{"id":653,"date":"2009-01-05T15:54:09","date_gmt":"2009-01-05T15:54:09","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:35:38","modified_gmt":"2021-07-10T23:35:38","slug":"interpretacao_ambiental","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/ecoturismo\/artigos\/interpretacao_ambiental.html","title":{"rendered":"Interpreta\u00e7\u00e3o Ambiental"},"content":{"rendered":"\n
O termo interpreta\u00e7\u00e3o da natureza ou interpreta\u00e7\u00e3o ambiental refere-se a um conjunto de princ\u00edpios e t\u00e9cnicas que visam estimular as pessoas para o entendimento do ambiente pela experi\u00eancia pr\u00e1tica direta.<\/p>\n\n\n\n
A interpreta\u00e7\u00e3o caracteriza-se pela informalidade e encantamento, pela provoca\u00e7\u00e3o de est\u00edmulo, curiosidade e reflex\u00e3o e pelo uso de intera\u00e7\u00f5es, compara\u00e7\u00f5es e analogias com experi\u00eancias reais, abordando temas relevantes em seus aspectos normalmente despercebidos e, ou aparentemente insignificantes.<\/p>\n\n\n\n
O guia\/condutor de ecoturismo \u00e9, acima de tudo, um educador. A educa\u00e7\u00e3o para o meio ambiente, implica em um processo de sensibiliza\u00e7\u00e3o, transmiss\u00e3o de conhecimento e busca de um comprometimento do visitante como cidad\u00e3o planet\u00e1rio, visando sua conscientiza\u00e7\u00e3o para modifica\u00e7\u00e3o de comportamentos, valores e h\u00e1bitos sociais.<\/p>\n\n\n\n
A Educa\u00e7\u00e3o Ambiental deve enfocar a rela\u00e7\u00e3o entre o ser humano, a natureza e o universo de forma multi e interdisciplinar, ajudando a desenvolver uma consci\u00eancia \u00e9tica sobre todas as formas de vida com as quais compartilhamos este planeta.<\/p>\n\n\n\n
O ecoturismo permite que a Educa\u00e7\u00e3o Ambiental seja trabalhada de modo que o visitante tenha oportunidade de vivenciar suas pr\u00f3prias experi\u00eancias, questionar-se sobre as coisas e buscar respostas \u00e0 estas quest\u00f5es. Neste sentido, o guia \/ condutor de ecoturismo deve procurar levar o visitante a questionar-se, provocando-o e estimulando-o a reflex\u00f5es e valorizando os conhecimentos pr\u00e9vios do visitante buscando a sua participa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n
Conceitos em Interpreta\u00e7\u00e3o Ambiental<\/strong><\/p>\n\n\n\n Seu objetivo b\u00e1sico \u00e9 revelar os significados, rela\u00e7\u00f5es ou fen\u00f4menos naturais por interm\u00e9dio de experi\u00eancias pr\u00e1ticas e meios interpretativos, ao inv\u00e9s da simples comunica\u00e7\u00e3o de dados e fatos (TILDEN, 1957).<\/p>\n\n\n\n A interpreta\u00e7\u00e3o ambiental inclui a tradu\u00e7\u00e3o da linguagem t\u00e9cnica de uma ci\u00eancia natural em id\u00e9ias que as pessoas em geral, que n\u00e3o s\u00e3o t\u00e9cnicas, possam facilmente entender. Isto implica em faz\u00ea-la de forma que possa ser entendida e interesse aos ouvintes (HAM, 1992).<\/p>\n\n\n\n Objetivos da Interpreta\u00e7\u00e3o Ambiental<\/strong><\/p>\n\n\n\n Facilita o conhecimento e a aprecia\u00e7\u00e3o da natureza; <\/p>\n\n\n\n Objetivando conservar seus recursos naturais, hist\u00f3ricos e culturais; <\/p>\n\n\n\n Visa aumentar a satisfa\u00e7\u00e3o dos visitantes; <\/p>\n\n\n\n Servir de ferramenta para o manejo dos visitantes; <\/p>\n\n\n\n Estimular a participa\u00e7\u00e3o do visitante nas quest\u00f5es pol\u00edtico- ambientais. <\/p>\n\n\n\n Acrescentar valor \u00e0 experi\u00eancia do visitante, elevando o seu n\u00edvel de satisfa\u00e7\u00e3o; <\/p>\n\n\n\n Real\u00e7ar a necessidade da conserva\u00e7\u00e3o do patrim\u00f4nio visitado.<\/p>\n\n\n\n A satisfa\u00e7\u00e3o do visitante est\u00e1 relacionada, em grande parte, \u00e0 experi\u00eancia de aquisi\u00e7\u00e3o de novos conhecimentos ou, em outras palavras, quanto mais novidades captura, maior o seu grau de contentamento. Mas para isso o visitante n\u00e3o espera leituras ou exposi\u00e7\u00f5es cansativas e ma\u00e7antes, diante das quais tenha que manter uma atitude passiva. Espera participar ativamente num processo real e agrad\u00e1vel e que lhe despere o interesse, a disposi\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n Por outro lado, ao aumentar o n\u00edvel de conscientiza\u00e7\u00e3o sobre o patrim\u00f4nio natural ou cultural, atribui-lhe um maior n\u00edvel de respeito, facilitando sua conserva\u00e7\u00e3o e contribuindo por minimizar impactos sobre bens similares em outras localidades.<\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a interpreta\u00e7\u00e3o colabora com a promo\u00e7\u00e3o do patrim\u00f4nio junto \u00e0 popula\u00e7\u00e3o e representa um mecanismo de democratiza\u00e7\u00e3o do conhecimento ambiental, muitas vezes acess\u00edvel apenas a classes sociais privilegiadas de alguma maneira.<\/p>\n\n\n\n Princ\u00edpios da Intepreta\u00e7\u00e3o Ambiental<\/strong><\/p>\n\n\n\n Os principais Princ\u00edpios da Interpreta\u00e7\u00e3o da Natureza, estabelecidos por Tilden em 1967, permanecem v\u00e1lidos at\u00e9 hoje:<\/p>\n\n\n\n A interpreta\u00e7\u00e3o deve se relacionar com algo da experi\u00eancia do visitante: perceber e conectar a personalidade do visitante \u00e9 muito importante, lembrando que a interpreta\u00e7\u00e3o liga o visitante ao ambiente atrav\u00e9s de seus sentidos e quanto maior o n\u00famero deles em uso mais eficiente a atividade; n\u00e3o s\u00e3o abordados objetos virtuais, mas sim aqueles que possam presenciar, experienciar, sentir, tocar, etc. <\/p>\n\n\n\n A interpreta\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 informa\u00e7\u00e3o e sim uma revela\u00e7\u00e3o baseada na informa\u00e7\u00e3o: na interpreta\u00e7\u00e3o o objeto de interesse se revela em sua forma real pela experi\u00eancia e n\u00e3o por adjetivos e valores afirmados por terceiros. <\/p>\n\n\n\n A interpreta\u00e7\u00e3o \u00e9 fundamentalmente uma arte de comunica\u00e7\u00e3o: isso significa que, embora existam pessoas com maiores ou menores facilidades para tal, ela pode ser aprendida em algum grau; ademais, significa que diferentes formas de comunica\u00e7\u00e3o e diferentes profissionais podem ser utilizados, com o uso, por exemplo, da arte visual. <\/p>\n\n\n\n O objetivo fundamental da interpreta\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 a instru\u00e7\u00e3o, mas sim a provoca\u00e7\u00e3o, avivando a curiosidade e o interesse: espera-se que o visitante aprofunde por si mesmo a interpreta\u00e7\u00e3o do objeto em foco, que ele questione e se sinta o conquistador de seus novos conhecimentos. <\/p>\n\n\n\n A interpreta\u00e7\u00e3o deve ser dirigida a audi\u00eancias espec\u00edficas: embora nem sempre seja poss\u00edvel, a interpreta\u00e7\u00e3o mostra-se mais eficiente quando o p\u00fablico-alvo n\u00e3o se apresenta muito diverso em seus interesses e objetivos, como acontece quando a atividade se dirige a um p\u00fablico infantil de mesma faixa et\u00e1ria, por exemplo; ao mesmo tempo deve estar preparada para atender amplamente a todo p\u00fablico. <\/p>\n\n\n\n A interpreta\u00e7\u00e3o deve apresentar os fen\u00f4menos na sua totalidade: isso significa o compromisso da interpreta\u00e7\u00e3o com a realidade, que n\u00e3o \u00e9 fragmentada ou divis\u00edvel a n\u00e3o ser em nossas mentes; significa assim uma abordagem hol\u00edstica, exbindo as rela\u00e7\u00f5es existentes entre os diversos fen\u00f4menos naturais, hist\u00f3ricos e culturais.<\/p>\n\n\n\n Mais recentemente, \u00e0 medida que vai se desenvolvendo, a interpreta\u00e7\u00e3o incorpora novos princ\u00edpios, como:<\/p>\n\n\n\n A interpreta\u00e7\u00e3o deve ser realizada em parceria com a comunidade local: isso revela a necessidade de respeito \u00e0queles que grande parte das vezes mais dominam o patrim\u00f4nio abordado e at\u00e9 mesmo se constituem em seus verdadeiros senhores. <\/p>\n\n\n\n A interpreta\u00e7\u00e3o n\u00e3o afirma verdades universais: destacando a necessidade da atividade incentivar a toler\u00e2ncia \u00e0s diferentes formas de express\u00e3o cultural. <\/p>\n\n\n\n Metodologia para o planejamento da Interpreta\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n As etapas do desenvolvimento de um plano de interpreta\u00e7\u00e3o em Unidades de Conserva\u00e7\u00e3o s\u00e3o (SHARP, 1982 e SILVA, 1996):<\/p>\n\n\n\n Determina\u00e7\u00e3o de objetivos; <\/p>\n\n\n\n Promover um invent\u00e1rio interpretativo; <\/p>\n\n\n\n Selecionar e desenvolver os temas a serem interpretados; <\/p>\n\n\n\n Identificar e desenvolver as facilidades e os servi\u00e7os dispon\u00edveis para se promover a interpreta\u00e7\u00e3o; <\/p>\n\n\n\n Identificar a demanda; <\/p>\n\n\n\n Analisar as alternativas de u so da \u00e1rea; <\/p>\n\n\n\n Desenvolver o plano e implement\u00e1-lo de forma gradual, seq\u00fcencial e cont\u00ednua;<\/p>\n\n\n\n Revisar e monitorar freq\u00fcentemente.<\/p>\n\n\n\n M\u00e9todos de Interpreta\u00e7\u00e3o Ambiental<\/strong><\/p>\n\n\n\n Segundo (HAM, 1992 e SCHIAVETTI, 1999) qualquer abordagem interpretativa que objetive parecer menos t\u00e9cnica e diferenciada de uma simples transfer\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es deve conter as seguintes qualidades:<\/p>\n\n\n\n A interpreta\u00e7\u00e3o deve ser amena e promover o entretenimento; <\/p>\n\n\n\n A interpreta\u00e7\u00e3o deve ser pertinente, ou seja, deve ter significado e ser pessoal ; <\/p>\n\n\n\n A interpreta\u00e7\u00e3o deve ser organizada; <\/p>\n\n\n\n A interpreta\u00e7\u00e3o deve ter um tema central ou um objetivo a ser alcan\u00e7ado; <\/p>\n\n\n\n Incentivar a participa\u00e7\u00e3o; <\/p>\n\n\n\n Provocar e questionar o visitante; <\/p>\n\n\n\n Uso do humor.<\/p>\n\n\n\n V\u00e1rios s\u00e3o os meios de interpreta\u00e7\u00e3o e a escolha de quais ser\u00e3o usados, em conjunto ou isoladamente, vai depender das caracter\u00edsticas do local, das caracter\u00edsticas dos visitantes e dos recursos t\u00e9cnicos e materiais dispon\u00edveis.<\/p>\n\n\n\n 1. Publica\u00e7\u00f5es interpretativas: s\u00e3o mapas que trazem roteiros a ser seguidos e, como atividades interpretativas, n\u00e3o podem ser ma\u00e7antes e devem despertar a curiosidade do visitante com informa\u00e7\u00f5es especialmente escolhidas que chamem a aten\u00e7\u00e3o para o valor do recurso em quest\u00e3o e atra\u00ed-lo para uma experi\u00eancia direta, evitando-se ao m\u00e1ximo a cria\u00e7\u00e3o de falsas expectativas. Um folheto guia pode estar em trilhas autoguiadas, correlacionando informa\u00e7\u00f5es textuais interpretativas com cenas ou fen\u00f4menos reais.<\/p>\n\n\n\n 2. Placas e pain\u00e9is interpretativos: s\u00e3o objetos que, sob os princ\u00edpios da interpreta\u00e7\u00e3o, auxiliam o processo de interpreta\u00e7\u00e3o do visitante com o ambiente. As placas trazem desde uma simples sinaliza\u00e7\u00e3o de orienta\u00e7\u00e3o para o transeunte at\u00e9 textos, figuras, mapas, fotografias e documentos. Devem ser atraentes, simples, geralmente com menos de cem palavras, de f\u00e1cil entendimento e acess\u00edveis \u00e0s crian\u00e7as e deficientes f\u00edsicos. Al\u00e9m disso, devem ser resistentes \u00e0s intemp\u00e9ries e ao vandalismo e n\u00e3o podem contribuir para a polui\u00e7\u00e3o visual do local ou para a obstru\u00e7\u00e3o visual da paisagem. Algumas vezes os sinais podem ser destacados no ch\u00e3o do pr\u00f3prio caminho, com pintura por exemplo. Os pain\u00e9is podem ainda exibir imagens ou mapas em baixo relevo, miniaturas e maquetes compondo, por exemplo, cenas de \u00e9pocas passadas ou diferentes ecossistemas.<\/p>\n\n\n\n 3. Interpreta\u00e7\u00e3o pessoal: neste caso, a interpreta\u00e7\u00e3o \u00e9 orientada por um guia treinado, capaz de provocar, perceber e otimizar as inten\u00e7\u00f5es do visitante com o ambiente, tratando-se de uma das formas mais eficientes de interpreta\u00e7\u00e3o. H\u00e1 ainda a representa\u00e7\u00e3o teatral, onde s\u00e3o exibidos per\u00edodos hist\u00f3ricos ou outros fen\u00f4menos com a participa\u00e7\u00e3o de atores, podendo haver a inser\u00e7\u00e3o ativa do pr\u00f3prio visitante ou a exibi\u00e7\u00e3o de trabalhos artesanais em locais estrategicamente escolhidos para acesso do visitante.<\/p>\n\n\n\n 4. Trilhas ou roteiros interpretativos: uma trilha ou roteiro interpretativo \u00e9 simplesmente um caminho planejado para fins de interpreta\u00e7\u00e3o, podendo fazer uso dos diversos meios anteriores. \u00c9 geralmente tratado como trilha quando se refere a caminhos j\u00e1 demarcados e roteiro quando n\u00e3o, podendo ambos ser planejados tanto para o meio natural como urbano. N\u00e3o se limitam a caminhadas, podendo ser planejadas para atender tamb\u00e9m a bicicletas, cavalos ou ve\u00edculos motorizados. Aqui os dois tipos ser\u00e3o chamados apenas de trilha.<\/p>\n\n\n\n Outras considera\u00e7\u00f5es sobre as t\u00e9cnicas de interpreta\u00e7\u00e3o que podem ser executadas em qualquer tipo de trabalho, s\u00e3o (segundo silva, 1996):<\/p>\n\n\n\n A conversa deve ser orientada a n\u00e3o fugir do tema;<\/p>\n\n\n\n A atmosfera das apresenta\u00e7\u00f5es deve ter um tom pessoal do guia;<\/p>\n\n\n\n O guia deve aproveitar bem o tempo dispon\u00edvel sem esquecer- se que o visitante merece um tempo a s\u00f3s com a natureza para poder apreci\u00e1-la como bem quiser (tomar sol, beber \u00e1gua de minas, tomar banho de cachoeira, fotografar, relaxar etc.). Posicionar-se de forma que o m\u00e1ximo de visitantes possam v\u00ea-lo;<\/p>\n\n\n\n Interpreta\u00e7\u00e3o da Natureza em Unidades de Conserva\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n A administra\u00e7\u00e3o dos recursos de uma unidade de conserva\u00e7\u00e3o exige ainda a disponibilidade de meios adequados, tais como:<\/p>\n\n\n\n a) Centro de visitantes – pequenos edif\u00edcios onde se recepciona e conduz o visitante \u00e0 interpreta\u00e7\u00e3o, por meios e equipamentos que v\u00e3o desde simples pain\u00e9is a apresenta\u00e7\u00f5es audiovisuais cont\u00ednuas;<\/p>\n\n\n\n b) Quiosques de informa\u00e7\u00f5es – pequenos abrigos de onde sair\u00e3o os guias interpretativos para acompanhar os grupos, respondendo \u00e0s perguntas formuladas pelos visitantes e despertando-lhes o interesse pela natureza;<\/p>\n\n\n\n c) Museus pequenos ou mostru\u00e1rios – situados em locais regionais estrat\u00e9gicos, que permitam apresentar ao p\u00fablico aqueles objetos de dif\u00edcil observa\u00e7\u00e3o no campo, podendo estar anexados ao centro de visitantes e devendo possuir pequenos laborat\u00f3rios com pe\u00e7as de hist\u00f3ria natural;<\/p>\n\n\n\n d) Exposi\u00e7\u00f5es marginais – apresentando pequenos mostru\u00e1rios \u00e0 beira dos caminhos, com pe\u00e7as aut\u00eanticas, protegidas contra vandalismo e intemp\u00e9ries;<\/p>\n\n\n\n e) Trilhas interpretativas – s\u00e3o trilhas ou caminhos especialmente constru\u00eddos, onde, em locais determinados, estabelecem-se postos numerados, com a descri\u00e7\u00e3o dos fen\u00f4menos locais de destaque (pode-se usar postos numerados sincronizados, com folhetos explicativos ou placas\/pain\u00e9is em cada posto);<\/p>\n\n\n\n f) Pain\u00e9is descritivos – s\u00e3o pain\u00e9is com letreiros protegidos que servem para mensagens curtas sobre fen\u00f4menos em observa\u00e7\u00e3o, devendo possuir letreiros que chamem a aten\u00e7\u00e3o sem romper a harmonia da paisagem natural; a terminologia utilizada deve considerar as caracter\u00edsticas do visitante e as dimens\u00f5es das letras devem estar de acordo com a posi\u00e7\u00e3o do observador;<\/p>\n\n\n\n g) Letreiros ou legendas – s\u00e3o pequenos pain\u00e9is n\u00e3o protegidos ou placas que destacam detalhes importantes sobre os temas abordados.<\/p>\n\n\n\n Recursos Interpretativos<\/strong><\/p>\n\n\n\n Os recursos necess\u00e1rios para um trabalho de interpreta\u00e7\u00e3o dependem de cada caso em particular, sendo necess\u00e1rio um aprofundado e cont\u00ednuo invent\u00e1rio da situa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n Os recursos existentes merecedores de interpreta\u00e7\u00e3o s\u00e3o levantados e avalizados, digam respeito aos recursos naturais (fauna, flora, relevo, solos, hidrografia, clima, ecossistemas, fen\u00f4menos ecol\u00f3gicos, etc.) ou culturais (hist\u00f3ria, arqueologia, economia, arquitetura, artesanato, tradi\u00e7\u00f5es, linguagem, etc.). Igualmente importante \u00e9 avaliar os recursos t\u00e9cnicos e financeiros dispon\u00edveis para um programa de atividades interpretativas (profissionais dispon\u00edveis, or\u00e7amento governamental, patrocinadores, etc.). Tamb\u00e9m s\u00e3o levantados e avaliados os visitantes atuais e potenciais, definindo-se o p\u00fablico-alvo (escolaridade, idade, proced\u00eancia, motiva\u00e7\u00f5es, tempo dispon\u00edvel, etc.). A partir da\u00ed s\u00e3o eleitos os temas mais relevantes a serem interpretados nos diversos locais e escolhidos os diversos meios interpretativos a serem explorados.<\/p>\n\n\n\n Qualidades do Int\u00e9rprete<\/strong><\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m das caracter\u00edsticas t\u00e9cnicas e profissionais que se exige do guia \/ condutor de ecoturismo, para o melhor desenvolvimento da interpreta\u00e7\u00e3o o int\u00e9rprete deve:<\/p>\n\n\n\n Conhecer a \u00e1rea e seu entorno; <\/p>\n\n\n\n Conhecer o visitante e adaptar-se ao seu perfil; <\/p>\n\n\n\n Sabe terminar uma conversa ou palestra de maneira educada; <\/p>\n\n\n\n Ser animado, criativo e gentil; <\/p>\n\n\n\n Conhecer e ser seguro de si mesmo; <\/p>\n\n\n\n Tratar todos com igualdade; <\/p>\n\n\n\n Manter boas rela\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n Avalia\u00e7\u00e3o da Afetividade da Interpreta\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n A avalia\u00e7\u00e3o dos resultados atingidos pela interpreta\u00e7\u00e3o deve se dar como um processo cont\u00ednuo e s\u00e3o diversas as formas poss\u00edveis e muitas vezes complementares. Busca-se basicamente avaliar o quanto as atividades est\u00e3o contribuindo para a conserva\u00e7\u00e3o do patrim\u00f4nio socioambiental, atuando nas mudan\u00e7as de comportamento dos visitantes, e qual o n\u00edvel de satisfa\u00e7\u00e3o destes com a atividade. Para isso podem ser utilizados question\u00e1rios abertos ou fechados, pr\u00e9 e p\u00f3s testes, entrevistas, depoimentos, diagn\u00f3sticos participativos e an\u00e1lise de impactos ambientais.<\/p>\n\n\n\n Texto baseado nos seguintes autores: O termo interpreta\u00e7\u00e3o da natureza ou interpreta\u00e7\u00e3o ambiental refere-se a um conjunto de princ\u00edpios e t\u00e9cnicas que visam estimular as pessoas para o entendimento do ambiente pela experi\u00eancia pr\u00e1tica direta. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1415],"tags":[179,23,306],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/653"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=653"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/653\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":5811,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/653\/revisions\/5811"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=653"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=653"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=653"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}
\nMarco Aur\u00e9lio Leite Fontes e Maria Rachel Vitorino (Ecoturismo – UFLA)
\nMiguel Serediuk Milano (Unidades de Conserva\u00e7\u00e3o – Conceitos e princ\u00edpios de planejamento e gest\u00e3o)
\nS\u00e9rgio Salazar Salvati<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"