{"id":2970,"date":"2010-06-23T17:23:30","date_gmt":"2010-06-23T17:23:30","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T19:16:45","modified_gmt":"2021-07-10T22:16:45","slug":"estacao_ecologica_do_jari","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/unidades_de_conservacao\/estacao_ecologica\/estacao_ecologica_do_jari.html","title":{"rendered":"Esta\u00e7\u00e3o Ecol\u00f3gica do Jari"},"content":{"rendered":"\n

Regi\u00e3o: <\/strong>Norte<\/p>\n\n\n\n

Estado: <\/strong>PA E AP<\/p>\n\n\n\n

Munic\u00edpio:<\/strong> Almeirim, Mazag\u00e3o<\/p>\n\n\n\n

Bioma: <\/strong>Floresta Amaz\u00f4nica <\/p>\n\n\n\n

\u00c1rea:<\/strong> 227.126 ha<\/p>\n\n\n\n

Cria\u00e7\u00e3o: <\/strong>Decreto 87.092 (12\/04\/1982)<\/p>\n\n\n\n

Unidade de Prote\u00e7\u00e3o Integral<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Localizada a 80 Km ao norte da cidade de Monte Dourado, com acesso via estrada de terra. Ocupa uma \u00e1rea de 227.126 ha numa faixa que vai do rio Jar\u00ed a leste, at\u00e9 o rio Par\u00fa a oeste, dois afluentes da margem esquerda do rio Amazonas, situada nos munic\u00edpios de Almeirim \/PA e Mazag\u00e3o \/AP com cerca de 60% do Par\u00e1 e 40% no Amap\u00e1. <\/p>\n\n\n\n

O clima da regi\u00e3o \u00e9 quente e \u00famido, com temperatura m\u00e9dia superior a 22\u00baC e umidade relativa em torno de 80% (Nimer, 1989). O inverno local compreende os meses chuvosos de dezembro a maio. <\/p>\n\n\n\n

A \u00e1rea da Esta\u00e7\u00e3o Ecol\u00f3gica est\u00e1 assentada sobre terrenos paleoz\u00f3icos com umas intrus\u00f5es magm\u00e1ticas posteriores de diab\u00e1sio. O pared\u00e3o de pedra de mais de 70 Km de extens\u00e3o que corta horizontalmente a Esta\u00e7\u00e3o, do rio Jar\u00ed ao rio Par\u00fa, e marca o limite norte da bacia sedimentar amaz\u00f4nica foi originado pelo peso dos sedimentos lacustres e fluviais que o fez se levantar (Lins, 1991). <\/p>\n\n\n\n

A altitude da cachoeira de Santo Antonio, no rio Jar\u00ed, \u00e9 pr\u00f3xima do n\u00edvel do mar, e da\u00ed os terrenos se inclinam progressivamente at\u00e9 atingir 500 m na crista do pared\u00e3o. Diferentemente dos terrenos da \u00e1rea que se estende do rio Amazonas at\u00e9 100 Km ao norte, essencialmente terci\u00e1rios, os da Esta\u00e7\u00e3o s\u00e3o basicamente do Siluriano e Devoniano. Na rocha prim\u00e1ria s\u00e3o cavados simples buracos ou grutas, cuja mais conhecida \u00e9 localizada perto da sede, com uma superf\u00edcie ao ch\u00e3o de aproximadamente 150m\u00b2.<\/p>\n\n\n\n

Floresta prim\u00e1ria de terra firme – Os emergentes chegam aos 60 metros, como o Angelim vermelho (Dinizia excelsa, Mimos\u00e1cea), Ber\u00f3, Bombac\u00e1cea, ou dominam aos 40-50 metros (Castanha do Par\u00e1, Bertolethia excelsa, Lecitid\u00e1cea; Fava-cor\u00e9, Mimos\u00e1cea etc.). Palmeiras crescem na \u00e1rea, essencialmente a Bacabeira e a Paxi\u00faba, grandes Arec\u00e1ceas pouco freq\u00fcentes, como s\u00e3o tamb\u00e9m as do sub-bosque e do estrato descont\u00ednuo abaixo do dossel, essencialmente maraj\u00e1s, Bactris sp. <\/p>\n\n\n\n

Floresta secund\u00e1ria de terra firme – A regenera\u00e7\u00e3o natural oferece uma mata densa de numerosos troncos finos. <\/p>\n\n\n\n

Capoeira – Nem sempre f\u00e1cil de separar da floresta secund\u00e1ria de terra firme, ela tem duas origens diferentes que podem se combinar. Origem natural; os afloramentos rochosos, possivelmente por a\u00e7\u00e3o qu\u00edmica dos solos muito rasos acolhem na orla da mata uma vegeta\u00e7\u00e3o baixa ou meio alta (15-20 metros) e a eros\u00e3o ativa de certas zonas do pared\u00e3o de pedra, expressa por queda de blocos ou at\u00e9 parte de fal\u00e9sio. Origem antr\u00f3pica: zonas naturalmente mais abertas, os campos rupestres atraem mais o homem que desenvolve as suas atividades contra a matura\u00e7\u00e3o da sucess\u00e3o vegetal (desmatamento, fogo, acampamento, capinagem, circula\u00e7\u00e3o de ve\u00edculos e at\u00e9 aterrissagem for\u00e7adas). A sede da Esta\u00e7\u00e3o \u00e9 circundada de capoeira de v\u00e1rios est\u00e1gios de desenvolvimentos. <\/p>\n\n\n\n

Campo rupestre – \u00c9 raramente nu com liquens e algas, e geralmente coberto por vegeta\u00e7\u00e3o que suporte a altern\u00e2ncia de per\u00edodos secos e de alagamento de v\u00e1rios meses (Ciper\u00e1ceas, Gram\u00edneas, v\u00e1rios arbustos). Algumas manchas de capoeira altas (20 metros) s\u00e3o distribu\u00eddas dentro. <\/p>\n\n\n\n

Floresta de igap\u00f3 – Em continuidade com a floresta de terra firme, existe uma floresta sazonalmente inundada e percorrida por bra\u00e7os de igarap\u00e9. \u00c9 um h\u00e1bitat muito linear, de pouca largura representada perto da sede pelo igap\u00f3 do igarap\u00e9 alto, dito da Santa. Uma pequena \u00e1rea \u00e9 aberta (sem \u00e1rvore), mas a maior parte \u00e9 floresta com \u00e1rvores de at\u00e9 35 metros, tal como a Ucu\u00faba-da-v\u00e1rzea. Como pelo resto da floresta \u00e9 surpreendente a raridade das palmeiras. <\/p>\n\n\n\n

Mata de galeria – Da declividade geral das partes da Esta\u00e7\u00e3o resulta a raridade da floresta de igap\u00f3 e a quase continuidade linear de matas de galeria que acompanham os igarap\u00e9s cortados de cachoeirinhas nomeados igarap\u00e9 \u00c1gua Preta e dito da Santa.<\/p>\n\n\n\n

Esp\u00e9cies com status de conserva\u00e7\u00e3o – Dez por cento das esp\u00e9cies identificadas na Esta\u00e7\u00e3o pertencem a uma ou duas das categorias que definem o status de conserva\u00e7\u00e3o. Doze, destas 16 esp\u00e9cies s\u00e3o raras, uma sendo presumivelmente amea\u00e7ada. <\/p>\n\n\n\n

Nenhuma esp\u00e9cie amea\u00e7ada ainda foi encontrada na ESEC\/JARI.<\/p>\n\n\n\n

Esp\u00e9cies end\u00eamicas – Tucano-bico-preto, Tucano-pacova, Ara\u00e7ari-negra, Ara\u00e7ari-preto, Papa-formiga, Uirapuru-estrela, Saira-diamante, Sa\u00fa- beija-flor. <\/p>\n\n\n\n

Esp\u00e9cies raras – Gavi\u00e3o-de-penacho, Jacu, Choquinha, M\u00e3e-de-taoca-de-garganta-vermelha, P\u00e1ssaro-boi, Ma\u00fa, Araponga-branca, Galo-da-serra, gralha. <\/p>\n\n\n\n

Presumivelmente amea\u00e7adas – Gavi\u00e3o-de-penhacho<\/p>\n\n\n\n

A lista das esp\u00e9cies de mam\u00edferos que poderiam ocorrer na Esta\u00e7\u00e3o, estabelecido a partir do EMMONS (1990), inclui 75 esp\u00e9cies n\u00e3o voadoras com uma subestima\u00e7\u00e3o para roedores e meia d\u00fazia de casos duvidosos sobre limites geogr\u00e1ficos de distribui\u00e7\u00e3o. Um levantamento n\u00e3o exaustivo de alguns \u00edndices de presen\u00e7a de mam\u00edferos na ESEC\/JARI (FUNATURA\/FNMA) levou a contactar 28 esp\u00e9cies de 8 ordens, dos quais os Quir\u00f3pteros (morcegos) apresentam 12 esp\u00e9cies. De 16 mam\u00edferos n\u00e3o voadores, 7 apresentam status de conserva\u00e7\u00e3o com tr\u00eas esp\u00e9cies amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o; Tat\u00fa Coat\u00e1 e On\u00e7a-pintada, e 4 esp\u00e9cies presumivelmente amea\u00e7adas, que como as precedentes sofrem tanto da ca\u00e7a ligada ao garimpo e as concentra\u00e7\u00f5es humanas de Monte Dourado e do Laranjal do Jari (Beirad\u00e3o), como o desmatamento arrasador e das t\u00e9cnicas de produ\u00e7\u00e3o de pasta de papel aplicadas a sul da Esta\u00e7\u00e3o. S\u00e3o Tat\u00fa-de-quinze-quilos, Anta, Caititu ou Queixada e Veado-mateiro ou Bir\u00e1.<\/p>\n\n\n\n

\nhttp:\/\/www.amaparte.com.br\/ecol_meiamb\/jari.html\n<\/div><\/figure>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"