{"id":3050,"date":"2010-07-30T17:42:33","date_gmt":"2010-07-30T17:42:33","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T19:16:40","modified_gmt":"2021-07-10T22:16:40","slug":"a_floresta_amazonica","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/amazonia\/floresta_amazonica\/a_floresta_amazonica.html","title":{"rendered":"A Floresta Amaz\u00f4nica"},"content":{"rendered":"\n

A Floresta Amaz\u00f4nica \u00e9 uma floresta tropical situada na regi\u00e3o norte da Am\u00e9rica do Sul. Ocupa territ\u00f3rios do Brasil, Bol\u00edvia, Peru, Equador, Col\u00f4mbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. \u00c9 a floresta equatorial que ocupa a maior extens\u00e3o do territ\u00f3rio amaz\u00f4nico. \u00c9 uma das tr\u00eas grandes florestas tropicais do mundo. \u00c9 a maior floresta tropical do mundo, enquanto perde em tamanho para a Taiga Siberiana que \u00e9 uma floresta de con\u00edferas, \u00e1rvores em forma de cones, os pinheiros.<\/span><\/p>\n\n\n\n

A floresta Amaz\u00f4nica possui a apar\u00eancia, vista de cima, de uma camada cont\u00ednua de copas largas, situadas a aproximadamente 30 metros acima do solo. A maior parte de seus cinco milh\u00f5es de km\u00b2,ou 42% do territ\u00f3rio brasileiro, \u00e9 composta por uma floresta que nunca se alaga, em uma plan\u00edcie de 130 a 200 metros de altitude, formada por sedimentos do lago Belterra, que ocupou a bacia Amaz\u00f4nica entre 1,8 milh\u00f5es e 25 mil anos atr\u00e1s. Ao tempo em que os Andes se erguiam, os rios cavaram seu leito, o que originou os tr\u00eas tipos de floresta da Amaz\u00f4nia. As duas \u00faltimas formam a Amaz\u00f4nia brasileira:
\u2022    Ecossistemas do bioma Hileia Amaz\u00f4nica
o    Florestas montanhosas andinas
o    Florestas de terra firme
o    Florestas fluviais alagadas<\/p>\n\n\n\n

A floresta de terra firme, que n\u00e3o difere muito da floresta andina, exceto pela menor densidade, est\u00e1 localizada em planaltos pouco elevados (30-200m) e apresenta um solo extremamente pobre em nutrientes. Isto for\u00e7ou uma adapta\u00e7\u00e3o das ra\u00edzes das plantas que, atrav\u00e9s de uma associa\u00e7\u00e3o simbi\u00f3tica com alguns tipos de fungos, passaram a decompor rapidamente a mat\u00e9ria org\u00e2nica depositada no solo, a fim de absorver os nutrientes antes deles serem lixiviados.<\/p>\n\n\n\n

A floresta fluvial alagada tamb\u00e9m apresenta algumas adapta\u00e7\u00f5es \u00e0s condi\u00e7\u00f5es do ambiente, como ra\u00edzes respirat\u00f3rias, que possuem poros que permitem a absor\u00e7\u00e3o de oxig\u00eanio atmosf\u00e9rico. As \u00e1reas localizadas em terrenos baixos e sujeitos a inunda\u00e7\u00f5es peri\u00f3dicas por \u00e1guas brancas ou turvas, provenientes de rios de regi\u00f5es ricas em mat\u00e9ria org\u00e2nica, s\u00e3o chamadas de florestas de v\u00e1rzea. E as \u00e1reas alagadas por \u00e1guas escuras, que percorrem terras arenosas e pobres em minerais e que assumem uma colora\u00e7\u00e3o escura devido \u00e0 mat\u00e9ria org\u00e2nica presente, s\u00e3o chamadas de florestas de igap\u00f3. A oscila\u00e7\u00e3o do n\u00edvel das \u00e1guas pode chegar a at\u00e9 dez metros de altura.<\/p>\n\n\n\n

No Pleistoceno o clima da Amaz\u00f4nia alternou-se entre frio-seco, quente-\u00famido e quente-seco. Na \u00faltima fase frio-seca, h\u00e1 cerca de 18 ou 12 mil anos, o clima amaz\u00f4nico era semi-\u00e1rido, e o m\u00e1ximo de umidade ocorreu h\u00e1 sete mil anos. Na fase semi-\u00e1rida predominaram as forma\u00e7\u00f5es vegetais abertas, como cerrado e caatinga, com “ref\u00fagios” onde sobrevivia a floresta. Atualmente o cerrado subsiste em abrigos no interior da mata. O solo amaz\u00f4nico \u00e9 bastante pobre, contendo apenas uma fina camada de nutrientes. Contudo, a flora e fauna mant\u00eam-se em virtude do estado de equil\u00edbrio (cl\u00edmax) atingido pelo ecossistema. O aproveitamento de recursos \u00e9 \u00f3timo, havendo o m\u00ednimo de perdas. Um claro exemplo est\u00e1 na distribui\u00e7\u00e3o acentuada de micorrizas pelo solo, que garantem \u00e0s ra\u00edzes uma absor\u00e7\u00e3o r\u00e1pida dos nutrientes que escorrem da floresta com as chuvas. Tamb\u00e9m, forma-se no solo uma camada de decomposi\u00e7\u00e3o de folhas, galhos e animais mortos, rapidamente convertidos em nutrientes e aproveitados antes da lixivia\u00e7\u00e3o. Tal convers\u00e3o d\u00e1-se pelo fato de os fungos ali encontrados (e que realizam a simbiose) serem saprof\u00edticos.<\/p>\n\n\n\n

Abaixo de uma camada inferior, a um metro, o solo torna-se arenoso e dotado de poucos nutrientes. Por isso \u2013 e por conta da disponibilidade quase ilimitada de \u00e1gua, as ra\u00edzes das \u00e1rvores s\u00e3o curtas, e o processo de sustenta\u00e7\u00e3o \u00e9 feito com base no escoramento m\u00fatuo das \u00e1rvores. Os obst\u00e1culos impostos \u00e0 entrada da luz pela abund\u00e2ncia de copas fazem com que a vegeta\u00e7\u00e3o rasteira seja muito escassa, bem como os animais que habitam o solo e necessitam dessa vegeta\u00e7\u00e3o. A maior parte da fauna amaz\u00f4nica \u00e9 composta por animais que habitam as copas das \u00e1rvores, entre 30 e 50 metros. N\u00e3o ocorrem animais de grande porte, como nas savanas. Nas copas, entre as aves encontram-se papagaios, tucanos e pica-paus e, entre os mam\u00edferos, morcegos, roedores, macacos e marsupiais.<\/p>\n\n\n\n

A fauna e flora amaz\u00f4nicas foram descritas no impressionante Flora Brasiliensis (15 volumes), de Carl von Martius, naturalista austr\u00edaco que dedicou boa parte de sua vida \u00e0 pesquisa da Amaz\u00f4nia, no s\u00e9culo XIX. Todavia, a diversidade de esp\u00e9cies e a dificuldade de acesso \u00e0s copas elevadas tornam ainda desconhecida grande parte das riquezas faun\u00edsticas.<\/p>\n\n\n\n

O clima na floresta Amaz\u00f4nica \u00e9 equatorial, quente e \u00famido, devido \u00e0 proximidade \u00e0 Linha do Equador (cont\u00ednua \u00e0 Mata Atl\u00e2ntica), com a temperatura variando pouco durante o ano. As chuvas s\u00e3o abundantes, com as m\u00e9dias de precipita\u00e7\u00e3o anuais variando de 1 500 mm a 1 700 mm, podendo ultrapassar 3 000 mm na foz do rio Amazonas e no litoral do Amap\u00e1. O per\u00edodo chuvoso dura seis meses. Ultimamente, a Amaz\u00f4nia vem sendo devastada para o plantio da soja e em raz\u00e3o da expans\u00e3o da atividade pecu\u00e1ria nas fronteiras e em territ\u00f3rios de munic\u00edpios interioranos
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Da reda\u00e7\u00e3o Ambientebrasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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