{"id":3006,"date":"2010-03-28T11:00:44","date_gmt":"2010-03-28T11:00:44","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T19:17:45","modified_gmt":"2021-07-10T22:17:45","slug":"saneamento_ambiental","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/saneamento\/definicoes\/saneamento_ambiental.html","title":{"rendered":"Saneamento Ambiental"},"content":{"rendered":"\n

Investimentos em saneamento, principalmente no tratamento de esgotos, diminui a incid\u00eancia de doen\u00e7as e interna\u00e7\u00f5es hospitalares e evita o comprometimento dos recursos h\u00eddricos do munic\u00edpio.<\/p>\n\n\n\n

A percep\u00e7\u00e3o de que a maior parte das doen\u00e7as s\u00e3o transmitidas principalmente atrav\u00e9s do contato com a \u00e1gua polu\u00edda e esgotos n\u00e3o tratados levou os especialistas a procurar as solu\u00e7\u00f5es integrando v\u00e1rias \u00e1reas da administra\u00e7\u00e3o p\u00fablica.<\/p>\n\n\n\n

Atualmente, emprega-se o conceito mais adequado de saneamento ambiental. Com o crescimento desordenado das cidades, no entanto, as obras de saneamento t\u00eam se restringido ao atendimento de emerg\u00eancias: evitar o aumento do n\u00famero de v\u00edtimas de desabamento, contornar o problema de enchentes ou controlar epidemias.<\/p>\n\n\n\n

O saneamento \u00e9 de responsabilidade do munic\u00edpio. No entanto, em virtude dos custos envolvidos, algumas das principais obras sempre foram administradas por \u00f3rg\u00e3os estaduais ou federais e quase sempre restritas a solu\u00e7\u00f5es para o problema como enchentes.<\/p>\n\n\n\n

Esgotos, Coleta e Tratamento<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Ainda que s\u00f3 0,1% do esgoto de origem dom\u00e9stica seja constitu\u00eddo de impurezas de natureza f\u00edsica, qu\u00edmica e biol\u00f3gica, e o restante seja \u00e1gua, o contato com esses efluentes e a sua ingest\u00e3o \u00e9 respons\u00e1vel por cerca de 80% das doen\u00e7as e 65% das interna\u00e7\u00f5es hospitalares. Atualmente, apenas 10% do total de esgotos produzido recebem algum tipo de tratamento, os outros 90% s\u00e3o despejados “in natura” nos solos, rios, c\u00f3rregos e nascentes, constituindo-se na maior fonte de degrada\u00e7\u00e3o do meio ambiente e de prolifera\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as.<\/p>\n\n\n\n

O esgotamento sanit\u00e1rio requer n\u00e3o s\u00f3 a implanta\u00e7\u00e3o de uma rede de coleta, mas tamb\u00e9m um adequado sistema de tratamento e disposi\u00e7\u00e3o final. Alternativas de coleta mais baratas que as convencionais v\u00eam sendo implementadas em algumas cidades brasileiras, como o sistema condominial.<\/p>\n\n\n\n

Quanto ao tratamento, h\u00e1 v\u00e1rias op\u00e7\u00f5es atualmente dispon\u00edveis que devem ser avaliadas segundo crit\u00e9rios de viabilidade t\u00e9cnica e econ\u00f4mica, al\u00e9m de adequa\u00e7\u00e3o \u00e0s caracter\u00edsticas topogr\u00e1ficas e ambientais da regi\u00e3o. Dependendo das necessidades locais, o tratamento pode se resumir aos est\u00e1gios preliminar, prim\u00e1rio e secund\u00e1rio. No entanto, quando o lan\u00e7amento dos efluentes tratados se der em corpos d\u2019\u00e1gua importantes para a popula\u00e7\u00e3o, seja porque deles se capta a \u00e1gua para o consumo, seja porque s\u00e3o espa\u00e7os de lazer, recomenda-se tamb\u00e9m o tratamento terci\u00e1rio seguido de desinfec\u00e7\u00e3o, via clora\u00e7\u00e3o das \u00e1guas residuais.<\/p>\n\n\n\n

O tratamento preliminar se d\u00e1 por meio de grades e caixas de areia, visando \u00e0 reten\u00e7\u00e3o dos s\u00f3lidos em suspens\u00e3o (galhos e demais materiais mais grosseiros, como terra, areia e gordura decant\u00e1veis) que deve ser posteriormente conduzido para aterros sanit\u00e1rios. O tratamento prim\u00e1rio \u00e9 a decanta\u00e7\u00e3o simples por meio da a\u00e7\u00e3o da for\u00e7a da gravidade ou por precipita\u00e7\u00e3o qu\u00edmica, o que requer o uso de equipamentos. Nesse est\u00e1gio \u00e9 gerado o lodo prim\u00e1rio que deve ser manuseado com cuidado e tratado por processos de secagem ou incinera\u00e7\u00e3o antes da sua disposi\u00e7\u00e3o no solo. No tratamento secund\u00e1rio s\u00e3o removidos os s\u00f3lidos finos suspensos que n\u00e3o decantam, e s\u00e3o digeridos por bact\u00e9rias.<\/p>\n\n\n\n

Investir no saneamento do munic\u00edpio melhora a qualidade de vida da popula\u00e7\u00e3o, bem como a prote\u00e7\u00e3o ao meio ambiente urbano. Combinado com pol\u00edticas de sa\u00fade e habita\u00e7\u00e3o, o saneamento ambiental diminui a incid\u00eancia de doen\u00e7as e interna\u00e7\u00f5es hospitalares. Por evitar comprometer os recursos h\u00eddricos dispon\u00edveis na regi\u00e3o, o saneamento ambiental garante o abastecimento e a qualidade da \u00e1gua. Al\u00e9m disso, melhorando a qualidade ambiental, o munic\u00edpio torna-se atrativo para investimentos externos, podendo inclusive desenvolver sua voca\u00e7\u00e3o tur\u00edstica.<\/p>\n\n\n\n

Nas obras de instala\u00e7\u00e3o da rede de coleta de esgotos poder\u00e3o ser empregados os moradores locais, gerando emprego e renda para a popula\u00e7\u00e3o beneficiada, que tamb\u00e9m pode colaborar na manuten\u00e7\u00e3o e opera\u00e7\u00e3o dos equipamentos.<\/p>\n\n\n\n

Conduzido pela administra\u00e7\u00e3o p\u00fablica municipal, o saneamento ambiental \u00e9 uma excelente oportunidade para desenvolver instrumentos de educa\u00e7\u00e3o sanit\u00e1ria e ambiental, o que aumenta sua efic\u00e1cia e efici\u00eancia. Por meio da participa\u00e7\u00e3o popular ampliam-se os mecanismos de controle externo da administra\u00e7\u00e3o p\u00fablica, concorrendo tamb\u00e9m para a garantia da continuidade na presta\u00e7\u00e3o dos servi\u00e7os e para o exerc\u00edcio da cidadania.<\/p>\n\n\n\n

Apesar de requerer investimentos para as obras iniciais, as empresas de saneamento municipais s\u00e3o financiadas pela cobran\u00e7a de tarifas (\u00e1gua e esgoto) o que garante a amortiza\u00e7\u00e3o das d\u00edvidas contra\u00eddas e a sustentabilidade a m\u00e9dio prazo. Como a cobran\u00e7a \u00e9 realizada em fun\u00e7\u00e3o do consumo (o total de esgoto produzido por domic\u00edlio \u00e9 calculado em fun\u00e7\u00e3o do consumo de \u00e1gua), os administradores p\u00fablicos podem implementar pol\u00edticas educativas de economia em \u00e9pocas de escassez de \u00e1gua e praticar uma cobran\u00e7a justa e escalonada.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Parte deste conte\u00fado foi baseado no livro “Como cuidar do seu meio ambiente”.<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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