O banco de s\u00eamen tem a finalidade de estocar s\u00eamen (esperma) de esp\u00e9cies nativas de peixes da regi\u00e3o do Pantanal. Embora seja mais comumente utilizada em piscicultura, esta t\u00e9cnica visa a conserva\u00e7\u00e3o de s\u00eamen vi\u00e1vel para usos futuros em estudos gen\u00e9ticos e programas de produ\u00e7\u00e3o com fins comerciais ou, ainda, para o repovoamento da ictiofauna em ecossistemas alterados.<\/p>\n\n\n\n
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Coleta de s\u00eamen de peixe.<\/span><\/div>\n\n\n\n
O banco de s\u00eamen utiliza a t\u00e9cnica de criopreserva\u00e7\u00e3o, que \u00e9 um m\u00e9todo de estocagem por congelamento em nitrog\u00eanio l\u00edquido de c\u00e9lulas ou tecidos vivos a longo prazo.<\/p>\n\n\n\n
Entre outras aplica\u00e7\u00f5es, os estudos gen\u00e9ticos realizados com o material preservado no banco de s\u00eamen podem auxiliar na elucida\u00e7\u00e3o da delimita\u00e7\u00e3o dos estoques pesqueiros das diferentes esp\u00e9cies, permitindo um ajuste fino das medidas de ordenamento pesqueiro para a regi\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n
A pesca no Pantanal<\/strong><\/p>\n\n\n\n A pesca \u00e9 uma atividade de grande import\u00e2ncia s\u00f3cio-econ\u00f4mica na regi\u00e3o, destacando-se a pesca esportiva, desenvolvida principalmente no Mato Grosso do Sul, que recebeu cerca de 59 mil pescadores em 1999, e a tradicional atividade de pesca profissional, onde atuam diretamente cerca de 6.300 pescadores em todo o Pantanal. O desembarque total da pesca no per\u00edodo de 1994 a 1999 foi equivalente a 1.415 toneladas em m\u00e9dia, sendo 24% capturado pelos pescadores profissionais e 76% pelos pescadores esportivos.<\/p>\n\n\n\n A pesca no Pantanal Sul vem sendo monitorada desde 1994 pelo Sistema de Controle da Pesca de Mato Grosso do Sul \u2013 SCPESCA\/MS, desenvolvido pela Embrapa Pantanal em parceria com a Funda\u00e7\u00e3o de Meio Ambiente Pantanal-MS e com a Pol\u00edcia Ambiental-MS. Juntamente com esse sistema, foram realizados outros estudos na Embrapa Pantanal sobre os tamanhos e idade de primeira matura\u00e7\u00e3o sexual dos peixes e \u00e9poca de reprodu\u00e7\u00e3o das principais esp\u00e9cies da regi\u00e3o. Esses conhecimentos foram aplicados na legisla\u00e7\u00e3o de pesca, definindo, assim, os tamanhos m\u00ednimos de captura, a \u00e9poca de defeso da reprodu\u00e7\u00e3o – piracema, bem como as cotas de captura de pescado para os pescadores esportivos.<\/p>\n\n\n\n Para complementar esses estudos e fortalecer o suporte cient\u00edfico obtido em anos de pesquisas, a Embrapa Pantanal vem implantando novas tecnologias para o estudo das caracter\u00edsticas gen\u00e9ticas das principais esp\u00e9cies exploradas. Entre essas tecnologias encontra-se o Banco de S\u00eamen, reunindo amostras de s\u00eamen de pacu (Piaractus mesopotamicus), pintado (Pseudoplatystoma corruscans), (cachara P. fasciatum) e dourado (Salminus maxillosus).<\/p>\n\n\n\n Piscicultura<\/strong><\/p>\n\n\n\n A fim de criar alternativas para o melhor aproveitamento dos recursos pesqueiros da regi\u00e3o, a Embrapa Pantanal vem desenvolvendo estudos na \u00e1rea de Piscicultura. Entretanto, as caracter\u00edsticas ambientais da plan\u00edcie pantaneira impedem que a piscicultura seja feita do modo tradicional e nos obriga a buscar formas alternativas de cultivo, como a utiliza\u00e7\u00e3o de tanques-redes. Algumas das principais esp\u00e9cies de interesse econ\u00f4mico est\u00e3o sendo estudadas, como a piraputanga, o pacu, o pintado e o piavu\u00e7u, gerando informa\u00e7\u00f5es para programas de cria\u00e7\u00e3o de peixes na regi\u00e3o. Ocorre ainda a demanda por outras esp\u00e9cies de peixes que s\u00e3o utilizadas como iscas vivas, principalmente a tuvira (Gymnotus carapo). Estima-se que tenham sido comercializadas cerca de 17 milh\u00f5es de unidades de tuviras em 1997. Essas iscas s\u00e3o retiradas das popula\u00e7\u00f5es naturais do Pantanal, mas a demanda crescente vem preocupando os segmentos envolvidos na atividade quanto \u00e0 sustentabilidade dessa explora\u00e7\u00e3o. Assim, a Embrapa Pantanal est\u00e1 desenvolvendo uma linha de pesquisa que visa ampliar os conhecimento da biologia da tuvira, como tamb\u00e9m dar continuidade ao desenvolvimento das tecnologias de produ\u00e7\u00e3o em cativeiro, buscando condi\u00e7\u00f5es para suprir as demandas do mercado.<\/p>\n\n\n\n Em seu conjunto, esses estudos est\u00e3o articulados em programas de pesquisa desenvolvidos pela Embrapa Pantanal em parceria com outras institui\u00e7\u00f5es, com o objetivo de gerar informa\u00e7\u00f5es para subsidiar o manejo sustent\u00e1vel da pesca e aquicultura, tendo<\/p>\n\n\n\n Em seu conjunto, esse ponto de vista a sua import\u00e2ncia ecol\u00f3gica, econ\u00f4mica e social na regi\u00e3o do Pantanal.<\/p>\n\n\n\n Emiko Kawakami de Resende (emiko@cpap.embrapa.br), Agostinho Carlos Catella (catella@cpap.embrapa.br), D\u00e9bora Karla Silveira Marques (marques@cpap.embrapa.br) e Marco Aur\u00e9lio Rotta(rotta@cpap.embrapa.br) s\u00e3o pesquisadores da Embrapa Pantanal.<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" O banco de s\u00eamen utiliza a t\u00e9cnica de criopreserva\u00e7\u00e3o, que \u00e9 um m\u00e9todo de estocagem por congelamento em nitrog\u00eanio l\u00edquido de c\u00e9lulas ou tecidos vivos a longo prazo.![\"q\"\/](\"midia\/imagens\/992.jpg\")
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