A hist\u00f3ria da Espeleologia \u00e9 t\u00e3o antiga como o pr\u00f3prio homem, j\u00e1 que as cavernas, foram em tempos pr\u00e9-hist\u00f3ricos, o abrigo que o protegia das intemp\u00e9rides e dos animais selvagens. Os achados mais antigos da presen\u00e7a do homem nas cavernas datam de 450 mil anos. Com a evolu\u00e7\u00e3o deste primata, surgem as primeiras pinturas rupestres, ilustrando principalmente cenas dom\u00e9sticas e de ca\u00e7a. Com o fim das eras glaciares, o homem abandona as grutas e instala-se nos campos.<\/p>\n\n\n\n
As cavernas passam a servir de armaz\u00e9ns, lugares de culto ou t\u00famulos funer\u00e1rios. Na idade m\u00e9dia d\u00e1-se uma regress\u00e3o de mentalidades, passando as cavidades a serem consideradas lugares do dem\u00f4nio e onde se escondem os leprosos e os doentes da peste. Pouco e pouco as cavernas come\u00e7am novamente a ser alvo de visitas e explora\u00e7\u00f5es, sendo alvo de estudos cient\u00edficos a partir da segunda metade do s\u00e9c. XIX. Agora j\u00e1 n\u00e3o \u00e9 a busca de prote\u00e7\u00e3o, mas sim a curiosidade, que faz o homem regressar \u00e0s grutas. As primeiras expedi\u00e7\u00f5es de car\u00e1ter cient\u00edfico eram motivadas pela Paleontologia, ci\u00eancia que busca os vest\u00edgios do homem e dos animais pr\u00e9-hist\u00f3ricos.<\/p>\n\n\n\n
Trata-se, basicamente, de uma atividade direcionada para o estudo das cavernas e cavidades naturais, sua origem e evolu\u00e7\u00e3o, de sua fauna e flora singular, atual e passada, explora\u00e7\u00e3o, pesquisa, documenta\u00e7\u00e3o e preserva\u00e7\u00e3o delas, bem como as t\u00e9cnicas que s\u00e3o empregadas para o seu respectivo estudo. Conta com a aplica\u00e7\u00e3o de t\u00e9cnicas de mergulho, alpinismo entre outros esportes.<\/p>\n\n\n\n
Neste segmento, que est\u00e1 voltado para a \u00e1rea cient\u00edfica, existem in\u00fameros profissionais (bi\u00f3logos, ge\u00f3logos, engenheiros, qu\u00edmicos, entre outros), que desenvolvem diversos estudos aprofundados nesta ampla e complexa atividade que \u00e9 a Espeleologia.<\/p>\n\n\n\n
Com uma outra forma de atua\u00e7\u00e3o, o caving est\u00e1 direcionado para a \u00e1rea t\u00e9cnico-esportiva, ou seja, a prospec\u00e7\u00e3o e explora\u00e7\u00e3o de cavernas e cavidades naturais, buscando o desenvolvimento da espeleo- documenta\u00e7\u00e3o, a espeleo-fotografia e a log\u00edstica espeleol\u00f3gica. \u00c9 a muta\u00e7\u00e3o da \u00e1rea cient\u00edfica, onde o prazer e a emo\u00e7\u00e3o geram um sentimento misto, de temor e desejo; temor das trevas, do desconhecido e desejo de encontrar, ali, as chaves de mist\u00e9rios ainda sequer suspeitados.<\/p>\n\n\n\n
Conv\u00e9m mencionar que em ambos os segmentos s\u00e3o fundamentais, al\u00e9m da curiosidade e destreza f\u00edsica, compet\u00eancia t\u00e9cnica e\/ou cient\u00edfica. Os praticantes devem ter um bom preparo f\u00edsico para suportar as longas jornadas dentro da caverna. Saber nadar, ter conhecimentos de auto-resgate, primeiros socorros e t\u00e9cnicas de descida e ascen\u00e7\u00e3o em corda s\u00e3o muito importantes.<\/p>\n\n\n\n
A espeleologia brasileira \u00e9 uma das mais organizadas e desenvolvidas do mundo, atualmente s\u00e3o mais de 1200 s\u00f3cios da SBE distribu\u00eddos em quase cem grupos espeleol\u00f3gicos, com mais de 2500 cavernas cadastradas, este n\u00famero representa pouco mais de 5% do potencial espeleol\u00f3gico.<\/p>\n\n\n\n
O IBAMA criou um departamento que cuida exclusivamente dos assuntos espeleol\u00f3gicos, o CECAV que vem trabalhando conjuntamente com a SBE. Os poderes p\u00fablicos e a popula\u00e7\u00e3o em geral est\u00e3o se conscientizando da import\u00e2ncia da preserva\u00e7\u00e3o da natureza e em especial das cavernas.<\/p>\n\n\n\n
Equipamentos:<\/strong><\/p>\n\n\n\n – Cinto cadeirinha e peitoral;<\/p>\n\n\n\n – Corda do tipo est\u00e1tica de 10mm ou 11mm;<\/p>\n\n\n\n – Um descensor do tipo oito;<\/p>\n\n\n\n – Cabo solteira para auto-seguran\u00e7a (corda din\u00e2mica de 3,5m – 9,5mm);<\/p>\n\n\n\n – Mosquet\u00f5es com trava e sem trava (6) – (ovais com e sem trava e de gatilho curvo para solteira);<\/p>\n\n\n\n – Roupa de neoprene ou macac\u00e3o;<\/p>\n\n\n\n – Capacete;<\/p>\n\n\n\n – Carboreteira;<\/p>\n\n\n\n – Lanterna \u00e0 prova d’\u00e1gua;<\/p>\n\n\n\n – Luvas de neoprene;<\/p>\n\n\n\n – Mochila estanque ou vazada;<\/p>\n\n\n\n – Cal\u00e7ado (botas de neoprene com solado refor\u00e7ado ou botas resistentes a \u00e1gua);<\/p>\n\n\n\n – Fitas tubulares (de 20mm de 2,3 e 4 metros com cores distintas);<\/p>\n\n\n\n – An\u00e9is de fita (tamanhos diversos);<\/p>\n\n\n\n – Cordas est\u00e1ticas (9 a 10,5 mm);<\/p>\n\n\n\n – Outros descensores (stop, simple);<\/p>\n\n\n\n – Blocantes (punho, croll, shunt);<\/p>\n\n\n\n – Kit de grampea\u00e7\u00e3o (martelo, batedor, plaquetas, spits de 8mm);<\/p>\n\n\n\n – Outros: roldanas, prote\u00e7\u00f5es de corda, cordeletes 6mm, malhas r\u00e1pidas P15, head lamp, mosquet\u00f5es de a\u00e7o com trava, manta de sobreviv\u00eancia, kit de primeiros socorros, apito FOX 40; canivete, prote\u00e7\u00e3o para mapas.<\/p>\n\n\n\n Os melhores locais para a pr\u00e1tica do Caving s\u00e3o o PETAR (Parque Estadual Tur\u00edstico do Alto Ribeira) em S\u00e3o Paulo, Bonito no Mato Grosso do Sul, Goi\u00e1s, Bahia e Minas Gerais. N\u00e3o deve-se aventurar pelas cavernas sem a companhia de um guia experiente e sem equipamentos de seguran\u00e7a e de ilumina\u00e7\u00e3o adequados. A melhor maneira de come\u00e7ar \u00e9 procurando um espeleo grupo e aprendendo com os mais experientes.<\/p>\n\n\n\n Ambiente Brasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" A hist\u00f3ria da Espeleologia \u00e9 t\u00e3o antiga como o pr\u00f3prio homem, j\u00e1 que as cavernas, foram em tempos pr\u00e9-hist\u00f3ricos, o abrigo que o protegia das intemp\u00e9rides e dos animais selvagens. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1411],"tags":[307,294,353,352,280],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/693"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=693"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/693\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":5791,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/693\/revisions\/5791"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=693"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=693"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=693"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}