{"id":348,"date":"2009-03-02T13:55:55","date_gmt":"2009-03-02T13:55:55","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:15:40","modified_gmt":"2021-07-10T23:15:40","slug":"hidrografia_do_brasil","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/agua\/recursos_hidricos\/hidrografia_do_brasil.html","title":{"rendered":"Hidrografia do Brasil"},"content":{"rendered":"\n
A rede hidrogr\u00e1fica brasileira \u00e9 constitu\u00edda por rios navegados em corrente livre e por hidrovias geradas pela canaliza\u00e7\u00e3o de trechos de rios, al\u00e9m de extensos lagos isolados, criados pela constru\u00e7\u00e3o de barragens para fins exclusivos de gera\u00e7\u00e3o hidrel\u00e9trica.<\/p>\n\n\n\n
Alguns dos rios da Amaz\u00f4nia e do Centro-Oeste foram melhorados pela dragagem de seus baixios, mas a maioria dos rios naveg\u00e1veis destas regi\u00f5es s\u00e3o naturais. Nas regi\u00f5es Sudeste e Sul, v\u00e1rios rios foram canalizados, o que permitiu o aumento da capacidade de tr\u00e1fego dessas hidrovias e da confiabilidade do transporte fluvial.<\/p>\n\n\n\n
A rede hidrogr\u00e1fica brasileira tem elevadas condi\u00e7\u00f5es de umidade na maior parte do territ\u00f3rio nacional, sendo considerada como a mais densa do planeta.<\/p>\n\n\n\n
Algumas caracter\u00edsticas da hidrografia do Brasil<\/p>\n\n\n\n
Bacias Hidrogr\u00e1ficas<\/strong><\/p>\n\n\n\n \u00c9 a \u00e1rea ocupada por um rio principal e todos os seus tribut\u00e1rios, cujos limites constituem as vertentes, que por sua vez limitam outras bacias. No Brasil, a predomin\u00e2ncia do clima \u00famido propicia uma rede hidrogr\u00e1fica numerosa e formada por rios com grande volume de \u00e1gua.<\/p>\n\n\n\n As bacias hidrogr\u00e1ficas brasileiras s\u00e3o formadas a partir de tr\u00eas grandes divisores:<\/p>\n\n\n\n Ressaltam-se oito grandes bacias hidrogr\u00e1ficas existentes no territ\u00f3rio brasileiro; a do Rio Amazonas, do Rio Tocantins, do Atl\u00e2ntico Sul, trechos Norte e Nordeste, do Rio S\u00e3o Francisco, as do Atl\u00e2ntico Sul, trecho leste, a do Rio Paran\u00e1, a do Rio Paraguai e as do Atl\u00e2ntico Sul, trecho Sudeste.<\/p>\n\n\n\n Bacias Hidrogr\u00e1ficas Brasileiras<\/strong><\/p>\n\n\n\n Bacia Amaz\u00f4nica<\/strong><\/p>\n\n\n\n \u00c9 a maior superf\u00edcie drenada do mundo. O Rio Amazonas, dependendo da nascente, \u00e9 considerado o segundo (6.557 Km) ou o primeiro rio mais extenso do mundo. \u00c9 o rio de maior vaz\u00e3o de \u00e1gua (100.000 m3\/s), depositando aproximadamente 15% dos d\u00e9bitos fluviais totais do mundo. Possui uma largura m\u00e9dia de 4 a 5 Km, podendo atingir mais de 10 Km em alguns pontos. Nasce na plan\u00edcie de La Raya, no Peru, com o nome de Vilcanota, desce as montanhas, recebendo os nomes de Ucaiali, Urubanda e Mara\u00f1\u00f3n. No territ\u00f3rio brasileiro, recebe o nome de Solim\u00f5es e, a partir da conflu\u00eancia com o Rio Negro, pr\u00f3ximo a Manaus, \u00e9 chamado de Amazonas. Dos seus mais de 7 mil afluentes, os principais s\u00e3o: Negro, Trombetas e Jari (margem esquerda); Madeira, Xingu e Tapaj\u00f3s (margem direita).<\/p>\n\n\n\n A Bacia Amaz\u00f4nica possui cerca de 23.000 Km naveg\u00e1veis, podendo atingir a Bacia Platina, a Bacia de S\u00e3o Francisco, a Bacia do Orenoco, na Venezuela, e o Rio Madalena, na Col\u00f4mbia. Hoje, a travessia dessas e de outras passagens naturais ainda \u00e9 dif\u00edcil, mas vislumbra-se o dia em que ser\u00e1 poss\u00edvel atravessar praticamente todo o continente sul americano. <\/p>\n\n\n\n A pesca fluvial apresenta um enorme potencial ainda pouco explorado. Sabe-se da exist\u00eancia de in\u00fameras esp\u00e9cies de peixes com aproveitamento econ\u00f4mico vi\u00e1vel.<\/p>\n\n\n\n Bacia do Tocantins<\/strong><\/p>\n\n\n\n Com 803.250 Km\u00b2 de \u00e1rea ocupada, \u00e9 a maior bacia em territ\u00f3rio nacional. O principal rio \u00e9 o Tocantins, que nasce em GO, nas conflu\u00eancias dos Rios Maran\u00f3n e Paran\u00e1, desaguando na foz do Rio Amazonas. \u00c9 aproveitado pela Usina Hidrel\u00e9trica de Tucuru\u00ed, PA.<\/p>\n\n\n\n Bacia do Paran\u00e1<\/strong><\/p>\n\n\n\n Pertence a uma bacia maior, n\u00e3o estando totalmente em territ\u00f3rio brasileiro, banhando tamb\u00e9m a Argentina e o Paraguai. No Brasil ocupa 10,1% da \u00e1rea do pa\u00eds. O Rio Paran\u00e1 nasce da uni\u00e3o dos Rios Parana\u00edba e Grande, na divisa MS\/MG\/SP; possui o maior potencial hidrel\u00e9trico instalado no pa\u00eds, com destaque para a Usina Binacional de Itaipu, fronteira com o Paraguai. Os principais afluentes do Rio Paran\u00e1 est\u00e3o na margem esquerda: Tiet\u00ea, Paranapanema e Igua\u00e7u. Na margem direita, recebe como principais afluentes os Rios Suru\u00ed, Verde e Pardo.<\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m do potencial hidrel\u00e9trico, a Bacia do Paran\u00e1 \u00e9 utilizada para navega\u00e7\u00e3o, em trechos que estar\u00e3o interligados no futuro com a constru\u00e7\u00e3o de canais e eclusas.<\/p>\n\n\n\n Bacia do Uruguai<\/strong><\/p>\n\n\n\n \u00c9 formada pela uni\u00e3o dos Rios Canoas e Pelotas, correndo em dire\u00e7\u00e3o oeste, nas divisas dos estados de SC e RS, e em dire\u00e7\u00e3o ao Sul, na fronteira do Rio Grande do Sul com Argentina. Os principais afluentes s\u00e3o os Rios do Peixe, Chapec\u00f3, Iju\u00ed e Turvo.<\/p>\n\n\n\n Tanto para a navega\u00e7\u00e3o como para hidrel\u00e9trica, a utiliza\u00e7\u00e3o \u00e9 pequena em fun\u00e7\u00e3o da irregularidade da sua vaz\u00e3o e topografia do terreno.<\/p>\n\n\n\n Bacia do S\u00e3o Francisco<\/strong><\/p>\n\n\n\n Nasce em MG, na Serra da Canastra, a mais de 1000m de altitude, atravessa o Estado da Bahia e banha as divisas dos Estados de Pernambuco, Alagoas e Sergipe, uma regi\u00e3o basicamente semi-\u00e1rida.<\/p>\n\n\n\n \u00c9 um rio de planalto; todavia, possui cerca de 2.000 Km naveg\u00e1veis. Possui bom potencial hidrel\u00e9trico e nele est\u00e1 situado a Usina de Paulo Afonso, BA. Atualmente suas \u00e1guas est\u00e3o sendo desviadas para irriga\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n Bacia do Norte \u2013 Nordeste<\/strong><\/p>\n\n\n\n Por onde correm os rios do Meio \u2013 Norte do pa\u00eds (Maranh\u00e3o e Piau\u00ed), tais como o Parana\u00edba, o Gurupi, Pindar\u00e9, Mearim e Itapicuru. Integrante tamb\u00e9m dessa bacia os rios intermitentes ou tempor\u00e1rios do sert\u00e3o nordestino: o Jaguaribe, Acara\u00fa, Apodi, Piranhas, Capibaribe, e outros.<\/p>\n\n\n\n Bacia do Leste<\/strong><\/p>\n\n\n\n \u00c9 formada principalmente pelos Rios Jequitinhonha, Doce, Itapicuru e Para\u00edba do Sul.<\/p>\n\n\n\n Bacia do Sudeste \u2013 Sul<\/strong><\/p>\n\n\n\n Entrecortada pelos Rios Ribeira do Iguape, Itaja\u00ed, Tubar\u00e3o e Jacu\u00ed (que se denomina Gua\u00edba em Porto Alegre).<\/p>\n\n\n\n Fonte:Superintend\u00eancia de Estudos e Informa\u00e7\u00f5es Hidrol\u00f3gicas \u2013 ANEEL; A rede hidrogr\u00e1fica brasileira tem elevadas condi\u00e7\u00f5es de umidade na maior parte do territ\u00f3rio nacional, sendo considerada como a mais densa do planeta. Bacia Hidrogr\u00e1fica<\/strong> <\/strong><\/span> <\/strong><\/td> \u00c1rea (10<\/strong>3<\/strong><\/sup>Km2) <\/strong><\/td> % <\/strong><\/td> Popula\u00e7\u00e3o <\/strong><\/td> <\/strong><\/span>Vaz\u00e3o (m3\/s) <\/strong><\/td> Disponibilidade H\u00eddrica (Km3\/ano) <\/strong><\/td><\/tr> Em 1996<\/strong><\/td> % <\/strong><\/td><\/tr> Amazonas<\/td> 3900 <\/td> 45,8 <\/td> 6.687.893 <\/td> 4,3 <\/td> 133.380 <\/td> 4.206,27 <\/td><\/tr> Tocantins<\/td> 757 <\/td> 8,9 <\/td> 3.503.365 <\/td> 2,2 <\/td> 11.800 <\/td> 372,12<\/td><\/tr> Atl\u00e2ntico Norte<\/td> 76 <\/td> 0,9 <\/td> 406.324 <\/td> 0,3 <\/td> 3.660 <\/td> 115,42 <\/td><\/tr> Atl\u00e2ntico Nordeste<\/td> 953 <\/td> 11,2 <\/td> 30.846.744 <\/td> 19,6 <\/td> 5390 <\/td> 169,98 <\/td><\/tr> S\u00e3o Francisco<\/td> 634 <\/td> 7,4 <\/td> 11.734.966 <\/td> 7,5 <\/td> 2.850 <\/td> 89,98 <\/td><\/tr> Atl\u00e2ntico Leste 1<\/td> 242 <\/td> 2,8 <\/td> 11.681.868 <\/td> 7,4 <\/td> 680 <\/td> 21,44 <\/td><\/tr> Atl\u00e2ntico Leste 2<\/td> 303 <\/td> 3,6 <\/td> 24.198.545 <\/td> 15,4 <\/td> 3.670 <\/td> 115,74 <\/td><\/tr> Paraguai<\/td> 368 <\/td> 4,3 <\/td> 1.820.569 <\/td> 1,2 <\/td> 1.290 <\/td> 40,68 <\/td><\/tr> Uruguai<\/td> 877 <\/td> 10,3 <\/td> 49.294.540 <\/td> 31,8 <\/td> 11.000 <\/td> 346,90 <\/td><\/tr> Atl\u00e2ntico Sudeste<\/td> 224 <\/td> 2,6 <\/td> 12.427.377 <\/td> 7,9 <\/td> 4.300 <\/td> 135,60 <\/td><\/tr> Brasil<\/strong><\/td> 8512 <\/strong><\/td> 100 <\/strong><\/td> 157.070.163 <\/strong><\/td> 100 <\/strong><\/td> 182.170 <\/strong><\/td> 5.744,91 <\/strong><\/td><\/tr><\/tbody><\/table><\/figure>\n\n\n\n
\nPopula\u00e7\u00e3o \u2013 IBGE, 1998
\nDados referentes \u00e0 \u00e1rea situada em territ\u00f3rios brasileiro.<\/em>\n<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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