{"id":60,"date":"2009-02-06T14:15:50","date_gmt":"2009-02-06T14:15:50","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:32:34","modified_gmt":"2021-07-10T23:32:34","slug":"perspectivas_para_o_saneamento_ambiental","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/agua\/artigos_agua_doce\/perspectivas_para_o_saneamento_ambiental.html","title":{"rendered":"Perspectivas para o Saneamento Ambiental"},"content":{"rendered":"\n
Em geral, em \u00e1reas de alta concentra\u00e7\u00e3o populacional, s\u00e3o os esgotos sanit\u00e1rios os grandes respons\u00e1veis pelo comprometimento da qualidade ambiental dos corpos d’\u00e1gua, e no caso da Ba\u00eda da Guanabara n\u00e3o \u00e9 diferente. Em \u00e1reas urbanas, o controle da polui\u00e7\u00e3o por esgotos sanit\u00e1rios requer a implanta\u00e7\u00e3o de solu\u00e7\u00f5es sist\u00eamicas que permitam a coleta, transporte, tratamento e destina\u00e7\u00e3o final de forma adequada e vi\u00e1vel t\u00e9cnica e economicamente, as quais prev\u00eaem dentre outras interven\u00e7\u00f5es, a realiza\u00e7\u00e3o de obras civis, a instala\u00e7\u00e3o de equipamentos eletro-mec\u00e2nicos, procedimentos operacionais e de manuten\u00e7\u00e3o espec\u00edficos, e que resultam, sem outra alternativa, em custos financeiros muito elevados.<\/p>\n\n\n\n
Esta realidade, associada \u00e0 incapacidade de investimentos p\u00fablicos em infra-estrutura urbana, retarda o salto de qualidade que tanto almejamos, e contrariamente, incrementa o d\u00e9ficit de cobertura por servi\u00e7os adequados de esgotamento sanit\u00e1rio em nosso pa\u00eds, e novamente, no caso da Ba\u00eda da Guanabara n\u00e3o \u00e9 diferente. Quando em 1995, o Governo do Estado decidiu pela implanta\u00e7\u00e3o de novos sistemas de esgotamento sanit\u00e1rio em bacias contribuintes \u00e0 Ba\u00eda da Guanabara e a amplia\u00e7\u00e3o e melhorias de outros sistemas j\u00e1 existentes, optou por denominar o conjunto de interven\u00e7\u00f5es previstas, como o “Programa de Despolui\u00e7\u00e3o da Ba\u00eda da Guanabara (PDBG)”. Tal decis\u00e3o, naturalmente, motivou em toda a popula\u00e7\u00e3o, a id\u00e9ia de que ao t\u00e9rmino das interven\u00e7\u00f5es previstas, ter\u00edamos de forma definitiva, “despolu\u00edda” a Ba\u00eda da Guanabara, o que infelizmente n\u00e3o \u00e9 verdade.<\/p>\n\n\n\n
Tratava-se apenas do nome dado a um programa de a\u00e7\u00f5es, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Japan Bank International Cooperation, com depend\u00eancia da contra-partida financeira do Governo do Estado, e que apesar de priorizar interven\u00e7\u00f5es em sistemas de esgotamento sanit\u00e1rio, tamb\u00e9m previa dentre outras, a amplia\u00e7\u00e3o e melhoria dos sistemas de abastecimento de \u00e1gua e de res\u00edduos s\u00f3lidos de \u00e1reas urbanas contribuintes \u00e0 Ba\u00eda da Guanabara.<\/p>\n\n\n\n
Era mais um programa de interven\u00e7\u00f5es em esgotamento sanit\u00e1rio na Regi\u00e3o Metropolitana do Rio de Janeiro, como os n\u00e3o muito long\u00ednquos Reconstru\u00e7\u00e3o-Rio, financiado pelo Banco Mundial, e Ambiente-Rio, durante o Governo Collor. Para melhor ilustra\u00e7\u00e3o e simbolismo dos fatos, especialmente na bacia do Rio Sarapu\u00ed, onde se concentra o maior adensamento populacional da Baixada Fluminense e onde at\u00e9 hoje, ainda atua o PDBG, o Governo do Estado investe em esgotamento sanit\u00e1rio desde o in\u00edcio da d\u00e9cada de 80; na \u00e9poca denominava-se Programa de Saneamento da Baixada Fluminense.<\/p>\n\n\n\n
O PDBG consistia portanto, em parte, em mais um conjunto de interven\u00e7\u00f5es em esgotamento sanit\u00e1rio, que apesar de muitas, n\u00e3o s\u00e3o suficientes. O conjunto de obras que encontra-se em andamento \u00e9 limitado em sua abrang\u00eancia, beneficiando somente \u00e1reas urbanas priorit\u00e1rias; diversas bacias hidrogr\u00e1ficas da Baixada Fluminense, com alta concentra\u00e7\u00e3o populacional, nenhum tipo de benef\u00edcio receberam.<\/p>\n\n\n\n