{"id":409,"date":"2015-04-17T15:45:07","date_gmt":"2015-04-17T15:45:07","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T19:16:07","modified_gmt":"2021-07-10T22:16:07","slug":"os_tsunamis","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/agua\/artigos_agua_salgada\/os_tsunamis.html","title":{"rendered":"Os Tsunamis"},"content":{"rendered":"\n
De origem japonesa – tsunami designa ondas oce\u00e2nicas de grande altura. Embora sejam erroneamente denominadas de ondas de mar\u00e9, as tsunamis n\u00e3o s\u00e3o causadas por influ\u00eancia das for\u00e7as de mar\u00e9 (for\u00e7as astron\u00f4micas de atra\u00e7\u00e3o do Sol e da Lua).<\/p>\n\n\n\n
Tsunamis s\u00e3o ondas de grande energia geradas por abalos s\u00edsmicos. Tem sua origem em maremotos, erup\u00e7\u00f5es vulc\u00e2nicas e nos diversos tipos de movimentos das placas do fundo submarino.<\/p>\n\n\n\n
Portanto uma boa defini\u00e7\u00e3o para a tsunami seria uma onda s\u00edsmica que se propaga no oceano. Historicamente, \u00e9 no Oceano Pac\u00edfico onde ocorreu a maioria dos tsunamis, por ser uma \u00e1rea cercada por atividades vulc\u00e2nicas e frequentes abalos s\u00edsmicos. Ao norte do Oceano Pac\u00edfico, desde o Jap\u00e3o at\u00e9 o Alasca, existe uma faixa de maior incid\u00eancia de maremotos e erup\u00e7\u00f5es vulc\u00e2nicas que originariam os tsunamis mais frequentes do nosso planeta.<\/p>\n\n\n\n
Talvez a tsunami mais famosa tenha sido a provocada pela explos\u00e3o vulc\u00e2nica da Ilha de Krakatoa no Oceano Pac\u00edfico em 26 e 27 de agosto de 1883. O tsunami resultante atingiu as ilhas da Indon\u00e9sia com ondas de at\u00e9 35 metros de altura.<\/p>\n\n\n\n
Os tsunamis ao se propagarem no oceano possuem comprimento da ordem de 150 a 200 km de extens\u00e3o e apenas 1 metro de altura. Portanto, em alto mar elas s\u00e3o quase impercept\u00edveis. Entretanto, ao se aproximar de zonas costeiras mais rasas, a redu\u00e7\u00e3o da velocidade, devido ao atrito com fundo do seu comprimento, por\u00e9m a energia continua a mesma. Consequentemente, a altura da onda aumenta bastante em pouco tempo. Neste ponto, ela pode atingir 10, 20 e at\u00e9 30 metros de altura, em fun\u00e7\u00e3o de sua energia e da dist\u00e2ncia do epicentro do tsunami.<\/p>\n\n\n\n
Na recentemente levantada hip\u00f3tese sobre o perigo de um maremoto de grandes propor\u00e7\u00f5es, ele seria t\u00e3o catastr\u00f3fico quanto maior for presumida explos\u00e3o vulc\u00e2nica nas Ilhas Can\u00e1rias, local onde foi detectada importante atividade s\u00edsmica no subsolo.<\/p>\n\n\n\n
Uma analogia a esse processo seria uma panela de press\u00e3o que tem a sua v\u00e1lvula reguladora obstru\u00edda enquanto aumenta o calor interno gerado pelo fogo. A press\u00e3o interna vai aumentando proporcionalmente ao ac\u00famulo de energia potencial. Este processo tem continuidade at\u00e9 que ocorra uma ruptura em algum ponto da estrutura da panela redundando em uma explos\u00e3o, ou seja, na libera\u00e7\u00e3o instant\u00e2nea de grande quantidade de energia.<\/p>\n\n\n\n
No caso das Ilhas Can\u00e1rias foi observado um aumento da atividade s\u00edsmica\/vulc\u00e2nica no interior da ilha. Como a mesma estava inerte a v\u00e1rias dezenas de anos, o topo do cone vulc\u00e2nico, que \u00e9 a pr\u00f3pria ilha, se consolidou de tal forma que se extinguiu o respiro ou v\u00e1lvula de al\u00edvio da press\u00e3o interna do vulc\u00e3o. Assim, quanto mais sinais ela der de atividade vulc\u00e2nica no seu interior maior ser\u00e1 o risco de haver uma erup\u00e7\u00e3o vulc\u00e2nica de grandes propor\u00e7\u00f5es. O tamanho da onda tsunami gerada ser\u00e1 proporcional \u00e0 quantidade de energia transmitida ao mar no momento da erup\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n
Por outro lado, uma erup\u00e7\u00e3o vulc\u00e2nica n\u00e3o \u00e9 um evento comum e, se levarmos em conta outros fatores, veremos que a probabilidade de forma\u00e7\u00e3o de uma onda tsunami destruidora \u00e9 pequena.<\/p>\n\n\n\n
Outro fator a ser considerado \u00e9 a dist\u00e2ncia do litoral brasileiro, especificamente dos estados do Rio Grande do Norte, Cear\u00e1, Maranh\u00e3o, Piau\u00ed, Par\u00e1 e Amap\u00e1, em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 Ilhas Can\u00e1rias. S\u00e3o aproximadamente 4,500 km\/h, o que equivaleria a 8 horas de percurso at\u00e9 chegar ao litoral brasileiro.<\/p>\n\n\n\n
Assim, quanto maior for a dist\u00e2ncia entre a origem (epicentro) e o litoral de impacto, maior ser\u00e1 a perda de sua intensidade por espalhamento e mesmo dissipa\u00e7\u00e3o de sua energia. Outro fator de reflex\u00e3o \u00e9 que quanto menor for a profundidade das zonas por onde a onda propaga maior vai ser a redu\u00e7\u00e3o de sua energia pelo atrito com o fundo submarino.<\/p>\n\n\n\n
Se somarmos a probabilidade e os registros hist\u00f3ricos de erup\u00e7\u00f5es e\/ou abalos s\u00edsmicos em ilhas do Oceano Atl\u00e2ntico, que s\u00e3o m\u00ednimos, veremos que as chances de ocorrer um acidente ambiental de grandes propor\u00e7\u00f5es s\u00e3o baixas.<\/p>\n\n\n\n
Desta forma, antes do Brasil, Portugal, Norte da \u00c1frica e o arquip\u00e9lago de Cabo Verde ser\u00e3o as v\u00edtimas potenciais devido \u00e0 proximidade do epicentro da eventual explos\u00e3o vulc\u00e2nica, recebendo diretamente o impacto da onda de grande altura.<\/p>\n\n\n\n
Por outro lado se existe a probabilidade \u00e9 preciso ter cuidado de alterar para as poss\u00edveis consequ\u00eancias do fen\u00f4meno. A conjun\u00e7\u00e3o de fatores intervenientes pode provocar estragos catastr\u00f3ficos, da\u00ed a import\u00e2ncia de que a popula\u00e7\u00e3o seja informada e que as autoridades competentes tomem as devidas precau\u00e7\u00f5es. Um bom exemplo desse tipo de pol\u00edtica de seguran\u00e7as \u00e9 o desenvolvimento atrav\u00e9s de informa\u00e7\u00f5es de sat\u00e9lite pela Organiza\u00e7\u00e3o Meteorol\u00f3gica Mundial – OMM.<\/p>\n\n\n\n
Devido a frequ\u00eancia da ocorr\u00eancia de tsunamis no Pac\u00edfico, existe uma rede internacional de sism\u00f3grafos ao longo do cintur\u00e3o de fogo que altera para a forma\u00e7\u00e3o de qualquer onda catastr\u00f3fica. Como resultado dessa iniciativa nenhuma morte foi contabilizada com a passagem de um tsunami no Hava\u00ed em 1957. J\u00e1 a tsunami de 1946, com altura inferior \u00e0 de 1957, causou in\u00fameras v\u00edtimas fatais pela aus\u00eancia de um sistema de alerta.<\/p>\n\n\n\n
Portanto, medidas preventivas s\u00e3o muito menos onerosas e poss\u00edveis de serem tomadas do que medidas corretivas, muito mais dolorosas. O medo \u00e9 gerado pela ignor\u00e2ncia, o respeito \u00e9 gerado pelo conhecimento.<\/p>\n\n\n\n
\u00c1gua em F\u00faria<\/strong><\/p>\n\n\n\n <\/strong>Tsunami \u00e9 a palavra japonesa pela qual s\u00e3o mundialmente conhecidos os maremotos, uma cat\u00e1strofe de extraordin\u00e1ria viol\u00eancia que se abate sobre zonas costeiras. A causa mais frequente para os tsunamis s\u00e3o terremotos no assoalho mar\u00edtimo; tamb\u00e9m podem decorrer de erup\u00e7\u00f5es vulc\u00e2nicas submarinas ou de explos\u00f5es causadas por gases acumulados no subsolo do oceano.<\/p>\n\n\n\n Podem ainda vir associados com um terremoto terrestre (foi o que ocorreu em Lisboa, no s\u00e9culo XVII: trinta minutos ap\u00f3s um gigantesco abalo s\u00edsmico, ergueu-se no mar uma onda de dez metros de altura, colhendo milhares de pessoas que haviam fugido do interior da cidade para a costa).<\/p>\n\n\n\n A a\u00e7\u00e3o do tsunami \u00e9 r\u00e1pida e aterradora. Quando ele come\u00e7a no meio do oceano, forma ondas de cerca de seis metros, que avan\u00e7am em alta velocidade. Ao aproximar-se da costa, a velocidade da onda diminui. O processo se assemelha ao de uma parada brusca, que projeta a \u00e1gua para frente – e a\u00ed pode alcan\u00e7ar at\u00e9 30 metros adiante.<\/p>\n\n\n\n Os maiores, os piores, os \u00faltimos:<\/p>\n\n\n\n Janeiro de 1700:<\/strong> um terremoto de 9,0 graus sacudiu o que \u00e9 hoje o norte da Calif\u00f3rnia, o Oregon, Washington e British Col\u00f4mbia e provocou um tsunami que destruiu povoados no Jap\u00e3o; <\/p>\n\n\n\n Julho de 1730:<\/strong> um terremoto de 8,7 graus em Valpara\u00edso, no Chile, matou ao menos 3 mil pessoas;<\/p>\n\n\n\n Novembro de 1755<\/strong>: um terremoto de 8,7 graus provocou um tsunami em Lisboa, em Portugal, matando cerca de 60 mil pessoas;<\/p>\n\n\n\n Abril de 1868:<\/strong> um terremoto de 7,9 graus em Big Island, no Hava\u00ed, matou 77 pessoas, incluindo 46 v\u00edtimas de um tsunami;<\/p>\n\n\n\n Agosto de 1868:<\/strong> um terremoto de 9,0 graus em \u00c1rica, no Peru, que agora faz parte do Chile, gerou tsunamis catastr\u00f3ficos, mais de 25 mil pessoas morreram na Am\u00e9rica do Sul;<\/p>\n\n\n\n Janeiro de 1906:<\/strong> um terremoto de 8,8 graus na costa do Equador e da Col\u00f4mbia gerou um tsunami que matou ao menos 500 pessoas;<\/p>\n\n\n\n Abril de 1946:<\/strong> um terremoto de 8,1 graus de magnitude perto das ilhas Unimak, no Alaska, provocou um tsunami, matando 165 pessoas, a maioria no Hava\u00ed;<\/p>\n\n\n\n Agosto de 1950:<\/strong> um terremoto de 8,6 graus em Assam, no Tibete, matou ao menos 780 pessoas;<\/p>\n\n\n\n Novembro de 1952:<\/strong> um terremoto de 9 graus em Kamchatka causou destrui\u00e7\u00e3o, mas n\u00e3o foram registradas mortes, apesar das ondas terem alcan\u00e7ado 9,1m no Hava\u00ed;<\/p>\n\n\n\n Maio de 1960:<\/strong> um terremoto de 9,5 graus no sul do Chile e um tsunami mataram ao menos 1.716 pessoas;<\/p>\n\n\n\n Mar\u00e7o de 1964:<\/strong> um terremoto de 9,2 graus em Prince William Sound, no Alasca, matou 131 pessoas, incluindo 128 v\u00edtimas de um tsunami;<\/p>\n\n\n\n Agosto de 1976:<\/strong> um terremoto de 8 graus atingiu as ilhas de Mindanao e Sulu nas Filipinas, gerando um tsunami e deixando ao menos 5 mil mortos;<\/p>\n\n\n\n 1992:<\/strong> Nicar\u00e1gua (100 mortos);<\/p>\n\n\n\n 1998:<\/strong> Papua-Nova Guin\u00e9 (3 mil mortos);<\/p>\n\n\n\n 2001:<\/strong> Arequipa, Peru (20 mortos);<\/p>\n\n\n\n 2004:<\/strong> Pa\u00edses Asi\u00e1ticos e Africanos (\u00cdndia, Indon\u00e9sia, Sri Lanka, Maldivas, Mal\u00e1sia, Tail\u00e2ndia, Bangladesh e Mianma, na \u00c1sia; e Som\u00e1lia, Tanz\u00e2nia, Seichelas e Qu\u00eania, na costa leste da \u00c1frica – aproximadamente 240 mil mortos);<\/p>\n\n\n\n 7 de julho de 2006: Indon\u00e9sia –<\/strong> <\/span>Um tremor submarino de magnitude 7,7 provoca um tsunami na costa sul da ilha de Java (654 mortos).<\/p>\n\n\n\n 2 de abril de 2007: Ilhas Salom\u00e3o –<\/strong> <\/span>52 pessoas morrem em um tsunami que afeta o oeste das Ilhas Salom\u00e3o (sul do Pac\u00edfico). O maremoto, causado por um tremor de magnitude 8, destr\u00f3i 13 povoados costeiros;<\/p>\n\n\n\n Setembro de 2007:<\/strong> um terremoto de 7,8 graus atingiu a ilha de Sumatra, causando alertas de tsunamis locais e danos em v\u00e1rios pr\u00e9dios;<\/p>\n\n\n\n 29 de setembro de 2009: Samoa –<\/strong> <\/span>Mais e 190 pessoas morrem nas ilhas Samoa e Tonga, assim como nas Samoa americanas, depois de terremoto de magnitude 8 que origina um tsunami;<\/p>\n\n\n\n 27 de fevereiro de 2010: Chile –<\/strong> <\/span>Um tremor e um tsunami consecutivo afetam o centro-sul do Chile, deixando 555 mortos e desaparecidos, a maioria deles na regi\u00e3o de Maule;<\/p>\n\n\n\n 25 de outubro de 2010: Indon\u00e9sia –<\/strong> <\/span>Mais de 400 pessoas morrem em um tsunami provocado por um tremor de magnitude 7,7 no arquip\u00e9lago de Mentawai, frente \u00e0 Sumatra;<\/p>\n\n\n\n 11 de mar\u00e7o de 2011: Jap\u00e3o –<\/strong> <\/span>Um tsunami de 10 metros de altura arrasa as costas de Sendai, nordeste do Jap\u00e3o, depois de um violento tremor de 8,9 de magnitude registrado frente \u00e0s costas do arquip\u00e9lago. S\u00e3o emitidos alertas praticamente em todas as costas do Pac\u00edfico, incluindo Austr\u00e1lia, Am\u00e9rica Central e do Sul.<\/p>\n\n\n\n Fontes: Tsunamis – Revista ECO 21 – www.eco21.com.br – outubro, 2001; Tsunamis s\u00e3o ondas de grande energia geradas por abalos s\u00edsmicos. T\u00eam sua origem em maremotos, erup\u00e7\u00f5es vulc\u00e2nicas e nos diversos tipos de movimentos das placas do fundo submarino. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":410,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1398],"tags":[631,1375,1374,1101],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/409"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=409"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/409\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":3583,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/409\/revisions\/3583"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/410"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=409"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=409"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=409"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}
\n\u00c1gua em F\u00faria Como cuidar da nossa \u00e1gua. Cole\u00e7\u00e3o Entenda e Aprenda. BEI. S\u00e3o Paulo-SP, 2003;
\nmariavanildes.blogspot.com.br;
\ng1.globo.com.
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