{"id":527,"date":"2009-03-09T14:27:52","date_gmt":"2009-03-09T14:27:52","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:15:12","modified_gmt":"2021-07-10T23:15:12","slug":"agua_subterranea","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/agua\/aguas_subterraneas\/agua_subterranea.html","title":{"rendered":"\u00c1gua Subterr\u00e2nea"},"content":{"rendered":"\n

Aproximadamente 3\/4 da superf\u00edcie da Terra \u00e9 coberta por \u00e1gua. A \u00e1gua \u00e9 uma subst\u00e2ncia essencial para manuten\u00e7\u00e3o dos seres vivos, a \u00e1gua \u00e9 reconhecida pela ci\u00eancia como o ambiente em que surgiu a pr\u00f3pria vida. Por esse motivo, sua ocorr\u00eancia \u00e9 considerada uma das condi\u00e7\u00f5es b\u00e1sicas para admiss\u00e3o da exist\u00eancia de vida, como a conhecemos em outros planetas.<\/p>\n\n\n\n

A exist\u00eancia da \u00e1gua nos estados s\u00f3lido, l\u00edquido e gasoso na Terra, envolve o gigantesco fen\u00f4meno denominado Ciclo Hidrol\u00f3gico, a cont\u00ednua circula\u00e7\u00e3o entre os oceanos, a atmosfera e os continentes, respons\u00e1veis pela renova\u00e7\u00e3o da \u00e1gua doce, h\u00e1 pelo menos 3,8 bilh\u00f5es de anos. Entretanto, 97,6% da \u00e1gua do planeta \u00e9 constitu\u00edda pelos oceanos, mares e lagos de \u00e1gua salgada. A \u00e1gua doce, representada pelos 2,4% restante, tem sua maior parte situada nas calotas polares e geleiras (1,9%), inacess\u00edvel aos homens pelos meios tecnol\u00f3gicos atuais. Da parcela restante (0,5%), mais de 95% \u00e9 constitu\u00edda pelas \u00e1guas subterr\u00e2neas.<\/p>\n\n\n\n

\"q\"\/<\/figure>\n\n\n\n
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A \u00e1gua tamb\u00e9m \u00e9 um ve\u00edculo para os mais diversos tipos de doen\u00e7as, quando polu\u00edda ou contaminada. Estudo recente do BNDES sobre saneamento no Brasil indicou que 51% da popula\u00e7\u00e3o urbana (aproximadamente 63 milh\u00f5es de pessoas) n\u00e3o \u00e9 atendida por rede de \u00e1gua dos sistemas de abastecimento e que cerca de 45% das \u00e1guas tratadas distribu\u00eddas s\u00e3o desperdi\u00e7adas. A pesquisa constatou ainda a alarmante realidade de que 90% dos esgotos s\u00e3o lan\u00e7ados in natura nos solos e rios, sem qualquer tratamento. Mundialmente, os n\u00fameros s\u00e3o ainda mais assustadores. Estima-se que 1,2 bilh\u00e3o de pessoas no mundo carecem de \u00e1gua pot\u00e1vel e que 1,9 bilh\u00e3o n\u00e3o disp\u00f5e de adequados servi\u00e7os de saneamento. A falta de \u00e1gua pot\u00e1vel e de saneamento b\u00e1sico provoca a morte de cerca de 4 milh\u00f5es de crian\u00e7as anualmente, vitimadas por doen\u00e7as de veicula\u00e7\u00e3o h\u00eddrica como a c\u00f3lera, a diarr\u00e9ia, etc.<\/p>\n\n\n\n

Devido \u00e0 degrada\u00e7\u00e3o de sua qualidade, que acentuou a partir da II Guerra Mundial, a \u00e1gua doce l\u00edquida que circula em muitas regi\u00f5es do mundo j\u00e1 perdeu sua caracter\u00edstica especial de recurso renov\u00e1vel, em particular nos pa\u00edses ditos do Terceiro Mundo, na medida em que os efluentes e\/ou os res\u00edduos dom\u00e9sticos e industriais s\u00e3o dispostos no ambiente sem tratamento ou de forma inadequada.<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m dos desequil\u00edbrios da oferta de \u00e1gua \u00e0s popula\u00e7\u00f5es, a quest\u00e3o da disponibilidade e dos conflitos pelo seu uso tamb\u00e9m apresentam seus aspectos preocupantes. Assim \u00e9 que alguns pa\u00edses apresentam escassez h\u00eddrica absoluta, tais como Kuwwait, Egito, Ar\u00e1bia Saudita, Barbados, Singapura e Cabo Verde; outros como Burundi, Arg\u00e9lia e B\u00e9lgica padecem de seca cr\u00f4nica; em regi\u00f5es como o semi-\u00e1rido nordestino h\u00e1 o alerta de escassez e em v\u00e1rios locais afloram conflitos decorrentes de desequil\u00edbrios entre demanda e disponibilidade, tais como Madrid e Lisboa pelo Rio Tejo, S\u00edria e Israel pelo Rio Gol\u00e3, S\u00edria e Turquia, pelo Rio Eufrates, Iraque e Turquia pelo Rio Eufrates, Tail\u00e2ndia e Laos pelo Rio Menkong, Barcelona e Alicante pelo Rio Ebro, entre outros.<\/p>\n\n\n\n

Diante desse cen\u00e1rio turbulento, a \u00e1gua subterr\u00e2nea vem assumindo uma import\u00e2ncia cada vez mais relevante como fonte de abastecimento devido a uma s\u00e9rie de fatores que restringem a utiliza\u00e7\u00e3o das \u00e1guas superficiais, bem como ao crescente aumento dos custos da sua capta\u00e7\u00e3o, adu\u00e7\u00e3o e tratamento, a \u00e1gua subterr\u00e2nea est\u00e1 sendo reconhecida como alternativa viav\u00e9l aos usu\u00e1rios e tem apresentado uso crescente nos \u00faltimos anos, obtidas atrav\u00e9s de po\u00e7os bem locados e constru\u00eddos. Al\u00e9m dos problemas e facilidade de contamina\u00e7\u00e3o inerentes \u00e0s \u00e1guas superficiais, o maior interesse pelo uso da \u00e1gua subterr\u00e2nea vem sendo despertado, pela maior oferta deste recurso e em decorr\u00eancia do desenvolvimento tecnol\u00f3gico, o que promoveu uma melhoria na produtividade dos po\u00e7os e um aumento de sua vida \u00fatil.<\/p>\n\n\n\n

Fonte:
\n“Po\u00e7os Tubulares e outras Capta\u00e7\u00f5es de \u00c1guas Subterr\u00e2neas – Orienta\u00e7\u00e3o aos Usu\u00e1rios”
\nSEMADS – Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent\u00e1vel
\nSEINPE – Secretaria de Estado de Energia da Ind\u00fastria Naval e do Petr\u00f3leo
\nDepartament<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

97,6% da \u00e1gua do planeta \u00e9 constitu\u00edda pelos oceanos, mares e lagos de \u00e1gua salgada. A \u00e1gua doce, representada pelos 2,4% restante, tem sua maior parte situada nas calotas polares e geleiras (1,9%), inacess\u00edvel aos homens pelos meios tecnol\u00f3gicos atuais. Da parcela restante (0,5%), mais de 95% \u00e9 constitu\u00edda pelas \u00e1guas subterr\u00e2neas. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1380],"tags":[1087],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/527"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=527"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/527\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":4682,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/527\/revisions\/4682"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=527"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=527"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=527"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}