{"id":52,"date":"2009-02-06T10:53:01","date_gmt":"2009-02-06T10:53:01","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:32:37","modified_gmt":"2021-07-10T23:32:37","slug":"alianca_dos_grandes_rios","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/agua\/artigos_agua_doce\/alianca_dos_grandes_rios.html","title":{"rendered":"Alian\u00e7a dos Grandes Rios"},"content":{"rendered":"\n
A organiza\u00e7\u00e3o ambientalista The Nature Conservancy (TNC), fundada em Washington em 1951, anunciou simultaneamente no Brasil, na China e nos Estados Unidos o lan\u00e7amento de uma iniciativa para recuperar e conservar tr\u00eas grandes bacias hidrogr\u00e1ficas: a do Rio Alto Mississipi, nos Estados Unidos; a dos Rios Alto Paran\u00e1 e Paraguai, no Brasil; e a do Rio Alto Yang Ts\u00e9, na China. Denominado \u201cAlian\u00e7a dos Grandes Rios\u201d a iniciativa \u00e9 um ambicioso programa para orientar as estrat\u00e9gias de conserva\u00e7\u00e3o desses grandes rios e transformar a maneira como se protege os suprimentos de \u00e1gua em bacias hidrogr\u00e1ficas importantes. No seu conjunto, as tr\u00eas bacias fornecem \u00e1gua doce para aproximadamente 600 milh\u00f5es de pessoas nos tr\u00eas Continentes.<\/p>\n\n\n\n
A The Nature Conservancy nasceu como uma resposta \u00e0 ocupa\u00e7\u00e3o indiscriminada de diversos territ\u00f3rios que os ecologistas norte-americanos, tanto dos EUA como do Canad\u00e1, consideravam \u201csantu\u00e1rios\u201d a serem preservados.<\/p>\n\n\n\n
A filosofia desta organiza\u00e7\u00e3o \u00e9 a de comprar as terras para evitar a sua destrui\u00e7\u00e3o e assim desenvolveram uma linha de a\u00e7\u00e3o diferente de todas as outras ONGs ambientalistas. Ao longo destes 53 anos a institui\u00e7\u00e3o ampliou as suas a\u00e7\u00f5es fora dos EUA at\u00e9 atingir na atualidade 29 pa\u00edses. Nesse per\u00edodo a TNC adquiriu e mant\u00e9m sob seu controle 37 milh\u00f5es de hectares em todo o mundo. Presente no Brasil desde 1980, tornou-se uma organiza\u00e7\u00e3o n\u00e3o-governamental nacional em 1994 e j\u00e1 ajudou a conservar mais de 1.2 milh\u00f5es de hectares em diversos ecossistemas, principalmente no Pantanal, no Cerrado, na Mata Atl\u00e2ntica e um pouco no Amazonas.<\/p>\n\n\n\n
Para viabilizar a \u201cAlian\u00e7a dos Grandes Rios\u201d a TNC contou com a participa\u00e7\u00e3o da Caterpillar, empresa que doou US$ 12 milh\u00f5es a serem aplicados durante os pr\u00f3ximos cinco anos. Desse montante, cerca de 2.5 milh\u00f5es ser\u00e3o investidos no Brasil no complexo h\u00eddrico Alto Paraguai-Paran\u00e1, tamb\u00e9m em cinco anos.<\/p>\n\n\n\n
Para viabilizar esta iniciativa, o projeto criou um \u201cCentro de Estudos e Conserva\u00e7\u00e3o dos Grandes Rios\u201d que ser\u00e1 uma ferramenta on-line coordenada pelo The Nature Conservancy para identificar as principais amea\u00e7as dessas grandes bacias hidrogr\u00e1ficas. O objetivo \u00e9 o de divulgar as experi\u00eancias bem sucedidas de manejo sustent\u00e1vel para outras ONGs, governos, empresas e para as lideran\u00e7as comunit\u00e1rias locais.<\/p>\n\n\n\n
Um dos projetos mais promissores para o Centro de Refer\u00eancia foi iniciado no ano de 2000 mediante uma parceria entre equipes da TNC no Pantanal e no Mississipi. As plan\u00edcies encontradas nas duas regi\u00f5es t\u00eam caracter\u00edsticas semelhantes; ambas permanecem inundadas boa parte do ano. \u201cAs altera\u00e7\u00f5es que j\u00e1 ocorreram na Bacia do Mississipi s\u00e3o assustadoras e queremos evitar que o Pantanal tenha o mesmo destino. Por outro lado, nossos projetos de monitoramento e de recupera\u00e7\u00e3o das cabeceiras e margens do Rio Cuiab\u00e1, um dos principais rios que drenam o Pantanal, podem ajudar os nossos parceiros nos Estados Unidos a recuperar parte do que foi perdido\u201d, declarou Jo\u00e3o Campari, Diretor para o Pantanal da TNC.<\/p>\n\n\n\n
Por sua vez, Natal Garcia, Presidente da Caterpillar Brasil, acrescentou: \u201cA quest\u00e3o do suprimento de \u00e1gua \u00e9 um problema mundial cr\u00edtico e ser\u00e1 um dos mais importantes temas deste s\u00e9culo; juntas, a TNC e a Caterpillar est\u00e3o criando novos modelos que influenciar\u00e3o a conserva\u00e7\u00e3o desse recurso em todo o mundo\u201d.<\/p>\n\n\n\n Segundo os princ\u00edpios filos\u00f3ficos da TNC, os desafios de conserva\u00e7\u00e3o s\u00e3o enfrentados mediante a forma\u00e7\u00e3o de alian\u00e7as. A ONG trabalha sempre em conjunto com as comunidades locais, os governos, empresas e outras ONGs, como \u00e9 o caso brasileiro com a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educa\u00e7\u00e3o (SPVS), do Paran\u00e1, e a Funatura, de Bras\u00edlia. As suas estrat\u00e9gias s\u00e3o constru\u00eddas sobre uma s\u00f3lida base cient\u00edfica, que ajuda a definir as a\u00e7\u00f5es e a medir os resultados. A TNC busca primeiro a concilia\u00e7\u00e3o entre as partes envolvidas nas quest\u00f5es ambientais.<\/p>\n\n\n\n O consenso entre os diversos setores tem contribu\u00eddo para resultados de conserva\u00e7\u00e3o mais duradouros. No Brasil, ambientalistas como Fabio Feldman e Eloi Zanetti fazem parte do Conselho Consultivo, assim como o publicit\u00e1rio Washington Olivetto e os empres\u00e1rios Jos\u00e9 Carlos da Silveira Pinheiro Neto, Vice-Presidente da General Motors do Brasil e o pr\u00f3prio Natal Garcia, Presidente da Caterpillar Brasil.<\/p>\n\n\n\n \u201cEste ambicioso projeto objetiva proteger as fontes de \u00e1gua doce do Planeta, que est\u00e3o desaparecendo, e busca mudar a forma como a conserva\u00e7\u00e3o \u00e9 feita em grandes sistemas de rios aproveit\u00e1veis. Tenho muito orgulho pelo fato da Caterpillar estar liderando este projeto vision\u00e1rio\u201d, afirma Jim Owens, presidente mundial da Caterpillar. \u201cO Centro de Estudos e Conserva\u00e7\u00e3o Grandes Rios \u00e9 um esfor\u00e7o inspirador que muitas de nossas associa\u00e7\u00f5es ambientais adotar\u00e3o para viabilizar a conserva\u00e7\u00e3o de \u00e1gua no mundo\u201d, acrescenta Garcia.<\/p>\n\n\n\n \u201cCom o aumento da popula\u00e7\u00e3o mundial, as pessoas v\u00e3o precisar cada vez mais de suprimentos de \u00e1gua para sobreviver; as futuras gera\u00e7\u00f5es reconhecer\u00e3o as iniciativas de conserva\u00e7\u00e3o da \u00e1gua como uma das mais importantes coisas que fizemos pela humanidade\u201d, afirmou Steve McCormick, Presidente Mundial da TNC. Os sistemas de \u00e1gua doce escolhidos pela \u201cAlian\u00e7a dos Grandes Rios\u201d ser\u00e3o considerados incubadoras para o desenvolvimento de modelos de conserva\u00e7\u00e3o da The Nature Conservancy.<\/p>\n\n\n\n Estes modelos demonstrar\u00e3o a sua efic\u00e1cia nesses sistemas fluviais \u00e0 medida que forem implementados e testados. O aprendizado desses projetos ser\u00e1 um valioso recurso para outros esfor\u00e7os de restaura\u00e7\u00e3o da \u00e1gua no futuro.<\/p>\n\n\n\n \u201cCada um de n\u00f3s tem o dever de proteger esses rios que sustentam tantas pessoas. L\u00edderes empresariais devem trabalhar juntos para que os neg\u00f3cios e os ecossistemas naturais possam conviver lado-a-lado\u201d, disse Jim Owens, da Caterpillar.<\/p>\n\n\n\n Por Ren\u00e9 Capriles – Editor da ECO\u00b721 A filosofia desta organiza\u00e7\u00e3o \u00e9 a de comprar as terras para evitar a sua destrui\u00e7\u00e3o e assim desenvolveram uma linha de a\u00e7\u00e3o diferente de todas as outras ONGs ambientalistas. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":53,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1384],"tags":[287,603,927,535,926],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/52"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=52"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/52\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":5295,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/52\/revisions\/5295"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/53"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=52"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=52"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=52"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}<\/figure>\n\n\n\n
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\nFonte: Revista Eco 21, ano XV, N\u00ba 98, janeiro\/2005.<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"