A Amaz\u00f4nia, apresenta-se como um ecossistema extremamente complexo e delicado. Sua incr\u00edvel diversidade biol\u00f3gica \u00e9 de dif\u00edcil compreens\u00e3o. As imensas \u00e1rvores retiram do solo toda a mat\u00e9ria org\u00e2nica nele existente, restando apenas um pouco na fina camada de h\u00famus, onde os decompositores garantem a reciclagem de nutrientes. A retirada desses minerais \u00e9 t\u00e3o intensa que alguns rios amaz\u00f4nicos t\u00eam suas \u00e1guas quase destiladas. Ficando praticamente sem mat\u00e9ria org\u00e2nica, os peixes e animais aqu\u00e1ticos dependem, para se alimentar, das folhas e dos frutos que caem das \u00e1rvores. Para que possa ocorrer a reciclagem dos nutrientes, \u00e9 preciso haver um grande n\u00famero de esp\u00e9cies de plantas, pois cada uma desempenha uma fun\u00e7\u00e3o no ecossistema. <\/p>\n\n\n\n
As monoculturas naturalmente comprometem esse mecanismo e, por isso mesmo, n\u00e3o s\u00e3o recomend\u00e1veis. Os animais, que se alimentam das plantas ou de outros animais, tamb\u00e9m contribuem, com suas fezes, para o retorno da mat\u00e9ria org\u00e2nica ao solo. Al\u00e9m disso, eles t\u00eam importante participa\u00e7\u00e3o na poliniza\u00e7\u00e3o das flores e na dispers\u00e3o dos frutos e das sementes. As constantes chuvas que caem na Amaz\u00f4nia t\u00eam um papel fundamental na manuten\u00e7\u00e3o do ecossistema. Muitas vezes as \u00e1guas nem chegam a atingir o solo, uma vez que ficam retidas nas diversas camadas de vegeta\u00e7\u00e3o, sendo rapidamente absorvidas ou evaporando-se ao t\u00e9rmino da chuva. S\u00e3o elas que garantem a exuber\u00e2ncia da floresta. <\/p>\n\n\n\n
Todos os elementos, clima, solo, fauna e flora, est\u00e3o t\u00e3o estreitamente relacionados que n\u00e3o se pode considerar nenhum deles como o principal. Todos contribuem para a manuten\u00e7\u00e3o do equil\u00edbrio, e a aus\u00eancia de qualquer um deles \u00e9 suficiente para desarranjar o ecossistema. Retirando-se a vegeta\u00e7\u00e3o, por exemplo, esta levaria consigo a maior parte dos nutrientes, e o pouco de que restasse seria carregado pelas fortes chuvas que passariam a atingir diretamente o solo. Sem a exist\u00eancia dessa mat\u00e9ria org\u00e2nica, a floresta n\u00e3o conseguiria se reconstituir, e a tend\u00eancia natural seria sua desertifica\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n
Dificilmente, por\u00e9m, ter\u00edamos um deserto total, pois a perman\u00eancia dos ventos al\u00edseos oriundos do oceano \u00e9 capaz de garantir a umidade necess\u00e1ria para algumas formas de vegeta\u00e7\u00e3o. Mas de qualquer maneira o ecossistema estaria destru\u00eddo. E qual seria a conseq\u00fc\u00eancia disso para o globo? <\/p>\n\n\n\n
Durante muito tempo atribuiu-se \u00e0 Amaz\u00f4nia o papel do \u201cpulm\u00e3o do mundo\u201d. Hoje se sabe que a quantidade de oxig\u00eanio que a floresta produz durante o dia, pelo processo da fotoss\u00edntese, \u00e9 consumida \u00e0 noite. No entanto, devido \u00e0s altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas que causa no planeta, ela vem sendo chamada de \u201co condicionador de ar\u201d. \u201cO desmatamento da Amaz\u00f4nia pode, aparentemente, causar altera\u00e7\u00f5es no clima de todo o planeta, com uma poss\u00edvel eleva\u00e7\u00e3o da temperatura global pela elimina\u00e7\u00e3o da evapora\u00e7\u00e3o e transpira\u00e7\u00e3o\u201d. <\/p>\n\n\n\n
Al\u00e9m disso, o g\u00e1s carb\u00f4nico liberado pela queima de suas \u00e1rvores poderia contribuir para o chamado efeito estufa, novamente aquecendo a atmosfera.<\/p>\n\n\n\n
Ambientebrasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" A Amaz\u00f4nia, apresenta-se como um ecossistema extremamente complexo e delicado. Sua incr\u00edvel diversidade biol\u00f3gica \u00e9 de dif\u00edcil compreens\u00e3o. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1607],"tags":[662,462,725],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3065"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=3065"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3065\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":3660,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3065\/revisions\/3660"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=3065"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=3065"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=3065"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}