<\/p>\n\n\n\n
Mimetismo<\/h5>\n\n\n\n
- Caracter\u00edsticas: \u00c9 uma forma de adapta\u00e7\u00e3o que muitas esp\u00e9cies se tornam semelhantes a outras, obtendo algumas vantagens.<\/li>
- Exemplos: A cobra falsa-coral \u00e9 confundida com a coral-verdadeira, muito temida, e, gra\u00e7as a isso, n\u00e3o \u00e9 importunada pela maioria das outras esp\u00e9cies.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Camuflagem<\/h5>\n\n\n\n
- Caracter\u00edsticas: \u00c9 uma forma de adapta\u00e7\u00e3o morfol\u00f3gica pela qual uma esp\u00e9cie procura confundir suas v\u00edtimas ou seus agressores revelando cor(es) e\/ou forma(s) semelhante(s) a coisas do ambiente.<\/li>
- Exemplos: O louva-a-deus, que \u00e9 um poderoso predador, se assemelha a folhas; o bicho-pau assemelha-se a galhos, confundindo seus predadores.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Aposematismo<\/h5>\n\n\n\n
- Caracter\u00edsticas: Trata-se de esp\u00e9cies que exibem cores de advert\u00eancia, cores vivas e marcantes para afastar seus poss\u00edveis predadores, que j\u00e1 a reconhecem pelo gosto desagrad\u00e1vel ou pelos venenos que possui.<\/li>
- Exemplos: Muitas r\u00e3s apresentam cores vivas que indicam veneno ou gosto ruim.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Qual a import\u00e2ncia das rela\u00e7\u00f5es ecol\u00f3gicas que ocorrem entre os seres vivos para o ecossistema?<\/h4>\n\n\n\n
As rela\u00e7\u00f5es ecol\u00f3gicas s\u00e3o um conjunto de intera\u00e7\u00f5es entre esp\u00e9cies e entre o pr\u00f3prio ecossistema, que estabelecem condi\u00e7\u00f5es dos seres vivos obterem alimento, \u00e1gua, abrigo, reprodu\u00e7\u00e3o e luz. Sendo assim, elas permitem a manuten\u00e7\u00e3o do equil\u00edbrio do meio e a troca de energia entre as esp\u00e9cies.<\/p>\n\n\n\n
Maria Beatriz Ayello Leite
Reda\u00e7\u00e3o Ambientebrasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"As rela\u00e7\u00f5es ecol\u00f3gicas s\u00e3o intera\u00e7\u00f5es que ocorrem entre os seres vivos e entre o ecossistema, auxiliando no equil\u00edbrio ambiental. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":5950,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1425],"tags":[23,134,1647,1645,1646],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/922"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=922"}],"version-history":[{"count":2,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/922\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":5951,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/922\/revisions\/5951"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/5950"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=922"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=922"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=922"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}