{"id":406,"date":"2009-03-03T16:52:25","date_gmt":"2009-03-03T16:52:25","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:15:33","modified_gmt":"2021-07-10T23:15:33","slug":"os_poriferos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/agua\/artigos_agua_salgada\/os_poriferos.html","title":{"rendered":"Os Por\u00edferos"},"content":{"rendered":"\n
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S\u00e3o esponjas <\/strong>– Filo Porifera – animais metazo\u00e1rios sedent\u00e1rios, habitantes dos mares com algumas formas de \u00e1gua doce (fam\u00edlia Espongilidae). No geral as esponjas tem o aspecto de um vaso; podem ser ramificadas, globulares ou de formas variadas. As esponjas tem um aspecto poroso (o corpo com muitas aberturas), da\u00ed o nome Porifera.<\/p>\n\n\n\n

O esqueleto das esponjas \u00e9 interno e est\u00e1 situado no mes\u00eanquima. As esponjas apresentam dois tipos de esqueletos: o esqueleto mineral (esp\u00edculas calc\u00e1reas e silicosas) e o esqueleto org\u00e2nico (rede de fibras de espongina, uma escleroprote\u00edna). Possuem colora\u00e7\u00e3o verde, amarelo, laranja, vermelha, azul – prote\u00e7\u00e3o \u00e0 radia\u00e7\u00e3o solar ou colora\u00e7\u00e3o de alerta.<\/p>\n\n\n\n

Quando industrializadas para a produ\u00e7\u00e3o de esponjas de banho, as esponjas perdem totalmente o seu esqueleto mineral, sobrando apenas as fibras de espongina. As esponjas apresentam simetria radial ou podem ser assim\u00e9tricas. Possuem dois folhetos germinativos e n\u00e3o apresentam \u00f3rg\u00e3os diferenciados.<\/p>\n\n\n\n

Entretanto apresentam uma certa diversidade celular relacionada a cada fun\u00e7\u00e3o fisiol\u00f3gica. Assim temos os seguintes tipos celulares:<\/p>\n\n\n\n

Pinac\u00f3citos<\/strong>– c\u00e9lulas justapostas que formam camada dermal.<\/p>\n\n\n\n

Coan\u00f3citos<\/strong> – c\u00e9lulas flageladas, providas de colarinho, que revestem a camada gastral (interna). Podem realizar fun\u00e7\u00f5es como a captura e digest\u00e3o de alimentos.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00f3citos<\/strong> – c\u00e9lulas tubulosas com uma perfura\u00e7\u00e3o c\u00f4nica, pela qual a \u00e1gua passa do meio externo para o interno e vice-versa.<\/p>\n\n\n\n

Mi\u00f3citos<\/strong> – c\u00e9lulas alongadas e contr\u00e1cteis, formando um esf\u00edncter em torno do \u00f3sculo.<\/p>\n\n\n\n

Ameb\u00f3citos<\/strong> – c\u00e9lulas de movimento ameb\u00f3ide que ocorrem no mes\u00eanquima. Existem dois tipos principais de ameb\u00f3citos, denominados de acordo com a fun\u00e7\u00e3o que exercem. Desta maneira os escleroblastos secretam esp\u00edculas minerais e os arque\u00f3citos podem receber e digerir o alimento capturado pelos coan\u00f3citos e podem formar as c\u00e9lulas reprodutivas.<\/p>\n\n\n\n

As esponjas podem apresentar tr\u00eas estruturas b\u00e1sicas: Ascon, Sicon, e Leucon.<\/p>\n\n\n\n

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O tipo \u00c1scon<\/strong> \u00e9 a forma mais primitiva dos espongi\u00e1rios, tem forma tubular ou de um vaso fixo a um substrato. No \u00e1pice deste tipo de esponja aparece uma abertura denominada de \u00f3sculo, por onde sai a \u00e1gua que penetra pela superf\u00edcie porosa da esponja. O corpo da esponja apresenta uma camada dermal de origem ectod\u00e9rmica (externa) e outra camada gastral de origem endod\u00e9rmica (interna). Entre as duas existe uma mes\u00eanquima gelatinoso. No centro existe uma cavidade chamada de \u00e1trio ou espongiocela.<\/p>\n\n\n\n

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O tipo S\u00edcon<\/strong>, tamb\u00e9m tem um aspecto de um vaso fixo a um substrato. A parede do corpo aparece com uma s\u00e9rie de dobras que formam os canais inalantes externos, que terminam num fundo cego; e os canais exalantes internos, que desembocam no \u00e1trio.<\/p>\n\n\n\n

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O tipo Leucon<\/strong> apresenta uma estrutura mais complexa que a dos dois anteriores. Neste tipo o \u00e1trio \u00e9 reduzido e as paredes do corpo s\u00e3o bem desenvolvidas. Nestas esponjas ocorrem uma s\u00e9rie de canais que desembocam em c\u00e2maras vibr\u00e1teis. Os canais que partem dos poros externos s\u00e3o denominados de canais inalantes e os canais que partem dos poros internos (do \u00e1trio) s\u00e3o os canais exalantes.<\/p>\n\n\n\n

Nas c\u00e2maras vibr\u00e1teis, os coan\u00f3citos vibram a \u00e1gua circundante com seus flagelos, capturando os alimentos que ali circulam. Os alimentos das esponjas s\u00e3o pl\u00e2nctons e part\u00edculas org\u00e2nicas, que circulam pelo \u00e1trio, pelos canais ou pelas c\u00e2maras vibr\u00e1teis, conforme o tipo da esponja. A digest\u00e3o \u00e9 intracelular, realizada principalmente pelos ameb\u00f3citos, os quais recebem o alimento capturado pelos coan\u00f3citos. Feita a digest\u00e3o intracelular em cada ameb\u00f3cito, os excretas eliminados por estes, caem na corrente de \u00e1gua e s\u00e3o eliminados. A respira\u00e7\u00e3o nas esponjas \u00e9 realizada por cada c\u00e9lula, n\u00e3o existindo um \u00f3rg\u00e3o respirat\u00f3rio.<\/p>\n\n\n\n

A reprodu\u00e7\u00e3o<\/strong> nas esponjas pode ser assexuada ou sexuada.<\/p>\n\n\n\n

A reprodu\u00e7\u00e3o assexuada<\/strong> pode ser:<\/p>\n\n\n\n

Regenera\u00e7\u00e3o<\/strong> (a perda acidental de partes ou mesmo a separa\u00e7\u00e3o artificial de uma esponja, leva a sua regenera\u00e7\u00e3o)<\/p>\n\n\n\n

Brotamento<\/strong> (muito comum nas esponjas marinhas), onde um grupo de arque\u00f3citos entram em divis\u00e3o e diferencia\u00e7\u00e3o o que leva a forma\u00e7\u00e3o de um broto ligado \u00e0 “m\u00e3e” e podendo originar assim, uma col\u00f4nia<\/p>\n\n\n\n

Gemula\u00e7\u00e3o<\/strong> (mais comum nas esponjas de \u00e1gua doce), estruturas de reprodu\u00e7\u00e3o denominadas de g\u00eamulas, formam-se a partir dos arque\u00f3citos e ficam envolvidas por uma membrana resistente revestida por anfidiscos. Quando das condi\u00e7\u00f5es ambientais desfavor\u00e1veis, as esponjas podem morrer, mas deixar a sua g\u00eamula em estado latente, at\u00e9 que as condi\u00e7\u00f5es se tornem favor\u00e1veis; assim os arque\u00f3citos saem da g\u00eamula e podem se organizar em novas esponjas.<\/p>\n\n\n\n

Reprodu\u00e7\u00e3o sexuada<\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

Sabemos que as esponjas podem ser mon\u00f3icas (hermafroditas) ou di\u00f3icas (sexos separados). Os \u00f3vulos e os espermatoz\u00f3ides, originam-se de arque\u00f3citos ou coan\u00f3citos (n\u00e3o existem \u00f3rg\u00e3os reprodutores diferenciados). Assim quando da reprodu\u00e7\u00e3o sexuada o espermatoz\u00f3ide pode chegar a um dos canais radiais da esponja, de onde poder\u00e1 ser dispersado pelas correntes de \u00e1gua at\u00e9 o \u00e1trio; l\u00e1 ele poder\u00e1 se fixar em um coan\u00f3cito, o qual perder\u00e1 o seu colarinho e flagelo e vai migrar at\u00e9 o \u00f3vulo (que permanece no mes\u00eanquima). Portanto a fecunda\u00e7\u00e3o \u00e9 chamada de indireta.<\/p>\n\n\n\n

Nas esponjas n\u00e3o existe sistema circulat\u00f3rio nem sistema nervoso. S\u00e3o animais enormemente dependentes da \u00e1gua, com a \u00e1gua entra o oxig\u00eanio, alimento e esperma e saem detritos metab\u00f3litos, res\u00edduos nitrogenados, esperma e larvas.<\/p>\n\n\n\n

Os por\u00edferos possuem alto poder de regenera\u00e7\u00e3o, este fato \u00e9 largamente utilizado nos cultivos de esponjas. Algumas esponjas vivem somente um ano, outras vivem muitos anos. Em regi\u00f5es temperadas durante o inverno passa por um per\u00edodo de dorm\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

Os por\u00edferos possuem grande import\u00e2ncia ecol\u00f3gica – fazem simbiose com organismo fotossint\u00e9ticos (zooxantelas – matriz amarelada ou cianobact\u00e9rias – matriz verde, violeta, marrom), vivem em \u00e1guas rasas e claras, aumento na taxa metab\u00f3lica entre 33% e 80%. Abriga grande comunidade de organismos aqu\u00e1ticos. Servem de alimento para muitas teias alimentares.<\/p>\n\n\n\n

Geralmente est\u00e3o associados com recifes de corais, abrigando grande diversidade de organismos marinhos.<\/p>\n\n\n\n

Em algumas unidades de conserva\u00e7\u00e3o estes organismos s\u00e3o protegidos por lei, como \u00e9 o caso do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e Parque Nacional Marinho de Abrolhos entre outras \u00e1reas naturais.<\/p>\n\n\n\n

Reda\u00e7\u00e3o Ambiente Brasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"