{"id":3043,"date":"2010-08-02T15:55:47","date_gmt":"2010-08-02T15:55:47","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T19:16:37","modified_gmt":"2021-07-10T22:16:37","slug":"floresta_amazonica_-_clima_e_hidrografia","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/amazonia\/bacia_do_rio_amazonas\/floresta_amazonica_-_clima_e_hidrografia.html","title":{"rendered":"Floresta Amaz\u00f4nica – Clima e Hidrografia"},"content":{"rendered":"\n

Clima e Hidrografia   <\/strong>          <\/p>\n\n\n\n

H\u00e1 predom\u00ednio de temperaturas m\u00e9dias anuais entre 22 e 28\u00baC. H\u00e1 uniformidade t\u00e9rmica e, normalmente, n\u00e3o se percebe a presen\u00e7a de varia\u00e7\u00f5es estacionais no decorrer do ano. O total de chuvas varia de 1.400 a 3.500 mm por ano. O clima \u00e9 distribu\u00eddo de maneira a caracterizar duas \u00e9pocas distintas: a seca e a chuvosa.<\/p>\n\n\n\n

O clima \u00e9 equatorial \u00famido e sub-\u00famido, controlado pela a\u00e7\u00e3o dos al\u00edsios e baixas press\u00f5es equatoriais (doldrums) e pela ZCIT – Zona de Converg\u00eancia Intertropical. Na Amaz\u00f4nia Ocidental, o clima sofre a interfer\u00eancia da massa equatorial continental (mEc); na Amaz\u00f4nia Oriental, regi\u00e3o do m\u00e9dio e baixo Amazonas e litoral, o clima sofre interfer\u00eancia da massa equatorial mar\u00edtima (mEm) e da ZCIT. A massa polar atl\u00e2ntica (mPa) atua no interior da Amaz\u00f4nia, percorrendo o territ\u00f3rio nacional no sentido S – NW atrav\u00e9s da depress\u00e3o do Paraguai, canalizando o ar frio e provocando queda da temperatura. O fen\u00f4meno \u00e9 conhecido como “friagem”. Predomina o clima equatorial, com pluviosidade m\u00e9dia anual de 2.500 mm e temperatura m\u00e9dia anual de 24 \u00baC.<\/p>\n\n\n\n

Os rios amaz\u00f4nicos diferem quanto \u00e0 qualidade de suas \u00e1guas e sua geomorfologia. Os principais rios, baseando-se na colora\u00e7\u00e3o de suas \u00e1guas s\u00e3o:<\/p>\n\n\n\n

  \u2022De \u00e1gua preta: Negro
  \u2022De \u00e1gua clara: Tapaj\u00f3s
  \u2022De \u00e1gua barrenta: Solim\u00f5es e Amazonas<\/p>\n\n\n\n

Os rios de \u00e1gua preta apresentam esta colora\u00e7\u00e3o devido \u00e0 presen\u00e7a de \u00e1cidos h\u00famicos e f\u00falvicos resultantes da decomposi\u00e7\u00e3o incompleta do h\u00famus do solo. J\u00e1 os rios de \u00e1gua clara t\u00eam suas cabeceiras nos escudos cristalinos pr\u00e9-cambrianos. Drenam solos muito intemperizados e suas \u00e1guas n\u00e3o s\u00e3o t\u00e3o \u00e1cidas; a carga de material em suspens\u00e3o \u00e9 pequena tornando suas \u00e1guas claras. Os rios barrentos originam-se em regi\u00f5es montanhosas (Cordilheira dos Andes) carregando elevadas quantidades de material em suspens\u00e3o, garantindo uma colora\u00e7\u00e3o amarronzada.<\/p>\n\n\n\n

Rios que fazem parte da hidrografia da Amaz\u00f4nia:
<\/strong>
Rio Araguaia<\/strong>
Com 2.627 km de extens\u00e3o, o Araguaia nasce na divisa dos Estados do Mato Grosso e Tocantins e des\u00e1gua na margem esquerda do Tocantins. Na \u00e9poca da estiagem, aparecem in\u00fameras praias. O rio oferece tamb\u00e9m uma grande variedade de peixes.<\/p>\n\n\n\n

Rio Nhamund\u00e1<\/strong>
O Nhamund\u00e1 divide os estados do Par\u00e1 e Amazonas, tem um leito arenoso e \u00e1guas claras. No curso superior possui v\u00e1rias cachoeiras e na conflu\u00eancia com o rio Paracatu atinge uma largura t\u00e3o expressiva que forma um lago com 40 km de comprimento e 4 km de largura.<\/p>\n\n\n\n

Rio Negro<\/strong>
Tem \u00e1guas muito escuras devido \u00e0 decomposi\u00e7\u00e3o da mat\u00e9ria org\u00e2nica vegetal que cobre o solo das florestas e \u00e9 carregada pelas inunda\u00e7\u00f5es. Quando o Solim\u00f5es encontra o Rio Negro, passa a chamar-se de Amazonas.<\/p>\n\n\n\n

Rio Solim\u00f5es<\/strong>
O  rio fica bicolor quando h\u00e1 o encontro dos Rios Negro e Solim\u00f5es; as \u00e1guas com cores contrastantes percorrem v\u00e1rios quil\u00f4metros sem se misturar.<\/p>\n\n\n\n

Rio Tapaj\u00f3s<\/strong>
As \u00e1guas do Tapaj\u00f3s, devido \u00e0s diferen\u00e7as de composi\u00e7\u00e3o, densidade e temperatura, n\u00e3o  se misturam com \u00e0s do Rio Amazonas. Tem 1.992 km de extens\u00e3o, nasce nas divisas dos Estados do Par\u00e1, Amazonas e Mato Grosso.<\/p>\n\n\n\n

Rio Tocantins<\/strong>
Nasce no Estado de Tocantins, na serra dos Pirineus e des\u00e1gua no Oceano Atl\u00e2ntico, formando o estu\u00e1rio do rio Par\u00e1.<\/p>\n\n\n\n

Rio Trombetas<\/strong>
Nasce na fronteira do Brasil com a Guiana e tem 750 km de extens\u00e3o. Quando se encontra com o Paran\u00e1 de Sapucu\u00e1, ganha o nome de baixo Trombetas e chega a atingir 1.800 m de largura. Seu leito divide-se em v\u00e1rias ilhas estreitas e compridas.<\/p>\n\n\n\n

Rio Xingu<\/strong>
Tem 1.980 km de extens\u00e3o, mas \u00e9 naveg\u00e1vel em apenas 900 km. Tem um  curso sinuoso e v\u00e1rias cachoeiras, algumas com mais de 50 m.<\/p>\n\n\n\n

Rio Amazonas<\/strong>
Nasce no norte da Cordilheira dos Andes peruano; sua altitude na nascente \u00e9 de 5,3 mil metros com aproximadamente 1.100 afluentes.<\/p>\n\n\n\n

O volume de \u00e1gua do rio Amazonas \u00e9 t\u00e3o grande que sua foz, ao contr\u00e1rio dos outros rios,consegue empurrar a \u00e1gua do mar por muitos quil\u00f4metros. O oceano atl\u00e2ntico s\u00f3 consegue reverter isso durante a lua nova quando, finalmente, vence a resist\u00eancia do rio. O choque entre as \u00e1guas provoca ondas que podem alcan\u00e7ar at\u00e9 5m de altura, avan\u00e7ando rio adentro. Este choque das \u00e1guas tem uma for\u00e7a t\u00e3o grande que \u00e9 capaz de derrubar \u00e1rvores e modificar o leito do rio. \u00c9 no Rio Amazonas que acontece um curioso fen\u00f4meno da natureza, a pororoca. No dialeto ind\u00edgena do baixo Amazonas, o fen\u00f4meno da pororoca tem o seu significado exato: Poroc-poroc significa destruidor. Embora a pororoca aconte\u00e7a todos os dias, o per\u00edodo de maior intensidade no Brasil acontece entre janeiro e maio e n\u00e3o \u00e9 um fen\u00f4meno exclusivo do Amazonas. Acontece nos estu\u00e1rios rasos de todos rios que desembocam no golfo amaz\u00f4nico e no rio Araguari, no litoral do Estado do Amap\u00e1. Verifica-se tamb\u00e9m nos rios Sena e Ganges.<\/p>\n\n\n\n

Ambiente Brasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Clima e Hidrografia da Floresta Amaz\u00f4nica <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1608],"tags":[1072,723,727,725,289],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3043"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=3043"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3043\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":3671,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3043\/revisions\/3671"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=3043"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=3043"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=3043"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}