O ministro da Embaixada do Jap\u00e3o no Brasil, Keiji Yamamoto, e a Secret\u00e1ria-Geral do WWF-Brasil, Denise Ham\u00fa, assinaram um contrato no valor de 48.341 d\u00f3lares que ser\u00e3o utilizados no Projeto de Manejo do Sistema de Trilhas do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Localizado na regi\u00e3o nordeste do Estado de Goi\u00e1s, o Parque Nacional \u00e9 um dos mais visitados do Pa\u00eds, com uma m\u00e9dia de visitantes superior a 30 mil turistas por ano.<\/p>\n\n\n\n
De Fevereiro a Novembro de 2004 o WWF-Brasil, com a supervis\u00e3o e acompanhamento da Diretoria de Ecossistemas (DIREC) do IBAMA\/MMA, ser\u00e1 implementado o sistema de trilhas interpretativas dos saltos, c\u00e2nions, pedreiras e da Rodoviarinha do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. A organiza\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m elaborar\u00e1 um material informativo e de educa\u00e7\u00e3o ambiental sobre a Chapada para servir de instrumento de fortalecimento do ecoturismo de base comunit\u00e1ria nos munic\u00edpios da regi\u00e3o. Gra\u00e7as ao trabalho desenvolvido pelo IBAMA e pelas associa\u00e7\u00f5es de condutores de visitantes, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros \u00e9 hoje um dos mais bem cuidados do Brasil. Entretanto, o grande afluxo de visitantes e a ocupa\u00e7\u00e3o do entorno do Parque se revertem em amea\u00e7as \u00e0s belezas naturais. O projeto foi desenvolvido sob demanda e com o envolvimento de t\u00e9cnicos do IBAMA no ano de 2002 para auxiliar a conter as amea\u00e7as ao Parque e tamb\u00e9m beneficiar as comunidades de seu entorno.<\/p>\n\n\n\n
\u201cEste projeto possibilitar\u00e1 a redu\u00e7\u00e3o dos impactos da visita\u00e7\u00e3o do Parque, a capacita\u00e7\u00e3o dos condutores locais para manejo e gest\u00e3o de trilhas, melhorar a educa\u00e7\u00e3o e satisfa\u00e7\u00e3o dos visitantes e contribuir para a conserva\u00e7\u00e3o dos recursos do Parque Nacional\u201d, observou a Secret\u00e1ria-Geral do WWF-Brasil.<\/p>\n\n\n\n
Como fundo de contrapartida o WWF-Brasil investir\u00e1 R$ 40 mil. Ser\u00e3o alocados um coordenador do projeto e um assistente e a organiza\u00e7\u00e3o oferecer\u00e1 ainda, para o trabalho das equipes, sua sede de projetos em Alto Para\u00edso, que possui salas equipadas com computadores, fax, telefone e mesas de trabalho e um ve\u00edculo do escrit\u00f3rio.<\/p>\n\n\n\n
O ministro Yamamoto afirmou que o projeto \u00e9 extremamente oportuno, dadas as press\u00f5es sofridas pelo Parque Nacional. \u201cTorna-se premente um plano de elabora\u00e7\u00e3o das trilhas e sua preserva\u00e7\u00e3o. Este projeto vai contribuiu para o esfor\u00e7o que o Governo do Jap\u00e3o j\u00e1 tem feito no Projeto de Conserva\u00e7\u00e3o do Ecossistema do Cerrado, financiado pela JICA (Ag\u00eancia de Coopera\u00e7\u00e3o T\u00e9cnica Internacional do Jap\u00e3o)\u201d, afirmou.<\/p>\n\n\n\n
Os recursos doados prov\u00eam do Programa de Assist\u00eancia para Projetos Comunit\u00e1rios do Governo do Jap\u00e3o. O programa dedica, anualmente, um total aproximado de US$ 1,5 milh\u00e3o a projetos em todo o Brasil. O projeto na Chapada dos Veadeiros \u00e9 o segundo financiado em parques nacionais pelo governo japon\u00eas. O primeiro foi de preven\u00e7\u00e3o ao fogo no Parque Nacional Grande Sert\u00e3o Veredas (MG) que inclui a compra de equipamentos de combate a inc\u00eandio, treinamento de brigadistas e a constru\u00e7\u00e3o de uma torre de vigil\u00e2ncia no parque.
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Sobre o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros<\/strong><\/p>\n\n\n\n O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros protege uma parcela representativa do Cerrado de altitude, com varia\u00e7\u00f5es que v\u00e3o de 400 a 1.700 metros de altitude, comportando grande variabilidade biol\u00f3gica. Localizado na Regi\u00e3o Central do Brasil, o Cerrado \u00e9 um tipo de savana que originalmente cobriu uma \u00e1rea de aproximadamente dois milh\u00f5es de km\u00b2, equivalente \u00e0 Espanha, Fran\u00e7a, Alemanha, It\u00e1lia e Inglaterra somadas.<\/p>\n\n\n\n A \u00e1rea \u00e9 um importante centro dispersor de drenagem, com a maioria de seus rios escavando vales em forma de \u201cV\u201d. Entre esses rios, o principal \u00e9 o Rio Preto(foto ao lado), afluente do Tocantins, que forma em seu curso belas cachoeiras, como a da Base do Salto, com 80 metros de altura. Criado em 1961, com 650 mil hectares, com o tempo o Parque passou por sucessivas redu\u00e7\u00f5es chegando a ter apenas 65,5 mil ha. A amplia\u00e7\u00e3o da \u00e1rea do Parque \u00e9 atualmente objeto de pol\u00eamica. A regi\u00e3o j\u00e1 foi \u00e1rea de garimpo de cristais de quartzo e est\u00e1 situada em zona de fronteira agr\u00edcola, sob grande press\u00e3o humana. H\u00e1 um crescente fluxo tur\u00edstico, que explora a bela paisagem, as in\u00fameras cachoeiras e c\u00e2nions existentes e tamb\u00e9m o misticismo que cerca o local. A consolida\u00e7\u00e3o do parque enfrenta problemas fundi\u00e1rios e a ocupa\u00e7\u00e3o do solo amea\u00e7a a integridade de seu entorno.<\/p>\n\n\n\n Rog\u00e9rio dy la Fuente – Jornalista De Fevereiro a Novembro de 2004 o WWF-Brasil, com a supervis\u00e3o e acompanhamento da Diretoria de Ecossistemas (DIREC) do IBAMA\/MMA, ser\u00e1 implementado o sistema de trilhas interpretativas dos saltos, c\u00e2nions, pedreiras e da Rodoviarinha do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1580],"tags":[1314,282,303],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2838"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2838"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2838\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":4059,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2838\/revisions\/4059"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2838"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2838"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2838"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}
A flora do Cerrado \u00e9 considerada a mais rica do g\u00eanero, com uma estimativa de dez mil esp\u00e9cies de plantas superiores. O bioma tem as nascentes de tr\u00eas grandes bacias hidrogr\u00e1ficas brasileiras: Tocantins\/Amazonas \u2013 cuja nascente \u00e9 na regi\u00e3o da Chapada dos Veadeiros -, S\u00e3o Francisco e Paran\u00e1\/Prata. Atualmente o Cerrado \u00e9 um dos biomas mais amea\u00e7ados do Brasil e do planeta, pois se estima que mais de 50% de sua \u00e1rea original foi desmatada, dando lugar ao agroneg\u00f3cio. Menos de 3% da \u00e1rea total do Cerrado est\u00e3o protegidos na forma de parques ou reservas.<\/p>\n\n\n\n
\nFonte: Revista Eco 21, Ano XIV, Edi\u00e7\u00e3o 86, Janeiro 2004. (www.eco21.com.br)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"