{"id":863,"date":"2010-03-09T12:11:27","date_gmt":"2010-03-09T12:11:27","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T19:18:08","modified_gmt":"2021-07-10T22:18:08","slug":"sao_luiz_-_ma","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/ecoturismo\/destinos\/sao_luiz_-_ma.html","title":{"rendered":"S\u00e3o Luiz – MA"},"content":{"rendered":"\n
A uma hora de barco da capital, a cidade se beneficia da ampla \u00e1rea de manguezal e igarap\u00e9s, de onde tira parte do seu sustento e atrai os turistas. Vale a pena passar pelo menos um dia na cidade e conhecer tamb\u00e9m tanto as belezas das praias desertas como as comunidades quilombolas do interior.<\/p>\n\n\n\n
Hist\u00f3ria e Cultura<\/p>\n\n\n\n
S\u00e3o Lu\u00eds S\u00e3o Lu\u00eds \u00e9 o retrato da hist\u00f3ria maranhense. As principais disputas aconteceram na capital. Os primeiros registros daquele peda\u00e7o de terra s\u00e3o de espanh\u00f3is, mas foram os franceses os mais interessados em estabelecer uma cidade. Em 1612, come\u00e7ou o projeto de Fran\u00e7a Equinocial, uma base francesa no Atl\u00e2ntico sul. A cidade ent\u00e3o ganhou o nome em homenagem ao rei Lu\u00eds XIII. Tr\u00eas anos depois a coroa portuguesa passou a organizar uma s\u00e9rie de expedi\u00e7\u00f5es para a retomada da terra. O Estado do Maranh\u00e3o foi estabelecido apenas em 1624. Em 1641 holandeses tentaram invadir o estado e s\u00f3 formam expulsos tr\u00eas anos depois. O Estado do Maranh\u00e3o separou do Gr\u00e3o-Par\u00e1 em 1774. A cultura de S\u00e3o Lu\u00eds tem o peso hist\u00f3rico da forma\u00e7\u00e3o da cidade. Os ritmos africanos vindos dos escravos ainda est\u00e3o presentes no Tambor de Crioula e Tambor de Mina. O Bumba-meu-boi \u00e9 uma festa que mistura as tradi\u00e7\u00f5es africanas com a cren\u00e7a crist\u00e3. A festa de S\u00e3o Jo\u00e3o, em junho, \u00e9 a melhor \u00e9poca para ver o que h\u00e1 de melhor na cultura popular maranhense. Em outras \u00e9pocas do ano o destaque fica para os museus e casas de cultura do centro hist\u00f3rico de S\u00e3o Lu\u00eds. Alc\u00e2ntara A regi\u00e3o da cidade de Alc\u00e2ntara sempre foi um ponto estrat\u00e9gico para os transportes mundiais. Durante o in\u00edcio do povoamento de Alc\u00e2ntara, a cidade tinha o porto mais pr\u00f3ximo da Europa, o que fez a cidade de moradia da aristocracia maranhense. Hoje, quatro s\u00e9culos depois, tem uma das principais bases de lan\u00e7amento espacial do mundo, cobi\u00e7ada at\u00e9 pela NASA, por estar pr\u00f3xima da linha do equador. A cultura em Alc\u00e2ntara se espelha em S\u00e3o Lu\u00eds nas festas tradicionais, como a do Bumba meu boi. Mas a particularidade de Alc\u00e2ntara \u00e9 a festa do Divino Esp\u00edrito Santo. Toda a riqueza que um dia a cidade j\u00e1 viu \u00e9 lembrada na festa, na figura do Imperador, que recebe em sua casa e d\u00e1 comida e doces para todos que entrarem. A festa dura uma semana, com o auge no chamado Domingo de Pentecostes, 50 dias depois da p\u00e1scoa.<\/p>\n\n\n\n
Clima<\/p>\n\n\n\n
Por sua extens\u00e3o no sentido norte-sul, o Maranh\u00e3o \u00e9 influenciado por diversos tipos de clima, todos tropicais. Na capital S\u00e3o Lu\u00eds e no litoral o clima \u00e9 semi-\u00famido, com temperaturas variando entre 22\u00b0C e 32\u00b0C.<\/p>\n\n\n\n
Vegeta\u00e7\u00e3o e relevo<\/p>\n\n\n\n
A vegeta\u00e7\u00e3o maranhense \u00e9 outra marca da diversidade do Estado e de suas influ\u00eancias das regi\u00f5es vizinhas. A leste, encontra-se a Mata dos Cocais, a oeste est\u00e1 o in\u00edcio da Floresta Amaz\u00f4nica. O sul do estado \u00e9 coberto pelo cerrado e o litoral tem no mangue o principal tipo de vegeta\u00e7\u00e3o. S\u00e3o Lu\u00eds sofre mais influ\u00eancia do manguezal, j\u00e1 em Alc\u00e2ntara \u00e9 poss\u00edvel perceber tamb\u00e9m a transi\u00e7\u00e3o para a Floresta.<\/p>\n\n\n\n
No norte, a plan\u00edcie litor\u00e2nea \u00e9 feita por baixadas alagadas e praias extensas. Tanto S\u00e3o Lu\u00eds como Alc\u00e2ntara est\u00e3o nessa regi\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n
Alimenta\u00e7\u00e3o<\/p>\n\n\n\n
A cozinha nordestina est\u00e1 presente no maranh\u00e3o com pratos t\u00edpicos como carne de sol e caldeirada. S\u00e3o Lu\u00eds possui os melhores restaurantes do estado com grande diversidade, principalmente de frutos do mar. No interior, o arroz de cux\u00e1 com ervas e farinha de camar\u00e3o \u00e9 um prato obrigat\u00f3rio, assim como o guaran\u00e1 Jesus, que s\u00f3 \u00e9 encontrado no Maranh\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n
Hospedagem<\/p>\n\n\n\n
S\u00e3o Lu\u00eds oferece diversos tipos de hotel. Desde casar\u00f5es antigos no centro hist\u00f3rico at\u00e9 hospedagens no modelo econ\u00f4mico, como nas grandes capitais brasileiras. A orla da cidade nova tem hot\u00e9is novos e de alto padr\u00e3o. J\u00e1 para albergues, prefira a cidade velha.<\/p>\n\n\n\n
Dicas gerais<\/p>\n\n\n\n
Os passeios de S\u00e3o Lu\u00eds geralmente envolvem uma passagem em lojinhas de artesanato ou em mercados simples. Para n\u00e3o passar vontade, leve dinheiro, mesmo que pouco, j\u00e1 que muitos lugares n\u00e3o aceitam cart\u00e3o. Para os passeios de Alc\u00e2ntara, \u00e9 bom usar repelente, principalmente no mangue. Fique sempre cal\u00e7ado ao andar em pedras, com t\u00eanis ou papete com solado aderente. Um bon\u00e9 \u00e9 essencial, principalmente na travessia entre Alc\u00e2ntara e S\u00e3o Lu\u00eds.<\/p>\n\n\n\n
Atra\u00e7\u00f5es<\/p>\n\n\n\n
Manguezal: Uma das principais fontes de renda da cidade, o mangue \u00e9 uma boa op\u00e7\u00e3o para turismo. Com caminhos de madeira acima dos alagados, \u00e9 poss\u00edvel fazer uma caminhada em um ambiente incomum e apreciar a flora e a fauna local. Procure orienta\u00e7\u00e3o de guias para o Sirigueijo, pr\u00e1tica de andar pelas ra\u00edzes do mangue, subir em \u00e1rvores e passar por obst\u00e1culos naturais, que mistura movimentos de montanhismo e muita agilidade.<\/p>\n\n\n\n
Centro Hist\u00f3rico: O principal ponto de visita\u00e7\u00e3o da cidade \u00e9 o centro hist\u00f3rico. Local que ainda guarda casas antigas e cal\u00e7amento de pedra, al\u00e9m do maior acervo de arquitetura portuguesa da Am\u00e9rica Latina. A marca do centro s\u00e3o os azulejos originais do s\u00e9culo XIX. Tamb\u00e9m \u00e9 um dos melhores lugares para restaurantes t\u00edpicos e agito noturno.<\/p>\n\n\n\n
Igarap\u00e9s: O passeio de barco pelos rios de Alc\u00e2ntara \u00e9 uma boa op\u00e7\u00e3o de descanso no fim do dia. Destaque para a revoada de Guar\u00e1s, p\u00e1ssaros vermelhos que habitam toda a \u00e1rea de mangue do Maranh\u00e3o \u2013 a segunda maior do Brasil. Os Guar\u00e1s nascem com a pena branca e ficam vermelhos com o tempo por causa dos caranguejos que se alimentam.<\/p>\n\n\n\n
Lagoa de Janssen: Na cidade nova, a lagoa leva o nome de Ana Janssen, figura que j\u00e1 virou folcl\u00f3rica na hist\u00f3ria do Maranh\u00e3o. Conhecida por ser uma mulher politizada e a frente do seu tempo, acumulou uma cole\u00e7\u00e3o de inimigos e admiradores. O parque da lagoa tem quadras de v\u00e1rios esportes, pista de cooper e ciclovia.<\/p>\n\n\n\n
Praias: Alc\u00e2ntara tem cerca de 70 quil\u00f4metros de praias desertas cercadas de pedras e trilhas. Ideal para uma breve caminhada ou um trekking longo pela areia dura e pelas pedras. O mar e escuro por causa da influ\u00eancia de v\u00e1rias correntes e do fundo de areia. Agitado, por\u00e9m sem ondas. Em alguns locais bancos de areia fazem piscinas naturais com \u00e1gua aquecida pelo sol.<\/p>\n\n\n\n
Quilombolas: As comunidades quilombolas se estabeleceram no interior de Alc\u00e2ntara vindas das fazendas de cana-de-a\u00e7\u00facar. Hoje s\u00e3o pontos tur\u00edsticos da cidade e sobrevivem de subsist\u00eancia e do turismo. Principalmente da venda de artesanatos aos turistas.<\/p>\n\n\n\n
Vida noturna: S\u00e3o Lu\u00eds \u00e9 a cidade respons\u00e1vel pela fama de \u201cJamaica Brasileira\u201d que tem o Maranh\u00e3o por causa do reggae. Os guias locais, por\u00e9m, informam que \u00e9 preciso escolher bem as festas de reggae para n\u00e3o ser pego de surpresa. A capital tamb\u00e9m tem v\u00e1rios restaurantes t\u00edpicos e no centro velho \u00e9 poss\u00edvel comer e beber ao som de voz e viol\u00e3o, al\u00e9m de visitar diversas casas de shows com todos os tipos de m\u00fasica.<\/p>\n\n\n\n