{"id":609,"date":"2008-12-19T10:03:55","date_gmt":"2008-12-19T10:03:55","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:35:50","modified_gmt":"2021-07-10T23:35:50","slug":"situacao_global_das_lavouras_transgenicas_comercializadas_em_2002_-_parte_2","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/biotecnologia\/artigos_de_biotecnologia\/situacao_global_das_lavouras_transgenicas_comercializadas_em_2002_-_parte_2.html","title":{"rendered":"Situa\u00e7\u00e3o Global das Lavouras Transg\u00eanicas Comercializadas em 2002 – Parte 2"},"content":{"rendered":"\n

Distribui\u00e7\u00e3o de Plantas Transg\u00eanicas, por Cultura<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A distribui\u00e7\u00e3o da \u00e1rea global de plantas transg\u00eanicas para os quatro cultivos principais no per\u00edodo 1996 a 2002 est\u00e1 ilustrada na Figura 4. Ela demonstra claramente a predomin\u00e2ncia da soja GM, que ocupa 62% da \u00e1rea global de cultivos transg\u00eanicos em 2002. Toda a \u00e1rea com soja transg\u00eanica \u00e9 tolerante a herbicida. A soja transg\u00eanica manteve em 2002 sua posi\u00e7\u00e3o de esp\u00e9cie
transg\u00eanica com maior \u00e1rea de cultivo no mundo. Globalmente, a soja transg\u00eanica ocupou 36,5 milh\u00f5es de hectares em 2002. O milho transg\u00eanico aparece em segundo lugar com 12,4 milh\u00f5es de hectares, o algod\u00e3o transg\u00eanico em terceiro, com 6,8 milh\u00f5es de hectares e a canola com 3 milh\u00f5es de hectares (Tabela 4).<\/p>\n\n\n\n

Em 2002, o aumento estimado da \u00e1rea plantada com soja tolerante a herbicida \u00e9 de 3,2 milh\u00f5es de hectares, o que equivale a uma expans\u00e3o de 10%. Ganhos de aproximadamente 1,2 milh\u00e3o de hectares de soja transg\u00eanica foram observados nos EUA em 2002, com 75% a 79% da \u00e1rea total plantada com soja RR\u00ae. A Argentina informou um ganho de 1,7 milh\u00e3o de hectares
de soja GM, com \u00edndices de ado\u00e7\u00e3o estimados em 99% entre os 12,8 milh\u00f5es de hectares de soja plantados em 2002. Trata-se de um resultado espetacular, dado o estado da economia na Argentina.<\/p>\n\n\n\n

\"q\"
Figura 4. \u00c1rea Global de Lavouras Transg\u00eanicas, de 1996 a 2002: por Cultura
(Milh\u00f5es de Hectares)<\/span><\/span><\/div>\n\n\n\n
Tabela 4 – \u00c1rea Global de Lavouras Transg\u00eanicas em 2001 e 2002: por Cultura (milh\u00f5es de hectares)<\/td><\/tr>
Lavoura<\/td>2001<\/td>%<\/td>2002<\/td>%<\/td>+\/-<\/td>%<\/td><\/tr>
Soja<\/td>33,3<\/td>63<\/td>36,5<\/td>62<\/td>+3,2<\/td>+10<\/td><\/tr>
Milho<\/td>9,8<\/td>19<\/td>12,4<\/td>21<\/td>+2,6<\/td>+27<\/td><\/tr>
Algod\u00e3o<\/td>6,8<\/td>13<\/td>6,8<\/td>12<\/td>0,0<\/td>x<\/td><\/tr>
Canola<\/td>2,7<\/td>5<\/td>3,0<\/td>5<\/td>+0,3<\/td>+11<\/td><\/tr>
Abobrinha<\/td><0,1<\/td><1<\/td><0,1<\/td><1<\/td>x<\/td>x<\/td><\/tr>
Mam\u00e3o<\/td><0,1<\/td><1<\/td><0,1<\/td><1<\/td>x<\/td>x<\/td><\/tr>
Total<\/td>52,6<\/td>100<\/td>58,7<\/td>100<\/td>+6,1<\/td>+1<\/td><\/tr><\/tbody><\/table><\/figure>\n\n\n\n

Fonte: Clive James, 2002 <\/span><\/p>\n\n\n\n

Enquanto a \u00e1rea com milho transg\u00eanico diminuiu em torno de 500 mil hectares em 2001, ela aumentou substancialmente em 2,6 milh\u00f5es de hectares globalmente em 2002, com a maior parte do aumento ocorrendo nos EUA (Tabela 4). Aumentos em milho transg\u00eanico tamb\u00e9m foram observados para a Argentina, \u00c1frica do Sul e Espanha. Na \u00c1frica do Sul, o milho amarelo Bt empregado como ra\u00e7\u00e3o aumentou de 160 mil hectares (14%) da \u00e1rea em 2001 para 175 mil hectares, equivalente a 20% do milho amarelo em 2002. O milho branco Bt, usado como alimento humano, introduzido pela primeira vez em 2001 em 6 mil hectares, equivalentes a 0,3% da \u00e1rea total com milho branco, aumentou dez vezes para 58 mil hectares em 2002, equivalentes a 3% da \u00e1rea de milho branco \u2013 2,1 milh\u00f5es de hectares.<\/p>\n\n\n\n

A \u00e1rea plantada com algod\u00e3o nos EUA sofreu retra\u00e7\u00e3o de aproximadamente 10% em 2002, em compara\u00e7\u00e3o com o ano anterior, e a \u00e1rea com algod\u00e3o GM tamb\u00e9m foi reduzida aproximadamente na mesma propor\u00e7\u00e3o. A redu\u00e7\u00e3o combinada de algod\u00e3o GM nos EUA e Austr\u00e1lia, pouco superior a 0,6 milh\u00e3o de hectares, foi compensada por um aumento igual de algod\u00e3o Bt na China e outros pa\u00edses, resultando na mesma \u00e1rea de algod\u00e3o GM em 2001 e 2002.<\/p>\n\n\n\n

A \u00e1rea global de canola GM em 2002 aponta crescimento estimado de 0,3 milh\u00e3o de hectares, de 2,7 milh\u00f5es de hectares em 2001 para os estimados 3 milh\u00f5es de hectares em 2002 \u2013 aumento igualmente dividido entre o Canad\u00e1 e EUA. No Canad\u00e1, 2,59 milh\u00f5es de hectares, do total de 4 milh\u00f5es de hectares de canola em 2002, foram cultivado com GM tolerante a herbicidas, com um adicional de 20% de canola mutag\u00eanica tolerante a herbicida, sobrando apenas 16% de canola convencional.<\/p>\n\n\n\n

Distribui\u00e7\u00e3o de Lavouras Transg\u00eanicas, por Caracter\u00edstica
<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Durante o per\u00edodo de sete anos, de 1996 a 2002, a toler\u00e2ncia a herbicida tem sido consistentemente a caracter\u00edstica dominante, com a resist\u00eancia a insetos em segundo (Figura 5). Em 2002, a toler\u00e2ncia a herbicida, desenvolvida em soja, milho e algod\u00e3o, ocupou 75% dos 58,7 milh\u00f5es de hectares (Tabela 5), com 10,1 milh\u00f5es de hectares plantados com cultivos Bt, equivalentes a 17%, e genes acumulados para toler\u00e2ncia a herbicida e resist\u00eancia a insetos, desenvolvidos tanto em algod\u00e3o quanto em milho, ocupando 8% da \u00e1rea mundial.<\/p>\n\n\n\n

Tabela 5 – \u00c1rea Global de Lavouras Transg\u00eanicas em 2001 e 2002: por Caracteristica (milh\u00f5es de hectares)<\/td><\/tr>
Caracter\u00edstica<\/td>2001<\/td>%<\/td>2002<\/td>%<\/td>+\/-<\/td>%<\/td><\/tr>
Toler. a Herbicida<\/td>40,6<\/td>77<\/td>44,2<\/td>75<\/td>+3,6<\/td>+9<\/td><\/tr>
Resist. a Insetos (Bt)<\/td>7,8<\/td>15<\/td>10,<\/td>17<\/td>+2,3<\/td>+29<\/td><\/tr>
Bt\/Toler. a Herbicida<\/td>4,2<\/td>8<\/td>4,4<\/td>8<\/td>+0,2<\/td>+5<\/td><\/tr>
Resist. V\u00edrus\/Outros<\/td>,0,1<\/td><1<\/td><0,1<\/td><1<\/td><0,1<\/td>x<\/td><\/tr>
Total Global<\/td>52,6<\/td>100<\/td>58,7<\/td>100<\/td>+6,1<\/td>+12<\/td><\/tr><\/tbody><\/table><\/figure>\n\n\n\n
\"q\"\/<\/figure>\n\n\n\n

Figura 5. \u00c1rea Global de Lavouras Transg\u00eanicas em 2001 e 2002: por Caracter\u00edstica
(Milh\u00f5es de Hectares)<\/span><\/p>\n\n\n\n

Fonte: Clive James, 2002<\/span><\/p>\n\n\n\n

Merece aten\u00e7\u00e3o o fato de que a \u00e1rea de cultivo de plantas tolerantes a herbicida aumentou significativamente em 9% (3,6 milh\u00f5es de hectares), enquanto que os cultivos Bt aumentaram em um \u00edndice muito maior, de 29% (2,3 milh\u00f5es de hectares) entre 2001 e 2002. Esse aumento de lavouras Bt reflete o crescimento significativo da produ\u00e7\u00e3o de milho Bt em 2002, a maior parte do qual ocorreu nos EUA, seguido de maiores n\u00edveis de infesta\u00e7\u00e3o da broca europ\u00e9ia do milho em 2001, comparado com 2000. No entanto, aumentos de \u00e1rea com milho Bt tamb\u00e9m ocorreram na Argentina e na \u00c1frica do Sul. O maior aumento de milho GM em 2002 foi o do gene simples Bt. Os genes agregados Bt\/toler\u00e2ncia a herbicida, tanto em milho como algod\u00e3o, com 4,4 milh\u00f5es de hectares em 2002, aumentaram 0,2 milh\u00e3o de hectares, o que equivale a um crescimento de 5% sobre 2001.<\/p>\n\n\n\n

 

Lavouras Transg\u00eanicas Dominantes em 2002<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A soja tolerante a herbicida continuou a ser o cultivo transg\u00eanico dominante plantado comercialmente em sete pa\u00edses em 2002 \u2013 EUA, Argentina, Canad\u00e1, M\u00e9xico, Rom\u00eania, Uruguai e \u00c1frica do Sul (Tabela 6). Globalmente, a soja tolerante a herbicida ocupou 36,5 milh\u00f5es de hectares, representando 62% da \u00e1rea global de cultivos transg\u00eanicos, que \u00e9 de 58,7 milh\u00f5es de hectares para todas as lavouras. A segunda lavoura em \u00e1rea de cultivo foi o milho Bt, que ocupou 7,7 milh\u00f5es de hectares, equivalentes a 13% da \u00e1rea global de transg\u00eanicos plantada em sete pa\u00edses \u2013 EUA, Canad\u00e1, Argentina, \u00c1frica do Sul, Espanha, Honduras e Alemanha. O terceiro cultivo mais importante foi a canola tolerante a herbicida, que ocupou 3 milh\u00f5es de
hectares, equivalentes a 5% da \u00e1rea transg\u00eanica global e plantada em dois pa\u00edses \u2013 Canad\u00e1 e EUA. Os outros cinco cultivos listados na Tabela 6 incluem em ordem decrescente de \u00e1rea: milho tolerante a herbicida, em 2,5 milh\u00f5es de hectares; algod\u00e3o Bt, em 2,4 milh\u00f5es de hectares; algod\u00e3o tolerante a herbicida, em 2,2 milh\u00f5es de hectares; algod\u00e3o Bt\/tolerante a herbicida
em 2,2 milh\u00f5es de hectares; e milho Bt\/tolerante a herbicida, em 2,2 milh\u00f5es de hectares. Todos representam porcentual de 4% em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 \u00e1rea transg\u00eanica global.<\/p>\n\n\n\n

 

Ado\u00e7\u00e3o Global de Soja, Milho, Algod\u00e3o e Canola Transg\u00eanicos<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Uma maneira eficiente de mostrar a perspectiva global dos cultivos transg\u00eanicos \u00e9 caracterizando os \u00edndices de ado\u00e7\u00e3o mundial dos quatro cultivos principais \u2013 soja, algod\u00e3o, canola e milho \u2013 nos quais a tecnologia transg\u00eanica \u00e9 utilizada (Tabela 7 e Figura 6). Os dados indicam que, em 2002, 51% dos 72 milh\u00f5es de hectares de soja plantados com soja no mundo era da variedade
transg\u00eanica. Dos 34 milh\u00f5es de hectares plantados com algod\u00e3o transg\u00eanico no mundo, 20% \u2013 ou 6,8 milh\u00f5es de hectares \u2013 foram plantados com algod\u00e3o transg\u00eanico em 2002. A \u00e1rea plantada com canola transg\u00eanica, expressada em porcentagem, aumentou de 11% em 2001 para 12% \u2013 ou 3 milh\u00f5es de hectares dos 25 milh\u00f5es de hectares de canola plantados globalmente
em 2002. Similarmente, dos 140 milh\u00f5es de hectares de milho plantados em 2002, 9% foram de milho GM, porcentual significativamente maior do que os 7% em 2001. Se as \u00e1reas globais (convencionais e transg\u00eanicas) dessas quatro esp\u00e9cies forem agregadas, a \u00e1rea total \u00e9 de 271 milh\u00f5es de hectares. Desse total, quase 22% era formada por esp\u00e9cies GM em 2002,
bem acima dos 19% em 2001. Vale notar que dois ter\u00e7os desses 271 milh\u00f5es de hectares est\u00e3o em pa\u00edses em desenvolvimento, onde a produtividade \u00e9 menor, limita\u00e7\u00f5es s\u00e3o maiores e a necessidade de melhoria na produ\u00e7\u00e3o de alimento, ra\u00e7\u00e3o e fibras \u00e9 maior do que nos pa\u00edses desenvolvidos.<\/p>\n\n\n\n

Tabela 6 – Lavouras Transg\u00canicas Dominantes, 2002<\/td><\/tr>
Lavoura<\/td>Milh\u00f5es de Hectares<\/td>% Trans\u00eanicos<\/td><\/tr>
Soja tolerante a herbicida<\/td>36,5<\/td>62<\/td><\/tr>
Milho Bt<\/td>7,7<\/td>13<\/td><\/tr>
Canola tolerante a herbicida<\/td>3,0<\/td>5<\/td><\/tr>
Milho tolerante a herbicida<\/td>2,5<\/td>4<\/td><\/tr>
Algod\u00e3o<\/td>2,4<\/td>4<\/td><\/tr>
Algod\u00e3o tolerante a herbicida<\/td>2,2<\/td>4<\/td><\/tr>
Algod\u00e3o Bt\/tolerante a herbicida<\/td>2,2<\/td>4<\/td><\/tr>
Milho Br\/tolerante a herbicida<\/td>2,2<\/td>4<\/td><\/tr>
Total<\/td>58,7<\/td>100<\/td><\/tr><\/tbody><\/table><\/figure>\n\n\n\n

Fonte: Clive James, 2002
<\/span><\/p>\n\n\n\n

Tabela 7 – \u00c1rea de Lavouras Transg\u00eanicas em % da \u00c1rea Global das Lavouras Principais, 2002 (Milh\u00f5es de Hectares)<\/td><\/tr>
Lavoura<\/td>\u00c1rea Global<\/td>\u00c1rea de Cultivo Transg\u00eanicos<\/td>\u00c1rea com Transg\u00eanicos como % da \u00c1rea Global<\/td><\/tr>
Soja<\/td>72<\/td>36,5<\/td>51<\/td><\/tr>
Algod\u00e3o<\/td>34<\/td>6,8<\/td>20<\/td><\/tr>
Canola<\/td>25<\/td>3,0<\/td>12<\/td><\/tr>
Milho<\/td>140<\/td>12,4<\/td>9<\/td><\/tr>
Total<\/td>271<\/td>58,7<\/td> <\/td><\/tr><\/tbody><\/table><\/figure>\n\n\n\n

Fonte: Clive James, 2002<\/span><\/p>\n\n\n\n

\"q\"\/<\/figure>\n\n\n\n

<\/span><\/div>\n\n\n\n

Figura 6. \u00cdndices (%) de Ado\u00e7\u00e3o Global para as Principais Lavouras Transg\u00eanicas
(Milh\u00f5es de Hectares)<\/span><\/p>\n\n\n\n

O Futuro<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A experi\u00eancia do passado \u00e9 freq\u00fcentemente o melhor indicador do futuro. A experi\u00eancia dos primeiros sete anos a partir de 1996, durante os quais uma \u00e1rea total acumulada de mais de 235 milh\u00f5es de hectares de cultivos transg\u00eanicos foi plantada em 19 pa\u00edses, confirmam que as primeiras promessas da biotecnologia foram cumpridas. Cultivos GM trazem substanciais benef\u00edcios agron\u00f4micos, ambientais, econ\u00f4micos e sociais para os agricultores e, cada vez mais, para a sociedade. Cultivos GM atingiram as expectativas de grandes e pequenos agricultores, tanto em pa\u00edses industrializados como em desenvolvimento.<\/p>\n\n\n\n

O caso mais positivo para a biotecnologia e, mais especificamente, para cultivos GM, \u00e9 sua capacidade de contribuir para:<\/p>\n\n\n\n

\u2022 Aumentar a produtividade agr\u00edcola e, portanto, contribuir para a garantia mundial de alimentos, ra\u00e7\u00f5es e fibras;
\u2022 Conservar a biodiversidade, gra\u00e7as a uma tecnologia que economiza \u00e1rea de plantio, trazendo maior produtividade;
\u2022 Uso mais eficiente de insumos externos, o que significa uma agricultura mais sustent\u00e1vel e menos prejudicial ao meio ambiente;
\u2022 Aumento da estabilidade da produ\u00e7\u00e3o, reduzindo o sofrimento durante pen\u00farias extremas devido a estresses bi\u00f3ticos e abi\u00f3ticos;
\u2022 Melhoramento dos benef\u00edcios econ\u00f4micos e sociais e al\u00edvio da pobreza em pa\u00edses em desenvolvimento.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 imperativo que uma combina\u00e7\u00e3o de aplica\u00e7\u00f5es convencionais e biotecnol\u00f3gicas sejam adotadas como componente de estrat\u00e9gias para assegurar a produ\u00e7\u00e3o de alimentos, ra\u00e7\u00f5es e fibras, para que a sociedade continue a se beneficiar da contribui\u00e7\u00e3o vital que o melhoramento de plantas oferece. Cultivos GM oferecem as seguintes contribui\u00e7\u00f5es importantes:<\/p>\n\n\n\n

    * Aumento da produtividade agr\u00edcola e maior garantia para a produ\u00e7\u00e3o de alimentos, ra\u00e7\u00f5es e fibras.<\/strong>
      Cultivos GM podem contribuir para aumentos anuais cont\u00ednuos na produtividade obtida por ganhos gen\u00e9ticos, que podem tamb\u00e9m gerar alimentos e ra\u00e7\u00f5es mais saud\u00e1veis e nutritivos. Em 2001, por exemplo, os oito cultivos GM nos EUA aumentaram a produtividade agr\u00edcola em 1,7 bilh\u00e3o de kg. Outro destaque foi a soja tolerante a herbicida na Argentina, que produziu 10% a mais que a convencional. A ado\u00e7\u00e3o do algod\u00e3o Bt na China aumentou a produ\u00e7\u00e3o de algod\u00e3o com
      caro\u00e7o em 514 mil toneladas m\u00e9tricas.
    * Conserva\u00e7\u00e3o da biodiversidade, pelo uso de cultivos GM como tecnologia que economiza \u00e1rea plantada.<\/strong>
      A capacidade de aumento da produtividade agr\u00edcola por unidade de terra torna os cultivos GM uma tecnologia que economiza \u00e1rea, a qual, combinada com tecnologia convencional, aumentar\u00e1 a probabilidade de que a produ\u00e7\u00e3o agr\u00edcola
      possa ser confinada ao atual 1,5 bilh\u00e3o de hectares de \u00e1rea cultiv\u00e1vel mundial, onde a agricultura sustent\u00e1vel \u00e9 praticada. Isto dever\u00e1 ajudar a assegurar a conserva\u00e7\u00e3o de fr\u00e1geis ecossistemas e ambientes, os centros de biodiversidade e a
      vida selvagem e florestas para as gera\u00e7\u00f5es futuras. Treze milh\u00f5es de hectares de florestas, que s\u00e3o os c\u00e9us da biodiversidade e garantem o controle das \u00e1guas, s\u00e3o perdidos todos os anos em pa\u00edses em desenvolvimento, para a expans\u00e3o da agricultura e da ind\u00fastria.
    * Uso mais eficiente dos insumos externos e um ambiente mais sustent\u00e1vel.<\/strong>
      Cultivos GM permitem o uso mais eficiente de insumos externos. O uso atual de aplica\u00e7\u00f5es de prote\u00e7\u00e3o de plantas como alternativas para algumas aplica\u00e7\u00f5es de pesticidas convencionais, usando toler\u00e2ncia a herbicida e\/ou genes Bt em soja,
      milho, algod\u00e3o e canola, resultaram em economia substancial no uso de pesticidas convencionais. Nos EUA, cultivos tolerantes a herbicida e Bt em 2001 reduziram o uso de pesticidas convencionais em 20,7 milh\u00f5es de kg. de ingredientes
      ativos (i.a.), com resultados positivos para o ambiente. Situa\u00e7\u00e3o similar ocorreu na China, em 2001, onde a aplica\u00e7\u00e3o de inseticidas em algod\u00e3o foi reduzida em 78 mil toneladas de produto formulado devido ao uso de 1,5 milh\u00e3o de hectares
      de algod\u00e3o Bt. A economia potencial de inseticidas pela otimiza\u00e7\u00e3o do uso de algod\u00e3o Bt \u00e9 estimada em 33 mil toneladas m\u00e9tricas (i.a.) das 81 200 toneladas (i.a.) aplicadas globalmente em algod\u00e3o em 2001. Aplica\u00e7\u00f5es da biotecnologia
      ainda em desenvolvimento podem oferecer redu\u00e7\u00f5es significativas no uso de adubos, pelo incremento da efici\u00eancia. Isso dever\u00e1 reduzir as necessidades adicionais de fertilizantes e modular o ac\u00famulo de adubos em rios, aq\u00fc\u00edferos e \u00e1guas costeiras.
    * Aumento da estabilidade da produ\u00e7\u00e3o agr\u00edcola.<\/strong>
      Os anais da hist\u00f3ria confirmam que faltas extremas de alimentos muitas vezes resultam de instabilidade de produtividade devido \u00e0 seca, padr\u00f5es de clima desfavor\u00e1veis, infesta\u00e7\u00f5es de pragas e epidemias de doen\u00e7as. A biotecnologia oferece a melhor promessa para reduzir a variabilidade da produ\u00e7\u00e3o devido a estresses bi\u00f3ticos e abi\u00f3ticos, especialmente um atributo t\u00e3o complexo como a toler\u00e2ncia \u00e0 seca. O fen\u00f4meno da seca \u00e9 uma limita\u00e7\u00e3o constante e que ocorre em pelo menos um ter\u00e7o dos 1,5 bilh\u00f5es de hectares da \u00e1rea ar\u00e1vel mundial.
      \u2022Benef\u00edcios econ\u00f4micos e sociais e al\u00edvio da pobreza.<\/strong>
      Os benef\u00edcios econ\u00f4micos de cultivos GM s\u00e3o substanciais e se aplicam tanto a pequenos agricultores em pa\u00edses em desenvolvimento como a grandes produtores de pa\u00edses industrializados. Agricultores, e n\u00e3o os criadores da tecnologia, so os maiores beneficiados dos cultivos GM. Nos EUA, em 2001, o ganho l\u00edquido econ\u00f4mico dos produtores de plantas GM foi estimado em US$ 1,5 bilh\u00e3o. Na China, o ganho econ\u00f4mico para os plantadores de algod\u00e3o de parcos recursos
      foi de 500 d\u00f3lares por hectare, o equivalente a um benef\u00edcio nacional de 750 milh\u00f5es de d\u00f3lares em 2001. Dos 5 milh\u00f5es de agricultores de plantios GM em 2001 no mundo, mais de 75% eram pequenos e com poucos recursos, especialmente
      na China, bem como v\u00e1rios milhares na regi\u00e3o de Makhathini Flats, na \u00c1frica do Sul. Esses agricultores de poucos recursos obtiveram benef\u00edcios econ\u00f4micos significativos com o algod\u00e3o Bt, dando suporte ao relat\u00f3rio 2001 de
      Desenvolvimento Humano da UNDP, cuja tese afirma que a biotecnologia pode contribuir para o al\u00edvio da pobreza. Em termos de benef\u00edcios sociais, os cultivos GM aumentam significativamente a renda e poupam tempo, o que \u00e9 particularmente valoroso para pequenos agricultores em pa\u00edses em desenvolvimento. Na China, a maior renda permite que pobres fam\u00edlias de agricultores gastem mais em alimentos e melhorem seus padr\u00f5es nutricionais. Na \u00c1frica do Sul, onde 50% dos plantadores de algod\u00e3o s\u00e3o mulheres, o plantio de algod\u00e3o Bt permite que elas tenham mais tempo para o cuidado com as crian\u00e7as, doentes e\/ou gerar renda adicional em outras atividades.<\/p>\n\n\n\n

As oportunidades e limita\u00e7\u00f5es associadas \u00e0 aceita\u00e7\u00e3o p\u00fablica de cultivos transg\u00eanicos continuam sendo desafios importantes para a comunidade global. Devido a nossa depend\u00eancia di\u00e1ria de comida, a agricultura atinge a vida de cada indiv\u00edduo da comunidade global de maisde 6 bilh\u00f5es de pessoas. Ao contr\u00e1rio dos pa\u00edses industrializados, como os EUA e pa\u00edses da
Uni\u00e3o Europ\u00e9ia, com poucas exce\u00e7\u00f5es todos os pa\u00edses em desenvolvimento s\u00e3o em maior escala importadores de alimentos do que exportadores, e empregam altas parcelas da popula\u00e7\u00e3o na agricultura. S\u00e3o pequenos agricultores pobres em recursos praticando uma agricultura de subsist\u00eancia ou agricultores sem-terra que s\u00e3o dependentes da agricultura para a sobreviv\u00eancia;
70% do total de 1,3 bilh\u00f5es das pessoas mais pobres do mundo vivem em \u00e1reas rurais, sendo que a maioria \u00e9 de agricultores com poucos recursos. O emprego na agricultura, como percentagem de emprego total, era de 80% nos pa\u00edses em desenvolvimento em 1950, e as proje\u00e7\u00f5es indicam que o percentual deve continuar em torno de 50% em 2010, quando a popula\u00e7\u00e3o dos pa\u00edses em desenvolvimento dever\u00e1 ser de aproximadamente 6 bilh\u00f5es, o equivalente \u00e0 popula\u00e7\u00e3o global atual.<\/p>\n\n\n\n

Cultivos que originar\u00e3o alimentos, ra\u00e7\u00f5es e fibras melhorados por deriva\u00e7\u00e3o de tecnologias convencionais e biotecnol\u00f3gicas para pequenos agricultores s\u00e3o vitais para o aumento da produtividade e a melhor receita para permitir o acesso aos alimentos nas \u00e1reas onde existe pobreza, fome e m\u00e1 nutri\u00e7\u00e3o. A agricultura n\u00e3o \u00e9 somente a principal fonte de alimentos como tamb\u00e9m \u00e9 o modo de vida de agricultores e trabalhadores rurais. Aumento da produtividade agr\u00edcola resulta em maior renda e oferta de empregos, funcionando como uma m\u00e1quina de crescimento econ\u00f4mico em comunidades rurais. Maior produ\u00e7\u00e3o de comida, ra\u00e7\u00e3o e fibras em pequenas propriedades de subsist\u00eancia, onde a maior parte da produ\u00e7\u00e3o ser\u00e1
consumida, significa maior facilidade para superar limita\u00e7\u00f5es inevit\u00e1veis na infra-estrutura e no transporte.<\/p>\n\n\n\n

A sociedade global dever\u00e1 buscar solu\u00e7\u00f5es eq\u00fcitativas que atinjam as diferentes necessidades de pessoas e na\u00e7\u00f5es e respeitem as diferentes opini\u00f5es em rela\u00e7\u00e3o aos cultivos GM. Implementar uma pol\u00edtica eq\u00fcitativa \u00e9 um desafio, em um mundo onde a globaliza\u00e7\u00e3o, uma teia de protocolos e com\u00e9rcio internacionais est\u00e3o colidindo com a habilidade de na\u00e7\u00f5es soberanas no mundo em desenvolvimento de acessar e utilizar a biotecnologia e cultivos GM nas suas estrat\u00e9gias nacionais de produ\u00e7\u00e3o agr\u00edcola, seja para atender \u00e0s necessidades dom\u00e9sticas ou para exporta\u00e7\u00e3o. Isso n\u00e3o implica que biotecnologia e lavouras GM sejam uma panac\u00e9ia. Biotecnologia, como qualquer outra tecnologia, tem pontos fortes e fracos e requer um gerenciamento respons\u00e1vel e eficiente, como uma ferramenta em um leque de op\u00e7\u00f5es. A biotecnologia representa um elo essencial em uma corrente longa e complexa que deve existir para o desenvolvimento de cultivos mais produtivos, urgentemente necess\u00e1rios para pequenos agricultores em pa\u00edses em desenvolvimento. Isso exigir\u00e1 desejo pol\u00edtico, boa vontade e suporte sem limites dos setores p\u00fablico e privado dos pa\u00edses industrializados e dos em desenvolvimento, trabalhando em harmonia, conforme o compromisso assumido durante a recente reuni\u00e3o mundial sobre desenvolvimento sustent\u00e1vel ocorrida em Johannesburgo, em agosto de 2002.<\/p>\n\n\n\n

Do ponto de vista tecnol\u00f3gico, o investimento anual de US$ 4,4 bilh\u00f5es em pesquisa e desenvolvimento na \u00e1rea de biotecnologia agr\u00edcola, US$ 4,22 bilh\u00f5es dos quais investidos em pa\u00edses industrializados, representa um investimento substancial que garantiu uma nova gera\u00e7\u00e3o de produtos seguros e efetivos que j\u00e1 tiveram um impacto substancial na agricultura. Os crescentes investimentos em biotecnologia em pa\u00edses como a China e a \u00cdndia s\u00e3o iniciativas pioneiras que merecem ser observadas cuidadosamente por outras na\u00e7\u00f5es em desenvolvimento. Grupos de interesse especial que est\u00e3o apoiando morat\u00f3rias e requerendo regulamenta\u00e7\u00e3o mais forte est\u00e3o atrasando o registro de produtos, que por sua vez provavelmente atrasar\u00e3o a introdu\u00e7\u00e3o de atributos de qualidade que poderiam levar benef\u00edcios diretos aos consumidores. No entanto,
o foco atual da ind\u00fastria em desenvolvimento de produtos continuar\u00e1 a gerar um fluxo de novos produtos, enquanto trabalha para manter investimentos de pesquisa em prazos mais longos. Alimentos nutricialmente melhorados, tal como arroz e canola com aumento de betacaroteno, e ra\u00e7\u00f5es animais, tais como o milho com melhores teores de lisina, continuam a avan\u00e7ar, bem como outros incrementos nutricionais em teores de \u00f3leo, aumentos em prote\u00edna e outras propriedades nutricionais.<\/p>\n\n\n\n

Novos atributos e produtos da ind\u00fastria incluem o duplo gene Bt, algod\u00e3o Bollgard\u00ae II, aprovado na Austr\u00e1lia em 2002 e que deve estar dispon\u00edvel nos EUA em 2003, com outro duplo gene Bt em algod\u00e3o tornando-se dispon\u00edvel em 2004, bem como um algod\u00e3o resistente a insetos com um novo gene Bt. Uma nova caracter\u00edstica para milho do mercado norte-americano, para controle da larva alfinete em milho (praga de raiz), provavelmente estar\u00e1 dispon\u00edvel nos EUA em 2003. Durante os pr\u00f3ximos anos, a possibilidade de controle da larva alfinete deve contribuir para um aumento significativo do milho GM nos EUA, onde aproximadamente 18% da \u00e1rea de milho de 31 milh\u00f5es de hectares, atualmente tratada com inseticidas para a larva alfinete,
provavelmente se beneficiar\u00e3o rapidamente da tecnologia. H\u00e1 significativa sobreposi\u00e7\u00e3o entre \u00e1reas infestadas com a broca europ\u00e9ia do milho e da larva-alfinete e, portanto, alguns dos novos produtos ter\u00e3o mais genes acumulados para controle das duas pragas e ainda outras de interesse secund\u00e1rio. A \u00e1rea global de milho GM com resist\u00eancia a insetos e toler\u00e2ncia a herbicida, bem como de genes agregados, dever\u00e1 aumentar significativamente no curto prazo. Essa expans\u00e3o de milho GM na \u00e1rea global de 140 milh\u00f5es de hectares ocorrer\u00e1 especialmente em pa\u00edses com mercados GM estabelecidos, como os EUA, Canad\u00e1, \u00c1frica do Sul e Argentina. O milho GM tamb\u00e9m ser\u00e1 plantado em pa\u00edses como as Filipinas, que planejam introduzir
o milho amarelo Bt pela primeira vez em 2003, para o controle da broca asi\u00e1tica de milho, e Honduras, que plantou milho Bt pr\u00e9-comercial em 2002.<\/p>\n\n\n\n

O algod\u00e3o Bt tamb\u00e9m dever\u00e1 aumentar significativamente de 2003 em diante, pois grandes mercados estabelecidos em pa\u00edses como a China e Austr\u00e1lia continuam a expandir modestamente, e o novo mercado da \u00cdndia apresenta significativo crescimento. Resultados preliminares das primeiras colheitas na \u00cdndia para o Kharif 2002 sugerem que o algod\u00e3o Bt est\u00e1 produzindo
entre 20% e 30% a mais que o convencional, com uma economia de pelo menos metade das pulveriza\u00e7\u00f5es com inseticidas (uma economia de 3 a 6 pulveriza\u00e7\u00f5es). Os ganhos econ\u00f4micos est\u00e3o de acordo com as expectativas. Um crescimento modesto em algod\u00e3o Bt tamb\u00e9m \u00e9 esperado em novos pa\u00edses como a Col\u00f4mbia, que plantou algod\u00e3o Bt pr\u00e9-comercial em
2002. Nos pr\u00f3ximos anos, provavelmente aparecer\u00e3o novos pa\u00edses em desenvolvimento adotando a tecnologia.<\/p>\n\n\n\n

Apesar do alto \u00edndice de ado\u00e7\u00e3o nos EUA e da satura\u00e7\u00e3o de mercado na Argentina, a \u00e1rea de soja tolerante a herbicida provavelmente continuar\u00e1 a crescer em base absoluta em ambos os pa\u00edses. Tamb\u00e9m \u00e9 prov\u00e1vel que haja um aumento modesto em alguns mercados novos. Se o Brasil aprovar a soja RR, isso resultaria em um significativo salto no mais novo e potencial
grande mercado para soja GM no mundo.<\/p>\n\n\n\n

A canola provavelmente entrar\u00e1 em novos mercados, como a Austr\u00e1lia. O aumento da canola GM ser\u00e1 modesto, pois a percentagem da canola GM no Canad\u00e1, que \u00e9 de longe o maior mercado, atingiu patamar superior a 65% com uma \u00e1rea significativa (20%) em canola tolerante a herbicida, restando apenas 16% de canola convencional no Canad\u00e1.<\/p>\n\n\n\n

No futuro pr\u00f3ximo, provavelmente ocorrer\u00e1 um crescimento mais equilibrado na \u00e1rea de cultivos GM entre pa\u00edses industrializados e os em desenvolvimento, com os \u00faltimos continuando a aumentar a participa\u00e7\u00e3o mundial em compara\u00e7\u00e3o com os pa\u00edses industrializados. Pa\u00edses do Leste Europeu tamb\u00e9m dever\u00e3o participar, reintegrando batatas GM que tiveram uma performance extremamente boa na Am\u00e9rica do Norte. Tomando todos os fatores em considera\u00e7\u00e3o, a previs\u00e3o para o m\u00e9dio prazo indica crescimento continuado na \u00e1rea global de cultivos GM e no n\u00famero de agricultores envolvidos. A propor\u00e7\u00e3o de pequenos agricultores plantando GM em pa\u00edses em desenvolvimento dever\u00e1 aumentar, enquanto pa\u00edses como a \u00cdndia aumentam
sua \u00e1rea de algod\u00e3o Bt e aprovam outros produtos avan\u00e7ados, tais como mostarda GM, j\u00e1 em an\u00e1lise. O aumento do n\u00famero e da participa\u00e7\u00e3o global de pequenos agricultores plantando e sendo beneficiados com os GM tem implica\u00e7\u00f5es importantes, devido aos resultados econ\u00f4micos, ambientais e sociais.<\/p>\n\n\n\n

Em 2000, o valor de mercado dos cultivos GM foi de US$ 3 bilh\u00f5es, aumentando para US$ 3,8 em 2001, quando representou mais de 12% dos US$ 31 bilh\u00f5es do mercado global em prote\u00e7\u00e3o de plantas e 13% do mercado mundial de sementes. Em 2002, o valor do mercado global de cultivos GM \u00e9 estimado em aproximadamente US$ 4,25 bilh\u00f5es. O valor de mercado mundial de cultivos transg\u00eanicos \u00e9 baseado no valor de venda de sementes transg\u00eanicas mais as taxas tecnol\u00f3gicas aplicadas. O valor global do mercado de cultivos GM est\u00e1 projetado em aproximadamente US$ 5 bilh\u00f5es para 2005.<\/p>\n\n\n\n

H\u00e1 motivos para um otimismo cauteloso que indica a expans\u00e3o da \u00e1rea global de cultivo GM e aumento do n\u00famero de agricultores envolvidos com essas culturas em 2003. Isso deve acontecer particularmente nos seis principais pa\u00edses produtores \u2013 EUA, Argentina, Canad\u00e1, China, \u00c1frica do Sul e Austr\u00e1lia. Entre os outros dez pa\u00edses que cultivam transg\u00eanicos, a \u00cdndia dever\u00e1 aumentar significativamente a sua \u00e1rea de algod\u00e3o Bt, e um ou mais pa\u00edses tamb\u00e9m dever\u00e3o plantar cultivos GM pela primeira vez em 2003. As Filipinas aprovaram o milho Bt como seu primeiro cultivo GM comercial no in\u00edcio de dezembro de 2002, com os primeiros plantios esperados para o in\u00edcio de 2003.<\/p>\n\n\n\n

Com a \u00cdndia iniciando o cultivo GM pela primeira vez em 2002, os tr\u00eas pa\u00edses mais populosos da \u00c1sia \u2013 China, \u00cdndia e Indon\u00e9sia, com 2,5 bilh\u00f5es de pessoas \u2013, est\u00e3o todos agora comercializando produtos GM. Duas das tr\u00eas maiores economias da Am\u00e9rica Latina \u2013 Argentina e M\u00e9xico \u2013 est\u00e3o oficialmente plantando lavouras GM, al\u00e9m da \u00c1frica do Sul, no continente africano. Em 2002, foram plantadas esp\u00e9cies GM em 16 pa\u00edses com uma popula\u00e7\u00e3o total de 3,2 bilh\u00f5es de habitantes, residindo em seis continentes: \u00c1sia, \u00c1frica, Am\u00e9rica Latina, Am\u00e9rica do Norte, Europa e Oceania. Portanto, apesar da cont\u00ednua controv\u00e9rsia sobre organismos GM, a \u00e1rea e o n\u00famero de agricultores envolvidos com essas esp\u00e9cies continuam a crescer a cada ano que passa desde sua introdu\u00e7\u00e3o, em 1996. E pela primeira vez, em 2002, pouco mais da metade da popula\u00e7\u00e3o mundial vive em pa\u00edses onde plantas GM foram aprovadas e plantadas oficialmente.<\/p>\n\n\n\n

por Clive James – Presidente do Conselho Diretor do ISAAA<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Com a \u00cdndia iniciando o cultivo GM pela primeira vez em 2002, os tr\u00eas pa\u00edses mais populosos da \u00c1sia \u2013 China, \u00cdndia e Indon\u00e9sia, com 2,5 bilh\u00f5es de pessoas \u2013, est\u00e3o todos agora comercializando produtos GM. Duas das tr\u00eas maiores economias da Am\u00e9rica Latina \u2013 Argentina e M\u00e9xico \u2013 est\u00e3o oficialmente plantando lavouras GM, al\u00e9m da \u00c1frica do Sul, no continente africano. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":610,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1407],"tags":[23,425,424,422,423],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/609"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=609"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/609\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":5843,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/609\/revisions\/5843"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/610"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=609"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=609"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=609"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}