{"id":3055,"date":"2010-08-02T15:47:52","date_gmt":"2010-08-02T15:47:52","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T19:16:37","modified_gmt":"2021-07-10T22:16:37","slug":"bacia_do_rio_amazonas_e_suas_curiosidades","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/amazonia\/bacia_do_rio_amazonas\/bacia_do_rio_amazonas_e_suas_curiosidades.html","title":{"rendered":"Bacia do Rio Amazonas e suas Curiosidades"},"content":{"rendered":"\n

A teoria mais aceita pelos ge\u00f3logos \u00e9 de que o rio Amazonas formou-se a partir de um grande golfo, que originalmente se abria ao Oceano Pac\u00edfico. Com a separa\u00e7\u00e3o do super continente Pangea h\u00e1 130 Ma (particularmente, a quebra do Gondwana, o continente formado antes do Pangeia pela jun\u00e7\u00e3o da Africa, Am\u00e9rica do Sul, Ant\u00e1rtica, Ar\u00e1bia e Austr\u00e1lia) o deslocamento da placa americana para oeste gera a forma\u00e7\u00e3o da cordilheira dos Andes h\u00e1 65 Ma, esse golfo fechado a oeste, se abre para leste pela captura de drenagem vinda do Atl\u00e2ntico, tendo o grande rio assim se formado (ver teoria das placas tect\u00f4nicas). Sua origem explica o fato de o rio Amazonas apresentar inclina\u00e7\u00e3o muito pequena. <\/p>\n\n\n\n

Em todo seu trajeto inclina-se menos de cem metros; num trecho de 3 mil quil\u00f4metros em territ\u00f3rio brasileiro, a inclina\u00e7\u00e3o \u00e9 de apenas 15 metros. Durante muito tempo, considerou-se a desembocadura do Amazonas na regi\u00e3o de Bel\u00e9m. Hoje, o rio que banha a capital paraense (rio Par\u00e1) n\u00e3o \u00e9 considerado como foz do Amazonas, fazendo parte da Bacia Hidrogr\u00e1fica do Tocantins. A foz do Amazonas est\u00e1 no lado ocidental da ilha de Maraj\u00f3. Isso faz com que a cidade de Macap\u00e1 seja considerada a \u00fanica capital banhada pelo rio. O volume d’\u00e1gua despejado pelo rio \u00e9 t\u00e3o descomunal que a \u00e1gua do mar \u00e9 doce por v\u00e1rios quil\u00f4metros al\u00e9m da desembocadura. O rio Amozonas descarrega no Oceano Atl\u00e2ntico 20% de toda a \u00e1gua doce que chega nos oceanos.<\/p>\n\n\n\n

A pororoca <\/strong>  
O encontro de suas \u00e1guas com as \u00e1guas do oceano provoca a pororoca (uma grande onda que percorre o rio por v\u00e1rias horas), que pode ser vista do espa\u00e7o e cujo barulho pode ser ouvido a grande dist\u00e2ncia. O fen\u00f4meno da Pororoca que ocorre na regi\u00e3o Amaz\u00f4nica, principalmente na foz do seu grandioso e mais imponente rio, o Amazonas, \u00e9 formado pela eleva\u00e7\u00e3o s\u00fabita das \u00e1guas junto \u00e0 foz, provocada pelo encontro das mar\u00e9s ou de correntes contr\u00e1rias, como se estas encontrassem um obst\u00e1culo que impedisse seu percurso natural. Quando ultrapassa esse obst\u00e1culo, as \u00e1guas correm rio a dentro com uma velocidade de 10 a 15 milhas por hora, subindo uma altura de 3 a 6 metros.<\/p>\n\n\n\n

No Estado do Amap\u00e1, ela ocorre na ilha do Bailique, na “Boca” do Araguari, no Canal do Inferno da Ilha de Marac\u00e1 em diversas partes insulares e com maior intensidade nos meses de janeiro a maio. \u00c9 sem d\u00favida, um dos atrativos tur\u00edsticos mais expressivos, que embora tem\u00edvel, torna-se um espet\u00e1culo admir\u00e1vel por todos. Consta que Vicente Y\u00e1\u00f1ez Pinz\u00f3n e a sua tripula\u00e7\u00e3o presenciaram a Pororoca quando desceram a foz do Rio Amazonas e ficaram surpresos com a grandeza e a beleza \u00edmpar do fen\u00f4meno. \u00c9 sabido que em janeiro de 1500 ela quase destruiu as suas embarca\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

A pororoca prenuncia a enchente. Alguns minutos antes de chegar, h\u00e1 uma calmaria, um momento de sil\u00eancio. As aves se aquietam e at\u00e9 o vento parece parar de “soprar”. \u00c9 ela que se aproxima. Os caboclos j\u00e1 sabem e rapidamente procuram um lugar seguro como enseadas ou mesmo os pontos mais profundos dos rios para aportar suas embarca\u00e7\u00f5es seguras de qualquer dano, pois a canoa que estiver na “baixa-mar”, onde ela bate furiosa e barulhenta, levando \u00e1rvores das margens, abrindo furos, arranca, vira e leva consigo. Existem v\u00e1rias explica\u00e7\u00f5es da causa da Pororoca, por\u00e9m a principal consiste na mudan\u00e7a das fases da lua, principalmente nos equin\u00f3cios. com maior propens\u00e3o da massa l\u00edquida dos oceanos, for\u00e7a que na Amaz\u00f4nia \u00e9 percebida calculadamente a mais de mil quil\u00f4metros, e o barulho ensurdecedor ouve-se at\u00e9 com duas horas de anteced\u00eancia \u00e0 vinda da “cabeceira” da Pororoca. Quando ela passa formam ondas menores, os “banzeiros”, que violentamente morrem nas praias.

Terras ca\u00eddas    <\/strong>
As \u00e1guas do rio Amazonas provocam o desprendimento das terras das margens, levando-as para outros lugares. Esse fato \u00e9 conhecido como o fen\u00f4meno das terras ca\u00eddas. Este fen\u00f4meno \u00e9 melhor observado na regi\u00e3o amaz\u00f4nica especialmente no rio Madeira, devido a velocidade de sua correnteza, este proporciona o melhor local de estudo para este fen\u00f4meno.<\/p>\n\n\n\n

Atualidades<\/strong>
2006 foi o ano mais seco em 35 anos na bacia amaz\u00f4nica, segundo informa\u00e7\u00f5es da NASA, que segue a sua evolu\u00e7\u00e3o pelos sat\u00e9lites. Devido \u00e0 falta de chuva, rios e lagos secaram ou estiveram pr\u00f3ximos de secarem, e as perdas na agricultura foram de milh\u00f5es de d\u00f3lares. Muitos povos ficaram incomunic\u00e1veis (mais de 40.000 pessoas), devido ao fato de sua \u00fanica via de comunica\u00e7\u00e3o serem os rios da bacia amaz\u00f4nica. Embora o Brasil tenha reduzido o corte de \u00e1rvores na Amaz\u00f4nia, a maior reserva florestal do mundo perdeu cerca de 9.000 quil\u00f4metros quadrados em 2004.<\/p>\n\n\n\n

Da reda\u00e7\u00e3o ambientebrasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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