{"id":2789,"date":"2009-04-28T10:13:13","date_gmt":"2009-04-28T10:13:13","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:01:01","modified_gmt":"2021-07-10T23:01:01","slug":"gafanhotos_e_grilos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/urbano\/pragas_urbanas\/gafanhotos_e_grilos.html","title":{"rendered":"Gafanhotos e Grilos"},"content":{"rendered":"\n
Gafanhotos<\/strong><\/p>\n\n\n\n Desde o tempo mais remoto se fala da \u201cPraga de Gafanhotos\u201d, sendo at\u00e9 relatada na B\u00edblia e com seu maior destaque em sua passagem pelo Egito antigo. Mas pouco sabemos sobre a origem e como se formam essas grandes nuvens de gafanhotos.<\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m de devastador, as nuvens de gafanhotos migrat\u00f3rios nos chamam a aten\u00e7\u00e3o pela sua agrega\u00e7\u00e3o maci\u00e7a e em alguma esp\u00e9cies uma grande capacidade de deslocamento. O gafanhoto peregrino Schistocerca teve sua migra\u00e7\u00e3o monitorada no ano de 1988. Nuvens partindo das costas da Maurit\u00e2nia atravessaram o oceano atl\u00e2ntico e em seis dias chegaram ao continente americano.<\/p>\n\n\n\n No Brasil temos o chamado gafanhoto do Mato Grosso: Rhammatocerus schistocercoides que j\u00e1 foi localizado na Amaz\u00f4nia, Rond\u00f4nia, Col\u00f4mbia, Bol\u00edvia, Peru, M\u00e9xico, Costa Rica, Uruguai. A \u00e1rea brasileira de ocorr\u00eancia deste gafanhoto \u00e9 a zona da Chapada dos Parecis, com regi\u00f5es cobertas de savanas herb\u00e1ceas (campo) e de savanas arborizadas (campo cerrado e cerrado). Trata-se de uma esp\u00e9cie de tamanho grande com a colora\u00e7\u00e3o vari\u00e1vel de verde a marrom, ou ambas. Durante o seu desenvolvimento (forma jovem) ocorrem de 8 a 9 est\u00e1gios. O gafanhoto Rhammatocerus schistocercoides possui apenas uma gera\u00e7\u00e3o por ano, as ninfas desenvolvem-se lentamente na esta\u00e7\u00e3o das chuvas e chegando a fase adulta se reproduzem no come\u00e7o da esta\u00e7\u00e3o chuvosa seguinte.<\/p>\n\n\n\n O comportamento greg\u00e1rio chama muito a aten\u00e7\u00e3o, onde encontramos bandos de ninfas (formas jovens) que ocupam \u00e1reas de algumas centenas a milhares de metros quadrados. O tamanho do enxame em v\u00f4o deve ser muito maior. Encontramos tamb\u00e9m cerca de 250 adultos\/m2. Alguns fatores s\u00e3o importantes sobre o desenvolvimento das popula\u00e7\u00f5es de ninfas jovens, como as queimada e o regime de chuvas.<\/p>\n\n\n\n Como agentes de controle biol\u00f3gico na cadeia alimentar temos as formigas e os p\u00e1ssaros. Pesquisas tem sido realizadas com fungos entomopatog\u00eanicos para o controle de gafanhotos.<\/p>\n\n\n\n Os enxames de Rhammatocerus schistocercoides voam em baixa altitude (1 a 5 metros acima do solo) com uma densidade do enxame pousado em 250 a 500 adultos\/m2 e em v\u00f4o n\u00e3o ultrapassando a 3 insetos\/m3. S\u00e3o considerados de fraca capacidade migrat\u00f3ria pelo baixa capacidade de v\u00f4o e deslocamento di\u00e1rio (50m para ninfas de 5\u00ba est\u00e1gio).<\/p>\n\n\n\n Os gafanhotos s\u00e3o importantes para a alimenta\u00e7\u00e3o dos \u00edndios Nhambiquaras e Baiquiris. Uma vez coletados estes gafanhotos, participam quase de todas as refei\u00e7\u00f5es di\u00e1rias, torrados ou sob a forma de farinha.<\/p>\n\n\n\n A dimens\u00e3o da estrat\u00e9gia para o controle dessas nuvens de gafanhotos, principalmente os migrat\u00f3rios, s\u00f3 \u00e9 percebida quando vemos os n\u00fameros de sua mobiliza\u00e7\u00e3o: na \u00c1frica na d\u00e9cada de 80 foram tratados milh\u00f5es de hectares de lavouras, envolvendo centenas de postos de r\u00e1dio, milhares de pessoas e ve\u00edculos, dezenas de avi\u00f5es e helic\u00f3pteros para vigil\u00e2ncia e pulveriza\u00e7\u00f5es, dezenas de milhares de pulverizadores e milhares de toneladas de inseticidas. Todo este arsenal utilizado em uma \u00fanica invas\u00e3o em um determinado per\u00edodo do ano.<\/p>\n\n\n\n Grilos<\/strong><\/p>\n\n\n\n Os grilos pertencem \u00e0 ordem Orthoptera, fam\u00edlia Grillidae. Algumas vezes os grilos podem causar danos a tecidos, principalmente os de seda e l\u00e3. Ocasionalmente um grande n\u00famero de grilos pode entrar nas resid\u00eancias atra\u00eddos pela luz acesa durante a noite. Seu canto tem bastante sonoridade mas para algumas pessoas chega a ser perturbador.<\/p>\n\n\n\n Os grilos diferem dos gafanhotos por apresentarem as antenas longas. Os grilos jovens s\u00e3o bastante semelhante aos adultos e podem ser reconhecidos por n\u00e3o apresentarem asas. Tanto os adultos quanto os jovens possuem h\u00e1bito alimentar semelhante. Ambos alimentam-se de diversas esp\u00e9cies de plantas.<\/p>\n\n\n\n Fonte: Pragas On Line (www.pragas.com.br)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" A \u00e1rea brasileira de ocorr\u00eancia deste gafanhoto \u00e9 a zona da Chapada dos Parecis, com regi\u00f5es cobertas de savanas herb\u00e1ceas (campo) e de savanas arborizadas (campo cerrado e cerrado). <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1576],"tags":[1295,1296,1291],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2789"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2789"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2789\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":4137,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2789\/revisions\/4137"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2789"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2789"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2789"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}} Hor\u00e1rio <\/strong><\/span><\/td> Atividade<\/strong><\/span><\/td><\/tr> 8 – 9 <\/span><\/td> In\u00edcio, a \u00e1rea de repouso noturno se esvazia pouco a pouco, o enxame se desloca rapidamente e seu tamanho cresce consideravelmente. <\/span><\/td><\/tr> 9 -12 <\/span><\/td> Progress\u00e3o, o enxame realiza a maior parte do seu desenvolvimento di\u00e1rio.<\/span><\/td><\/tr> 12 – 14 <\/span><\/td> Repouso relativo, diminui\u00e7\u00e3o da atividade durante as horas mais quentes.<\/span><\/td><\/tr> 14 – 16 <\/span><\/td> Progress\u00e3o, retomada do deslocamento no in\u00edcio da tarde.<\/span><\/td><\/tr> 16 – 17<\/span><\/td> Reagrupamento, os indiv\u00edduos sobrevoam no local e se re\u00fanem paulatinamente no s\u00edtio de pouso onde passar\u00e3o a noite.<\/span><\/td><\/tr><\/tbody><\/table><\/figure>\n\n\n\n