Melhores Pr\u00e1ticas e (Eco) turismo<\/strong><\/p>\n\n\n\nDo ponto de vista de “Melhores Pr\u00e1ticas” para a ind\u00fastria tur\u00edstica, deve-se considerar que a demanda pela natureza ainda \u00e9 pequena. A maioria dos operadores\/fornecedores internacionais tem lutado para responder ao tipo de produto ?global? exigido por viajantes instru\u00eddos e experimentados.<\/p>\n\n\n\n
Fornecedores e operadores precisam estar familiarizados com algumas exig\u00eancias, tais como opera\u00e7\u00f5es ambiental e culturalmente sustent\u00e1veis, atendimento de qualidade e voltado para as expectativas do cliente, marketing, diversidade de atividades e produtos, informa\u00e7\u00e3o e interpreta\u00e7\u00e3o ambiental de qualidade, programa\u00e7\u00e3o adequada e administra\u00e7\u00e3o empresarial eficaz.<\/p>\n\n\n\n
Como o tamanho das opera\u00e7\u00f5es do segmento ecotur\u00edstico \u00e9 pequeno, alcan\u00e7ar efici\u00eancia e efic\u00e1cia torna-se um grande desafio. Al\u00e9m disso, viagens especializadas constituem um setor fragmentado, ainda pouco desenvolvido em termos de associa\u00e7\u00f5es, parcerias e comunica\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n
Uma das estrat\u00e9gias mais importantes para superar esse panorama \u00e9 a implementa\u00e7\u00e3o de um Programa de Melhores Pr\u00e1ticas para o Ecoturismo.<\/p>\n\n\n\n
O objetivo principal de um programa de Melhores Pr\u00e1ticas \u00e9 o de compartilhar pr\u00e1ticas com chances de sucesso entre os atores da ind\u00fastria tur\u00edstica: prestadores de servi\u00e7os e grupos de interesses (comunidades locais, etc.).<\/p>\n\n\n\n
“Melhores Pr\u00e1ticas” v\u00e3o al\u00e9m dos movimentos globais atuais de certifica\u00e7\u00e3o e credenciamento na ind\u00fastria tur\u00edstica, elas trazem como benef\u00edcio a possibilidade de:<\/p>\n\n\n\n
– desenvolver melhor imagem e reputa\u00e7\u00e3o;<\/p>\n\n\n\n
– entender melhor o seu mercado e o de seus concorrentes;<\/p>\n\n\n\n
– observar novas id\u00e9ias fora do modelo convencional dos atuais processos;<\/p>\n\n\n\n
– acelerar mudan\u00e7as usando pr\u00e1ticas testadas e opera\u00e7\u00f5es demonstrativas;<\/p>\n\n\n\n
– beneficiar-se das descobertas e pr\u00e1ticas de outros, uma vez que n\u00e3o h\u00e1 nenhum prop\u00f3sito em investir tempo, recursos e esfor\u00e7os em pesquisa, quando algu\u00e9m j\u00e1 o fez melhor e mais barato;<\/p>\n\n\n\n
– proporcionar uma implementa\u00e7\u00e3o mais f\u00e1cil e veloz devido ao envolvimento dos \u201cdonos\u201d ou criadores do processo;<\/p>\n\n\n\n
– conhecer mais rapidamente as tend\u00eancias ou inova\u00e7\u00f5es importantes e como elas podem ser aplicadas.<\/p>\n\n\n\n
“Melhores Pr\u00e1ticas” podem atuar como catalisadores de mudan\u00e7as. Examinando as opera\u00e7\u00f5es espec\u00edficas \u00e0 luz do sucesso de outras opera\u00e7\u00f5es bem sucedidas, pode-se revelar fraquezas e criar for\u00e7as para as mudan\u00e7as.<\/p>\n\n\n\n
Um programa de Melhores Pr\u00e1ticas para o turismo deve analisar:<\/p>\n\n\n\n
– informa\u00e7\u00f5es de todos os tipos ou segmentos de turismo (aventura, cultural, esportivo, ecoturismo, rural, etc.);<\/p>\n\n\n\n
– fluxos e opera\u00e7\u00f5es em baixa, m\u00e9dia e alta temporadas;<\/p>\n\n\n\n
– portes de opera\u00e7\u00e3o (individuais, grupos, seriados);<\/p>\n\n\n\n
– opera\u00e7\u00f5es em todas as regi\u00f5es geogr\u00e1ficas e\/ou ecossistemas relevantes;<\/p>\n\n\n\n
– \u00e1reas da organiza\u00e7\u00e3o tais como rela\u00e7\u00f5es e sustentabilidade s\u00f3cio-ambiental para o desenvolvimento de novos produtos.<\/p>\n\n\n\n
Em termos de um Programa de Melhores Pr\u00e1ticas, deve-se pensar em:<\/p>\n\n\n\n
– avaliar todos os setores e etapas da opera\u00e7\u00e3o ecotur\u00edstica;<\/p>\n\n\n\n
– incluir aspectos amplos como o uso de energias limpas e renov\u00e1veis;<\/p>\n\n\n\n
– incluir atividades econ\u00f4micas como alimentos, pesca, artesanato, etc.;<\/p>\n\n\n\n
– obter ampla contribui\u00e7\u00e3o de especialistas para elaborar crit\u00e9rios efetivos de monitoramento, avalia\u00e7\u00e3o e ajustes;<\/p>\n\n\n\n
– desenvolver um processo objetivo para avaliar medidas de desempenho;<\/p>\n\n\n\n
– elaborar programas com foco nas pr\u00e1ticas e n\u00e3o em operadores, empresas ou organiza\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n
Um Programa de Melhores Pr\u00e1ticas deve ser funcional e aplic\u00e1vel at\u00e9 por pessoas de pouca ou nenhuma pr\u00e1tica operacional, ainda que seja necess\u00e1ria uma certa tutela no in\u00edcio de sua implanta\u00e7\u00e3o. Deve, ainda, atender aos crit\u00e9rios de qualidade e de certifica\u00e7\u00e3o de produtos, informando, capacitando, treinando, monitorando e ajustando pr\u00e1ticas em busca de efici\u00eancia e efic\u00e1cia.<\/p>\n\n\n\n
Aspectos Operacionais – Diagn\u00f3stico<\/strong><\/p>\n\n\n\nCen\u00e1rio\/Problemas: Causas Prov\u00e1veis<\/p>\n\n\n\n
1. Desenvolvimento n\u00e3o-sustent\u00e1vel do (eco)turismo<\/p>\n\n\n\n
– Desconhecimento dos riscos e impactos ambientais e culturais negativos do (eco)turismo<\/p>\n\n\n\n
2. Desorganiza\u00e7\u00e3o dos segmentos locais ligados ao turismo<\/p>\n\n\n\n
– Desvaloriza\u00e7\u00e3o da cultura local;<\/p>\n\n\n\n
– Baixa qualidade em higiene e sanitarismo, com conseq\u00fcente ocorr\u00eancia de endemias;<\/p>\n\n\n\n
– Desarticula\u00e7\u00e3o entre os grupos de interesse envolvidos (governo, ongs e iniciativa privada).<\/p>\n\n\n\n
3. Qualidade no atendimento deficiente\/inadequada<\/p>\n\n\n\n
– Baixa qualifica\u00e7\u00e3o de m\u00e3o de obra de hoteleira (governan\u00e7a, alimentos e bebidas, etc);<\/p>\n\n\n\n
– Desconhecimento dos princ\u00edpios do marketing de servi\u00e7os (voltado ao cliente);<\/p>\n\n\n\n
– Pr\u00e1ticas inadequadas de higiene, manuseio e armazenagem de produtos aliment\u00edcios;<\/p>\n\n\n\n
– Reduzida ou aus\u00eancia de vis\u00e3o empresarial (foco nos resultados\/cliente);<\/p>\n\n\n\n
– N\u00famero muito reduzido de pessoas locais com conhecimento\/flu\u00eancia em outros idiomas;<\/p>\n\n\n\n
– Guias inexperientes em interpreta\u00e7\u00e3o ambiental e cultural.<\/p>\n\n\n\n
4. Defici\u00eancia administrativa<\/p>\n\n\n\n
– Marketing inexistente;<\/p>\n\n\n\n
– Contabilidade desqualificada;<\/p>\n\n\n\n
– Desconhecimento das legisla\u00e7\u00f5es ambiental, tur\u00edstica e fiscal;<\/p>\n\n\n\n
– Empreendimentos com excessiva informalidade empresarial\/operacional;<\/p>\n\n\n\n
5. Desconhecimento de conceitos e princ\u00edpios do ecoturismo<\/p>\n\n\n\n
– Impactos ambientais e culturais;<\/p>\n\n\n\n
– Tratamento de res\u00edduos (lixo) e efluentes (esgotos) inexistentes\/deficientes;<\/p>\n\n\n\n
– Dificuldade de acesso a fontes de informa\u00e7\u00e3o e\/ou capacita\u00e7\u00e3o\/treinamento adequados;<\/p>\n\n\n\n
6. Formata\u00e7\u00e3o de produtos prec\u00e1ria<\/p>\n\n\n\n
– Atrativos e produtos tur\u00edsticos desarticulados;<\/p>\n\n\n\n
– Desconhecimento de como organizar atividades e desenvolver produtos (pre\u00e7o, promo\u00e7\u00e3o);<\/p>\n\n\n\n
– Riscos de acidentes;<\/p>\n\n\n\n
7. Baixa diversifica\u00e7\u00e3o, qualidade e integra\u00e7\u00e3o dos produtos locais no contexto do ecoturismo<\/p>\n\n\n\n
– Poucos especialistas experientes em desenvolvimento de produtos ecotur\u00edsticos;<\/p>\n\n\n\n
– Poucos produtos ecotur\u00edsticos dispon\u00edveis;<\/p>\n\n\n\n
Fonte: www.mpefunbio.org.br<\/em>\n<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – FUNBIO, dentro dos marcos de sua miss\u00e3o institucional de conservar e dar uso sustent\u00e1vel \u00e0 biodiversidade e com o prop\u00f3sito de desenvolver a\u00e7\u00f5es futuras. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":719,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1417],"tags":[282,373,181],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/718"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=718"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/718\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":5757,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/718\/revisions\/5757"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/719"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=718"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=718"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=718"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}