<\/span><\/div>\n\n\n\nEssas despesas invariavelmente anulam qualquer ganho poss\u00edvel com a redu\u00e7\u00e3o de custos na aplica\u00e7\u00e3o de herbicidas na soja transg\u00eanica. Com a semente transg\u00eanica, n\u00e3o dever\u00e1 haver mais fuga na cobran\u00e7a da taxa tecnol\u00f3gica, por parte das empresas donas das patentes; como ocorre no momento, com as variedades convencionais. Com um simples teste de campo (borrifar Round-Up na lavoura), em 24 horas \u00e9 poss\u00edvel, visualmente, detectar altera\u00e7\u00f5es na colora\u00e7\u00e3o das plantas entre a lavoura transg\u00eanica e a convencional.<\/p>\n\n\n\n
A Monsanto, at\u00e9 o momento, est\u00e1 sozinha na tecnologia da soja em escala comercial de sementes modificadas geneticamente. O resultado dessa estrat\u00e9gia visa ao dom\u00ednio do mercado brasileiro de sementes e herbicidas. Caso se libere o plantio da soja transg\u00eanica no Pa\u00eds, poder\u00e1 reduzir a zero a evas\u00e3o de receitas de \u201croyalties\u201d, por parte das multinacionais.<\/p>\n\n\n\n
Os produtores que cultivam a soja convencional com o sistema de sementes pr\u00f3prias, pequenos na sua maioria; integram os grupos dos que n\u00e3o t\u00eam escala comercial nem renda para o uso da tecnologia transg\u00eanica. Eles se mant\u00eam na atividade porque o principal insumo (semente) \u00e9 pr\u00f3prio. Al\u00e9m disso, as empresas donas das patentes n\u00e3o t\u00eam como distinguir em tempo h\u00e1bil, os nomes comerciais das variedades plantadas, com vista \u00e0 cobran\u00e7a de \u201croyalties\u201d.<\/p>\n\n\n\n
Com certeza, a tecnologia transg\u00eanica dever\u00e1 acabar com essa classe de sojicultores, principalmente no Rio Grande do Sul. \u00c9 a ci\u00eancia em defesa da amplia\u00e7\u00e3o do mercado e dos lucros das empresas multinacionais na agricultura, em detrimento da produ\u00e7\u00e3o e da renda agr\u00edcola. Que fique bem claro a CTNBio nunca analisou ou acompanhou pesquisas de campo, at\u00e9 porque n\u00e3o \u00e9 o seu papel, entretanto, analisou as refer\u00eancias cient\u00edficas da Monsanto sobre a soja transg\u00eanica, e com base nos dados apresentados, aprovou o plantio no Brasil.<\/p>\n\n\n\n
A disponibilidade de sementes de soja transg\u00eanica, utilizadas no plantio em escala comercial, para qualquer parte do mundo, tem rela\u00e7\u00e3o direta com a Monsanto. O desenvolvimento desse tipo de pesquisa em outras empresas, ainda n\u00e3o logrou \u00eaxito com a soja. Assim sendo, a Monsanto n\u00e3o tem concorrente \u00e0 sua altura, e a sua base de pre\u00e7os \u00e9 um par\u00e2metro monop\u00f3lico na tecnologia transg\u00eanica da soja. A grande d\u00favida desse material refere-se \u00e0 t\u00e9cnica da equival\u00eancia utilizada pela Monsanto, como defesa sobre a qualidade e as propriedades do produto transg\u00eanico, em rela\u00e7\u00e3o ao convencional.<\/p>\n\n\n\n
Em suma, a Monsanto usou, como tese, o artif\u00edcio de que n\u00e3o haveria necessidade de apresenta\u00e7\u00e3o de estudos sobre impactos e qualidade do material transg\u00eanico, uma vez que as propriedades organol\u00e9pticas s\u00e3o iguais (teores de prote\u00ednas, coeficientes de \u00f3leo e farelo etc.). Entretanto, os resultados j\u00e1 publicados sobre as pesquisas cient\u00edficas e sobre a composi\u00e7\u00e3o do gr\u00e3o transg\u00eanico, demonstram a necessidade de aprofundar esses estudos, tendo em vista a constata\u00e7\u00e3o de 534 pares de genes, na soja geneticamente modificada, que n\u00e3o s\u00e3o encontrados no gr\u00e3o convencional, e que, at\u00e9 o momento, n\u00e3o h\u00e1 resposta sobre o fato de essa altera\u00e7\u00e3o poder vir a causar algum benef\u00edcio ou malef\u00edcio de qualquer natureza.<\/p>\n\n\n\n
O processo utilizado pela Monsanto, de soja resistente ao Round-Up, foi a transfer\u00eancia de genes do bacilo thurigiensis (unicelular) do reino dos vegetais, e que tem resist\u00eancia ao Round-Up para a soja convencional. Entretanto, n\u00e3o se encontram na natureza cruzamentos desse tipo com a soja.<\/p>\n\n\n\n
Nos EUA, j\u00e1 est\u00e3o no mercado tr\u00eas tipos de transg\u00eanicos de soja resistente ao Round-Up, com tr\u00eas tipos de fun\u00e7\u00f5es: contra ervas daninhas, contra insetos, e a combina\u00e7\u00e3o das duas primeiras fun\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n
A soja inseticida tem a fun\u00e7\u00e3o de sintetizar, atrav\u00e9s da planta (soja), propriedades capazes de eliminar insetos. O veneno que mata os insetos \u00e9 denominado inseticida (soja-inseticida). Vale ressaltar que todas as literaturas que apresentam estudos sobre custos de produ\u00e7\u00e3o de soja, no Brasil ou nos EUA, revelam resultados que s\u00e3o amplamente favor\u00e1veis ao Brasil. Isso significa que a soja convencional \u00e9 mais competitiva tecnologicamente, dentro da porteira da fazenda. Esse ganho \u00e9 mais bem observado com os resultados alcan\u00e7ados, pelo Brasil, no item referente \u00e0 produtividade.<\/p>\n\n\n\n
Com rela\u00e7\u00e3o \u00e0s quest\u00f5es de pagamentos de \u201cpr\u00eamio\u201d pela soja convencional brasileira, esse fato est\u00e1 acontecendo desde o ano passado. Estudos t\u00eam demonstrado que, ao comparar os pre\u00e7os FOB-Porto-Argentina, durante todo o ano de 2001, com o produto FOB-Porto-Brasil, houve um des\u00e1gio do produto argentino, vari\u00e1vel entre U$ 5,00 e U$ 20,00\/t em rela\u00e7\u00e3o ao produto brasileiro, no comercio internacional (gr\u00e3o, farelo e \u00f3leo). O \u00e1gio foi tanto maior, quanto menor foi a oferta da soja brasileira, durante todo o ano de 2001. Enquanto o Brasil produzir a soja convencional, o produto argentino concorre apenas com o produto transg\u00eanico dos EUA.<\/p>\n\n\n\n
Com o plantio da soja convencional o Brasil alcan\u00e7ou a melhor produtividade do mundo (2.720 kg\/ha), a um custo entre 30% e 50% inferior ao da soja norte-americana. Qualquer discord\u00e2ncia sobre essas fontes \u00e9 v\u00e1lida, desde que sejam apresentadas outras fontes diferentes dos dados oficiais j\u00e1 conhecidos da Monsanto, e que tenham credibilidade, sem ficar citando casos isolados de estudiosos (depoimentos) que n\u00e3o t\u00eam nenhum conhecimento sobre soja (t\u00e9cnicas de cultivos, com\u00e9rcio, custos, estat\u00edsticas etc.).<\/p>\n\n\n\n
O melhor indicador sobre a import\u00e2ncia que o mercado internacional tem demonstrado, em rela\u00e7\u00e3o aos produtos convencionais do Brasil, foi a exporta\u00e7\u00e3o brasileira de 6 milh\u00f5es de toneladas de milho, na safra 2001.<\/p>\n\n\n\n
Lembramos que o Brasil n\u00e3o tem nenhuma tradi\u00e7\u00e3o na exporta\u00e7\u00e3o de milho, sendo que, \u00e0s vezes, foi comprador no mercado internacional. Por isso, mais importante que o \u201cpr\u00eamio\u201d, est\u00e1 sendo a prefer\u00eancia que o mundo j\u00e1 demonstrou pelo produto brasileiro o que representa garantia de emprego e renda para o sojicultor nacional.<\/p>\n\n\n\n
Al\u00e9m do mais, existem os cr\u00e9ditos sobre as exporta\u00e7\u00f5es da soja (complexo), t\u00e3o fundamentais para o Pa\u00eds. A soja (complexo = gr\u00e3o, farelo e \u00f3leo) tem alcan\u00e7ado o melhor resultado nas exporta\u00e7\u00f5es brasileiras, entre todos os produtos. Alguns segmentos pertencentes \u00e0 agricultura e a outros setores da economia est\u00e3o a favor dos transg\u00eanicos, por mera quest\u00e3o de opini\u00e3o, sem argumenta\u00e7\u00e3o fundamentada, diferente da posi\u00e7\u00e3o da Monsanto. Esses grupos querem trocar essa posi\u00e7\u00e3o, amplamente favor\u00e1vel ao Brasil, por algo (transg\u00eanico) que ainda carece de estudos.<\/p>\n\n\n\n
Em suma, o Pa\u00eds n\u00e3o perde tecnologicamente, tendo em vista que as pesquisas no Brasil nessa \u00e1rea continuar\u00e3o avan\u00e7ando; o que n\u00e3o deveria avan\u00e7ar \u00e9 somente a produ\u00e7\u00e3o em escala comercial. Enquanto restem d\u00favidas sem respostas, aliado ao prosseguimento da prefer\u00eancia mundial pelo produto nacional e aos ganhos de renda apresentados nos \u00faltimos anos, n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel justificar essa troca de posi\u00e7\u00e3o, de produto convencional para os transg\u00eanicos, nas lavouras do Brasil.<\/p>\n\n\n\n
Os resultados pr\u00e1ticos da biotecnologia da soja n\u00e3o alcan\u00e7aram as metas previstas pelos donos da patente (Monsanto) sobre custos e produtividade, como mostram as propagandas, tendo em vista que as diversas compara\u00e7\u00f5es sobre cultivo e manejo da soja, entre os produtores brasileiros e os estadunidenses, s\u00e3o totalmente favor\u00e1veis ao Brasil. Algu\u00e9m pode estar em falta com o mercado: os marqueteiros transg\u00eanicos e\/ou a Monsanto. Caso contr\u00e1rio, que se demonstrem as provas e as vantagens, para avalia\u00e7\u00e3o por parte dos produtores e dos consumidores.<\/p>\n\n\n\n
Os resultados pr\u00e1ticos sobre o cultivo da soja transg\u00eanica n\u00e3o t\u00eam confirmado os dados obtidos com os experimentos. Ser\u00e1 que todas as tecnologias desenvolvidas atrav\u00e9s da engenharia gen\u00e9tica n\u00e3o podem ser avaliadas e questionadas e, por isso, devem ser aceitas como uma verdade absoluta? Quando questionadas, surgem as classifica\u00e7\u00f5es de ultrapassado, retr\u00f3grado, ambientalista, comunista, petista, etc. A biotecnologia n\u00e3o \u00e9 diferente das outras experi\u00eancias cient\u00edficas e tecnol\u00f3gicas; \u00e9 poss\u00edvel cometer erros de avalia\u00e7\u00e3o, principalmente nos itens relacionados aos consumidores e \u00e0s pr\u00e1ticas comerciais. Este fato merece reflex\u00e3o, por parte tanto de produtores como de consumidores.<\/p>\n\n\n\n
Com refer\u00eancia aos importadores, a posi\u00e7\u00e3o \u00e9 de restri\u00e7\u00f5es ao produto transg\u00eanico, e des\u00e1gio em rela\u00e7\u00e3o ao produto convencional brasileiro. O Jap\u00e3o s\u00f3 aceita o produto dos EUA com o certificado de transg\u00eanico, para obter garantia e conhecimento sobre a origem do produto. Esse fato tem, como principal finalidade, a do questionamento, no caso de surgirem poss\u00edveis problemas relacionados com a qualidade do produto. A China ainda n\u00e3o proibiu nem regulamentou a entrada de produtos transg\u00eanicos, entretanto a internaliza\u00e7\u00e3o da soja transg\u00eanica, advinda dos EUA ou da Argentina, est\u00e1 demorando de 1 a 9 meses. O Brasil tamb\u00e9m passou a ser questionado pelos chineses. Com quem est\u00e1 ficando este custo? Para ter essa resposta \u00e9 preciso perguntar aos argentinos, estadunidenses e chineses. A Uni\u00e3o Europ\u00e9ia \u00e9 a nossa principal parceira comercial no complexo\/soja; compra entre 70% a 80% das exporta\u00e7\u00f5es de gr\u00e3o e farelo. Em 2001 o Brasil exportou para 67 pa\u00edses, os produtos deste complexo soja.<\/p>\n\n\n\n
Portanto, n\u00e3o h\u00e1 d\u00favida aparente e question\u00e1vel sobre a qualidade e a prefer\u00eancia da soja brasileira. \u00c9 chegado o momento de produtores e consumidores decidirem se vale a pena consumir e plantar transg\u00eanicos no Brasil, e concorrer diretamente com os produtores dos EUA e da Argentina. Para que isto ocorra, \u00e9 s\u00f3 liberar o plantio comercial da soja transg\u00eanica e observar como as coisas ficar\u00e3o ruins daqui a 3 anos para o produtor brasileiro.<\/p>\n\n\n\n
Dois outros pontos tamb\u00e9m merecem ser destacados. O primeiro \u00e9 a depend\u00eancia predat\u00f3ria que ser\u00e1 criada em torno \u00e0 monopoliza\u00e7\u00e3o das vendas de herbicidas e sementes, quando o assunto \u00e9 soja. Os multiplicadores de sementes ser\u00e3o flanqueados, at\u00e9 mesmo a EMBRAPA, porque todos dever\u00e3o se reportar, no final, \u00e0 Monsanto, para acertos de conta com pagamentos de \u201croyalties\u201d. A grande quest\u00e3o a ser explicada pelos defensores transg\u00eanicos \u00e9 sobre como dever\u00e1 ficar a situa\u00e7\u00e3o de transfer\u00eancia tecnol\u00f3gica entre a EMBRAPA e a Monsanto. \u00c9 transfer\u00eancia, \u201cjoint-venture\u201d ou o que \u00e9 esse neg\u00f3cio?<\/p>\n\n\n\n
Ressalte-se que setenta por cento, de um total aproximado de 340 variedades das sementes convencionais da soja brasileira, s\u00e3o patentes da EMBRAPA. Outro ponto, n\u00e3o menos importante, se refere \u00e0s aplica\u00e7\u00f5es de Round-Up nas lavouras de soja dos Estados Unidos.<\/p>\n\n\n\n
Trabalhos j\u00e1 publicados demonstram que a quantidade m\u00e9dia usada, do princ\u00edpio ativo glifosato (Round-Up), por acre, \u00e9 de 0,5 libra-peso em m\u00e9dia ou 226,5 gramas e, para as lavouras n\u00e3o transg\u00eanicas, o consumo de um coquetel de herbicidas (princ\u00edpio ativo) \u00e9 de 0,1 libra-peso ou 45,3 gramas. Qual desses produtos impacta de forma mais predat\u00f3ria a natureza? Os dois produtos s\u00e3o venenos.<\/p>\n\n\n\n
Defensores transg\u00eanicos afirmam que o consumo do Round-Up fez diminuir, nos EUA, a quantidade de herbicidas por unidade de \u00e1rea; entretanto esse pseudoganho, se aconteceu, foi anulado nos \u00faltimos 5 anos, com a incorpora\u00e7\u00e3o de aproximadamente 6 milh\u00f5es de hectares ao total do consumo com o plantio da soja naquele pa\u00eds. A queda nas vendas de herbicidas para as plantas convencionais e o fechamento de varias f\u00e1bricas \u00e9 a demonstra\u00e7\u00e3o clara da forma\u00e7\u00e3o de monop\u00f3lio no cultivo da soja nos EUA.<\/p>\n\n\n\n
Depois de todos esses fatos contr\u00e1rios \u00e0 soja transg\u00eanica, e se, mesmo assim, acontecer o absurdo, isto \u00e9, a aprova\u00e7\u00e3o do plantio da soja geneticamente modificada, obrigatoriamente o r\u00f3tulo desse produto passa a ser a pe\u00e7a fundamental para o esclarecimento ao consumidor. \u00c9 essencial que a origem do produto seja diferenciada, nos mesmos moldes do org\u00e2nico-convencional-transg\u00eanico.<\/p>\n\n\n\n
N\u00e3o pode haver nenhum mecanismo aprovado que n\u00e3o permita ao consumidor o direito de escolher um produto totalmente isento de tra\u00e7os transg\u00eanicos. Por isso, qualquer tipo que isenta a rotulagem, at\u00e9 um certo limite de toler\u00e2ncia, \u00e9 uma pr\u00e1tica de desobedi\u00eancia ao direito universal do consumidor, de conhecer da forma expl\u00edcita, o produto que est\u00e1 adquirindo.<\/p>\n\n\n\n
Os defensores dos transg\u00eanicos n\u00e3o aceitam a tese de r\u00f3tulos, sem contar com toler\u00e2ncia de percentuais de tra\u00e7os transg\u00eanicos nos alimentos, e, ao mesmo tempo, alardeiam que o produto transg\u00eanico \u00e9 superior ao produto convencional. No m\u00ednimo, esse posicionamento \u00e9 muito estranho, por parte de quem defende essa tecnologia na soja. Se algum produto \u00e9 bom e saud\u00e1vel, n\u00e3o deve haver condicionantes comerciais, como \u00e9 o caso da soja transg\u00eanica, em que o produto n\u00e3o tem nenhuma restri\u00e7\u00e3o, at\u00e9 o quantitativo de 4% de tra\u00e7os transg\u00eanicos na amostra, sem necessidade de rotulagem.<\/p>\n\n\n\n
Traduzindo, quando a amostra apresentar mais do que 4% de tra\u00e7os transg\u00eanicos, existe a possibilidade de algum risco ao ser consumido, e assim s\u00f3 vale a pena rotular a partir desse limite de toler\u00e2ncia. Essa primeira gera\u00e7\u00e3o de transg\u00eanicos precisa ser modificada geneticamente para poder produzir material de melhor qualidade e maior quantidade. Esse produto, da forma como foi concebido, atende somente aos anseios da ind\u00fastria multinacional (lucro), e j\u00e1 est\u00e1 defasado no tempo, quando comparado com os resultados do produto convencional. \u00c9 a ci\u00eancia a servi\u00e7o da ind\u00fastria.<\/p>\n\n\n\n
Onde est\u00e1 a vontade de adequa\u00e7\u00e3o tecnol\u00f3gica, por parte da ind\u00fastria, que atenda uniformemente \u00e0s caracter\u00edsticas do produtor brasileiro?<\/p>\n\n\n\n
Todas as tecnologias deveriam estar ao alcance de todos os produtores, em quaisquer dos aspectos (comerciais, econ\u00f4micos, t\u00e9cnicos etc.). Os consumidores, com qualidade e baixo custo, e o meio ambiente, com todas as avalia\u00e7\u00f5es de riscos.<\/p>\n\n\n\n
Os diretos do consumidor devem prevalecer. Caso entenda que essa situa\u00e7\u00e3o \u00e9, no m\u00ednimo, muito estranha, ele deve se defender. Se achar que os transg\u00eanicos (soja) s\u00e3o a melhor solu\u00e7\u00e3o para o mundo, pode argumentar. Por\u00e9m n\u00e3o deve fazer da ret\u00f3rica de alguns defensores de transg\u00eanicos (da Monsanto), a sua tese; tendo em vista que a disponibilidade de dados j\u00e1 permite avalia\u00e7\u00f5es seguras sobre os ganhos no custo de produ\u00e7\u00e3o, na produtividade e no retorno financeiro (exporta\u00e7\u00f5es) da soja convencional em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 transg\u00eanica. A presen\u00e7a da soja e do milho, direta ou indiretamente, na composi\u00e7\u00e3o dos alimentos da nossa dieta alimentar, est\u00e1 entre 60% e 70%<\/p>\n\n\n\n
O Brasil \u00e9 a \u00faltima fronteira agr\u00edcola do mundo, ainda isenta dos transg\u00eanicos (soja), e com escala de produ\u00e7\u00e3o capaz de atender ao crescimento da demanda mundial, sem penalizar os outros segmentos agr\u00edcolas. Se o Brasil produzir soja modificada geneticamente, os consumidores, em todo o mundo, for\u00e7osamente dever\u00e3o consumir transg\u00eanicos (soja).<\/p>\n\n\n\n
Uma associa\u00e7\u00e3o de produtores estadunidenses e canadenses est\u00e1 assediando os produtores brasileiros de soja com a possibilidade de pagamentos em troca da redu\u00e7\u00e3o da \u00e1rea plantada com soja no Pa\u00eds, com o objetivo de recuperar os pre\u00e7os internacionais. Essa proposta s\u00f3 tem um perdedor: o Brasil. \u00c9 correr o risco de perder uma boa fatia do mercado internacional, conquistado a duras penas. N\u00e3o h\u00e1 valores que possam recompensar o produtor, qualquer que seja a atitude favor\u00e1vel, com esse sentido de negocia\u00e7\u00e3o. A recupera\u00e7\u00e3o dos pre\u00e7os internacionais passa necessariamente pela elimina\u00e7\u00e3o de todas as formas de subs\u00eddios que recebe o produtor estadunidense.<\/p>\n\n\n\n
A soja convencional brasileira compensa todas as formas de subs\u00eddios, principalmente aqueles recebidos pelos produtores com o plantio da soja modificada geneticamente nos EUA. A concorr\u00eancia internacional relacionada com os produtos do complexo-soja \u00e9 mais favor\u00e1vel ao Brasil. Esse fato est\u00e1 vinculado \u00e0 maior competitividade do produto brasileiro em rela\u00e7\u00e3o ao produto norte-americano e argentino. Os ganhos dos sojicultores nacionais com a desvaloriza\u00e7\u00e3o do c\u00e2mbio no Brasil, no momento da comercializa\u00e7\u00e3o, s\u00e3o anulados pelos subs\u00eddios recebidos pelos produtores dos EUA, entretanto a diferen\u00e7a (vantagem comercial a favor do Brasil), est\u00e1 no tipo de produto ofertado. O Brasil cultiva a soja convencional e os EUA, a soja transg\u00eanica. O mundo deseja consumir, preferencialmente, produtos sem altera\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica.<\/p>\n\n\n\n
Este texto \u00e9 de inteira responsabilidade do autor, n\u00e3o refletindo, necessariamente, a posi\u00e7\u00e3o da Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB.<\/p>\n\n\n\n
Marco Antonio de Carvalho
\nT\u00e9cnico da CONAB. Ex-Assessor Internacional do Minist\u00e9rio da Agricultura para assuntos relativos \u00e0 Coopera\u00e7\u00e3o T\u00e9cnica Multilateral (PNUD\/FAO). Analista do mercado de soja <\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"A soja tem a sua origem na \u00c1sia, especificamente na China. \u00c9 uma planta aut\u00f3gama e apresenta os dois \u00f3rg\u00e3os reprodutores (autofecunda\u00e7\u00e3o). Por causa dessa defini\u00e7\u00e3o, a probabilidade de o meio ambiente interferir nos cruzamentos entre as plantas s\u00e3o m\u00ednimas (2%), de acordo com os geneticistas. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1407],"tags":[23,442,425,446,423],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/593"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=593"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/593\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":5841,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/593\/revisions\/5841"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=593"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=593"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=593"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}