{"id":734,"date":"2009-01-08T11:44:12","date_gmt":"2009-01-08T11:44:12","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:35:21","modified_gmt":"2021-07-10T23:35:21","slug":"turismo_verde_em_rondonia","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/ecoturismo\/turismo_verde_na_amazonia\/turismo_verde_em_rondonia.html","title":{"rendered":"Turismo Verde em Rond\u00f4nia"},"content":{"rendered":"\n

Uma variedade de paisagens naturais aguarda o ecoturista em Rond\u00f4nia. Percorrer seus rios \u00e9 travar contato com a Amaz\u00f4nia mais profunda dos iguap\u00f3s e lagos, dos seringueros, castanheiros, castanheiros e pescadores. E tamb\u00e9m com as ru\u00ednas da saga da estrada de ferro madeira-mamor\u00e9.<\/p>\n\n\n\n

O estado de Rond\u00f4nia selecionou, para compor seu p\u00f3lo de ecoturismo, os vales dos rios Guapor\u00e9, Mamor\u00e9 e Madeira, perfazendo um corredor de belezas naturais que percorre desde o sul do estado at\u00e9 a capital, Porto Velho. Em sua maior parte, o p\u00f3lo abrange a mais bem preservada e menos povoada regi\u00e3o do estado, coberta por florestas e \u00e1reas inund\u00e1veis, situadas na fronteira com a Bol\u00edvia. De sul para o norte, o p\u00f3lo se estende por cinco munic\u00edpios: Cabixi, Pimenteiras, Costa Marques, Guajar\u00e1-Mirim e Porto Velho, capital e port\u00e3o de entrada do estado.<\/p>\n\n\n\n

Partindo de Porto Velho, descendo o rio Madeira, se chega \u00e0 Reserva Extrativista do Lago do Cuni\u00e3, um dos mais belos lagos da Amaz\u00f4nia. \u00c9 uma regi\u00e3o repleta de igarap\u00e9s, que atravessam campos e florestas inundadas – os igap\u00f3s -, onde se concentra a fauna da regi\u00e3o, especialmente aves aqu\u00e1ticas, jacar\u00e9s e peixes como o pirarucu, o maior da Amaz\u00f4nia. A diversidade de ambientes naturais e a diversidade de esp\u00e9cies fazem do Cuni\u00e3 um lugar ideal para a observa\u00e7\u00e3o de aves e da fauna em geral.<\/p>\n\n\n\n

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O rio Guapor\u00e9, cujos contornos formam parte da fronteira Brasil-Bol\u00edvia. Entre as cidades de Pimenteiras, ao sul do estado, e Costa Marques, o Guapor\u00e9 forma ecossistemas inund\u00e1veis, semelhantes ao pantanal, entremeados por canais e lagos. Essa regi\u00e3o, de alta concentra\u00e7\u00e3o biol\u00f3gica, est\u00e1 protegida pelos Parques Estaduais de Guajar\u00e1 Mirim, Serra dos Reis e Corumbiara, Reservas Extrativistas, pela Reserva Biol\u00f3gica do Guapor\u00e9 e, no lado boliviano, pelo Parque Nacional Noel Kempf Mercado. \u00c9 neste trecho que est\u00e3o os grandes atrativos do p\u00f3lo, tamb\u00e9m com grande potencial para a pesca esportiva.<\/p>\n\n\n\n

Localizada \u00e0s margens do rio Guapor\u00e9, a dois quil\u00f4metros de Costa Marques, a Reserva Extrativista de Curralinho tem como ecossistema principal o chamado \u201cpantanal do Guapor\u00e9\u201d, que abriga fauna de grande porte abundante, incluindo esp\u00e9cies amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o. A reserva conta com um centro de visitantes oferece trilhas pela floresta at\u00e9 os muitos lagos de seu interior, onde \u00e9 poss\u00edvel avistar macacos e aves da regi\u00e3o. Subindo o Guapor\u00e9, em dire\u00e7\u00e3o ao centro de seu pantanal, est\u00e1 outra reserva extrativista, a de Pedras Negras, com lagos, igap\u00f3s, ba\u00edas e matas repletas de castanheiras e animais de grande porte. Passeios de barco pelas trilhas na mata e pelos igarap\u00e9s e a conviv\u00eancia com os moradores das reservas s\u00e3o atrativos adicionais para os visitantes.<\/p>\n\n\n\n

Pr\u00f3ximo a Pimenteiras, no lado boliviano, est\u00e1 o Parque Nacional Noel Kempf Mercado, uma das maiores unidades de conserva\u00e7\u00e3o das Am\u00e9ricas, com 1,6 milh\u00f5es de hectares. Integrante do Corredor Ecol\u00f3gico Binacional Guapor\u00e9-Mamor\u00e9-Itenez, o parque \u00e9 reconhecido internacionalmente por sua biodiversidade \u2013 j\u00e1 foram catalogadas 630 esp\u00e9cies de aves em seu interior \u2013 e atrai turistas interessados em avistar a fauna e flora exuberantes.<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m dos atrativos naturais, o p\u00f3lo de Rond\u00f4nia apresenta atrativos culturais e hist\u00f3ricos, entre os quais se destaca a o Real Forte Pr\u00edncipe da Beira e a Estrada de Ferro Madeira-Mamor\u00e9, constru\u00edda no final do s\u00e9culo 19, suas ru\u00ednas est\u00e3o distribu\u00eddas entre os munic\u00edpios de Guajar\u00e1-Mirim e Porto Velho, num trecho em que os rios Mamor\u00e9 e Madeira s\u00e3o encachoeirados, impedindo a navega\u00e7\u00e3o. Esta\u00e7\u00f5es, armaz\u00e9ns, maquin\u00e1rio e cerca de 60 locomotivas a vapor, incluindo uma das mais antigas da Am\u00e9rica do Sul, datada de 1879, s\u00e3o testemunhos do ciclo da borracha na regi\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Como chegar<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Port\u00e3o de entrada do p\u00f3lo, Porto Velho conta com um aeroporto internacional, que recebe jatos comerciais. A dura\u00e7\u00e3o do v\u00f4o entre Bras\u00edlia e a capital de Rond\u00f4nia \u00e9 de aproximadamente tr\u00eas horas. A capital \u00e9 o ponto de sa\u00edda para Costa Marques e para o Lago do Cuni\u00e3, que est\u00e1 a duas horas de barco pelo rio Madeira. Vilhena, cidade localizada no sul do estado, est\u00e1 ligada ao resto do pa\u00eds pela BR-364 e \u00e9 d\u00e1 acesso por terra aos munic\u00edpios de Pimenteiras e Cabixi, pr\u00f3ximos ao Pantanal do Guapor\u00e9.<\/p>\n\n\n\n

\u00cdndios de Rond\u00f4nia v\u00e3o vender carbono com selo verde<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Uma tribo amaz\u00f4nica que at\u00e9 a d\u00e9cada passada entregava suas terras \u00e0 explora\u00e7\u00e3o ilegal de madeira ser\u00e1 a primeira na\u00e7\u00e3o ind\u00edgena do mundo a faturar com uma nova commodity: o carbono da floresta mantida em p\u00e9.<\/span><\/span><\/p>\n\n\n\n

<\/span>Os paiter-suru\u00eds, de Rond\u00f4nia, receberam na semana passada duas certifica\u00e7\u00f5es internacionais que lhes permitir\u00e3o fechar contratos para gerar cr\u00e9ditos de carbono pelo desmatamento que evitarem em seu territ\u00f3rio.<\/p>\n\n\n\n

O projeto explora o chamado Redd (Redu\u00e7\u00e3o de Emiss\u00f5es por Desmatamento), mecanismo que visa compensar financeiramente a manuten\u00e7\u00e3o de florestas tropicais, mitigando o g\u00e1s carb\u00f4nico que causa o aquecimento global.<\/p>\n\n\n\n

O l\u00edder da tribo, Almir Narayamoga Suru\u00ed, estima que o neg\u00f3cio possa gerar de R$ 2 milh\u00f5es a R$ 4 milh\u00f5es por ano at\u00e9 2038. O dinheiro ser\u00e1 aplicado em uma esp\u00e9cie de “fundo soberano” para alavancar atividades econ\u00f4micas sustent\u00e1veis, como o turismo e a produ\u00e7\u00e3o agr\u00edcola nas terras j\u00e1 desmatadas.<\/p>\n\n\n\n

O Projeto de Carbono Florestal Suru\u00ed, fruto de quatro anos de negocia\u00e7\u00e3o, \u00e9 o primeiro esquema ind\u00edgena de Redd a receber os selos VCS (Verified Carbon Standard) e CCB (Climate, Community and Biodiversity).<\/p>\n\n\n\n

Segundo Mariano Cenamo, do Idesan, ONG de Manaus que elaborou o projeto, o VCS d\u00e1 a garantia aos investidores de que a tribo segue uma metodologia criteriosa para avaliar a redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es. O CCB atesta que o projeto n\u00e3o afeta a biodiversidade ou os direitos dos \u00edndios.<\/p>\n\n\n\n

O mercado mundial de Redd ainda \u00e9 volunt\u00e1rio; sua regulamenta\u00e7\u00e3o deve ocorrer em 2020. Apesar disso, s\u00f3 em 2010, ele cresceu 35% e hoje \u00e9 estimado em US$ 250 milh\u00f5es por ano no mundo.<\/p>\n\n\n\n

Segundo Michael Jenkins, diretor da ONG americana Forest Trends, os potenciais clientes dos suru\u00eds incluem empresas em busca de “cr\u00e9ditos carism\u00e1ticos” para neutralizar emiss\u00f5es de seu processo produtivo. Quinze pa\u00edses est\u00e3o regulamentando mercados de carbono, e o Redd deve fazer parte deles.<\/p>\n\n\n\n

Fontes: Minist\u00e9rio do Meio Ambiente
\nwww.rondonia.ro.gov.br
\nwww.turismonativo.org.br<\/em>\n<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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