{"id":2909,"date":"2010-05-04T17:12:59","date_gmt":"2010-05-04T17:12:59","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T19:17:08","modified_gmt":"2021-07-10T22:17:08","slug":"estacao_ecologica_de_caraguacu","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/unidades_de_conservacao\/estacao_ecologica\/estacao_ecologica_de_caraguacu.html","title":{"rendered":"Esta\u00e7\u00e3o Ecol\u00f3gica de Caragua\u00e7u"},"content":{"rendered":"\n

Regi\u00e3o: <\/strong>Sul<\/p>\n\n\n\n

Estado: <\/strong>Paran\u00e1<\/p>\n\n\n\n

Munic\u00edpio: <\/strong>Paranagu\u00e1<\/p>\n\n\n\n

Bioma:<\/strong> Floresta Atl\u00e2ntica e Ecossistemas Costeiros<\/p>\n\n\n\n

\u00c1rea:<\/strong> 1.150 ha<\/p>\n\n\n\n

Cria\u00e7\u00e3o: <\/strong>Decreto 1230 (27\/03\/1992)<\/p>\n\n\n\n

Unidade de Prote\u00e7\u00e3o Integral<\/strong><\/p>\n\n\n\n

O entorno desta unidade de conserva\u00e7\u00e3o, tamb\u00e9m chamada de zona de amortecimento, engloba \u00e1reas dos munic\u00edpios de Pontal do Paran\u00e1, Matinhos e Paranagu\u00e1.<\/p>\n\n\n\n

Estudos e diagn\u00f3sticos iniciais indicam que a EE de Guaragua\u00e7u constitui-se em uma das \u00faltimas \u00e1reas ao longo do litoral paranaense que apresenta ambientes com caracter\u00edsticas primitivas ainda mantidas. O grau de conserva\u00e7\u00e3o desses ambientes os caracterizam como verdadeiros patrim\u00f4nios naturais, configurando esta Unidade de Conserva\u00e7\u00e3o como uma das mais relevantes dentro do Sistema de Unidades de Conserva\u00e7\u00e3o do Paran\u00e1.<\/p>\n\n\n\n

A presen\u00e7a de esp\u00e9cies vegetais amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o, citando entre outras o palmito-ju\u00e7ara
(Euterpe edulis), a caxeta (Tabebuia cassinoides), al\u00e9m de brom\u00e9lias e orqu\u00eddeas ornamentais, outrora abundantes e que atualmente encontram-se com os estoques naturais bastante reduzidos devido \u00e0 intensa explora\u00e7\u00e3o que sofreram, s\u00e3o alguns exemplos de representantes do patrim\u00f4nio natural nela contidos.<\/p>\n\n\n\n

Entre a fauna amea\u00e7ada, a presen\u00e7a de esp\u00e9cies como o ja\u00f3-do-litoral (Crypturellus noctivagus), o jacar\u00e9-de-papo-amarelo (Caimam latirostris), a on\u00e7a-parda (Puma concolor), a jaguatirica (Felis pardalis), a lontra (Lutra longicaudis), o bicudinho-do-brejo (Stymphalornis acutirostris) e o papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), estes dois \u00faltimos end\u00eamicos de uma \u00e1rea geogr\u00e1fica bastante restrita, demostram a import\u00e2ncia que esta unidade de conserva\u00e7\u00e3o representa para a sobreviv\u00eancia destas esp\u00e9cies.<\/p>\n\n\n\n

O maior remanescente da Mata Atl\u00e2ntica brasileira, onde a Esta\u00e7\u00e3o Ecol\u00f3gica de Guaragua\u00e7u est\u00e1 inserida, encontra-se entre as 25 mais importantes \u00e1reas para a preserva\u00e7\u00e3o da biodiversidade no mundo, com \u00edndices cr\u00edticos de risco, conforme estudo recente (Stattersfield et al.).<\/p>\n\n\n\n

A import\u00e2ncia da exist\u00eancia desta \u00e1rea de preserva\u00e7\u00e3o m\u00e1xima \u00e9 corroborada pela situa\u00e7\u00e3o de press\u00e3o antr\u00f3pica a qual se submete juntamente com sua regi\u00e3o de entorno. Pode-se citar o extrativismo de palmito-ji\u00e7ara e de cip\u00f3-imb\u00e9, a ca\u00e7a, a pesca predat\u00f3ria, a derrubada da floresta para dar lugar a atividades ditas “produtivas”, a forte press\u00e3o imobili\u00e1ria da regi\u00e3o das praias e a expans\u00e3o urbana de Paranagu\u00e1, al\u00e9m de atividades que envolvem o manejo prec\u00e1rio de esp\u00e9cies ex\u00f3ticas como a bubalinocultura, piscicultura, o plantio de pinus e eucalipto. Al\u00e9m disso, a contamina\u00e7\u00e3o e degrada\u00e7\u00e3o dos rios Guaragua\u00e7u e Pequeno por minera\u00e7\u00e3o e por efluentes urbanos tamb\u00e9m compromete a sa\u00fade dos ecossistemas que naturalmente se interrelacionam com os regimes h\u00eddricos.<\/p>\n\n\n\n

Numa experi\u00eancia pioneira de co-gest\u00e3o, a Secretaria do Meio Ambiente do Paran\u00e1 e o Instituto Ambiental do Paran\u00e1 (SEMA\/IAP) delegaram \u00e0 SPVS, Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educa\u00e7\u00e3o Ambiental, a gest\u00e3o e administra\u00e7\u00e3o da Esta\u00e7\u00e3o Ecol\u00f3gica de Guaragua\u00e7u. O conv\u00eanio, viabilizado com financiamento do banco alem\u00e3o KfW e do Governo do Paran\u00e1, faz parte do Programa Pr\u00f3-Atl\u00e2ntica.<\/p>\n\n\n\n

O trabalho prev\u00ea a fiscaliza\u00e7\u00e3o, a implementa\u00e7\u00e3o da infra-estrutura necess\u00e1ria para efetiva a prote\u00e7\u00e3o da \u00e1rea, a\u00e7\u00f5es de educa\u00e7\u00e3o ambiental com a popula\u00e7\u00e3o do entorno e a confec\u00e7\u00e3o do Plano de Manejo desta unidade de conserva\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Por ter sido enquadrada na categoria de manejo de “esta\u00e7\u00e3o ecol\u00f3gica”, a mais restritiva quanto ao uso, a EE de Guaragua\u00e7u tem por objetivos primordiais a preserva\u00e7\u00e3o m\u00e1xima dos ambientes e da biodiversidade neles contida, a pesquisa cient\u00edfica e a educa\u00e7\u00e3o ambiental. N\u00e3o \u00e9 permitida a visita\u00e7\u00e3o ou qualquer outra atividade de turismo dentro dos limites desta Unidade de Conserva\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

AmbienteBrasil
\nIbama<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Localizada na plan\u00edcie costeira do Estado do Paran\u00e1, no munic\u00edpio de Paranagu\u00e1, com uma extens\u00e3o de 1150 hectares, a Esta\u00e7\u00e3o Ecol\u00f3gica de Guaragua\u00e7u mant\u00e9m em seus limites ambientes ainda satisfatoriamente conservados, constitu\u00eddos por Floresta Atl\u00e2ntica das terras baixas e por ecossistemas pioneiros de restingas arb\u00f3reas, manguezais, caxetais e brejos. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1585],"tags":[1318,1305],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2909"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2909"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2909\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":3756,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2909\/revisions\/3756"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2909"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2909"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2909"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}