{"id":374,"date":"2015-01-12T16:33:46","date_gmt":"2015-01-12T16:33:46","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T19:16:11","modified_gmt":"2021-07-10T22:16:11","slug":"classificacao_das_aguas_minerais_no_brasil","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/agua\/aguas_minerais\/classificacao_das_aguas_minerais_no_brasil.html","title":{"rendered":"Classifica\u00e7\u00e3o das \u00c1guas Minerais no Brasil"},"content":{"rendered":"\n
J\u00e1 em seu cap\u00edtulo 3\u00ba s\u00e3o definidas as \u00e1guas pot\u00e1veis de mesa como \u201cas \u00e1guas de composi\u00e7\u00e3o normal provenientes de fontes naturais ou de fontes artificialmente captadas, que preencham t\u00e3o somente as condi\u00e7\u00f5es de potabilidade para a regi\u00e3o\u201d. Esse Decreto-Lei, al\u00e9m de classific\u00e1-las, ordena o seu aproveitamento atrav\u00e9s de balne\u00e1rio, ou seja, como industrial, tanto das \u00e1guas minerais quanto das \u00e1guas pot\u00e1veis de mesa.<\/span><\/p>\n\n\n\n Classificar <\/span>significa identificar atrav\u00e9s de avalia\u00e7\u00e3o das an\u00e1lises <\/span>in loco <\/span>e laboratoriais os componentes qu\u00edmicos e f\u00edsico-qu\u00edmicos que fazem parte do res\u00edduo sol\u00favel, bem como das propriedades qu\u00edmicas, f\u00edsicas e f\u00edsico-qu\u00edmicas inerentes \u00e0s fontes, respeitando os limites m\u00ednimos estabelecidos pela legisla\u00e7\u00e3o vigente (C\u00f3digo de \u00c1guas Minerais). Cabe ao DNPM a classifica\u00e7\u00e3o das \u00e1guas para fins de engarrafamento e balneabilidade. Com a exclus\u00e3o da crenologia (estudo da a\u00e7\u00e3o medicamentosa) em 1959, as \u00e1guas passaram a ser classificadas de acordo com os seguintes termos:<\/p>\n\n\n\n \u00c1guas Minerais<\/strong> <\/span>s\u00e3o aquelas que atingiram os limites m\u00ednimos para classifica\u00e7\u00e3o estabelecidos pelo C\u00f3digo de \u00c1guas Minerais (Artigos 35 e 36). Presen\u00e7a de elementos qu\u00edmicos especiais (fl\u00faor, l\u00edtio e van\u00e1dio) na composi\u00e7\u00e3o s\u00e3o classificat\u00f3rios, mas caber\u00e1 ao DNPM decidir (Artigo 35, par\u00e1grafo 1\u00ba) a classifica\u00e7\u00e3o devido \u00e0 <\/span>inexist\u00eancia de limites quantitativos legais.<\/p>\n\n\n\n \u00c1guas Pot\u00e1veis de Mesa<\/strong> <\/span>s\u00e3o conceitualmente id\u00eanticas \u00e0s \u00e1guas minerais, mas n\u00e3o atingiram os limites m\u00ednimos para classifica\u00e7\u00e3o estabelecidos pelo C\u00f3digo de \u00c1guas Minerais.<\/p>\n\n\n\n OBS.: <\/span>\u00c1guas Oligominerais<\/span><\/em> <\/span>s\u00e3o referentes \u00e0 baixa salinidade ou presen\u00e7a de oligoelementos (elementos tra\u00e7os). A classifica\u00e7\u00e3o como mineral <\/span>n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel<\/span><\/em> <\/span>porque o termo est\u00e1 atrelado \u00e0 crenologia (Artigo 35 item I, Par\u00e1grafo 2\u00ba e 3\u00ba, do Artigo 1\u00b0).<\/p>\n\n\n\n O artigo 35\u00b0 determina:<\/p>\n\n\n\n Art. 35 – As \u00e1guas minerais ser\u00e3o classificadas, quanto \u00e0 composi\u00e7\u00e3o qu\u00edmica em:<\/p>\n\n\n\n I – oligominerais, quando, apesar de n\u00e3o atingirem os limites estabelecidos neste artigo, forem classificadas como minerais pelo disposto nos \u00a7\u00a7 2\u00b0 e 3\u00b0, do Art. 1\u00ba da presente lei;<\/p>\n\n\n\n II – rad\u00edferas, quando contiverem subst\u00e2ncias radioativas dissolvidas que lhes atribuam radioatividade permanente;<\/p>\n\n\n\n III – alcalino-bicarbonatadas, as que contiverem, por litro, uma quantidade de compostos alcalinos equivalentes, no m\u00ednimo, a 0,200 g de bicarbonato de s\u00f3dio;<\/p>\n\n\n\n IV – alcalino-terrosas, as que contiverem, por litro, uma quantidade de compostos alcalino-terrosos equivalente, no m\u00ednimo, a 0,120 g de carbonato de c\u00e1lcio, distinguindo-se:<\/p>\n\n\n\n a) alcalino-terrosas c\u00e1lcicas, as que contiverem, por litro, no m\u00ednimo, 0,048 g de cationte Ca sob a forma de bicarbonato de c\u00e1lcio;<\/p>\n\n\n\n b) alcalino-terrosas magnesianas, as que contiverem, por litro, no m\u00ednimo, 0,030 g de cationte Mg sob a forma de bicarbonato de magn\u00e9sio;<\/p>\n\n\n\n V – sulfatadas, as que contiverem, por litro, no m\u00ednimo, 0,100 g do anionte SO4 combinado aos cationtes Na, K e Mg;<\/p>\n\n\n\n VI – sulfurosas, as que contiverem, por litro, no m\u00ednimo, 0,001 g de anionte S;<\/p>\n\n\n\n VII – nitratadas, as que contiverem, por litro, no m\u00ednimo, 0,100 g do anionte NO3 de origem mineral;<\/p>\n\n\n\n VIII – cloretadas, as que contiverem, por litro, no m\u00ednimo, 0,500 g do ClNa (Cloreto de S\u00f3dio);<\/p>\n\n\n\n IX – ferruginosas, as que contiverem, por litro, no m\u00ednimo, 0,005 g do cationte Fe;<\/p>\n\n\n\n X – radioativas, as que contiverem rad\u00f4nio em dissolu\u00e7\u00e3o, obedecendo aos seguintes limites:<\/p>\n\n\n\n a) francamente radioativas, as que apresentarem, no m\u00ednimo, um teor em rad\u00f4nio compreendido entre 5 e 10 unidades Mache, por litro, a 20\u00b0C e 760 mm de Hg de press\u00e3o;<\/p>\n\n\n\n b) radioativas as que apresentarem um teor em rad\u00f4nio compreendido entre 10 e 50 unidades Mache por litro, a 20\u00b0C e 760 mm Hg de press\u00e3o;<\/p>\n\n\n\n c) fortemente radioativas, as que possu\u00edrem um teor em rad\u00f4nio superior a 50 unidades Mache, por litro, a 20\u00b0C e 760 mm de Hg de press\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n XI – Toriativas, as que possu\u00edrem um teor em tor\u00f4nio em dissolu\u00e7\u00e3o, equivalente em unidades eletrost\u00e1ticas, a 2 unidades Mache por litro, no m\u00ednimo.<\/p>\n\n\n\n XII – Carbogasosas, as que contiverem, por litro, 200 ml de g\u00e1s carb\u00f4nico livre dissolvido, a 20\u00b0C e 760 mm de Hg de press\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n \u00a7 1\u00ba – As \u00e1guas minerais dever\u00e3o ser classificadas pelo DNPM de acordo com o elemento predominante, podendo ser classificadas mista as que acusarem na sua composi\u00e7\u00e3o mais de um elemento digno de nota, bem como as que contiverem iontes ou subst\u00e2ncias raras dignas de nota (\u00e1guas iodadas, arseniadas, litinadas, etc.).<\/p>\n\n\n\n \u00a7 2\u00ba – As \u00e1guas das classes VII (nitratadas) e VIII (cloretadas) s\u00f3 ser\u00e3o consideradas minerais quando possu\u00edrem uma a\u00e7\u00e3o medicamentosa definida, comprovada conforme o \u00a7 3\u00b0 do Art. 1\u00ba da presente Lei.<\/p>\n\n\n\n Legisla\u00e7\u00f5es pertinentes \u00e0s \u00e1guas minerais<\/strong><\/p>\n\n\n\n <\/strong>C\u00f3digo de \u00c1guas Minerais, Decreto-Lei 7841 de 08\/08\/1945, DNPM: \u201cEstabelece a classifica\u00e7\u00e3o, bem como a regulamenta\u00e7\u00e3o das \u00e1guas minerais e pot\u00e1veis de Mesa\u201d, para fins de engarrafamento e balneabilidade.<\/p>\n\n\n\n Resolu\u00e7\u00e3o RDC 274\/2005 da ANVISA\/MS: \u201cAprova o regulamento t\u00e9cnico para \u00e1guas envasadas e gelo\u201d.<\/p>\n\n\n\n Resolu\u00e7\u00e3o 275\/2005 da ANVISA\/MS: \u201cAprova o regulamento t\u00e9cnico das caracter\u00edsticas microbiol\u00f3gicas\u201d.<\/p>\n\n\n\n Resolu\u00e7\u00e3o RDC 173\/2006 da ANVISA: “Disp\u00f5e sobre o Regulamento T\u00e9cnico de Boas Pr\u00e1ticas para Industrializa\u00e7\u00e3o e Comercializa\u00e7\u00e3o de \u00c1gua Mineral e Natural”.<\/p>\n\n\n\n Portaria 374 de 01\/10\/2009, DNPM: \u201cDisp\u00f5e sobre especifica\u00e7\u00f5es t\u00e9cnicas para o aproveitamento de \u00e1gua mineral, termal, gasosa, pot\u00e1vel de mesa, destinadas ao envase ou como ingrediente para o preparo de bebidas em geral, ou ainda destinadas para fins balne\u00e1rios\u201d.<\/p>\n\n\n\n Portaria 470 de 24\/11\/1999, DNPM: “Disp\u00f5e sobre as caracter\u00edsticas dos r\u00f3tulos das embalagens das \u00e1guas minerais e pot\u00e1veis de mesa”.<\/p>\n\n\n\n Portaria 231 de 31\/07\/1998, DNPM: “Regulamenta as \u00e1reas de prote\u00e7\u00e3o das fontes de \u00e1guas minerais”.<\/p>\n\n\n\n Fonte: www.cprm.gov.br; www.dnpm.gov.br; www.planalto.gov.br<\/em>\n<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" As \u00e1guas minerais brasileiras s\u00e3o classificadas de acordo com o C\u00f3digo de \u00c1guas Minerais (Decreto-Lei n\u00b0 7.841, de 08\/08\/1945), que as define, em seu art. 1\u00ba, como: \u201caquelas provenientes de fontes naturais ou de fontes artificialmente captadas que possuem composi\u00e7\u00e3o qu\u00edmica ou propriedades f\u00edsicas ou f\u00edsico-qu\u00edmicas distintas das \u00e1guas comuns, com caracter\u00edsticas que lhes confiram uma a\u00e7\u00e3o medicamentosa\u201d. 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