{"id":2930,"date":"2010-05-05T16:37:10","date_gmt":"2010-05-05T16:37:10","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T19:17:00","modified_gmt":"2021-07-10T22:17:00","slug":"estacao_ecologica_do_paraiso","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/unidades_de_conservacao\/estacao_ecologica\/estacao_ecologica_do_paraiso.html","title":{"rendered":"Esta\u00e7\u00e3o Ecol\u00f3gica do Para\u00edso"},"content":{"rendered":"\n

Regi\u00e3o: <\/strong>Sudeste<\/p>\n\n\n\n

Estado:<\/strong> Rio de Janeiro<\/p>\n\n\n\n

Munic\u00edpio:<\/strong> Teres\u00f3polis, Cachoeira do Macac\u00fa e Guapimirim<\/p>\n\n\n\n

Bioma:<\/strong> Floresta Atl\u00e2ntica \u00c1rea: 5.000 ha <\/p>\n\n\n\n

Cria\u00e7\u00e3o:<\/strong> Decreto 9803 (03\/12\/1987)<\/p>\n\n\n\n

Unidade de Prote\u00e7\u00e3o Integral<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Seu surgimento foi estimulado pela exist\u00eancia do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro, CPRJ, no vale do Rio Para\u00edso. Viabilizada em 1987, visa salvaguardar os remanescentes do ecossistema florestal atl\u00e2ntico em territ\u00f3rio fluminense e assegurar a manuten\u00e7\u00e3o de mananciais h\u00eddricos.
J\u00e1 o CPRJ, implantado pela FEEMA em 1979, em Guapimirim, tem como atribui\u00e7\u00e3o principal a guarda e procria\u00e7\u00e3o em cativeiro de primatas da fauna brasileira principalmente da Floresta Atl\u00e2ntica, amea\u00e7ados de extin\u00e7\u00e3o – com aten\u00e7\u00e3o especial ao mico-le\u00e3o dourado-, abriga 250 primatas, divididos em 16 esp\u00e9cies e conta com Servi\u00e7o de Medicina Veterin\u00e1ria, respons\u00e1vel pelo acompanhamento m\u00e9dico dos primatas, Servi\u00e7o de Manejo e Nutri\u00e7\u00e3o, respons\u00e1vel pelo registro de entradas, doa\u00e7\u00f5es, permuta, alimenta\u00e7\u00e3o, N\u00facleo de Restaura\u00e7\u00e3o de Habitat, respons\u00e1vel pela conserva\u00e7\u00e3o do ambiente florestal na \u00e1rea externa, al\u00e9m do Museu de Primatologia.
O relevo montanhoso e escarpado, com declives abruptos e vales encaixados, predominam na maior parte da \u00e1rea. Um trecho menor exibe topografia menos alcantilada, no sop\u00e9 das eleva\u00e7\u00f5es e baixada. Na regi\u00e3o s\u00e3o encontrados dois tipos de clima. Nos terrenos situados em n\u00edveis mais baixos, o clima \u00e9 quente e \u00famido a super\u00famido, com esta\u00e7\u00e3o chuvosa no ver\u00e3o, pluviosidade m\u00e9dia anual entre 2.000 e 2.5000mm, sendo a m\u00e9dia anual de temperatura mais fria superior a 18o C. Na \u00e1rea de maiores altitudes, prevalece o clima super\u00famido, com precipita\u00e7\u00f5es fluviais que excedem o \u00edndice de 2.500mm anuais, e temperatura m\u00e9dia anual entre 16o e 18o C.
A \u00e1rea abriga nascentes e cursos d’\u00e1gua que fluem das vertentes \u00edngremes da Serra dos \u00d3rg\u00e3os, voltadas para o litoral, destacando-se os rios Para\u00edso, Anil e Caboclo, formadores das sub-bacias tribut\u00e1rias do Rio Guapia\u00e7\u00fa. Constituem mananciais de suma import\u00e2ncia e de interesse para o abastecimento h\u00eddrico da popula\u00e7\u00e3o regional, como o Rio Para\u00edso ou Orindi-A\u00e7\u00fa, cujas \u00e1guas s\u00e3o represadas e distribu\u00eddas pela CEDAE, que mant\u00e9m na \u00e1rea o reservat\u00f3rio e aduto. As eleva\u00e7\u00f5es locais est\u00e3o integradas no conjunto da Serra do Mar, com afloramento rochoso e capas de solo pouco espessas. As caracter\u00edsticas s\u00e3o as mesmas das unidades descritas anteriormente. O perfil das encostas \u00e9 real\u00e7ada peculiarmente por densa cobertura florestal.
A vegeta\u00e7\u00e3o tal como descrito nas outras Unidades de Conserva\u00e7\u00e3o apresenta um estrato arb\u00f3reo, cuja altura alcan\u00e7a 25 metros de altura, al\u00e9m de um estrato de arvoretas e arbustos e um outro herb\u00e1ceo. Correspondendo \u00e0s condi\u00e7\u00f5es favor\u00e1veis de umidade e sombra, h\u00e1 grande riqueza de formas vegetais, com profus\u00e3o de ep\u00edfitas (bromeli\u00e1ceas, orquid\u00e1ceas), bri\u00f3fitas e fanerog\u00e2micas. Na verdade, s\u00e3o em grande parte forma\u00e7\u00f5es secund\u00e1rias em avan\u00e7ado est\u00e1gio de desenvolvimento, misturadas com contigentes naturais da outrora magn\u00edfica Floresta Atl\u00e2ntica. Tais forma\u00e7\u00f5es vegetais, contribuem para a estabilidade do regime h\u00eddrico-florestal, al\u00e9m de manter uma fauna selvagem que ali encontram alimento e ref\u00fagio. Algumas esp\u00e9cies identificadas, que demonstram a riqueza de diversidade da \u00e1rea: pau-pereira, bicu\u00edba, pau d’alho, jequitib\u00e1, cambu\u00ed-branco, palmito, palmeira e outras.
Nas partes devastadas dos morros a cobertura \u00e9 rasteira, entremeada de capoeiras ralas, pastagens e nas partes baixas, algumas forma\u00e7\u00f5es brejosas, de import\u00e2ncia para certas esp\u00e9cies de fauna. Os terrenos situados nas baixadas e meias encostas, com interven\u00e7\u00e3o antr\u00f3pica acentuada, exibem os efeitos das atividades agropecu\u00e1rias, onde prevalecem muitos capinzais, plantas rasteiras e manchas de capoeiras.
As esp\u00e9cies da fauna encontrada na regi\u00e3o s\u00e3o de inestim\u00e1vel valor, muitas delas em perigo de extin\u00e7\u00e3o. Foram identificados gamb\u00e1s, macaco guariba, macaco preto, v\u00e1rios saguis, pregui\u00e7a, tamandu\u00e1-mirim, tat\u00fa, caxinguel\u00ea, ouri\u00e7o-caxeiro, pre\u00e1, paca, capivara e a rara cu\u00edca d\u00b4\u00e1gua. A avifauna tamb\u00e9m \u00e9 abundante: gar\u00e7as, inhamb\u00fa, macuco, marreca-anana\u00ed, urubu-ca\u00e7ador, gavi\u00e3o, beija-flor, pica-pau amarelo, jo\u00e3o-de-barro, trinca-ferro, sa\u00edra-sete-cores e uma esp\u00e9cie rara de pomba- espelho. As belas borboletas azuis s\u00e3o bastante frequentes na \u00e1rea. Algumas esp\u00e9cies de cobras foram identificadas: jib\u00f3ia, cobra-coral, cobra- cip\u00f3. \u00c9 uma riqueza de esp\u00e9cies que encanta pesquisadores e moradores da regi\u00e3o.
Quanto ao meio antr\u00f3pico, as condi\u00e7\u00f5es topogr\u00e1ficas apresentando altas declividades n\u00e3o s\u00f3 dificultaram o acesso do homem, como restringiram a ocupa\u00e7\u00e3o por atividades de car\u00e1ter econ\u00f4mico, limitando o uso ao extravismo de alguns recursos, por vezes de forma predat\u00f3ria. A estrutura fundi\u00e1ria da \u00e1rea e do entorno \u00e9 marcada pelas grandes propriedades. As pequenas glebas se adensam ao sul do territ\u00f3rio de Cachoeira de Macacu (Japu\u00edba, Papucaia e Jos\u00e9 da Boa Morte) e resultam de programas de coloniza\u00e7\u00e3o do INCRA ou de \u00e1reas loteadas, acompanhando a RJ-116 e, em menor escala, a RJ-122.
A principal atividade desenvolvida nas propriedades rurais \u00e9 a agr\u00edcola (horticultura, fruticultura e cultura de gr\u00e3os), em seguida em escala percentual vem a pecu\u00e1ria e a agropecu\u00e1ria. A banana constitui o \u00fanico produto industrializado em relativamente grande escala. A topografia \u00e9 determinante do cultivo, uma vez que as encostas do declive acentuado s\u00e3o destinadas a esse cultivo, e as meias e baixas encostas s\u00e3o aproveitadas pela olericultura (feij\u00e3o de vagem, inhame, quiabo, batata- doce) e pela pecu\u00e1ria extensiva, principalmente cria\u00e7\u00e3o leiteira.
Na \u00e1rea sob dom\u00ednio da CEDAE acham-se edifica\u00e7\u00f5es da pr\u00f3pria companhia, que atendem a sua administra\u00e7\u00e3o e\/ou servem como im\u00f3veis residenciais de servi\u00e7os p\u00fablicos. S\u00e3o cerca de vinte unidades dispersas na \u00e1rea do Para\u00edso, no munic\u00edpio de Guapimirim. Constatam-se ainda uma capela, uma escola municipal e um campo de futebol.
Os principais problemas identificados s\u00e3o a situa\u00e7\u00e3o fundi\u00e1ria, a ca\u00e7a ilegal, extra\u00e7\u00e3o ilegal de madeiras e esp\u00e9cies (principalmente o palmito – Euterpe edulis), fiscaliza\u00e7\u00e3o deficiente.<\/p>\n\n\n\n

\nhttp:\/\/www.guapimirim.com.br\/protecao\/esta_eco\/paraiso\/paraiso.htm\n<\/div><\/figure>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Criada pelo Decreto Estadual 9.803 de 12\/03\/87, a Esta\u00e7\u00e3o Ecol\u00f3gica do Para\u00edso abrange os munic\u00edpios de Teres\u00f3polis, Cachoeira do Macac\u00fa e Guapimirim, tendo como limites, ao norte, a linha de cumeada da Serra do Subaio e Serra dos \u00d3rg\u00e3os, \u00e0 oeste, as cristas das eleva\u00e7\u00f5es que t\u00eam seu ponto culminante na Pedra do Focinho de Porco (881m) e separam as vertentes dos tribut\u00e1rios dos rios Socav\u00e3o e Para\u00edso, ao sul, a cota altim\u00e9trica de 60 m, sinuosa atrav\u00e9s dos vales e sop\u00e9s dos morros e \u00e0 leste, a Serra Queimada e os espig\u00f5es da bacia do rio Cabloco das vertentes para a bacia do rio Boa Vista. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1585],"tags":[1318,1305],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2930"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2930"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2930\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":3735,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2930\/revisions\/3735"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2930"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2930"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2930"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}