{"id":620,"date":"2015-07-10T13:09:36","date_gmt":"2015-07-10T13:09:36","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T19:15:51","modified_gmt":"2021-07-10T22:15:51","slug":"curiosidades_da_biotecnologia","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/biotecnologia\/artigos_de_biotecnologia\/curiosidades_da_biotecnologia.html","title":{"rendered":"Curiosidades da Biotecnologia"},"content":{"rendered":"\n
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Sa\u00fade Humana<\/span><\/strong><\/span><\/p>\n\n\n\n

Entre as mais importantes descobertas deste final de s\u00e9culo, uma tem destaque especial, particularmente para milh\u00f5es de pessoas em todo o mundo portadoras de Diabetes mellitus e que dependem da insulina para estabilizar o n\u00edvel de glicose no sangue.<\/span><\/p>\n\n\n\n

A primeira aplica\u00e7\u00e3o comercial da biotecnologia ocorreu em 1982, quando a empresa Genentech produziu insulina humana para o tratamento da diabetes. Para fornecer insulina em quantidades necess\u00e1rias, o gene que produz a insulina humana foi isolado e transferido para a bact\u00e9ria Escherichia coli. As bact\u00e9rias se multiplicam e crescem em tanque de fermenta\u00e7\u00e3o, produzindo a prote\u00edna insulina que, a partir da\u00ed, \u00e9 isolada e purificada.<\/p>\n\n\n\n

Um novo produto, resultado de recentes pesquisas biotecnol\u00f3gicas, \u00e9 a Insulina Lispro, produzida e comercializada pelo laborat\u00f3rio Eli Lilly com o nome de Humalog. Dentre outros exemplos de produtos obtidos pela biotecnologia pode-se citar o interferon-alfa-2b e interferon-beta, o fator anti-hemof\u00edlico empregados no tratamento da leucemia, da esclerose m\u00faltipla e hemofilia A, respectivamente, e o horm\u00f4nio de crescimento humano (somatotropina). No caso da doen\u00e7a de Chagas, a Fiocruz (Instituto Oswaldo Cruz) desenvolveu um kit para diagn\u00f3stico, obtido a partir da transforma\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica de bact\u00e9rias contendo genes de Trypanosoma cruzi, as quais passaram a expressar ant\u00edgenos desse parasita; as prote\u00ednas recombinantes s\u00e3o utilizadas no imunodiagn\u00f3stico da doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

Vacinas <\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>Em 1986, foi obtida a primeira vacina humana geneticamente engenheirada (Recombivax HB de Chiron) e aprovada para preven\u00e7\u00e3o de hepatite B. A vacina de DNA \u00e9 a mais recente forma de apresenta\u00e7\u00e3o que veio revolucionar o campo de vacinas, representando um novo caminho para a administra\u00e7\u00e3o de ant\u00edgenos. O processo envolve a introdu\u00e7\u00e3o direta do DNA plasmidial, que possui o gene codificador da prote\u00edna antig\u00eanica, e ser\u00e1 expressa no interior das c\u00e9lulas. Este tipo de vacina\u00e7\u00e3o apresenta uma grande vantagem, pois fornece para o organismo hospedeiro a informa\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica necess\u00e1ria para que ele fabrique o ant\u00edgeno com todas as suas caracter\u00edsticas importantes para gera\u00e7\u00e3o de uma resposta imune. Isto sem os efeitos colaterais que podem ser gerados quando s\u00e3o introduzidos pat\u00f3genos, ou os problemas proporcionados pela produ\u00e7\u00e3o das vacinas de subunidades em microrganismos. As vacinas de DNA, em teoria, representam uma metodologia que se aproxima da infec\u00e7\u00e3o natural, alcan\u00e7ando a indu\u00e7\u00e3o da prote\u00e7\u00e3o desejada.<\/p>\n\n\n\n

Biorremedia\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>A descontamina\u00e7\u00e3o de locais j\u00e1 sujeitos \u00e0 contamina\u00e7\u00e3o pode ser obtida por t\u00e9cnicas de biorremedia\u00e7\u00e3o e restaura\u00e7\u00e3o. Tecnologias avan\u00e7adas tais como o uso de sistemas biol\u00f3gicos de tratamento para reduzir ou destruir res\u00edduos perigosos s\u00e3o vistas como uma op\u00e7\u00e3o para a tecnologia de descontamina\u00e7\u00e3o. Um dos campos mais promissores da biotecnologia, que visa o emprego dos microrganismos, direciona-se para locais contaminados devido ao uso de agroqu\u00edmicos e\/ou ainda metais pesados. Uma vez que microrganismos presentes em solos s\u00e3o capazes de degradar e mineralizar pesticidas, pode-se desenvolver a remedia\u00e7\u00e3o biol\u00f3gica de solos contaminados, empregando-se microrganismos selecionados. Essa t\u00e9cnica tem como finalidade inocular o solo com microrganismos com capacidade de metabolizar os res\u00edduos t\u00f3xicos presentes no ambiente e transform\u00e1-los em produtos menos t\u00f3xicos.<\/p>\n\n\n\n

O Brasil Aposta da Biotecnologia Contra o Aquecimento Global<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>Se voc\u00ea pensa que Biotecnologia \u00e9 um conceito que faz sucesso e \u00e9 trabalhado apenas em outros pa\u00edses do mundo saiba que o Brasil investe nesse campo tamb\u00e9m. O principal produto de Biotecnologia de nosso pa\u00eds s\u00e3o os biocombust\u00edveis. O Brasil possui cerca de 20% da biodiversidade do planeta.<\/p>\n\n\n\n

A ideia dos biocombust\u00edveis \u00e9 que seja poss\u00edvel diminuir o uso de combust\u00edveis f\u00f3sseis que est\u00e3o diretamente ligados ao aquecimento do planeta. Os dois principais combust\u00edveis dessa leva de \u201cbios\u201d s\u00e3o o Etanol que \u00e9 proveniente da cana-de-a\u00e7\u00facar e o biodiesel que \u00e9 elaborado com o uso de plantas como o R\u00edcino e a Palma. Uma forma de tornar o futuro dos combust\u00edveis mais sustent\u00e1veis.<\/p>\n\n\n\n

Cebola Que N\u00e3o Faz Chorar<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>A Biotecnologia pode ajudar o planeta a produzir combust\u00edveis sustent\u00e1veis e que n\u00e3o sejam perigosos como os f\u00f3sseis, pode alterar alimentos para melhorar as sus caracter\u00edsticas nutricionais, mas tamb\u00e9m pode se preocupar com o bem estar do ser humano.<\/p>\n\n\n\n

Um exemplo disso \u00e9 a cria\u00e7\u00e3o de uma cebola que n\u00e3o faz chorar, quem j\u00e1 cortou cebola sabe que ela tem uma enzima que irrita os olhos fazendo-nos derrubar muitas l\u00e1grimas. Alguns cientistas da Nova Zel\u00e2ndia criaram um novo tipo de cebola que possui essa enzima \u201cdesligada\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Esse resultado somente foi poss\u00edvel depois do trabalho de cientistas japoneses que descobriram qual era o gene da cebola que nos fazia chorar. O mais curioso nisso tudo \u00e9 que nesse caso a mudan\u00e7a n\u00e3o se deu pela adi\u00e7\u00e3o de um gene novo ao genoma da planta para neutralizar o inc\u00f4modo.<\/p>\n\n\n\n

Conhe\u00e7a a folha artificial que realiza fotoss\u00edntese<\/span><\/p>\n\n\n\n

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Artista desenvolveu uma funcional folha artificial que absorve \u00e1gua e di\u00f3xido de carbono para a produ\u00e7\u00e3o de oxig\u00eanio, assim como folhas naturais. O novo material poderia fornecer uma fonte constante de oxig\u00eanio para os seres humanos em longas miss\u00f5es no espa\u00e7o e at\u00e9 mesmo nos ajudar a colonizar novos planetas.<\/p>\n\n\n\n

Julian Melchiorri afirma que as folhas tamb\u00e9m poderiam transformar a vida na Terra como a conhecemos, porque os edif\u00edcios poderiam ser revestidos com o material, oxigenando as casas e as \u00e1reas urbanas polu\u00eddas.<\/p>\n\n\n\n

O estudante de p\u00f3s-gradua\u00e7\u00e3o do <\/span>Royal College of Art<\/em>, disse \u00e0 revista <\/span>Dezeen<\/em>, que a Nasa est\u00e1 pesquisando maneiras de garantir um suprimento de oxig\u00eanio em viagens longas, para que as pessoas possam viver no espa\u00e7o, por\u00e9m, as plantas n\u00e3o crescem em gravidade zero. \u201cEste material pode nos permitir explorar o espa\u00e7o muito mais longe do que se pode agora\u201d, disse ele.<\/p>\n\n\n\n

Ele \u00e9 constitu\u00eddo de cloroplastos de c\u00e9lulas vegetais que s\u00e3o suspensas numa teia de prote\u00edna de seda. A prote\u00edna \u00e9 extra\u00edda a partir de fibras de seda natural. \u201cEste material tem propriedades surpreendentes, capazes de estabilizar mol\u00e9culas\u201d, explicou o estudante.<\/p>\n\n\n\n

Melchiorri afirma que ele desenvolveu o \u201cprimeiro material fotossint\u00e9tico que est\u00e1 vivendo e respirando, assim como uma folha\u201d. Assim como folhas reais, o novo material necessita de uma pequena quantidade de \u00e1gua doce e de luz para produzir oxig\u00eanio, ambos elementos que ainda precisam ser encontrados em outros planetas para que os humanos possam cham\u00e1-los de lares.<\/p>\n\n\n\n

Cientistas fazem nervos rompidos voltarem a funcionar usando metal l\u00edquido<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>Prepare suas piadas de <\/span>T-1000, porque estamos mais pr\u00f3ximos de criar pessoas movidas a metal l\u00edquido. Uma equipe de engenheiros biom\u00e9dicos chineses usaram uma liga met\u00e1lica para fechar a lacuna entre nervos ci\u00e1ticos rompidos em sapos. Na verdade, isto transformou os nervos em circuitos eletr\u00f4nicos \u2013 e funcionou.<\/p>\n\n\n\n

Surpreendentemente, esta solu\u00e7\u00e3o sci-fi \u00e9 t\u00e3o simples quanto parece. Pesquisadores da Universidade Tsinghua (China) procuraram uma maneira de manter os m\u00fasculos ativos enquanto os nervos se curavam, e notaram que o metal l\u00edquido \u2013 um material altamente condutor de eletricidade \u2013 seria seguro para preencher a lacuna.<\/p>\n\n\n\n

Eles escolheram a combina\u00e7\u00e3o g\u00e1lio-\u00edndio-sel\u00eanio, um material benigno que \u00e9 l\u00edquido \u00e0 temperatura ambiente. A liga de metal \u00e9 tamb\u00e9m altamente condutora.<\/p>\n\n\n\n

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Para test\u00e1-la, os engenheiros aplicaram um pulso el\u00e9trico nos nervos de uma perna de sapo, para que o m\u00fasculo da panturrilha se contra\u00edsse. Ent\u00e3o, eles cortaram o nervo ci\u00e1tico e o conectaram novamente com a liga de metal l\u00edquido, que transmitiu os sinais el\u00e9tricos t\u00e3o bem quanto o nervo antes de ter sido cortado.<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas testaram ainda o soluto de Ringer, uma mistura de eletr\u00f3litos que imita os fluidos corporais. No entanto, ele s\u00f3 levou a carga at\u00e9 certo ponto, mostrando que o metal l\u00edquido \u00e9 melhor nessa tarefa.<\/p>\n\n\n\n

Isto significa que o metal poderia ser usado para proteger m\u00fasculos e nervos ap\u00f3s uma les\u00e3o; e por sua composi\u00e7\u00e3o, ele pode ser facilmente removido com a ajuda de um raio-X.<\/p>\n\n\n\n

Este \u00e9, obviamente, o est\u00e1gio inicial do que poderia ser um novo tratamento para les\u00f5es de nervos. Criaturas com metal l\u00edquido tamb\u00e9m poderiam ser mais um passo em dire\u00e7\u00e3o a ciborgues, n\u00e3o?<\/p>\n\n\n\n

Cogumelos podem ser usados para purificar \u00e1gua suja<\/strong><\/p>\n\n\n\n

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Um grupo na cidade de Corvallis, Oregon, est\u00e1 tentando despoluir as \u00e1guas do c\u00f3rrego Sequoia e consequentemente do rio Williamette, usando cogumelos.<\/p>\n

O processo utilizado pelos volunt\u00e1rios do Projeto <\/span>Ocean Blue<\/em> <\/span>, uma organiza\u00e7\u00e3o sem fins lucrativos de restaura\u00e7\u00e3o ecol\u00f3gica, \u00e9 colocar mic\u00e9lios de cogumelos e uma mistura de p\u00f3 de caf\u00e9 e palha em sacos de fibras vegetais onde os cogumelos podem crescer, e em seguida, usar esse saco como uma esp\u00e9cie de filtro.<\/p>\n

A t\u00e9cnica est\u00e1 tentando tirar vantagem da capacidade natural do mic\u00e9lio \u2013 a parte subterr\u00e2nea de fungos \u2013 de quebrar toxinas como \u00f3leos e pesticidas e metabolizar bact\u00e9rias prejudiciais como a <\/span>E. coli<\/em>.<\/p>\n

De acordo com Arterbury, a t\u00e9cnica poderia ser uma alternativa de baixo custo para reduzir a polui\u00e7\u00e3o nas \u00e1guas da cidade, usando apenas processos biol\u00f3gicos.<\/p>\n

Rosalie Bienek, bi\u00f3loga da <\/span>Linn-Benton Community College<\/em> <\/span>e membro do conselho do ProjetoOcean Blue<\/em>, trouxe a ideia de usar fungos como filtros para Arterbury. Ela disse que aprendeu a t\u00e9cnica h\u00e1 um ano a partir de um livro chamado <\/span>\u201cMycelium Running\u201d,<\/em> <\/span>de Paul Stamets, que fez um TED Talks sobre o assunto.<\/p>\n

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Fontes:Fonte:CD – Entendendo a Biotecnologia Embrapa (Recursos Gen\u00e9ticos e Biotecnologia) Funda\u00e7\u00e3o Biominas BIO Tecnologia (Ci\u00eancia e Desenvolvimento Bioagro (UFV) \u2013 Biotecnologia;
\nmeioambiente.culturamix.com;
\nwww.curioso.blog.br;
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