Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como “Chico Mendes” (Xapuri, 15 de dezembro de 1944 \u2014 Xapuri, 22 de dezembro de 1988), foi um seringueiro, sindicalista e ativista ambiental brasileiro. Sua intensa luta pela preserva\u00e7\u00e3o da Amaz\u00f4nia o tornou conhecido internacionalmente e foi a causa de seu assassinato. O l\u00edder sindical e seringueiro Chico Mendes foi assassinado no dia 22 de dezembro de 1988, em Xapuri, no Acre, v\u00edtima de um tiro de espingarda calibre 20. O crime foi atribu\u00eddo a Darly Alves da Silva e seu filho Darci Alves Pereira. <\/p>\n\n\n\n
Ainda crian\u00e7a, come\u00e7ou seu aprendizado do of\u00edcio de seringueiro, acompanhando o pai em excurs\u00f5es pela mata. S\u00f3 aprendeu a ler aos 20 anos de idade, j\u00e1 que na maioria dos seringais n\u00e3o havia escolas, nem os propriet\u00e1rios de terras tinham inten\u00e7\u00e3o de cri\u00e1-las em suas propriedades. O seringueiro \u00e9 considerado um s\u00edmbolo da luta pela preserva\u00e7\u00e3o do meio ambiente no Acre e dos interesses dos povos da floresta, que sobreviviam do que ela gerava: do l\u00e1tex. Denunciava a intensidade e o ritmo com que a floresta estava sendo desmatada. <\/p>\n\n\n\n
Um das demonstra\u00e7\u00f5es de sua luta foi em mar\u00e7o de 1987, quando Chico fez um discurso cheio de den\u00fancias na reuni\u00e3o do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Miami (EUA). Pediu a suspens\u00e3o do financiamento do organismo para o prosseguimento da constru\u00e7\u00e3o da BR-364, que cortava o estado de Rond\u00f4nia e se estenderia at\u00e9 o Acre. O objetivo do governo, na \u00e9poca, era criar uma sa\u00edda para o Pac\u00edfico, a fim de escoar a produ\u00e7\u00e3o gerada nos estados amaz\u00f4nicos e no Centro-Oeste pelos portos do Peru. Chico sabia que a estrada tinha provocado danos significativos para os seringueiros de Rond\u00f4nia, em raz\u00e3o do desmatamento e das queimadas provocadas pelos fazendeiros. <\/p>\n\n\n\n
Com o apelo, o BID suspendeu o financiamento para a expans\u00e3o da BR-364 e passou a exigir do governo brasileiro estudos de impacto ambiental na Amaz\u00f4nia. Al\u00e9m do BID, o Senado dos Estados Unidos, onde o seringueiro tamb\u00e9m foi convidado a falar, fez recomenda\u00e7\u00f5es a diversos bancos que patrocinavam projetos desenvolvimentistas na regi\u00e3o. Alertou-os de abusos ao meio ambiente como os ocorridos em Rond\u00f4nia. <\/p>\n\n\n\n
Outro epis\u00f3dio fez crescer a ira dos fazendeiros acreanos contra Mendes: o reconhecimento ao seu trabalho, pela Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas. Em 1987, a ONU conferiu a ele o Pr\u00eamio Global 500, de preserva\u00e7\u00e3o ambiental. Chico Mendes foi o \u00fanico brasileiro, at\u00e9 hoje, a conquistar este t\u00edtulo. Francisco Alves Mendes, o Chico Mendes, tem seu nome no Livro dos Her\u00f3is da P\u00e1tria. O decreto foi assinado pelo Presidente Luiz In\u00e1cio Lula da Silva, e publicado no Di\u00e1rio Oficial da Uni\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n
O livro encontra-se no Pante\u00e3o da P\u00e1tria, localizado na Pra\u00e7a dos Tr\u00eas Poderes, est\u00e1 em exposi\u00e7\u00e3o permanente para o p\u00fablico. Nele est\u00e3o gravados os nomes de grandes personalidades da hist\u00f3ria brasileira, Joaquim Jos\u00e9 da Silva Xavier \u2013 o Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Marechal Deodoro da Fonseca e D. Pedro.<\/p>\n\n\n\n
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