{"id":635,"date":"2015-07-10T13:46:05","date_gmt":"2015-07-10T13:46:05","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T19:15:50","modified_gmt":"2021-07-10T22:15:50","slug":"turismo_espeleologico_sustentavel","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/ecoturismo\/artigos\/turismo_espeleologico_sustentavel.html","title":{"rendered":"Turismo Espeleol\u00f3gico Sustent\u00e1vel"},"content":{"rendered":"\n
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\"ab\"\/<\/figure>\n\n\n\n

O Turismo associa-se a praticamente todos os usos dados \u00e0s cavernas. O planejamento e o estabelecimento de rotas tur\u00edsticas seguras visando a conserva\u00e7\u00e3o do ambiente dependem de conhecimento e uso consciente deste sens\u00edvel ambiente. Os riscos associados \u00e0 pr\u00e1tica da Espeleologia possuem \u00e2mbitos diversos, assim como diversas magnitudes de dificuldade e periculosidade. O Espeleoturismo, seja como atividade tur\u00edstica ou como pesquisa cient\u00edfica, carece de normas e planejamento tur\u00edstico, aliada ao treinamento de guias para que se torne uma atividade relativamente segura.<\/p>\n\n\n\n

Atualmente existem no mundo 800 cavernas de uso tur\u00edstico que s\u00e3o visitadas anualmente por 30 milh\u00f5es de pessoas. No Brasil o total \u00e9 de 3.200 cavernas conhecidas, sendo que 100 s\u00e3o de uso tur\u00edstico e 10% delas se localizam na Bahia. Uma das mais exploradas pelo turismo de aventura \u00e9 a Gruta da Pratinha que representa um fluxo anual de 35 a 40 mil visitantes. \u201cH\u00e1 um turismo espeleol\u00f3gico de subsist\u00eancia na Bahia, com cerca de cinco ou seis fam\u00edlias explorando as cavernas\u201d, explica o especialista que entregou aos Secret\u00e1rios da Cultura e Turismo, Paulo Gaudenzi, e do Meio Ambiente e Recursos H\u00eddricos, Jorge Koury, um documento contendo sugest\u00f5es para a explora\u00e7\u00e3o do potencial espeleol\u00f3gico do Estado.<\/p>\n\n\n\n

Professor aposentado da UNIFEI (Universidade Federal de Itajub\u00e1 – MG), Labegalini \u00e9 um dos maiores conhecedores de turismo espeleol\u00f3gico do Brasil. Aproveitando a sua presen\u00e7a na Bahia, deu a s\u00e9rie de palestras organizadas pela Bahiatursa para abordar as vantagens e benef\u00edcios que este tipo de turismo oferece, especialmente as potencialidades da regi\u00e3o de Iraquara. Labegalini fez palestras para exploradores e guias de cavernas da regi\u00e3o de Iraquara, prefeitos e vereadores, associa\u00e7\u00f5es comerciais, donos de pousadas e hot\u00e9is, al\u00e9m dos representantes do Sebrae e da pr\u00f3pria Bahiatursa.<\/p>\n\n\n\n

Segundo Cl\u00e1udio Pinheiro Taboada, Presidente da Bahiatursa, o espeleoturismo \u00e9 um segmento em crescimento dentro do ecoturismo.<\/p>\n\n\n\n

\u201cA Bahiatursa, apostando nessa tend\u00eancia mundial, busca organizar, intensificar e qualificar o turismo desenvolvendo um novo produto para turistas de todo mundo que buscam aventura e contempla\u00e7\u00e3o em ambientes \u00edmpares\u201d. De acordo com Labegalini, a Chapada Diamantina tem um potencial tur\u00edstico muito grande. \u201cPor isso se faz necess\u00e1rio um plano de manejo que analise, entre outros fatores, a demanda de pessoas em visita\u00e7\u00e3o \u00e0s cavernas para n\u00e3o degradar o ambiente\u201d, refor\u00e7a o especialista, acrescentando que o espeleoturismo produz mudan\u00e7as s\u00f3cio-econ\u00f4micas nas regi\u00f5es que implantam esta iniciativa.<\/p>\n\n\n\n

A hist\u00f3ria da Espeleologia confunde-se com a hist\u00f3ria da civiliza\u00e7\u00e3o humana, da\u00ed o aspecto antropol\u00f3gico e a necessidade de estabelecer, cientificamente, os aspectos da rela\u00e7\u00e3o entre os seres humanos e as cavernas, pautado principalmente na Arte Rupestre, que, conforme Figueiredo (2011) seria sua primeira forma de express\u00e3o, registrando o ambiente externo, suas atividades, dando tamb\u00e9m os informes iniciais sobre o ambiente cavern\u00edcola.<\/p>\n\n\n\n

O lema internacional da Espeleologia explicita a import\u00e2ncia da conserva\u00e7\u00e3o deste ambiente: \u201cDe uma caverna nada se tira a n\u00e3o ser fotografias, nada se mata a n\u00e3o ser o tempo, nada se deixa a n\u00e3o ser pegadas, nos lugares certos\u201d. A partir deste conceito e, visando manter e ampliar o conhecimento sobre as cavidades naturais, a Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) elaborou um documento com regras para a realiza\u00e7\u00e3o de atividades espeleol\u00f3gicas no Brasil, valendo-se inclusive de um Decreto Federal que rege as expedi\u00e7\u00f5es cient\u00edficas (Decreto n\u00ba65.057\/1969) que est\u00e1 dispon\u00edvel em seu site:<\/p>\n\n\n\n

\nhttp:\/\/www.sbe.com.br\/informacoes_visitacao.asp\n<\/div><\/figure>\n\n\n\n

Os riscos do ambiente cavern\u00edcola envolvem dois aspectos: os riscos da atividade espeleol\u00f3gica cient\u00edfica ou mesmo tur\u00edstica monitorada e os riscos da curiosidade. No primeiro caso, os praticantes t\u00eam conhecimento da fragilidade do ambiente e est\u00e3o preparados para o resgate no caso de ocorrerem eventuais acidentes; no segundo aspecto, os curiosos aventuram-se despreparados pelas cavernas e, por ignorarem os perigos, exp\u00f5em-se a riscos por vezes, infelizmente, fatais. A conserva\u00e7\u00e3o do ambiente cavern\u00edcola deve-se principalmente ao fato de que as cavernas escondem maravilhas e tamb\u00e9m riscos. As maravilhas est\u00e3o relacionadas ao pr\u00f3prio processo geol\u00f3gico de forma\u00e7\u00e3o das cavidades e abismos e \u00e0 vida praticamente exclusiva contida nela, j\u00e1 que as esp\u00e9cies que vivem em seu interior variam entre aquelas que interagem com o ambiente externo, como insetos, morcegos e mam\u00edferos de grande porte; e aquelas que apenas acidentalmente s\u00e3o vistas fora das cavernas, pois seu organismo especializou-se para viver com aus\u00eancia de luz.<\/p>\n\n\n\n

Naquelas onde as peregrina\u00e7\u00f5es de fi\u00e9is s\u00e3o peri\u00f3dicas, o chamado turismo religioso dificulta o processo de preserva\u00e7\u00e3o, pois as leis protecionistas e sua efetiva conserva\u00e7\u00e3o chegaram posteriormente ao uso comum. A gruta de Bom Jesus da Lapa, na cidade hom\u00f4nima no Estado da Bahia, \u00e9 um bom exemplo. Dentro da caverna encontra-se instalado um templo cat\u00f3lico com sistema de energia el\u00e9trica comum, sem qualquer prepara\u00e7\u00e3o para a conserva\u00e7\u00e3o dos espeleotemas, cujas peregrina\u00e7\u00f5es s\u00e3o seculares.<\/p>\n\n\n\n

Praticamente toda a extens\u00e3o da cavidade \u00e9 destinada \u00e0 contempla\u00e7\u00e3o religiosa. Na Gruta de Terra Ronca em S\u00e3o Domingos \u2013 GO, localizada no Parque Estadual de Terra Ronca (PETeR) que tamb\u00e9m \u00e9 destino de fi\u00e9is e acomoda uma festa no m\u00eas de agosto h\u00e1 muitos anos, o uso dado a ela \u00e9 menos degradante, pois a interfer\u00eancia tendeu a ocorrer naquelas por\u00e7\u00f5es que recebem luz naturalmente e restringe-se \u00e0 uma pequena capela instalada em uma fratura da rocha, ao lado da boca da caverna.<\/p>\n\n\n\n

Esta situa\u00e7\u00e3o permitiu que, com a cria\u00e7\u00e3o do parque tanto no per\u00edodo da festa quanto fora dele, sua visita\u00e7\u00e3o acontecesse acompanhada por guias tur\u00edsticos treinados. Assim, acredita-se que a preserva\u00e7\u00e3o \u00e9 facilitada. Ambos os exemplos refletem situa\u00e7\u00f5es que ocorrem em diversas localidades do Brasil e que servem como par\u00e2metro.<\/p>\n\n\n\n

Nas cavidades ou abismos que se tornaram famosos em decorr\u00eancia de achados antropol\u00f3gicos\/arqueol\u00f3gicos o controle da visita\u00e7\u00e3o tur\u00edstica \u00e9 complicado porque a vigil\u00e2ncia \u00e9 sempre prec\u00e1ria e assim, os restos animais ou f\u00f3sseis encontrados, caso n\u00e3o tenham sido retirados, acabam em risco. Um exemplo \u00e9 a Gruta da Lapinha, parte integrante do chamado Circuito das Grutas, localiza-se em Lagoa Santa-MG e foi uma das principais cavernas estudadas pelo paleont\u00f3logo Peter Lund. Depois de ficar fechada para reformas por um ano e meio, a Gruta da Lapinha, em Lagoa Santa, na Regi\u00e3o Metropolitana de Belo Horizonte, foi reaberta \u00e0 visita\u00e7\u00e3o p\u00fablica em julho de 2011. De acordo com o site da Prefeitura Municipal de Lagoa Santa (2012), a caverna \u201c…conta com condutores experientes e infraestrutura pronta para atender ao turista. A aten\u00e7\u00e3o com a preserva\u00e7\u00e3o ambiental foi intensificada e novas regras de visita\u00e7\u00e3o foram adotadas, com o objetivo de reduzir o impacto em todo o ambiente cavern\u00edcola.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Caracter\u00edsticas importantes do turismo espeleol\u00f3gico sustent\u00e1vel<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>Meio abi\u00f3tico – externo<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>Toda caverna esta inserida dentro de uma extens\u00e3o de terreno cuja \u00e1rea esta obrigatoriamente relacionada com os recursos bi\u00f3ticos e abi\u00f3ticos, superficiais e subterr\u00e2neos deste espec\u00edfico ecossistema, conhecido como carste. Nenhuma caverna esta isolada. O meio abi\u00f3tico em volta da ocorr\u00eancia espeleol\u00f3gica, reuni todos os recursos essenciais para o equil\u00edbrio do ambiente e “colabora” com a prote\u00e7\u00e3o da integridade f\u00edsica de um determinado espa\u00e7o rochoso. O planejamento do turismo deve considerar tal premissa, sob o risco da multiplica\u00e7\u00e3o de nocivos ambientais sem propor\u00e7\u00f5es, uma vez que uma cavidade natural subterr\u00e2nea provavelmente estar\u00e1 numa interconex\u00e3o que permita a drenagem numa movimenta\u00e7\u00e3o do volume de \u00e1guas superficiais e de subsolo, de forma a n\u00e3o ser poss\u00edvel reverter o dano causado pela atividade tur\u00edstica. O planejador deve conhecer bem o funcionamento do carste, e das peculiaridades existentes visando atender as demandas ambientais existentes e que permitam o uso tur\u00edstico deste tipo de ambiente.<\/p>\n\n\n\n

Infraestrutura – externa<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>Atualmente todas as cavernas aptas para o turismo possuem um conjunto de infraestruturas, os quais servem para atender os servi\u00e7os tur\u00edsticos necess\u00e1rios. Tais infraestruturas s\u00e3o constitu\u00eddas de rodovi\u00e1ria, aeroporto, estradas, energia el\u00e9trica, hotel, estacionamento, restaurante, banheiros, ambulat\u00f3rio, centro de visitantes, lojas de souvenires, livrarias, bilheterias, etc, todos habitualmente implantadas sobre o carste, o que \u00e9 desaconselh\u00e1vel e inadequado.<\/p>\n\n\n\n

Infraestrutura – interna<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>Dependendo da categoria e da modalidade do turismo, normalmente as cavernas preparadas dentro desta finalidade, s\u00e3o dotadas de infraestruturas internas, umas mais outras menos, mas sempre atribu\u00eddas da instala\u00e7\u00e3o de alguns materiais do tipo, ferro, alvenaria, madeira, acr\u00edlico, fios, l\u00e2mpadas, reatores, cabos, etc, visando prepara\u00e7\u00e3o, aplica\u00e7\u00e3o e montagem do sistema de ilumina\u00e7\u00e3o, port\u00e3o, grade, passarelas, elevadores, pontes, corrim\u00e3o, escadas, lixeiras e anteparos de prote\u00e7\u00e3o, os quais s\u00e3o barbaramente vis\u00edveis, chegando em muitos casos a dificultar a observa\u00e7\u00e3o das forma\u00e7\u00f5es espeleol\u00f3gicas. O extremismo de tal situa\u00e7\u00e3o deve ser evitado a todo custo, sob o risco de ser necess\u00e1rio refazer uma obra qualquer de infraestrutura interna.<\/p>\n\n\n\n

Diversas experi\u00eancias nos t\u00eam mostrado que a melhor maneira de implantar algum tipo de infraestrutura interna como p.ex. escadas, \u00e9 identificar e aproveitar os materiais existentes no local para a constru\u00e7\u00e3o desses equipamentos, de forma que os elementos b\u00e1sicos estejam integrados ao meio, evitando que madeira, pedras, tijolos e outros materiais sejam agregados de fora \u00e0 caverna, para novas constru\u00e7\u00f5es de alvenaria ou similares. Al\u00e9m de esteticamente desagrad\u00e1vel, torna-se mais uma raz\u00e3o para descaracterizar o ambiente com a obra e com o impacto diante do tr\u00e2nsito de pessoas, agravando ainda mais o seu aquecimento interno.<\/p>\n\n\n\n

Infraestrutura interna de sinaliza\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>A informa\u00e7\u00e3o dentro de uma caverna visa instruir os visitantes sobre as caracter\u00edsticas principais do ambiente do tipo, extens\u00e3o, peculiaridades do ambiente, tipos de espeleotemas, processo de forma\u00e7\u00e3o, ensinando e procurando sensibilizar sobre a import\u00e2ncia e necessidade de preserva\u00e7\u00e3o. Teoricamente esta informa\u00e7\u00e3o visa reduzir o grau de incertezas, sobre o estado daquele meio que esta sendo visitado, que por interm\u00e9dio de mensagens estampadas em placas, plantas, etc., oferecem um sentido educativo, l\u00f3gico e agrad\u00e1vel \u00e0 visita\u00e7\u00e3o. A informa\u00e7\u00e3o deve obrigatoriamente proporcionar seguran\u00e7a ao visitante, evitando que sua aus\u00eancia resulte em inquieta\u00e7\u00e3o ou maiores sobressaltos ao grupo. A linguagem de uma placa deve ser direta, objetiva, explicativa, clara, para no m\u00ednimo ser entendida por alunos de 4a s\u00e9rie, com palavras chaves grifadas e explicadas. Seu conte\u00fado deve ser o m\u00ednimo poss\u00edvel. Implantada mais pr\u00f3ximo ao ch\u00e3o, evitando seu posicionamento no sentido vertical que poderia prejudicar a visibilidade de um espeleotema, ou de uma pintura rupestre. Sua composi\u00e7\u00e3o deve ser constitu\u00edda de material para uso prolongado – tipo resistente \u00e0 umidade – ex: acr\u00edlico, pl\u00e1stico dur\u00e1vel, seguindo a uma padroniza\u00e7\u00e3o de s\u00edmbolos, cor e textos.<\/p>\n\n\n\n

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Ana Huara – Ambientalista Fonte: Revista Eco 21, Ano XIV, Edi\u00e7\u00e3o 87, Fevereiro 2004. (www.eco21.com.br);
\nwww.revistas.ufg.br;
\nwww.360graus.com.br
\n<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

A Espeleologia \u00e9 uma ci\u00eancia interdisciplinar que objetiva estudar as cavidades naturais e, para isto, tem em sua base diversas \u00e1reas do conhecimento, dentre elas, o Turismo. Compreendendo desde o estudo e o conhecimento do ambiente para uso restrito aos grupos espeleol\u00f3gicos, at\u00e9 o conhecimento com objetivos econ\u00f4micos, passando pela utiliza\u00e7\u00e3o tur\u00edstica voltada para objetivos como aventura, religiosa, arqueol\u00f3gica e antropol\u00f3gica. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":637,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1415],"tags":[23,282,88,283],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/635"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=635"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/635\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":3547,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/635\/revisions\/3547"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/637"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=635"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=635"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=635"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}