Podemos reconhecer uma formiga dos outros himen\u00f3pteros pela presen\u00e7a de uma antena em forma de cotovelo, e pela presen\u00e7a de uma cintura, que pode ter um ou dois segmentos, tamb\u00e9m chamados de n\u00f3s.<\/p>\n\n\n\n
A classifica\u00e7\u00e3o das formigas:<\/p>\n\n\n\n
Reino: Animal<\/p>\n\n\n\n
Filo: Arthropoda<\/p>\n\n\n\n
Classe: Insecta<\/p>\n\n\n\n
Ordem: Hymenoptera<\/p>\n\n\n\n
Estes insetos distribuem-se por todos os continentes com exce\u00e7\u00e3o dos p\u00f3los. Estima-se que existam por volta de 18.000 esp\u00e9cies de formigas sendo que 10.000 j\u00e1 foram descritas. No Brasil ocorrem aproximadamente 2.000 esp\u00e9cies sendo que somente de 20 a 30 s\u00e3o consideradas pragas. As demais s\u00e3o extremamente ben\u00e9ficas. Elas dispersam sementes contribuindo para o reflorestamento de muitos ecossistemas, como o Cerrado, a Mata Atl\u00e2ntica, a Caatinga e os Campos; promovem a germina\u00e7\u00e3o das sementes, pois removem a polpa dos frutos; fazem a poda de algumas plantas promovendo seu crescimento vegetativo; exercem importante papel na aera\u00e7\u00e3o do solo; incorporam mat\u00e9ria org\u00e2nica \u00e0 terra tornando-a f\u00e9rtil; s\u00e3o predadoras de diversos artr\u00f3podes, muitos deles pragas agr\u00edcolas, al\u00e9m de serem predadoras de outras esp\u00e9cies de formigas.<\/p>\n\n\n\n
As esp\u00e9cies consideradas pragas s\u00e3o as formigas cortadeiras (sa\u00favas e quenqu\u00e9ns) representadas pelos g\u00eaneros Atta e Acromyrmex e as formigas dom\u00e9sticas. Dentre estas \u00faltimas citamos as mais importantes: Formiga-fantasma (Tapinoma melanocephalum), Formiga-louca (Paratrechina longicornis), Formiga lava-p\u00e9s (Solenopsis spp.), Formiga cabe\u00e7uda (Pheidole spp.), Formiga carpinteira ou sar\u00e1-sar\u00e1 (Camponotus spp.), Formiga acrob\u00e1tica (Crematogaster spp.), Formiga Argentina (Linepithema humile), Pixixica ou pequena formiga de fogo (Wasmannia auropunctata), formiga do fara\u00f3 (Monomorium pharaonis).<\/p>\n\n\n\n Vida Social<\/strong><\/p>\n\n\n\n Todas as esp\u00e9cies de formigas s\u00e3o verdadeiramente sociais ou eusociais, assim como os cupins. Por outro lado, nem todas as esp\u00e9cies de vespas e abelhas s\u00e3o verdadeiramente sociais; algumas possuem h\u00e1bito solit\u00e1rio. Um inseto \u00e9 denominado social ou eusocial pela sobreposi\u00e7\u00e3o de gera\u00e7\u00f5es, pela divis\u00e3o de tarefas e pelo cuidado com a prole. A divis\u00e3o de tarefas est\u00e1 associada com a presen\u00e7a de diferentes castas dentro da col\u00f4nia. Existem a casta das oper\u00e1rias e a casta dos reprodutivos (rainhas e machos).<\/p>\n\n\n\n As oper\u00e1rias s\u00e3o as formigas que estamos acostumados a ver. Elas s\u00e3o todas f\u00eameas, n\u00e3o possuem asas e s\u00e3o est\u00e9reis; desempenham ainda todas as fun\u00e7\u00f5es dentro da col\u00f4nia que tamb\u00e9m \u00e9 chamada de formigueiro. Dentre estas fun\u00e7\u00f5es citam-se: escava\u00e7\u00e3o e limpeza do ninho, procura de alimento, tamb\u00e9m chamada de forrageamento, alimenta\u00e7\u00e3o das larvas e rainha(s), alimenta\u00e7\u00e3o de outras oper\u00e1rias, defesa da col\u00f4nia, etc. As oper\u00e1rias vivem de dois a tr\u00eas meses e durante toda sua vida trabalham em prol da col\u00f4nia.<\/p>\n\n\n\n Em algumas esp\u00e9cies de formigas podemos observar, dentro da casta de oper\u00e1rias, indiv\u00edduos com a cabe\u00e7a desproporcionalmente maior e de tamanho mais avantajado em rela\u00e7\u00e3o as outras oper\u00e1rias. Estas oper\u00e1rias s\u00e3o denominadas soldados e possuem a fun\u00e7\u00e3o de proteger a col\u00f4nia de inimigos. Apesar de terem este nome s\u00e3o tamb\u00e9m f\u00eameas.<\/p>\n\n\n\n Quando ocorre diferencia\u00e7\u00e3o de tamanho e forma no corpo das oper\u00e1rias de formigas diz-se que a esp\u00e9cie \u00e9 polim\u00f3rfica. Quando as oper\u00e1rias s\u00e3o do mesmo tamanho s\u00e3o chamadas de monom\u00f3rficas.<\/p>\n\n\n\n Em algumas \u00e9pocas do ano col\u00f4nias maduras produzem um grande n\u00famero de indiv\u00edduos alados conhecidos como reprodutores. Muitas vezes os reprodutores s\u00e3o confundidos com os siriris e aleluias que s\u00e3o cupins. As formigas aladas podem ent\u00e3o ser diferenciadas dos cupins comparando-se algumas estruturas. As formigas apresentam cintura enquanto os cupins apresentam a mesma largura do corpo, do come\u00e7o ao fim. Tanto as formigas quanto os cupins t\u00eam quatro asas, por\u00e9m, nas formigas as asas anteriores s\u00e3o maiores que as posteriores enquanto nos cupins todas as quatro asas s\u00e3o do mesmo tamanho. Finalmente as antenas das formigas t\u00eam forma de cotovelo, enquanto as dos cupins s\u00e3o retas.<\/p>\n\n\n\n A casta dos reprodutores \u00e9 caracterizada pelas rainhas e machos. As rainhas s\u00e3o respons\u00e1veis pela postura dos ovos e s\u00e3o os maiores indiv\u00edduos da col\u00f4nia; possuem asas para fazer o v\u00f4o nupcial, isto \u00e9, para o encontro com os machos, cuja c\u00f3pula ocorre em pleno v\u00f4o. Uma vez fecundadas elas procuram um local adequado para fundar um novo ninho e, nesta fase, cortam as asas com as mand\u00edbulas e aux\u00edlio das pernas posteriores. Na maioria das esp\u00e9cies de formigas apenas uma rainha \u00e9 encontrada dentro da col\u00f4nia e uma vez morta, o formigueiro tamb\u00e9m morre. Neste caso a esp\u00e9cie \u00e9 denominada monog\u00ednica, com a presen\u00e7a de somente uma rainha fecundada. Entretanto em algumas esp\u00e9cies, especialmente as dom\u00e9sticas, v\u00e1rias rainhas fecundadas podem ocorrer dentro de um \u00fanico formigueiro. Neste caso a col\u00f4nia \u00e9 polig\u00ednica, isto \u00e9, com v\u00e1rias rainhas. A longevidade da rainha \u00e9 longa. Rainhas de sa\u00favas podem viver at\u00e9 vinte anos, enquanto rainhas de formigas dom\u00e9sticas vivem aproximadamente 2 a 4 anos.<\/p>\n\n\n\n Os machos tamb\u00e9m s\u00e3o alados, por\u00e9m s\u00e3o menores que as rainhas. Sua fun\u00e7\u00e3o \u00e9 unicamente reprodutiva e t\u00eam vida curta.<\/p>\n\n\n\n A identifica\u00e7\u00e3o \u00e9 feita observando-se as oper\u00e1rias. O corpo de uma formiga \u00e9 dividido em cabe\u00e7a, mesossoma, cintura e g\u00e1ster. O mesossoma corresponde ao t\u00f3rax dos outros insetos e o g\u00e1ster ao abd\u00f4men. As caracter\u00edsticas principais para identificar um g\u00eanero de formiga s\u00e3o o n\u00famero de n\u00f3s na cintura (um ou dois) e o n\u00famero de segmentos nas antenas. As cores variam muito dentre as esp\u00e9cies e n\u00e3o s\u00e3o uma boa caracter\u00edstica de identifica\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n Ciclo de Vida<\/strong><\/p>\n\n\n\n As formigas apresentam metamorfose completa isto \u00e9, as fases de desenvolvimento passam pelo ovo, larva, pupa e adulto. Os ovos s\u00e3o de tamanho microsc\u00f3pico e por isso, dif\u00edceis de serem visualizados a olho nu. As larvas, que n\u00e3o possuem pernas e s\u00e3o de colora\u00e7\u00e3o esbranqui\u00e7ada, passam por v\u00e1rios est\u00e1gios que tamb\u00e9m s\u00e3o denominados \u00ednstares. O n\u00famero de \u00ednstares pode variar de 3 a 5. Uma larva eclode de cada ovo sendo esta bastante pequena neste est\u00e1gio. Ap\u00f3s alguns dias, dependendo da quantidade de alimento que a larva recebe e da temperatura, a larva sofre muda, isto \u00e9, troca de pele e passa para um segundo est\u00e1gio, um pouco maior que o primeiro. Neste per\u00edodo \u00e9 que ocorre o crescimento do inseto. Ap\u00f3s o \u00faltimo est\u00e1gio a larva p\u00e1ra de se alimentar e entra em um est\u00e1gio denominado pupa. Algumas esp\u00e9cies de formigas apresentam uma pupa coberta por um casulo de seda, enquanto outras assemelham-se com o adulto, por\u00e9m com a cor branca. Neste est\u00e1gio a formiga al\u00e9m de n\u00e3o se alimentar, tamb\u00e9m n\u00e3o anda. Depois do est\u00e1gio de pupa emerge a formiga adulta que s\u00e3o as formigas que vemos andando por todo lado. Rainhas e machos nascem tamb\u00e9m da mesma maneira. Uma vez atingindo a fase adulta a formiga n\u00e3o mais crescer\u00e1.<\/p>\n\n\n\n Forma\u00e7\u00e3o de uma nova col\u00f4nia<\/strong><\/p>\n\n\n\n A funda\u00e7\u00e3o de uma nova col\u00f4nia pode se dar pelo v\u00f4o nupcial ou pela fragmenta\u00e7\u00e3o da col\u00f4nia. Ocorre v\u00f4o nupcial quando a col\u00f4nia j\u00e1 \u00e9 madura. Rainhas e machos partem de diferentes col\u00f4nias e copulam em pleno v\u00f4o. A rainha pode copular com at\u00e9 8 machos, dependendo da esp\u00e9cie. Apesar de milhares a milh\u00f5es de indiv\u00edduos sa\u00edrem para o v\u00f4o nupcial a maior parte ir\u00e1 morrer pois outros animais poder\u00e3o com\u00ea-los, por condi\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas adversas ou simplesmente porque as rainhas n\u00e3o encontrar\u00e3o local adequado para iniciar um novo ninho. Caso a rainha tenha sucesso e encontre um local adequado, ela ir\u00e1 escavar uma pequena c\u00e2mara e se fechar\u00e1 nela para sempre. Esta rainha iniciar\u00e1 a postura dos primeiros ovos onde eclodir\u00e3o as primeiras larvas. A rainha ir\u00e1 aliment\u00e1-las ent\u00e3o depositando ovos especiais de tamanho maior denominados ovos de alimenta\u00e7\u00e3o ou ovos tr\u00f3ficos. Assim que as primeiras oper\u00e1rias emergirem estas ir\u00e3o abrir a c\u00e2mara e iniciar o processo de procura de alimento para alimentar as larvas rec\u00e9m eclodidas e a rainha. Enquanto a rainha estiver no per\u00edodo de funda\u00e7\u00e3o da col\u00f4nia ela sobreviver\u00e1 do metabolismo dos m\u00fasculos alares que ser\u00e3o transformados em energia para a sobreviv\u00eancia da rainha. Al\u00e9m disso, enquanto ela esteve sendo alimentada em sua col\u00f4nia de origem, armazenou energia suficiente para sobreviver o per\u00edodo de funda\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n A funda\u00e7\u00e3o de uma nova col\u00f4nia atrav\u00e9s da fragmenta\u00e7\u00e3o ocorre tamb\u00e9m quando a densidade populacional da col\u00f4nia est\u00e1 bastante alta. A fragmenta\u00e7\u00e3o ocorre naquelas esp\u00e9cies de formigas que s\u00e3o polig\u00ednicas, isto \u00e9, possuem v\u00e1rias rainhas inseminadas dentro de uma \u00fanica col\u00f4nia. Rainhas, e oper\u00e1rias com crias partem para novos locais e fundam ali uma nova col\u00f4nia. A fragmenta\u00e7\u00e3o pode ocorrer naturalmente ou pode ser induzida quando ocorre aumento excessivo de temperatura e umidade, ou na presen\u00e7a de subst\u00e2ncias repelentes como subst\u00e2ncias qu\u00edmicas (inseticidas).<\/p>\n\n\n\n M\u00e9todos de Preven\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n Para prevenir o ataque das formigas caseiras, deixar o ambiente o mais limpo poss\u00edvel, consertar falhas nas estruturas, como rachaduras nas paredes e frestas em azulejos. Para que elas n\u00e3o cheguem nos a\u00e7ucareiros, pode-se fazer um sach\u00ea com gaze ou qualquer outro tecido de malha fina e colocar l\u00e1 dentro alguns cravos-da-\u00edndia. As formigas odeiam o seu cheiro. Utilizar inseticidas em “spray” n\u00e3o d\u00e1 bom resultado, pois as esp\u00e9cies de formigas urbanas possuem ninhos com milhares de oper\u00e1rias (formigas que trabalham), dezenas de rainhas (que botam ovos) e cria (ovos, larvas e pupas) e, quando percebem o cheiro do inseticida, tratam de fugir para um local bem seguro, dividindo a col\u00f4nia em v\u00e1rios peda\u00e7os e piorando a infesta\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n M\u00e9todos de Controle<\/strong><\/p>\n\n\n\n FORMIGAS CORTADEIRAS<\/strong><\/p>\n\n\n\n Controle Mec\u00e2nico:<\/strong> este tipo de controle somente \u00e9 vi\u00e1vel quando o formigueiro ainda \u00e9 jovem. Consiste na retirada do ninho escavando-se o local at\u00e9 encontrar a(s) panela(s) de fungo juntamente com a rainha. \u00c9 um controle efetivo principalmente quando a \u00e1rea infestada \u00e9 pequena.<\/p>\n\n\n\n Controle Qu\u00edmico:<\/strong> o controle qu\u00edmico pode ser efetuado por meio de iscas granuladas, p\u00f3s secos, l\u00edq\u00fcidos termonebuliz\u00e1veis ou gases liq\u00fcefeitos.<\/p>\n\n\n\n Iscas Granuladas:<\/strong> s\u00e3o de f\u00e1cil utiliza\u00e7\u00e3o consistindo de pequenos peda\u00e7os de substrato (peletes) com subst\u00e2ncias muito atrativas \u00e0s formigas impregnados com um ingrediente ativo t\u00f3xico (inseticida). Sua efici\u00eancia depende na correta aplica\u00e7\u00e3o e na efici\u00eancia do ingrediente ativo nela contido.<\/p>\n\n\n\n As iscas mais eficientes s\u00e3o aquelas que possuem ingrediente ativo de a\u00e7\u00e3o lenta, pois n\u00e3o matam as formigas por contato, possibilitando que as carreguem para dentro do formigueiro sendo distribu\u00edda por todo o fungo.<\/p>\n\n\n\n As iscas oferecem seguran\u00e7a para o aplicador e permitem que o controle seja realizado em \u00e1reas de dif\u00edcil acesso. Durante a aplica\u00e7\u00e3o as iscas n\u00e3o devem ser manuseadas, pois as formigas perceber\u00e3o cheiros estranhos e as rejeitar\u00e3o. Sua utiliza\u00e7\u00e3o n\u00e3o deve ser realizada em dias chuvosos e solos \u00famidos.<\/p>\n\n\n\n P\u00f3s secos:<\/strong> os formicidas formulados em p\u00f3s secos s\u00e3o aplicados diretamente dentro do formigueiro por meio de polvilhadeiras (bombas insufladoras de p\u00f3). A aplica\u00e7\u00e3o tem mais sucesso quando feita em terrenos secos. Terrenos \u00famidos dificultam a penetra\u00e7\u00e3o do p\u00f3. Em ninhos muito antigos, cujas panelas geralmente s\u00e3o muito profundas a efici\u00eancia desta formula\u00e7\u00e3o \u00e9 limitada.<\/p>\n\n\n\n L\u00edquidos Termonebuliz\u00e1veis:<\/strong> consiste na introdu\u00e7\u00e3o de inseticida l\u00edquido diretamente nos olheiros do formigueiro por meio de aparelhos que produzem fuma\u00e7a t\u00f3xica. O inseticida utilizado deve ter a\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e agir por contato. Este m\u00e9todo \u00e9 encarecido devido a aparelhagem e m\u00e3o-de-obra especializada.<\/p>\n\n\n\n Gases liquefeitos:<\/strong> s\u00e3o gases comprimidos em embalagens apropriadas que ser\u00e3o liberados diretamente no interior de olheiros por meio de mangueiras adaptadas a uma v\u00e1lvula de sa\u00edda.<\/p>\n\n\n\n FORMIGAS DOM\u00c9STICAS<\/strong><\/p>\n\n\n\n O controle de formigas dom\u00e9sticas \u00e9 dif\u00edcil. Uma solu\u00e7\u00e3o caseira para o problema da formiga dom\u00e9stica \u00e9 injetar, com aux\u00edlio de uma seringa, uma solu\u00e7\u00e3o 1:1 de \u00e1gua com detergente de lavar-lou\u00e7as dentro das frestas de azulejos e batentes de portas por onde saem as formigas. Esta metodologia deve ser utilizada sempre que as formigas s\u00e3o observadas, mas nem sempre surte o efeito desejado.<\/p>\n\n\n\n Empresas especializadas podem fazer uso de inseticidas com aparelhos de aerosol. Neste tipo de controle, o ninho deve ser localizado e furos devem ser feitos na parede ou estrutura de madeira acima e abaixo deste. O inseticida \u00e9 ent\u00e3o aplicado. Quando os ninhos est\u00e3o localizados dentro de condu\u00edtes de eletricidade, inseticidas formulados em p\u00f3s secos podem ser utilizados. Por\u00e9m, sabe-se que a aplica\u00e7\u00e3o de subst\u00e2ncias qu\u00edmicas provoca a fragmenta\u00e7\u00e3o das col\u00f4nias. Desta forma n\u00e3o \u00e9 garantido o sucesso do controle.<\/p>\n\n\n\n A utiliza\u00e7\u00e3o de inseticidas em spray para o controle de formigas n\u00e3o \u00e9 eficaz, pois fragmenta as col\u00f4nias.<\/p>\n\n\n\n A forma mais eficaz de se controlar uma infesta\u00e7\u00e3o por formigas dom\u00e9sticas \u00e9 a utiliza\u00e7\u00e3o de iscas t\u00f3xicas. A isca ideal deve ser atrativa para um grande n\u00famero de esp\u00e9cies, n\u00e3o agir por contato, possuir a\u00e7\u00e3o lenta e ter baixa toxicidade a mam\u00edferos.<\/p>\n\n\n\n Curiosidades<\/strong><\/p>\n\n\n\n Em algumas regi\u00f5es do Brasil o povo utiliza a i\u00e7\u00e1 ou tanajura para preparar petiscos que s\u00e3o preparadas de diversas maneiras: torradas como amendoim, assadas, em pa\u00e7oca com farinha de mandioca ou de milho, etc.<\/p>\n\n\n\n Alguns \u00edndios, em \u00e9poca de escassez de alimento, comem soldados e oper\u00e1rias da sa\u00fava. Comem somente a cabe\u00e7a jogando o corpo fora.<\/p>\n\n\n\n Para os \u00cdndios, o comer formigas est\u00e1 relacionado a certos ritos: “Entre os \u00edndios Uananas, as mo\u00e7as, durante a segunda inicia\u00e7\u00e3o (quando est\u00e3o aptas para a fecunda\u00e7\u00e3o) s\u00e3o recolhidas ao “jeju\u00e1rio” durante duas luas. Durante a primeira lua elas se alimentam somente de ovos de caba e beiju, em pequena quantidade, e durante a Segunda de maniuara (sa\u00fava)” (Amorim, Lendas, p. 54 apud Lenko & Papavero, 1996).<\/p>\n\n\n\n Entre os \u00cdndios Tucano (Giacone, 1949: 15), quando nasce uma crian\u00e7a, o pai deita-se na rede por tr\u00eas dias e submete-se ao seguinte regime: s\u00f3 comer\u00e1 tr\u00eas vezes ao dia – Meck\u00e1 – formigas sa\u00favas; Dep\u00f3tina – formigas sa\u00favas de cabe\u00e7a grande; e Iamic\u00e1 – formigas grandes e gordas, maiores do que os cupins; ao anoitecer tomar\u00e1 manicuera e farinha com \u00e1gua ou mingau de tapioca. Eck\u00e1, dep\u00f3tina e iamic\u00e1, neste caso, designam per\u00edodos de tempo e n\u00e3o formigas.<\/p>\n\n\n\n Em Barueri (SP), o povo usa infus\u00e3o de sa\u00fava em cacha\u00e7a para esfregar em partesdo corpo atacadas por reumatismo; a i\u00e7\u00e1 comida \u00e9 considerada como afrodis\u00edaco (Lenko & Pap\u00e1vero, 1996).<\/p>\n\n\n\n Sa\u00favas podem ser utilizadas na sutura\u00e7\u00e3o de feridas. Os \u00cdndios da Guiana coletam soldados de sa\u00favas, aplicam suas mand\u00edbulas aos l\u00e1bios da ferida, que s\u00e3o mantidos juntos. As formigas mordem, seus corpos s\u00e3o arrancados, e a fileira de mand\u00edbula permanece at\u00e9 que a ferida cicatrize (Lenko & Pap\u00e1vero, 1996).<\/p>\n\n\n\n A tocandira (Paraponera clavata) \u00e9 uma formiga grande, cerca de 22 mm de comprimento e extremamente agressiva. Sua picada \u00e9 t\u00e3o dolorosa que faz um homem rolar no ch\u00e3o de tanta dor, que pode durar at\u00e9 20 horas. Algumas tribos de \u00edndios empregam as picadas de tocandiras em cerim\u00f4nias de inicia\u00e7\u00e3o e como prova da virilidade de candidatos ao casamento. Meninos de oito a nove anos s\u00e3o vestidos com mangas de algod\u00e3o, que possam ser amarradas pela parte de cima e pela de baixo. As formigas s\u00e3o colocadas dentro que picam os garotos. O menino \u00e9 ent\u00e3o levado para ser cuidado pelas mulheres. Assim que se recupera o ritual se repete. Esta cerim\u00f4nia \u00e9 continuada at\u00e9 a idade de quatorze anos, quando o rapaz aprende a suportar a dor, sem dar sinal de sofrimento, visto que se acha emancipado e pode casar-se.<\/p>\n\n\n\n Fonte: Pragas On Line (www.pragas.com.br)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" As oper\u00e1rias s\u00e3o as formigas que estamos acostumados a ver. Elas s\u00e3o todas f\u00eameas, n\u00e3o possuem asas e s\u00e3o est\u00e9reis; desempenham ainda todas as fun\u00e7\u00f5es dentro da col\u00f4nia que tamb\u00e9m \u00e9 chamada de formigueiro. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1576],"tags":[1291],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2788"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2788"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2788\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":4138,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2788\/revisions\/4138"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2788"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2788"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2788"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}![\"q\"\/](\"midia\/imagens\/1575.jpg\")
<\/figure>\n\n\n\n