{"id":78,"date":"2009-02-06T17:23:04","date_gmt":"2009-02-06T17:23:04","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:32:33","modified_gmt":"2021-07-10T23:32:33","slug":"balneabilidade_e_riscos_a_saude_humana_e_ambiental","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/agua\/artigos_agua_doce\/balneabilidade_e_riscos_a_saude_humana_e_ambiental.html","title":{"rendered":"Balneabilidade e Riscos \u00e0 Sa\u00fade Humana e Ambiental"},"content":{"rendered":"\n
O meio ambiente sofre com o desenvolvimento que representa um fator de risco, devido \u00e0s atividades humanas sem controle, os despejos de esgotos sem tratamento, vazamentos de produtos t\u00f3xicos e a disposi\u00e7\u00e3o inadequada de res\u00edduos s\u00f3lidos que v\u00eam causando uma degrada\u00e7\u00e3o vertiginosa do meio ambiente e uma dilapida\u00e7\u00e3o do capital natural. As a\u00e7\u00f5es de saneamento s\u00e3o entendidas como instrumento para promo\u00e7\u00e3o da sa\u00fade, preven\u00e7\u00e3o e controle de doen\u00e7as. Entretanto, a cobertura de servi\u00e7os no que se refere ao esgotamento sanit\u00e1rio e de res\u00edduos s\u00f3lidos, bem como ao controle da qualidade da \u00e1gua para consumo humano ainda \u00e9 deficit\u00e1rio no Brasil. <\/p>\n\n\n\n
Durante a 1\u00aa Confer\u00eancia das Cidades, que ocorreu em Bras\u00edlia no m\u00eas de outubro de 2003, o Superintendente Executivo da Associa\u00e7\u00e3o Nacional das Empresas de Saneamento B\u00e1sico Estaduais (AESBE) enfatizou “a necessidade do Pa\u00eds encarar de frente, a quest\u00e3o do esgotamento sanit\u00e1rio”. Ao longo da \u00faltima d\u00e9cada, os indicadores de comportamento do Setor de Saneamento v\u00eam revelando dificuldades crescentes em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 necessidade de universaliza\u00e7\u00e3o da presta\u00e7\u00e3o dos servi\u00e7os \u00e0 popula\u00e7\u00e3o brasileira e at\u00e9 mesmo para a manuten\u00e7\u00e3o dos n\u00edveis de cobertura j\u00e1 alcan\u00e7ados. <\/p>\n\n\n\n
Nesse contexto a popula\u00e7\u00e3o brasileira se prepara para rediscutir a urgente necessidade de uma pol\u00edtica nacional para o saneamento. Pol\u00edticas que garantam investimentos permanentes tanto para amplia\u00e7\u00e3o, como aperfei\u00e7oamento do sistema j\u00e1 implantado. A vis\u00e3o dos sanitaristas presentes no 22\u00ba Congresso Brasileiro de Engenharia Sanit\u00e1ria e Ambiental \u00e9 que “mais do que garantir a implanta\u00e7\u00e3o dos equipamentos de saneamento, \u00e9 preciso assegurar a sua operacionalidade, ap\u00f3s a conclus\u00e3o das obras. \u00c9 preciso garantir atrav\u00e9s de programas claros considerando, dentre outros fatores, as diferen\u00e7as regionais e mecanismos de controle social que garantam a efici\u00eancia do sistema, de forma que o investimento n\u00e3o acabe com o final da obra”. <\/p>\n\n\n\n
Este contexto do saneamento nacional se reflete nas exig\u00eancias crescentes feitas pela legisla\u00e7\u00e3o ambiental, como pela Resolu\u00e7\u00e3o CONAMA 274\/2000 que classifica as \u00e1guas destinadas \u00e0 recrea\u00e7\u00e3o. Os corpos d’\u00e1gua contaminados por esgotos sanit\u00e1rios exp\u00f5em os banhistas a riscos de doen\u00e7as, devido \u00e0 presen\u00e7a de bact\u00e9rias, v\u00edrus e protozo\u00e1rios e t\u00eam contribu\u00eddo para acelerar a instala\u00e7\u00e3o de sistema de coleta e tratamento de esgoto sanit\u00e1rio. A balneabilidade das \u00e1guas reflete a qualidade destas, destinadas ao uso de recrea\u00e7\u00e3o, sendo este entendido, como contato direto e prolongado com a \u00e1gua (nata\u00e7\u00e3o, mergulho, esportes aqu\u00e1ticos, etc), onde a possibilidade de ingerir quantidades apreci\u00e1veis de \u00e1gua \u00e9 elevada. Para sua avalia\u00e7\u00e3o s\u00e3o estabelecidos crit\u00e9rios objetivos.<\/p>\n\n\n\n