H\u00e1 mais de 10 trilhas de n\u00edveis leve, m\u00e9dio e pesado, que podem ser feitas com o acompanhamento de guias locais (trilhas municipais e estaduais). Al\u00e9m disso, o rapel, a tirolesa e a observa\u00e7\u00e3o da flora e da fauna tamb\u00e9m podem ser praticados na regi\u00e3o. V\u00e1rias competi\u00e7\u00f5es de mountain bike, corrida de aventura e enduro a p\u00e9 j\u00e1 realizaram eventos no local desde 2000 e o turismo cresce tamb\u00e9m com o incentivo ao artesanato local.<\/p>\n\n\n\n
Hist\u00f3ria e Cultura<\/p>\n\n\n\n
Em 15 de maio de 1860, as obras para a expans\u00e3o ferrovi\u00e1ria se iniciaram no alto da Serra do Mar. Durante os trabalhos da linha de 139 km, foi constru\u00eddo um acampamento no alto da serra a 796 m de altitude. O espa\u00e7o escolhido ficava entre o topo da serra e as obras, abrigou os funcion\u00e1rios das \u00e1reas operacionais, t\u00e9cnica e administrativa e foi denominado de Alto da Serra. Os historiadores n\u00e3o sabem precisar o ano que a Parte Alta da cidade se formou, mas quando a linha ferrovi\u00e1ria foi inaugurada, em 1867, o povoado j\u00e1 existia. O munic\u00edpio sempre teve a parte alta e baixa, a \u00faltima foi composta pelos oper\u00e1rios da obra, onde os trabalhadores da S\u00e3o Paulo Railway Company montaram acampamentos pr\u00f3ximos \u00e0 \u00e1rea de trabalho. Dali surgiu a Vila de Paranapiacaba, que se localiza no munic\u00edpio de Santo Andr\u00e9, na borda do Planalto Atl\u00e2ntico. Data de 1907 passa a ser distrito e Paranapiacaba, a cidade \u00e9 batizada de Paranapiacaba. Este nome longo e com cara de trava-l\u00edngua significa “de onde se avista o mar”, em tupi-guarani. A cidade cresceu nos moldes ingleses, principais imigrantes que se instalaram na regi\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n
Clima<\/p>\n\n\n\n
Tropical \u00famido com um inverno pouco rigoroso e uma neblina constante. O \u00edndice pluviom\u00e9trico da regi\u00e3o \u00e9 acima de 4.000 mm, atualmente Paranapiacaba det\u00e9m \u00e9 o t\u00edtulo de cidade que mais chove no Brasil.<\/p>\n\n\n\n
Vegeta\u00e7\u00e3o e relevo<\/p>\n\n\n\n
Vila de Paranapiacaba \u00e9 coberta por uma floresta pluvial, montana ou baixo montana, que \u00e9 uma esp\u00e9cie de floresta tropical onde a temperatura mais baixa e da altitude local interferem nas caracter\u00edsticas b\u00e1sicas. Al\u00e9m disso, h\u00e1 mata atl\u00e2ntica que abriga animais e plantas em extin\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n
\u00c9 Irregular e montanhoso, composto por rochas cristalinas e faz parte do planalto Atl\u00e2ntico. Vales e baixadas cruzam diversos c\u00f3rregos que ajudam na forma\u00e7\u00e3o de rio maiores como o rio Grande. As montanhas s\u00e3o constitu\u00eddas por rochas muito duras, bem resistentes \u00e0 eros\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n
Alimenta\u00e7\u00e3o<\/p>\n\n\n\n
T\u00edpica das cidades de serra paulista. A grande diferen\u00e7a \u00e9 o consumo da cambuci, uma aguardente curtida com a fruta. O cambuci \u00e9 um fruto silvestre comest\u00edvel e que j\u00e1 foi abundante em todo o estado de S\u00e3o Paulo. Hoje, ele \u00e9 encontrado com dificuldade e em \u00e1reas restritas da floresta nativa. Sua colheita acontece entre os meses de mar\u00e7o e abril. O h\u00e1bito de consumir a cambuci existe desde a \u00e9poca em que o munic\u00edpio era habitado apenas por ferrovi\u00e1rios.<\/p>\n\n\n\n
Hospedagem<\/p>\n\n\n\n
H\u00e1 hot\u00e9is, pousadas e hospedarias.<\/p>\n\n\n\n
Dicas gerais<\/p>\n\n\n\n
H\u00e1 borrachudos por toda a cidade e pelas trilhas, portanto n\u00e3o se esque\u00e7a de aplicar repelente em todas as \u00e1reas expostas do corpo e prefira roupas claras – as escuras atraem esses insetos. Se esquecer o produto em casa, saiba que h\u00e1 pontos de venda de repelente natural \u00e0 base de citronela e andiroba na localidade. N\u00e3o se esque\u00e7a que Paranapiacaba tem o mais alto \u00edndice pluviom\u00e9trico do pa\u00eds, ou seja, \u00e9 a cidade brasileira que mais chove. Por conta disso, n\u00e3o se esque\u00e7a de levar capas de chuva, guarda-chuvas e mudas extras de roupa. Ande sempre com um agasalho, como em toda cidade serrana, durante o dia as temperaturas s\u00e3o mais altas e a noite geralmente caem. N\u00e3o h\u00e1 farm\u00e1cias na localidade, s\u00f3 um posto de sa\u00fade municipal. Se estiver sob algum tratamento, leve os rem\u00e9dios consigo. Prefira cal\u00e7ados confort\u00e1veis, o relevo \u00e9 irregular e as ruas e cal\u00e7adas s\u00e3o de pedras ou terra. Se for de carro, abaste\u00e7a o ve\u00edculo para a volta. O posto mais pr\u00f3ximo de Paranapiacaba fica a 15 km, em Rio Grande da Serra.<\/p>\n\n\n\n
Atra\u00e7\u00f5es<\/p>\n\n\n\n
\u00c1rea de Interpreta\u00e7\u00e3o Ambiental: Al\u00e9m da possibilidade de observar a flora e a fauna da Mata Atl\u00e2ntica de perto, os visitantes podem conhecer o sistema de reservat\u00f3rios implantado pelos ingleses no final do s\u00e9culo XIX. O projeto foi planejado valorizando a integra\u00e7\u00e3o entre a natureza e a engenharia.<\/p>\n\n\n\n
Caminhada noturna: Iniciam-se \u00e0s 18h e terminam por volta das 21h, a inten\u00e7\u00e3o \u00e9 acompanhar o anoitecer na mata. O passeio acontece em algumas \u00e9pocas do ano, como por exemplo, durante o Festival de Inverno.<\/p>\n\n\n\n
Castelinho: \u00c9 outra constru\u00e7\u00e3o vitoriana da cidade e funcionava como resid\u00eancia do superintendente ingl\u00eas, autoridade m\u00e1xima da ferrovia, no s\u00e9culo XIX. Constru\u00eddo em 1897, atualmente abriga o Centro de Preserva\u00e7\u00e3o da Mem\u00f3ria de Paranapiacaba, que re\u00fane objetos usados na \u00e9poca dos ingleses.<\/p>\n\n\n\n
Mata Atl\u00e2ntica e Serra do Mar: O objetivo do projeto do Conhecer para Preservar \u00e9 conscientizar o p\u00fablico da import\u00e2ncia das ferrovias para S\u00e3o Paulo e para o desenvolvimento s\u00f3cio-econ\u00f4mico do pa\u00eds. O projeto oferece caminhadas monitorizadas pela Mata Atl\u00e2ntica e pela Serra do Mar, onde florestas, cachoeiras e grutas podem ser vistas. Os passeios geralmente saem da \u00e1rea urbana de Paranapiacaba a partir das 9h e retornam \u00e0s 16h.<\/p>\n\n\n\n
Museu Ferrovi\u00e1rio: O local exp\u00f5e os trens da S\u00e3o Paulo Railway Company. Entre eles est\u00e3o as locomotivas Maria Fuma\u00e7a e vag\u00f5es imperiais, constru\u00eddos para transportar D. Pedro II. O espa\u00e7o \u00e9 tombado desde 1987 e abriga a Locomotiva 15 (1862), a segunda mais antiga do Brasil.<\/p>\n\n\n\n
Parque Natural Municipal Nascente do Paranapiacaba : Os visitantes podem admirar a fauna e a flora local, realizar trilhas, arvorismo, canoagem e conhecer cachoeiras e grutas locais. H\u00e1 grupos de monitores treinados que em oito horas apresentam o local aos turistas. No Nascente, os visitantes geralmente fazem a trilha do Mirante, que \u00e9 mais adequada a grandes grupos e com dura\u00e7\u00e3o de 2h30.<\/p>\n\n\n\n
Rapel e tirolesa: Precisam ser agendados com anteced\u00eancia e s\u00e3o para grupos de 20 ou mais pessoas. A primeira parada \u00e9 na Pedreira de Rio Grande da Serra, onde nos 45 metros de altura a tirolesa e o rapel s\u00e3o realizados. A outra \u00e9 na Cachoeira da Fuma\u00e7a, a queda d’\u00e1gua tem 130 e 150 metros e \u00e9 local em que um novo rapel \u00e9 feito. O corpo de bombeiros da regi\u00e3o orienta as duas atividades.<\/p>\n\n\n\n
Torre do rel\u00f3gio: A velha esta\u00e7\u00e3o ainda mant\u00e9m o aspecto original vitoriano e sua torre lembra a do Big Ben, em Londres. O rel\u00f3gio, com os marcadores em algarismos romanos, pode ser avistado de longe. A esta\u00e7\u00e3o de trem foi o primeiro referencial de Paranapiacaba e acabou sendo desativada em 1977. Em janeiro de 1981 ocorreu um inc\u00eandio que destruiu completamente o pr\u00e9dio, s\u00f3 deixando a torre do rel\u00f3gio. Hoje, essa est\u00e1 integrada \u00e0 atual esta\u00e7\u00e3o ferrovi\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n
Trilha da \u00c1gua Fria: S\u00e3o 1.200 metros de Mata Atl\u00e2ntica onde nascentes de rios e plantas como o ip\u00ea roxo e o ip\u00ea amarelo podem ser encontrados. O n\u00edvel da caminhada \u00e9 leve e sua dura\u00e7\u00e3o \u00e9 de 30 minutos.<\/p>\n\n\n\n
Trilha da Comunidade: A caminhada leva \u00e0s antigas ru\u00ednas da comunidade do Alto da Serra. A trilha de 1.400 metros \u00e9 repleta de acentuadas inclina\u00e7\u00f5es e desn\u00edveis. Seu n\u00edvel de dificuldade \u00e9 m\u00e9dio e sua dura\u00e7\u00e3o de 1h30.<\/p>\n\n\n\n
Trilha da Pontinha: Tem um pouco mais de um quil\u00f4metro e dura em m\u00e9dia 40 minutos. Durante a atividade \u00e9 poss\u00edvel observar brom\u00e9lias e manac\u00e1s da serra, uma esp\u00e9cie de arbusto local. Como \u00e9 de n\u00edvel leve, os monitores da regi\u00e3o indicam a trilha para grupos de estudantes e da maior idade.<\/p>\n\n\n\n
Trilha do Mirante e Cachoeira do Escondido: A trilha primeira se desdobra na segunda. At\u00e9 o mirante gasta-se cerca de 50 a 60 minutos e o grau de dificuldade do trekking \u00e9 m\u00e9dio. Quem se encontra nesse ponto no per\u00edodo da manh\u00e3, pode avistar uma parte da Baixada Santista, precisamente Guaruj\u00e1, Santos e Cubat\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n
No cume do mirante se atinge 1.015 metros, a partir desse local, s\u00e3o 90 minutos at\u00e9 a Cachoeira do Escondido. O trajeto come\u00e7a com descida de serra e tem trilhas serpenteantes e geralmente muito \u00edngremes.<\/p>\n\n\n\n
Trilha Raiz da Serra: \u00c9 a mais longa de Paranapiacaba e dura em m\u00e9dia 8h. Seu percurso \u00e9 da cidade at\u00e9 a base da serra, em Cubat\u00e3o. O trekking passa por diversos desn\u00edveis e \u00e9 indicado para quem tem um bom condicionamento f\u00edsico. Durante a caminhada, o visitante pode admirar a fauna e flora locais.<\/p>\n\n\n\n